Quais foram os principais motivos para a ascensão do fascismo na Itália?

  • Fascismo italiano - chegada ao poder
  • Fascismo italiano - governo de Mussolini
  • Fascismo italiano - Segunda Guerra Mundial
  • Fascismo italiano - política externa

O fascismo é um movimento político - e também um regime ou sistema político (como o estabelecido por Benito Mussolini na Itália, em 1922) - que defende a prevalência, isto é, a superioridade dos conceitos de nação, Estado e raça sobre os valores individuais. Como dizia o próprio Mussolini: "Tutto nello Stato, niente al di fuori dello Stato, nulla contro lo Stato", ou seja, "Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado". Um regime político fascista é representado por um governo autocrático, centralizado na figura de um ditador.

Contexto histórico

No início do século 20, a Itália vivia uma profunda crise. A unificação de seu território foi tardia, as guerras tinham durado entre 1859 e 1870, mas os problemas políticos e sociais ainda não tinham terminado: o papado romano não aceitava se submeter ao rei da Itália; as várias regiões, historicamente diferentes, se recusavam a falar o italiano, preferindo os dialetos locais.

Além disso, os problemas econômicos eram sérios: a industrialização e a modernização da economia aconteciam de forma lenta; as diferenças entre o Sul do país, agrícola e muito pobre, e o Norte modernizado eram gritantes, dificultando a integração econômica. Levas de migrantes buscavam trabalho nas indústrias, esvaziando o campo, causando períodos de carestia. Ao mesmo tempo, o desemprego aumentava nas cidades industriais.

Os partidos de esquerda, comunistas e socialistas, bem como os anarquistas, ganhavam cada vez mais adeptos entre os italianos, o que preocupava a elite capitalista.

O Estado monárquico, herdado do período da unificação (dinastia de Savoia), marcado por um profundo conservadorismo e com o apoio das elites industriais, pouco fazia para resolver os problemas sociais.

Em nome do crescimento no cenário internacional (reconhecimento de sua soberania política e busca de territórios para expandir sua economia), a Itália se declarou inimiga da Alemanha e entrou na Primeira Guerra Mundial em 1915.

Por estar ao lado dos países vitoriosos no conflito, a Itália pretendia receber alguns territórios, mas teve suas ambições frustradas, o que causou um grande mal-estar na população, que se sentia traída pela Inglaterra e pela França. Para completar o quadro negativo, a crise socioeconômica se aprofundou no pós-guerra. É nesse contexto que surge o movimento fascista.

Fascio de Combate

Em clima de total insatisfação, vários movimentos políticos se organizaram na Itália, dentre eles o Fascio de Combate, que teve como um de seus fundadores Benito Mussolini, conhecido jornalista e agitador político.

A palavra "fascio" significa feixe. O fascismo se apropriou do símbolo de poder dos magistrados da Roma Antiga, o feixe de varas, que representava a união do povo em torno da justiça do Estado. O objetivo era evidente: retomar a história do povo italiano, sugerindo que a Itália poderia voltar a ser o Império Romano da Antiguidade.

Esse movimento, fundado em Milão, em março de 1919, não tinha ainda o perfil político-ideológico que iria assumir anos depois. Nas palavras do próprio Mussolini: "Não temos uma doutrina pronta; nossa doutrina é a ação!".

Em junho de 1919 foi publicado o programa oficial do movimento, e algumas de suas reivindicações eram: jornada de trabalho de 8 horas; sufrágio universal extensivo às mulheres; representação proporcional no Parlamento; abolição do Senado do Reino; formação de uma milícia que atuasse paralelamente ao Estado; e maior atuação da Itália no cenário internacional.

Desse programa inicial, somente as duas últimas propostas seriam levadas a cabo durante o período em que os fascistas controlaram a Itália, pois o Fascio de Combate era, na realidade, um grupo de pessoas que tinham formações políticas e opiniões diferentes sobre o futuro da Itália, mas que se uniram no calor da hora, em função da grande crise do pós-guerra. Ali se misturavam socialistas, sindicalistas, intelectuais futuristas, militares e nacionalistas, entre outros.

Em 1922 Benito Mussolini chegou ao poder em Itália. Na Alemanha, em 1933, foi a vez de Adolf Hitler se tornar chanceler. Apesar de características comuns entre o regime fascista e o nacional-socialista, o nazismo destacou-se por ser mais radical e violento. O desejo de conquista do “espaço vital” levou a Alemanha a desencadear uma nova guerra mundial, durante a qual ocorreu o genocídio de 6 milhões de judeus europeus.

A subida ao poder de Benito Mussolini.

O pós-guerra em Itália ficou marcado pela crise económica e pela instabilidade social. Verificou-se uma onda de greves nas cidades e a ocupação de terras nas áreas rurais. Perante a incapacidade de o governo repor a ordem, as classes médias e os proprietários começaram a temer a revolução.

Em toda a Itália, surgiram movimentos paramilitares, os fasci, que os industriais e latifundiários financiavam para colocarem fim às greves. O fasci criado por Benito Mussolini, em 1919, acabou por se destacar e, em 1921, transformou-se no Partido Nacional Fascista.

Em 1922, depois da demissão do governo e de Mussolini marchar sobre a cidade de Roma com os seus camisas castanhas, o rei Vítor Emanuel III convidou-o a ocupar o cargo de primeiro-ministro.

A subida ao poder de Adolf Hitler

O Partido dos Trabalhadores Alemães foi fundado em 1919. Em fevereiro de 1920 mudou o seu nome para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e, pouco depois, Adolf Hitler tornou-se o seu líder.

A linguagem simples e direta de Hitler, os gestos dramáticos e emotivos, tornaram a sua mensagem facilmente compreendida pelas massas. Em 1923, Hitler levou a cabo uma tentativa de golpe, que fracassou. Passou alguns meses na prisão, onde escreveu o livro Mein Kampf. A partir daqui, a estratégia do NSDAP vai centrar-se na propaganda e nos comícios públicos, com o objetivo de atrair o voto das massas e derrubar a República de Weimar.

A queda da bolsa de Wall Street, em 1929, e a crise económica que se seguiu, atingiram duramente o país e polarizaram a sociedade alemã, beneficiando dois partidos políticos que se encontravam em espectros políticos opostos, o NSDAP à direita e o Partido Comunista Alemão à esquerda.

Em janeiro de 1933, o presidente alemão Hindenburg, aconselhado pelo seu círculo político, nomeou Hitler chanceler da Alemanha. A direita conservadora, apesar de temer a dinâmica revolucionária do movimento nacional-socialista, achava que conseguiria controlar Hitler. Foi um erro de cálculo que teve consequências desastrosas.

As especificidades do Nazismo

Embora o Nazismo partilhasse algumas características do Fascismo italiano, o regime teve especificidades que devem ser destacadas.

O regime nazi era mais radical e violento que o fascista. Dois dos elementos centrais da ideologia nazi eram o racismo biológico e, em especial, o antissemitismo. Hitler acreditava que os alemães eram arianos, uma “raça superior”, à qual caberia governar o mundo, enquanto os judeus, os eslavos e outros povos e minorias, eram encarados como uma “raça inferior” e uma ameaça à pureza da “comunidade racial alemã”.

A partir de 1933, o antissemitismo de Hitler transformou-se em política oficial do Estado alemão. O regime começou por retirar os direitos e a propriedade aos judeus. Progressivamente, a discriminação e a segregação evoluíram para o encarceramento (em guetos e campos de concentração) e para o assassinato.

O desejo de conquista do “espaço vital”, localizado no Leste da Europa, levaram os nazis a lançar uma guerra para a conquista de territórios e riquezas. Foi durante a Segunda Guerra Mundial que teve lugar o genocídio de 6 milhões de judeus europeus, que ficou conhecido como Holocausto. Tratou-se um processo pensado e executado de forma sistemática pelos nazis e pelos seus colaboradores.

Os judeus foram assassinados em florestas da Europa de Leste ou deportados e mortos em campos de extermínio. Também as pessoas de etnia cigana, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová, homossexuais ou os opositores políticos, entre outros grupos, foram perseguidos e encarcerados em campos de concentração pelo regime.

Quais os principais motivos que levaram a ascensão do fascismo na Itália?

Existem alguns fatores que contribuíram para a ascensão do Partido Nacional Fascista na Itália, como a grave crise econômica que a Itália enfrentava e o não atendimento de reivindicações territoriais no pós Primeira Guerra Mundial. Essa frustração vai inflar ainda mais o nacionalismo italiano.

Quais os fatores contribuíram para a ascensão do fascismo na Itália durante a década de 1920?

Quais dos fatores a seguir contribuíram para a ascensão do fascismo na Itália, durante a década de 1920? e) fortalecimento do liberalismo e aliança ítalo-russa. RESPOSTA: Letra D.

Quais os fatores que levaram a ascensão do fascismo na Itália e na Alemanha?

A ignorância e o desespero da população diante da crise econômica foram os fatores primordiais para a ascensão de Mussolini e Hitler. De certa forma, os cidadãos da Itália e da Alemanha acreditavam que os regimes totalitários seriam a resposta para a resolução dos problemas sociais e econômicos enfrentados na época.

Como surgiu e se expandiu o fascismo na Itália?

Em 1922, os fascistas promoveram a famosa Marcha sobre Roma, nos dias 26 e 27 de outubro de 1922, cujo objetivo era forçar o rei Vitor Emanuel III a nomear Mussolini a Primeiro-Ministro. No dia 30, o rei, cedendo às pressões, encarregou Mussolini de formar um novo governo para Itália.