Quais foram os produtos comercializados e como eles eram distribuídos para as outras partes do mundo?

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A expressão "Rota das especiarias" foi utilizada em várias ocasiões desde os tempos mais longínquos da Antiguidade Clássica até o seu emprego em um formato mais recente durante a Era das Navegações, em que os países europeus iam até à Ásia em busca de produtos exóticos que pudessem ter algum valor comercial na Europa dos séculos XV a XVII. As rotas de produtos que iam se consolidando entre os navegadores europeus assumiam então a denominação de Rota das Especiarias.

Quais foram os produtos comercializados e como eles eram distribuídos para as outras partes do mundo?

Até essa época de novas descobertas para o homem europeu, este vivera séculos de uma vida extremamente frugal. Uma habitação comum em qualquer reino do continente não possuía uma grande quantidade de móveis, nem mesmo um aquecimento eficaz, que protegesse as pessoas dos invernos rigorosos que ainda hoje ocorrem na região. As vestimentas comuns possuíam um tom invariavelmente marrom triste pelo fato de haverem corantes em quantidades e tipos limitados, sendo reservado a reis e nobres os tecidos mais vistosos, coloridos e macios. Perfumes, cosméticos, tinturas, até mesmo o sabão eram produtos raríssimos nos mercados europeus. Os hábitos alimentares também não diferiam muito de país para país, sempre em sortimento extremamente restrito: o cidadão comum só adoçava algum prato ou bebida caso tivesse acesso a beterrabas, que não estavam disponíveis em quantidades suficientes. Gêneros como a cana-de-açúcar, caju, tomate, cravo-da-Índia, canela, pimenta, café, laranja, banana, entre tantos outros que comumente encontramos no comércio em geral eram raridades disputadas a altos preços. Até mesmo o sal era gênero de alto valor, origem de disputas inclusive no Brasil. Quem tinha condições de oferecer tais produtos incomuns alcançava fortuna imediata.

O problema da limitada oferta de gêneros alimentícios e de conforto geral ao povo europeu despertou obviamente o interesse de capitalistas de toda Europa. Com o bloqueio pelos turcos otomanos da rota que por muito tempo passava pelo Mediterrâneo, enriquecendo as cidades de Gênova e Veneza, a ideia de ir buscar na fonte os produtos caros e exóticos do oriente distante de repente começou a fazer todo o sentido. Foi aliás esta busca uma das propulsoras para as navegações que permitiram aos europeus chegar a todos os outros continentes do planeta.

É assim que portugueses junto a Espanha, França, Países Baixos, Reino Unido e outros vão localizar os produtos em seus pontos de origem. A estratégia inicial é de montar um entreposto que produza o item lucrativo em meio ao público europeu, transportando-o da Ásia até os centros de distribuição, geralmente na Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Assim, eliminava-se o intermediário asiático, e os lucros da produção e distribuição dos produtos trariam progresso inédito aos países exploradores daqueles caminhos marítimos.

De acordo com inúmeros relatos, as Rotas das especiarias eram a chave para um rico comércio, onde o lucro excedia os 300, 400, 500 por cento (ou mais ainda) do valor investido. A prática irá mudar os costumes do europeu médio, que agora passará a se cercar de uma vida mais confortável, obtida por meio da exploração de tantos outros povos e territórios longínquos.

Bibliografia:
PINTO, Júlio Pimentel. A rota das especiarias. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/entrelivros/reportagens/a_rota_das_especiarias.html> . Acesso em: 02 set. 2011.

ALMEIDA, Maria João de. Na rota das especiarias. Disponível em: <http://www.mariajoaodealmeida.com/artigos.php?ID=89&ID_ORG=> . Acesso em: 02 set. 2011.

Mapa: https://web.archive.org/web/20150401154250/http://www.celtnet.org.uk:80/recipes/spice_trade.php

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/rota-das-especiarias/

Durante as Grandes Navegações Marítimas Europeias (principalmente nos séculos XV e XVI), as embarcações eram feitas principalmente nos portos de Portugal e na região da Andaluzia, na Espanha. As caravelas mediam cerca de 20 metros de comprimento e pesavam até 80 toneladas. Nessas embarcações, comprimiam-se durante meses de viagem cerca de 60 homens e mais os animais destinados à alimentação, além de armas, munições, alimentos, entre outros.

O cotidiano dos navegadores não era nada fácil. Além dos medos imaginários, presentes nos pensamentos desses navegadores (como a crença de que o oceano era povoado por monstros e dragões), também existiam os medos reais, as dificuldades de navegar em mar aberto, as tempestades e chuvas intensas, as doenças e a péssima alimentação.

Neste texto iremos aprender um pouco sobre o cotidiano das Grandes Navegações. Conheceremos mais sobre a alimentação dos navegadores dentro das Caravelas, ou seja, sobre a dieta de bordo dos navegadores.

As viagens marítimas nos séculos XV e XVI eram cheias de imprevistos (que ainda hoje ocorrem). Quando a viagem transcorria de forma normal, sem imprevistos, a comida a bordo supria precariamente as necessidades dos tripulantes, mas se ocorresse algum imprevisto, como tempestades, danos físicos nas embarcações ou alguma imperícia do piloto, os tripulantes sofriam com a falta de alimentos.

Nas embarcações, principalmente durante os séculos XV e XVI, o principal alimento era o biscoito. De acordo com o clima e sob certas circunstâncias (invasão de água na embarcação), essa alimentação passava por algumas alterações, ou seja, encontrava-se em péssimas condições para a alimentação (por causa do mofo e da umidade). Geralmente cada tripulante recebia diariamente cerca de quatrocentos gramas de biscoito para sua refeição.

O vinho tinha presença obrigatória nas embarcações. A água utilizada para beber e para cozinhar era guardada em grandes tonéis ou tanques, inapropriados. Assim, quase sempre a água estava infectada por bactérias, o que sempre provocou infecções e diarreias nos tripulantes.

Os alimentos sempre eram distribuídos pelo capitão da embarcação e por um ajudante. Essa distribuição dos alimentos era estabelecida em regimentos (porções) e somente o capitão e o ajudante tinham a chave dos estoques de alimentos. A segurança era rigorosa para vigiar os alimentos, pois a sua falta poderia comprometer toda a viagem e causar mortes tanto pela fome, tanto por conflitos entre os tripulantes por causa do alimento.

Juntamente com a tripulação, existia a presença de ratos e baratas, sempre comprometendo a qualidade dos alimentos. Outro fator que contribuía para a falta de higiene era a ausência de banheiros na embarcação – geralmente os tripulantes faziam suas necessidades em recipientes e as lançavam ao mar. Esses fatores contribuíram bastante para a proliferação de doenças e mortes nas embarcações.

Leandro Carvalho
Mestre em História

Quais foram os produtos comercializados e como eles eram distribuídas para outras partes do mundo antigo?

Resposta:os produtos comercializados são:marfim,ouro,tecidos de seda,porcelana e especiarias. E eram revendidos no continente europeu.

Quais são os principais produtos comercializados por eles?

Principais Produtos Exportados pelo Brasil em 2021.
Minério de ferro e seus concentrados..
Óleos brutos de Petróleo ou de minerais betuminosos, crus..
Açúcares e melaços..
Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada..

Que tipo de produtos são comercializados antigamente?

Resposta. Resposta: Porcelanas, cravo, sedas, essências, tapetes e alguns específicos como: (pimenta, canela, gengibre, noz moscada, entre outros) e todos eram produtos de luxo.

Quais eram os principais produtos comercializados na cidade de Ormuz?

Pelo estreito de Ormuz eram comercializados vários produtos, como sal, animais e escravos, cuja maior abrangência era para os produtos de caráter exótico, como as especiarias, já que esse estreito localizado entre a África do Norte e o Oriente Médio mostrava-se uma importante rota comercial com destino ao continente ...