Qual a diferença do coração dos répteis e dos crocodilianos?

Em todos os répteis, o átrio direito é completamente separado do átrio esquerdo. Crocodilianos possuem dois ventrículos separados, mas nos outros répteis, os ventrículos não estão completamente separados. Mesmo assim, o sangue arterial e o venoso não se misturam e todos os répteis possuem dupla circulação.

No coração dos escamados e tartarugas, o ventrículo funciona como três cavidades. Uma crista muscular divide parcialmente o ventrículo em dois espaços: cava pulmonar e cava venosa.

O terceiro compartimento (cava arteriosa) se comunica com a cava venosa através de um canal intraventricular. O sangue entra no coração pelo átrio direito e esquerdo; e sai do coração pela artéria pulmonar e pelos arcos aórticos direito e esquerdo. O átrio direito recebe sangue venoso do corpo e o átrio esquerdo recebe sangue arterial dos pulmões.

Entendendo o fluxo de sangue no sangue dos répteis

O fluxo de sangue no coração segue os seguintes passos:

  1. Com os átrios contraídos, o sangue do átrio esquerdo passa para a cava arteriosa. O sangue do átrio direito para a cava venosa, e em seguida, para a cava pulmonar.
  2. Quando o ventrículo se contrai, o sangue começa a fluir pelo circuito pulmonar antes de fluir pelo circuito sistêmico, pois a resistência é mais baixa no circuito pulmonar. Durante a contração do ventrículo, o sangue pobre em oxigênio flui para fora da cava pulmonar pela artéria pulmonar e a parede muscular fecha a passagem do sangue entre a cava venosa e a cava pulmonar.
  3. Então, o sangue oxigenado da cava arteriosa flui para a cava venosa e sai pelos arcos aórticos.

As tartarugas e escamados tem a capacidade de alterar o fluxo do sangue de acordo com a necessidade respiratória e de temperatura. Essa mudança é controlada através de diferenças de pressão entre o circuito sistêmico e pulmonar; e pela contenção e liberação do sangue remanescente na cava venosa.

O desvio de circulação da esquerda para a direita

O desvio pode ser da esquerda para a direita, em que o sangue oxigenado é desviado dos arcos aórticos para a artéria pulmonar, aumentando o volume de sangue oxigenado nos pulmões. Esse desvio ajuda o animal a perder calor através do resfriamento do sangue durante a respiração.

O desvio para direita e esquerda

Também pode ocorrer desvio da circulação da direita para a esquerda. O sangue venoso passa normalmente do átrio direito para a cava venosa, mas ao invés de ir para a cava pulmonar, sai do coração pelos arcos aórticos. Esse processo manda sangue venoso para o circuito sistêmico.

Assim, o sangue fica circulando no corpo e o calor recebido do ambiente é mantido no corpo. Esse mecanismo evita que o réptil disperse calor pela respiração enquanto se aquece ao sol. Esse mesmo desvio é utilizado durante períodos em que o animal não está respirando (em mergulho, por exemplo). Assim, o animal economiza o ar que está nos pulmões e aproveita o máximo o oxigênio que está no sangue sistêmico.

Os crocodilianos podem mudar o fluxo sanguíneo?

Os crocodilianos também são capazes de mudar o fluxo do sangue entre os circuitos pulmonar e sistêmico, mas a morfologia do coração e o mecanismo são diferentes dos utilizados por tartarugas e escamados.

Normalmente, o sangue rico em oxigênio entra pelo átrio esquerdo, passa para o ventrículo esquerdo e para a cabeça e para o corpo, via arco aórtico direito. O sangue pobre em oxigênio entra pelo átrio direito, flui para o ventrículo direito e para os pulmões, via artéria pulmonar.

Além da artéria pulmonar, o ventrículo direito também está ligado ao arco aórtico esquerdo. Quando o animal está se aquecendo ao sol, a pressão do sangue é aproximadamente a mesma nos ventrículos direitos e esquerdos.

Essa situação cria um fluxo da direita para a esquerda e o sangue pobre em oxigênio que está saindo do ventrículo direito, segue agora para o arco aórtico esquerdo, que conduz o sangue para a parte posterior do corpo. Assim, o sangue não passa pelos pulmões e não perde calor.

Como funciona quando o animal está mergulhando?

Quando o animal está mergulhando, a pressão no ventrículo esquerdo é maior que no ventrículo direito, então, o sangue rico em oxigênio que está saindo do ventrículo esquerdo, flui via Forame de Panizza para o arco aórtico esquerdo, e vai para a parte posterior do corpo. Assim, o corpo recebe mais sangue oxigenado. O sangue que sai do ventrículo direito segue para os pulmões.

Essas mudanças no fluxo sanguíneo têm pelo menos três funções: estabilizar a concentração de oxigênio do sangue durante períodos de apneia, o desvio direito para a esquerda é responsável pelo aumento do fluxo sanguíneo no circuito sistêmico, que os répteis usam durante o aquecimento; e desvia o sangue dos pulmões durante o período de apneia.

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Qual a grande diferença entre o coração de um crocodiliano e de outros répteis há mistura de sangue venoso e arterial como?

Crocodilianos possuem dois ventrículos separados, mas nos outros répteis, os ventrículos não estão completamente separados. Mesmo assim, o sangue arterial e o venoso não se misturam e todos os répteis possuem dupla circulação. No coração dos escamados e tartarugas, o ventrículo funciona como três cavidades.

Como é o coração dos répteis não crocodilianos?

Coração dos répteis O coração dos répteis varia de acordo com o grupo estudado. Nos não crocodilianos, observa-se a presença de dois átrios, entretanto, o ventrículo ainda é parcialmente dividido. Assim como nos anfíbios, a mistura de sangue também é pouca, mesmo sem a divisão completa do ventrículo.

Qual a principal diferença existente entre o coração dos répteis crocodilianos e os outros répteis?

O coração dos répteis apresenta algumas diferenças entre o próprio grupo. O coração dos répteis crocodilianos é diferente do observado em répteis não crocodilianos. Nesse último grupo, observa-se ainda uma divisão incompleta do ventrículo; nos crocodilianos, todas as câmaras estão completamente divididas.

Como é o coração de um réptil não Crocodiliano e de uma réptil crocodiliano?

Nos répteis, o coração apresenta diferenças dentro do próprio grupo. Em répteis não crocodilianos, há dois átrios e um ventrículo parcialmente septado, proporcionando a comunicação entre as cavidades. Já nos répteis crocodilianos, há dois átrios e dois ventrículos, os quais estão completamente separados.