Qual é a diferença entre o HIV e o SIDA?

Você já ouviu falar em HIV positivo e pode ter pensado que se trata de alguém com AIDS. Na verdade, uma pessoa pode apresentar resultado positivo para o vírus HIV e, no entanto, não estar com a doença.

A diferença é que a simples presença do vírus no organismo de uma pessoa não significa que ela esteja doente. E essa condição de ter o vírus, mas não adoecer pode perdurar por toda a vida.

Continue a leitura e descubra qual a diferença entre HIV positivo e AIDS.

O que é HIV positivo?

Microrganismos podem causar uma série de infecções (fungos, bactérias, vírus) e transmitir essencialmente pelo ato sexual. São conhecidas pela sigla IST, de Infecção Sexualmente Transmissível. Uma dessas infecções é conhecida pela expressão HIV positivo.

HIV é a sigla em Inglês para Human Immunodeficiency Virus ou Vírus da Imunodeficiência Humana. Por sua vez, a expressão HIV positivo se refere à condição de detecção da presença desse vírus pelo exame de sangue de uma pessoa. Essa presença, no entanto, pode aumentar as chances de outras condições.

Tecnicamente, se utiliza o termo soropositivo para indicar que o exame deu positivo para a presença do vírus. Não se trata de uma doença, mas de uma condição de infecção, isto é, da presença do vírus no organismo.

Nesse sentido, dependendo da capacidade de reação do sistema imunológico da pessoa infectada, essa condição pode ou não se tornar uma doença. Se o vírus vencer o embate com as defesas do organismo, pode surgir a AIDS. É importante manter a qualidade de vida com alimentação saudável e atividade física regular.

O que é AIDS?

O vírus HIV, uma vez no organismo da pessoa, tem como alvo um dos tipos de células do sistema imunológico conhecido por linfócito T-CD4+. Esse linfócito é uma célula de defesa produzida pela glândula chamada timo e tem um papel de grande relevância no sistema de proteção contra infecções.

Na verdade, esse linfócito está à frente da organização e do comando das ações de defesa contra microrganismos que já infectaram o corpo alguma vez. Como tem a capacidade de “memorizar” esses ataques anteriores, consegue reconhecer quando voltam e logo partir para o combate defensivo.

O vírus HIV consegue se ligar à célula do linfócito T-CD4+ e invadi-lo. Como a maioria dos vírus faz quando invade uma célula, altera o DNA do linfócito obrigando-o a produzir milhares de cópias de novos vírus, enfraquecendo a capacidade de reconhecimento e defesa do corpo contra outros microrganismos invasores.

A AIDS, por sua vez, é a sigla em Inglês para Acquired Immunodeficiency Syndrome ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, às vezes referida também como SIDA. Trata-se de uma doença crônica resultante do sucesso do vírus HIV ao invadir o organismo da pessoa.

Como enfraquece e praticamente derruba as defesas imunológicas do corpo, o organismo fica suscetível à presença de inúmeros microrganismos que passam a encontrar facilidade para se instalar. Portanto, a AIDS é uma doença que abre as portas para inúmeras outras infecções que, na verdade, são as que trazem os danos.

Como é o tratamento hoje?

A AIDS é uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. No entanto, hoje os tratamentos disponíveis têm se mostrado bastante eficientes nos resultados que alcançam, permitindo maior qualidade de vida.

Carga viral indetectável

De modo geral, para as doenças provocadas por vírus, a quantidade desses microrganismos presente no sangue da pessoa infectada recebe o nome de carga viral. Como resultado, o responsável mede a quantidade por exames de carga viral.

Um tratamento médico eficiente, ainda que não alcance a cura, reduz a carga viral do paciente para níveis tão baixos que o exame não consegue medir. Nesse caso, diz-se que o organismo alcançou uma carga viral indetectável.

Tratamento da AIDS

O tratamento da AIDS é feito com a utilização de medicação antirretroviral (combate os retrovírus, como o dessa doença). Quando o tratamento se inicia precocemente, isto é, logo que se percebe a condição, e sendo seguido de modo adequado, consegue garantir melhor qualidade de vida à pessoa.

Nesse sentido, pesquisas e sólidos estudos científicos em várias partes do mundo já demonstraram que aderir ao tratamento antirretroviral promove significativa redução da carga viral das pessoas vivendo com HIV. Essa redução permite alcançar o estágio de carga viral indetectável.

Nessa condição, as pessoas com HIV Positivo deixam de transmitir, o que se conhece pela expressão “indetectável = intransmissível”. Ou seja, para ser considerado sem transmissão, essa condição de carga viral indetectável deve estar presente durante pelo menos 6 meses consecutivos.  

Como o especialista reconhece a presença do vírus?

Quando o organismo é infectado por um vírus, ocorre uma fase imediata de reconhecimento e de produção de anticorpos para defesa. A presença desses anticorpos, que são específicos para o agente causal de cada doença, pode ser detectada por testes rápidos e exames laboratoriais.

Assim, por exemplo, enquanto um exame de glicemia detecta níveis de glicose no sangue, o exame para verificar a presença do HIV procura anticorpos do próprio organismo. O reconhecimento dessa presença se faz por meio de análise realizada em amostra de sangue ou de fluido oral.

Por razões de ética e confidencialidade, é possível fazer os exames ainda que de forma anônima. Então, nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), há um processo de aconselhamento com vistas a facilitar o entendimento do resultado do exame pelo interessado.

Janela imunológica

Existe um período transcorrido desde a infecção do organismo com o vírus HIV até a reação de produção de anticorpos. Quando se considera uma quantidade suficiente desses anticorpos para haver detecção por meio dos testes aplicados, esse intervalo é chamado janela imunológica.

No caso de uma infecção pelo HIV, são necessários cerca de 30 dias após a data do possível contágio para que existam anticorpos suficientes para uma detecção pelos exames.. Essa informação é essencial para o médico evitar falsos negativos quando for realizar exames antes do tempo.

Como você pôde ver, existem diferenças importantes entre a condição de HIV positivo e a ocorrência da AIDS. Portanto, uma pessoa pode até apresentar longevidade com o vírus em seu organismo e nunca manifestar a doença.

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Qual é a diferença entre o HIV e o SIDA?

Qual é a diferença entre o SIDA e o HIV?

O primeiro caso de infecção pelo vírus HIV foi confirmado em 1976, na África. Porém, o termo Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS, SIDA) só foi utilizado em 1981, descrevendo toda a síndrome clínica em pacientes infectados pelo vírus HIV.

O que é a SIDA?

O que é a SIDA? SIDA significa síndrome de imunodeficiência adquirida. É um conjunto de sinais e de sintomas que aparecem pela deficiência do sistema imunitário, que vai ficando com menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença. Pode surgir após a infeção por VIH.

Como é a aparência de uma pessoa que tem HIV?

Rash da infecção aguda pelo HIV: manchas vermelhas na pele que ocorrem 48 a 72 horas após o início da febre e costumam durar entre 5 e 8 dias. O rash costuma se apresentar como lesões arredondadas, menores que 1 cm, avermelhadas, com discreto relevo e distribuídas pelo corpo, principalmente no tórax, pescoço e face.

Qual o tempo de vida de uma pessoa com HIV?

Estudo divulgado hoje (28) pelo Ministério da Saúde mostra que 70% dos pacientes adultos e 87% das crianças diagnosticadas entre 2003 e 2007 tiveram sobrevida superior a 12 anos. Em 1996, antes de o ministério ofertar o tratamento universal aos pacientes com HIV/aids, a sobrevida era estimada em cerca de cinco anos.