A gestão escolar é reconhecida, hoje, como um dos elementos determinantes do desempenho de uma escola. Por isso, várias discussões tem abordado esse tema a fim de discutir alguns conceitos existentes sobre esse aspecto da escola. Para falar sobre gestão é preciso considerar que esse é uma aspecto fundamental para o bom desenvolvimento da escola. Show Segundo o PRADEM (Programa de Apoio ao
Desenvolvimento da Educação Municipal) (2003), “o tipo de gestão a ser adotado, no âmbito da educação pública brasileira, é, por imposição legal, o democrático”. O artigo 206 da Constituição Federal Brasileira, bem como o artigo 3º inciso VIII da LDB assim o determina. Atualmente, as escolas vêm desconstruindo a concepção de gestor autoritário, que se vê como único responsável por tomar as decisões acerca da escola. Porém, percebe-se que o gestor ou diretor escolar ainda assume um papel de centralidade organizacional, sendo o único que deve
prestar contas pelos resultados educacionais conseguidos. Por isso, faz-se necessário um repensar da gestão, para que essas práticas
autoritárias cedam lugar a uma gestão que preze pela democracia e participação plena de todos os sujeitos que fazem parte da instituição escolar. Nos aspectos legais, pode-se perceber que no artigo 206 da Constituição Federal Brasileira é determinado, por imposição legal, a gestão democrática, que tem como finalidade a construção de um ambiente democrático e participativo no ambiente escolar. O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a ideia de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando situações, decidindo sobre seu acompanhamento e agindo sobre elas em conjunto. Isso porque o êxito de uma organização depende da ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva. (Luck,1996, p.37). Hoje vista como uma ação de caráter coletivo, o trabalho escolar é realizado a partir da participação e integração de todos os membros da comunidade escolar, tanto direta ou indiretamente, reconhecendo e assumindo responsabilidades na construção e efetivação dos objetivos propostos na organização escolar e pelo todo da instituição. “(…) é importante que a participação seja entendida como um processo dinâmico e interativo que vai muito além da tomada de decisão, uma vez que caracterizado pelo inter apoio na convivência do cotidiano da gestão educacional, na busca, por seus agentes de superação de suas dificuldades e limitações.” (Luck,1996, p.31). Segundo Marques (1981), a participação de todos nos diferentes níveis de decisão e nas sucessivas faces de atividades é essencial para assegurar o eficiente desempenho da organização. A ação grupal reflete constantemente uma metodologia participativa, em que todos têm condições de se envolver ativamente no trabalho, com
reflexos nos resultados alcançados pelo grupo. (Dalmás,1994, p.58). Em suma, é preciso considerar que a gestão democrática da educação formal deve estar associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação universalizada, são questões que estão relacionadas nesse debate. Esses processos devem garantir e mobilizar a presença dos diferentes atores envolvidos, que participam no nível dos sistemas de ensino e no nível da escola. Como dito anteriormente, esta proposta está presente hoje em praticamente todos os discursos da reforma educacional no que se refere à gestão, constituindo um novo senso comum, seja pelo reconhecimento da importância da educação na democratização, regulação e progresso da sociedade, seja pela necessidade de valorizar e considerar a diversidade do cenário social, ou ainda a necessidade de o Estado sobrecarregado aliviar-se de suas responsabilidades, transferindo poderes e funções para o nível local. Partindo disso, pensar a gestão para a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na ideia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola. Desse modo, é preciso entender a gestão escolar como um modelo que comporta todos os envolvidos na criação controlando a execução de políticas que melhorem a realidade de cada comunidade escolar. Portanto, conhecer todo o processo educacional desde a parte administrativa até a sala de aula é essencial para o aperfeiçoamento do ensino. Faz-se necessário estar a par de toda a realidade escolar para que possamos crescer profissionalmente e pessoalmente sempre trazendo uma proposta que é de valor e responsabilidade coletiva: a Gestão Democrática no Ensino. Gostou do conteúdo e ficou interessado em saber mais? Siga acompanhando nosso portal e fique por dentro de todas nossas publicações. Aproveite também para conhecer nossos cursos e ampliar seus conhecimentos. Qual seria o papel do gestor escolar para o alcance de uma educação de qualidade?Em síntese, cabe ao gestor: escolar focar a ação da gestão na aprendizagem dos alunos; avaliar as ações da escola; coordenar a construção, acompanhar a execução e avaliação do PPP; monitorar e avaliar continuamente a qualidade do processo pedagógico; priorizar o coletivo.
Como a gestão escolar pode melhorar a qualidade do ensino?O gestor pensa a instituição em sua amplitude, com todas as áreas, respeitando a importância de cada setor e priorizando as metas determinadas para aquele período ou ano letivo. Assim, com olhar amplo, consegue alcançar bons resultados tanto no funcionamento da escola quanto na eficiência do ensino.
Qual o papel do gestor escolar na escola?O gestor escolar tem o papel de gerir a escola a partir das diretrizes e políticas públicas educacionais, além de implementar o projeto pedagógico de maneira a garantir que os estudantes atinjam os objetivos desejados.
Como um bom gestor oferece uma educação de qualidade?Ser um gestor escolar eficiente é saber negociar e delegar as tarefas de forma segura, mostrando confiança e respeito pelo trabalho dos seus colaboradores, mas sem esquecer de controlar e acompanhar de perto o desenvolvimento de cada ação.
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