Qual o presidente do Brasil na 1 guerra Mundial?

Embora pequena, o Brasil participou da 1ª Guerra Mundial. Saiba como foi no artigo abaixo.


Qual o presidente do Brasil na 1 guerra Mundial?

Presidente Venceslau Brás assinando a declaração de guerra a Alemanha.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) envolveu a participação de muitos países e o Brasil não ficou de fora deste contexto. 

Nos três primeiros anos da guerra, o Brasil permaneceu neutro. Porém, em 5 de abril de 1917, um submarino alemão atacou um navio brasileiro (vapor Paraná da Marinha Mercante) carregado de café. Neste ataque, próximo ao litoral francês, três brasileiros foram mortos. Em 20 de maio, outro navio brasileiro, agora o Tijuca, navegando em águas francesas, foi torpedeado por um submarino alemão. Estes fatos foram o estopim para a entrada do Brasil no conflito.

O Brasil declarou guerra aos países da Tríplice Aliança (Alemanha e Império Austro-Húngaro) em 1 de junho de1917. Porém, o Brasil não enviou soldados para os campos de batalha na Europa. Desta forma, nenhum militar brasileiro foi morto durante o conflito armado mundial.

O Brasil participou enviando medicamentos e equipes de assistência médica para ajudar os feridos da Tríplice Entente (Reino Unido, França, Rússia e Estados Unidos). Também participou realizando missões de patrulhamento no Oceano Atlântico, utilizando embarcações militares. 

Qual o presidente do Brasil na 1 guerra Mundial?

Capa do Jornal Gazeta de Notícias (26/10/1917) anunciando a entrada do Brasil na Primeira Guerra

Os principais benefícios da Primeira Guerra para a economia brasileira

Durante os quatro anos da Primeira Guerra, os países europeus envolvidos no conflito voltaram a produção de suas indústrias para a fabricação de armamentos e equipamentos para os soldados. Desta forma, O Brasil ficou sem opções para importar produtos manufaturados da Europa. Ricos cafeicultores brasileiros, aproveitaram o momento e investiram capital acumulado nas indústrias, favorecendo assim a industrialização do Brasil. 

O Brasil também lucrou muito exportando matérias-primas para os países em guerra como, por exemplo e principalmente, a borracha. Também exportou muitos produtos agrícolas (café, cacau e açúcar).


artigo publicado em 28/05/2021

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada

- CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930): texto e contexto. São Paulo: Difel, 1969.


Ricardo Westin | 01/09/2014, 15h26

  • Qual o presidente do Brasil na 1 guerra Mundial?

Documentos guardados no Arquivo do Senado lançam luzes sobre um episódio esquecido da história: a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Os registros mostram que as opiniões de Ruy Barbosa, senador na época, foram cruciais para que o Brasil decidisse declarar guerra contra os impérios centrais e enviar homens e navios para a Europa.

— Tenho sido acusado de estar pregando a guerra no continente americano em paz — discursa Ruy Barbosa (PRL-BA) em maio de 1917, no Palácio do Conde dos Arcos, a sede do Senado, no Rio. — Não, senhores senadores, não preguei até hoje a guerra. A guerra não é matéria de arbítrio, deliberação ou escolha, mas uma situação criada pela Alemanha, que, envolvendo todos os países neutros na mesma situação dos beligerantes na guerra naval, não deixa aos neutros outro caminho senão o de aceitar a guerra que ela declara.

A Alemanha era um dos impérios centrais, ao lado do Império Austro-Húngaro e do Império Turco-Otomano. Esse grupo estava em guerra contra os chamados aliados — Reino Unido, França, Rússia e, mais tarde, Estados Unidos. Quando a guerra é deflagrada, o Brasil opta pela neutralidade. A situação muda depois que submarinos alemães torpedeiam navios comerciais brasileiros. Inconformado, Ruy Barbosa insiste que o país não pode tolerar a ofensiva do “enxame de submarinos”:

— A Alemanha arroga a si o direito estupendo, inominável e infernal de matar indistintamente, como carga nos navios que destroem, os seus capitães, os seus tripulantes e os seus passageiros. É ilógico, é absurdo sustentar a neutralidade brasileira. Quando uma nação chega ao extremo, à miséria de não ter meios de se defender, de ser obrigada a tolerar em silêncio absoluto e resignação ilimitada todos os atos contra o seu direito, a sua honra e a sua existência, essa nação perdeu o direito de existir.

A gota d’água é o torpedeamento do navio brasileiro Macau, em outubro de 1917, na costa espanhola. Antes de a embarcação ir a pique, dois tripulantes foram capturados como prisioneiros de guerra. Dias depois, o governo finalmente declara guerra.

Ruy Barbosa tem papel decisivo. Por um lado, é um dos mais influentes conselheiros do presidente Wenceslau Braz. Antes de tomar a resolução, o mandatário se reúne com o senador. Por outro lado, Ruy Barbosa combina seus conhecimentos de direito internacional com seu poder retórico para convencer os colegas do Senado a aprovar no mesmo dia a declaração de guerra proposta pelo presidente.

— Não obstante a nossa relativa pequenez, a nossa notória ausência de recursos, [ao aprovar o estado de guerra] daremos o passo mais grave, mais extraordinário dos anais do Parlamento brasileiro. O mundo nos começará a olhar como nação capaz de virtudes e heroísmos.

Ruy Barbosa é uma das figuras brasileiras mais admiradas de todos os tempos. Além de senador, foi advogado, jurista, jornalista, diplomata, ministro, deputado, ensaísta e até presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL). Foi ministro da Fazenda logo no primeiro governo da República.

A passagem pelo Senado foi longeva, de 1890 a 1921. Candidatou-se duas vezes à Presidência da República, sem sucesso. Representou o Brasil na Conferência de Paz de Haia, em 1907, onde ganhou respeito internacional por brigar pelos países fracos contra os interesses das potências. Foi então que ganhou a alcunha de Águia de Haia.

No Brasil, os partidários dos aliados normalmente utilizavam argumentos ideológicos ou econômicos — o Reino Unido era um grande parceiro comercial e mantinha muitos investimentos no país. Diferentemente deles, Ruy Barbosa escolhe seu lado na guerra baseado em questões jurídicas. Explica Christiane Laidler, professora de história da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj):

— Para Ruy Barbosa, a Alemanha violava as regras do direito internacional. Ele apontava os crimes de guerra e o desrespeito à neutralidade dos países, como a invasão de Luxemburgo e da Bélgica. A Alemanha representava uma ameaça à segurança de todas as nações, sobretudo as pequenas, que dependiam do direito para se protegerem dos países que usavam a força.

A Primeira Guerra Mundial terminaria um ano depois da adesão brasileira, em 1918, com um saldo de 16 milhões de mortos. O Brasil figuraria entre os vitoriosos.

Reportagem atualizada em 30/12/2019


Quem era o presidente na Primeira Guerra Mundial no Brasil?

Depois de outros navios brasileiros serem torpedeados novamente, na costa do Mar Mediterrâneo, o então presidente Venceslau Brás assinou – após aprovação no Congresso – a declaração de guerra contra a Tríplice Aliança no dia 26 de outubro de 1917.

Quem era o presidente do Brasil durante as guerras mundiais?

Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas. A princípio, a posição brasileira foi de neutralidade. Depois de alguns ataques a navios brasileiros, Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra.

Quem e o presidente da Primeira Guerra Mundial?

Venceslau Brás
Período
15 de novembro de 1910 a 15 de novembro de 1914
Antecessor(a)
Nilo Peçanha
Sucessor(a)
Urbano Santos
9.º Presidente de Minas Gerais
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