Que acontecimentos fizeram com que as multinacionais se expandiram pelo mundo?

As multinacionais – que também são chamadas de transnacionais ou empresas globais – são aquelas companhias que atuam em vários territórios no mundo, tanto com a dispersão de seus produtos entre as mais diferentes populações do planeta quanto com a expansão de suas fábricas para vários países. No contexto da globalização, as multinacionais exercem papel de destaque na economia mundial.

Se você começar a observar o seu cotidiano, perceberá que ele está repleto de produtos pertencentes a marcas de origem estrangeira, mesmo que a fábrica dessas mercadorias encontre-se em solo nacional. Isso acontece porque, com o avanço do sistema capitalista, essas empresas passaram a realizar suas atividades comerciais em todo o mundo. Assim, desde o nosso vestuário até aquilo que comemos e bebemos, existe um grande número de produtos fabricados por empresas globais.

Do ponto de vista histórico, o principal marco desse processo de expansão das empresas multinacionais pelo mundo foi a abertura comercial da China, um país autodenominado socialista e que tinha sua economia fechada ao mercado estrangeiro. Hoje, as ruas das cidades chinesas retratam em suas paisagens essa verdadeira “invasão” de empresas globais, que buscam mais consumidores na grandiosa população desse país.

Que acontecimentos fizeram com que as multinacionais se expandiram pelo mundo?

Publicidade da Coca-Cola em um pequeno ponto comercial em Guangzhou, na China *

Por falar em história, foi a partir da segunda metade do século XX que as empresas multinacionais intensificaram seu processo de expansão pelo mundo, o que gerou uma ampliação em nível global da disputa econômica entre elas pelo mercado. Nesse sentido, muitas delas conquistaram um crescimento ainda maior por meio da fusão ou compra de outras empresas, dominando mercados localizados e alguns segmentos comerciais globais.

Como já dissemos, essas empresas não transferem apenas os seus produtos, mas boa parte de seu processo produtivo para outros países. Muitas delas optam por países subdesenvolvidos e emergentes, pois eles possuem uma grande quantidade de mão de obra a preços menores, além de garantir um fácil acesso às matérias-primas e aos mercados consumidores desses países. Em alguns segmentos, há a distribuição da produção em várias partes, com cada peça de um mesmo produto sendo produzida em um local diferente do planeta e a montagem final em um outro país, nas fábricas chamadas de maquiladoras.

Por um lado, essa expansão internacional das fábricas permitiu a industrialização de países economicamente menos desenvolvidos, o que inclui o Brasil, gerando mais empregos. Por outro lado, esse processo gerou uma grande dependência econômica, haja vista que a maior parte dessas empresas transnacionais é oriunda de países desenvolvidos, que abrigam suas sedes e recebem a maior parte de seus lucros.

Em resumo, podemos dizer que a globalização vem integrando as diferentes partes do planeta não apenas na comunicação e nos transportes, mas também na economia, de modo que as relações comerciais e produtivas encontram-se cada vez mais integradas. As multinacionais são, portanto, uma das principais expressões da modernidade.

* Créditos da imagem: testing / Shutterstock


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Introdução

A Revolução Industrial designa um processo de profundas transformações econômico-sociais que se iniciou principalmente na Inglaterra. Em meados do século XVIII. Caracteriza-se pela passagem da manufatura à indústria mecânica. A introdução de máquinas fabris multiplica o rendimento do trabalho e aumenta a produção global. A Inglaterra adianta sua industrialização em 50 anos em relação ao continente europeu e sai na frente na expansão colonial. Entre as principais características da sociedade industrial, podemos citar: a organização das mais diversas atividades humanas pelo capital; a predominância da indústria na atividade econômica e o crescimento da urbanização. Vários historiadores têm dividido o processo de criação das sociedades industriais em duas fases, a primeira com duração de 1760 a 1860 e a segunda iniciada por volta de 1860. Com essa revolução surgiram também novas formas de energia, como a eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo. A velha Europa agrária foi se tornando uma região com cidades populosas e industrializadas. Com tempo, a Revolução Industrial influenciou profundamente a vida de milhões de pessoas em todas as regiões do planeta.

Fatores da Primeira Revolução Industrial

Revolução Comercial

A primeira etapa da industrialização foi gerada pela Revolução Comercial, realizada entre os séculos XV e XVIII, principalmente em alguns países da Europa centro-ocidental. Para esses países, a expansão do comércio internacional trouxe um extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capitais capazes de financiar o progresso técnico e alto custo da instalação de industrias.

A burguesia européia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a se interessar pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção e a investir no trabalho de inventores na criação de máquinas e experiências industriais.

Além disso, a Revolução Comercial resultou num aumento incessante de mercados, isto é, do lugar geográfico das trocas.

A ampliação das trocas, que a partir do século XVI os europeus passaram a realizar em escala planetária, levou a radical alteração nas formas de produzir de alguns países da Europa ocidental.

O aumento da divisão do trabalho

Com a expansão do comércio, o trabalho artesanal, realizado com ferramentas, típico das corporações de ofício, foi sendo substituído por um trabalho mais dividido, que exigiu a utilização de máquinas numa escala crescente. A produtividade foi incomparavelmente maior. Na França, por exemplo, os sapatos eram produzidos de forma artesanal: um mesmo artesão cortava, costurava, ou seja, realizava sozinho diversas tarefas que resultavam na fabricação de um sapato. Depois da extinção das corporações e do crescimento do mercado, cada operário no interior das fábricas nascentes foi especializado numa determinada tarefa.

A utilização de máquinas

Muito cedo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se ao trabalho dividido o emprego de máquinas em larga escala.

A sociedade industrial caracterizou-se fundamentalmente pela utilização sistemática de maquinário na produção e no transporte de mercadorias.

Para compreender a importância das máquinas, basta lembrar que elas, ao contrário das ferramentas, realizam trabalho utilizando basicamente forças da natureza, como o vento, a água, o fogo, o vapor, e um mínimo de força humana.

Alguns pensadores afirmam que a humanidade realizou seus maiores progressos criando máquinas para utilizar as energias da natureza. O progresso se realizou nos momentos em que a humanidade conseguiu fazer as forças da natureza trabalharem por ela por meio das máquinas.

A exigência de produzir mais, com o aumento das trocas, praticamente “forçou” o progresso técnico, que passou a constituir um dos traços mais significativos do moderno e contemporâneo.

Revolução Industrial na Inglaterra

A primeira fase da revolução industrial (1760-1860) acontece na Inglaterra. O pioneirismo se deve a vários fatores, como o acúmulo de capitais e grandes reservas de carvão. Com seu poderio naval, abre mercados na África, Índia e nas américas para exportar produtos industrializados e importar matérias-primas. Ao longo dos séculos XVI, XVII E XVIII, houve o acúmulo de capitais em mãos de um pequeno grupo investidor. Esses capitais provinham do comércio colonial, do contrabando, do tráfico de escravos, de transações com outros países. Esses capitais eram igualmente acumulados através de operações no setor da produção agrícola. Esses capitais não eram atingidos por tributos elevados e desde o século XVII dispunham de uma empresa bancária sólida  o Banco da Inglaterra , onde inclusive poderiam ser depositados com amplas garantias, sem se esquecer a possibilidade de obtenção de créditos.

Os setores empresariais dispunham de mão-de-obra numerosa e dependente, pois desvinculada dos meios e instrumentos de produção. Essa mão-de-obra crescia em função do aumento demográfico causado pela diminuição do índice de mortalidade e manutenção de alto índice de natalidade, pelo êxodo rural provocado pelos “enclosures” que criavam numerosos indivíduos sem emprego, e pela falência das corporações de ofício, o que, posteriormente, foi ampliado com o declínio das manufaturas.

Com a mecanização, aumentando a produção e os lucros, as indústrias se expandiram, embora determinados setores da produção industrial conhecessem progressos mais rápidos do que os verificados em outros setores.

No setor dos transportes, duas invenções foram importantíssimas: o navio a vapor, construído por Robert Fulton (1807), e a locomotiva a vapor, idealizada por George Stephenson (1814).

Fatores da Revolução inglesa

Acúmulo de capital – Depois da Revolução Gloriosa a burguesia inglesa se fortalece e permite que o país tenha a mais importante zona livre de comércio da Europa. O sistema financeiro é dos mais avançados. Esses fatores favorecem o acúmulo de capitais e a expansão do comércio em escala mundial.

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Controle do campo – Cada vez mais fortalecida, a burguesia passa a investir também no campo e cria os cercamentos (grandes propriedades rurais). Novos métodos agrícolas permitem o aumento da produtividade e racionalização do trabalho. Assim, muitos camponeses deixam de ter trabalho no campo ou são expulsos de suas terras. Vão buscar trabalho nas cidades e são incorporados pela indústria nascente.

Crescimento populacional – Os avanços da medicina preventiva e sanitária e o controle das epidemias favorecem o crescimento demográfico. Aumenta assim a oferta de trabalhadores para a indústria.

Reservas de carvão – Além de possuir grandes reservas de carvão, as jazidas inglesas estão situadas perto de portos importantes, o que facilita o transporte e a instalação de indústrias baseadas em carvão. Nessa época a maioria dos países europeus usa madeira e carvão vegetal como combustíveis. As comunicações e comércio internos são facilitados pela instalação de redes de estradas e de canais navegáveis. Em 1848 a Inglaterra possui 8 mil km de ferrovias.

Situação geográfica – A localização da Inglaterra, na parte ocidental da Europa, facilita o acesso às mais importantes rotas de comércio internacional e permite conquistar mercados ultramarinos. O país possui muitos portos e intenso comércio costeiro.

Expansão Industrial

A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção.

Primeiro automóvel a gasolina industrializado Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas formas de energia (elétrica e derivada de petróleo o aparecimento de novos produtos químicos e a substituição do ferro pelo aço.

Nesta fase formaram-se empresas gigantescas, algumas das quais deram origem às multinacionais do século XX. Surgiram eletricidade e os combustíveis derivados do petróleo.

Conseqüências da Revolução Industrial

Empresários e proletários

O novo sistema industrial transforma as relações sociais e cria duas novas classes sociais, fundamentais para a operação do sistema. Os empresários (capitalistas) são os proprietários dos capitais, prédios, máquinas, matérias-primas e bens produzidos pelo trabalho. Os operários, proletários ou trabalhadores assalariados, possuem apenas sua força de trabalho e a vendem aos empresários para produzir mercadorias em troca de salários.

Exploração do trabalho

No início da revolução os empresários impõem duras condições de trabalho aos operários sem aumentar os salários para assim aumentar a produção e garantir uma margem de lucro crescente. A disciplina é rigorosa mas as condições de trabalho nem sempre oferecem segurança. Em algumas fábricas a jornada ultrapassa 15 horas, os descansos e férias não são cumpridos e mulheres e crianças não têm tratamento diferenciado.

Movimentos operários

Surgem dos conflitos entre operários, revoltados com as péssimas condições de trabalho, e empresários. As primeiras manifestações são de depredação de máquinas e instalações fabris. Com o tempo surgem organizações de trabalhadores da mesma área.

Sindicalismo – Resultado de um longo processo em que os trabalhadores conquistam gradativamente o direito de associação. Em 1824, na Inglaterra, são criados os primeiros centros de ajuda mútua e de formação profissional. Em 1833 os trabalhadores ingleses organizam os sindicatos (trade unions) como associações locais ou por ofício, para obter melhores condições de trabalho e de vida.

Os sindicatos conquistam o direito de funcionamento em 1864 na França, em 1866 nos Estados Unidos, e em 1869 na Alemanha.

Aumento da produção e da urbanização

Em virtude da Revolução agrícola que diminuiu a necessidade de muita mão-de-obra nos meios rurais

Industrialização e Mundo Colonial

O aumento da produção industrial no início do século XIX fez com que a burguesia inglesa se preocupasse cada vez mais com a abertura constante de novos mercados. Para a Inglaterra tornou-se interessante a derrubada das barreiras mercantilista que criavam obstáculos ao comércio internacional.

Nas primeiras décadas do século XIX, os ingleses contribuíram decisivamente para a derrubada do Pacto Colonial na América ibérica, apoiando os grupos locais que lutavam pela independência. Com o fim da dominação colonial de Portugal e Espanha, iniciou-se nessa parte da América uma fase de dominação do imperialismo inglês.

Revolução nos Transportes

No início do século XIX, a máquina a vapor começou a ser utilizada nos meios de transporte. Data de 1807 o primeiro barco a vapor. Em 1825, na Inglaterra, o engenheiro George Estephenson conseguiu construir a primeira estrada de ferro.

Com o barco a vapor e as estradas de ferro, o tempo das viagens diminuiu, o custo dos transportes baixou e aumentou ainda mais o volume das trocas, isto é, o mercado. Com o aumento das trocas e a conseqüente necessidade de produzir mais, tornaram-se cada vez maiores os avanços da industrialização.

Conclusão

Chegamos a conclusão de que a Revolução Industrial foi para trazer transformações econômicas-sociais que consistia em ampliar os limites de suas relações comerciais e desenvolver mercados em outros continentes. E nesse esforço para expandir a região desenvolvia com maior rapidez seus recursos minerais, fontes de energia e outros.

Bibliografia

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Que acontecimentos fizeram com que as multinacionais se expandissem pelo mundo?

A expansão das multinacionais ocorreu por meio do avanço do fenômeno da globalização, que possibilitou o desenvolvimento de modelos de transporte e comunicação. As empresas multinacionais buscam absorver as vantagens locacionais das diversas regiões do globo.

Que fatores estimularam a expansão das empresas multinacionais pelo mundo?

São também chamadas de empresas transnacionais ou globais e sua proliferação pelo mundo está diretamente relacionada com o processo de globalização e consolidação do capitalismo financeiro e informacional.

Por que as multinacionais se expandiram pelo mundo após a Segunda Guerra Mundial?

Resposta: Multinacional ou transnacional é uma empresa que possui sede em determinado país e distribui suas atividades em filiais. Após a Segunda Guerra Mundial, as multinacionais se expandiram, porque o capitalismo estava tentando encontrar novas formas de expansão e de acumulação de capital.

Como as empresas transnacionais se expandiram pelo mundo?

A globalização acelerou e facilitou o processo de expansão das empresas multinacionais pelo espaço mundial. Os elementos que mais contribuíram para essa expansão, símbolos da globalização, são: A) proteção ambiental e desenvolvimento de energias renováveis.