Quem descobriu que os elétrons ocupam níveis discretos de energia?

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Quem descobriu que os elétrons ocupam níveis discretos de energia?

Em mecânica quântica, nível de energia ou nível energético é um estado quântico (de um elétron, átomo ou molécula, por exemplo) cuja energia está bem definida ao longo do tempo. Desse modo, os níveis energéticos são as funções próprias do operador hamiltoniano, e suas energias respectivas são seus valores.[1]

As diferentes espectroscopias estudam as transições entre os diferentes níveis de energia. A espectroscopia infravermelha, por exemplo, estuda transições entre os níveis energéticos da vibração molecular, a espectroscopia ultravioleta e visível estuda as transições eletrônicas e a espectroscopia Mössbauer se ocupa das transições nucleares.[2]

Na química e na física atômica, uma camada eletrônica, ou um nível de energia principal, pode ser pensado como uma órbita de elétrons girando ao redor do núcleo do átomo. A camada mais próxima do núcleo é chamada de "camada 1" (também chamada de "camada K"), seguida da" camada 2" (ou "camada L"), depois a "camada 3" (ou "camada M"), e assim por diante, conforme se afasta do núcleo. As camadas correspondem aos números quânticos principais (n = 1,2,3,4...) ou são nomeadas na ordem alfabética com letras usadas na rotação de raio-x (K, L, M,...).

Se a energia potencial é considerada zero a uma distância infinita do núcleo do átomo ou da molécula, convenção usual, então os respectivos estados eletrônicos possuem energia potencial negativa.

Se um átomo, íon ou molécula está no menor estado possível de energia, ele e seus elétrons são ditos no estado fundamental. Se ele está em um nível mais alto de energia, é dito excitado, ou quaisquer elétrons que possuem energia maior do que o estado fundamental estão excitados. Se mais de um estado mecânico quântico  está com a mesma energia, os níveis de energia estão "degenerados". Eles são então chamados de níveis de energia degenerados.[3]

Explicação[editar | editar código-fonte]

Estados quantizados de energia resultam de uma relação entre a energia de uma partícula e o seu comprimento de onda. Para uma partícula confinada, como um elétron em um átomo, a função de onda tem a forma de ondas estacionárias. Apenas estados estacionários com energia correspondente a um número inteiro de comprimentos de onda podem existir; para outros estados as ondas interferem destrutivamente, resultando em probabilidade de densidade igual a zero. Exemplos elementares que mostram matematicamente como níveis de energia acontecem são a partícula em uma caixa e o oscilador harmônico quântico. O elétron é uma partícula subatômica fundamental que carrega uma carga elétrica negativa.[3]

História[editar | editar código-fonte]

A primeira evidência da quantização em átomos foi a observação de linhas espectrais  na luz vinda do sol em cerca de 1 800 por Joseph von Fraunhofer e William Hyde Wollaston. A noção de níveis de energia foi proposta em 1913 pelo físico dinamarquês Niels Bohr na Teoria de Bohr para o átomo. A teoria da mecânica quântica moderna, dando a explicação desses níveis de energia em termos da equação de Schrödinger, foi desenvolvida por Erwin Schrödinger e Werner Heisenberg em 1926.[3]

Transição de Níveis de Energia[editar | editar código-fonte]

Quem descobriu que os elétrons ocupam níveis discretos de energia?

Ocorre emissão de fóton quando o elétron vai de um nível mais energético para um menos energético

Quem descobriu que os elétrons ocupam níveis discretos de energia?

Ocorre absorção de fóton quando o elétron vai de um nível menos energético para um mais energético

Elétrons em átomos e moléculas podem trocar (fazer transição) de níveis de energia ao emitirem ou absorverem um fóton, ou radiação eletromagnética, tal energia deve ser exatamente igual à diferença energética entre os dois níveis. Elétrons podem também ser completamente removidos de uma espécie química, como um átomo, molécula, ou íon. A remoção completa de um elétron de um átomo pode ser uma forma de ionização, que é efetivamente mover o elétron para um orbital com um número quântico principal infinito, tão longe de forma a praticamente não ter efeito algum sobre o átomo remanescente (íon). Para vários tipos de átomos, existem a 1ª, 2ª, 3ª energia de ionização e assim por diante, que podem ser fornecidas ao átomo em estado fundamental para remover elétrons do menor ao maior nível de energia. Energia em quantidades opostas também pode ser liberada, muitas vezes em forma de energia fotoelétrica, quando elétrons entram em contato com ións positivamente carregados (ou átomos). Moléculas também podem passar por transições em seus níveis de energia vibracionais e rotacionais. A transição de nível de energia também pode ser não-radioativa, significando que não ocorre a emissão ou absorção de um fóton.

Se um átomo, íon ou molécula está no menor nível de energia possível, ele e seus elétrons são ditos em estado fundamental. Se estão no maior nível de energia, são ditos excitados, ou qualquer elétron possui uma energia maior que o estado fundamental está excitado. Tal espécie pode ser excitada a um nível de energia maior ao absorver um fóton cuja energia é igual a diferença de energia entre dois níveis. Por outro lado, uma espécie pode ir para um nível de energia inferior ao emitir espontaneamente um fóton com energia igual a diferença energética. A energia de um fóton é igual à constante de Planck (h) vezes a sua frequência (f) e, portanto, é diretamente proporcional à sua frequência, ou inversamente proporcional ao seu comprimento de onda (λ).

onde c, velocidade da luz, é igual a .[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Átomo
  • Eletrosfera
  • Mecânica quântica
  • Modelo atômico
  • Espectroscopia
  • Estado excitado
  • Estado fundamental
  • Equação de Schrödinger
  • Subnível eletrônico
  • Diagrama de Linus Pauling

Referências

  1. Níveis de Energia
  2. «Os níveis de energia de um átomo: excitação e desexcitação». Consultado em 9 de setembro de 2014. Arquivado do original em 5 de março de 2015
  3. a b c d «Energy level». Wikipedia, the free encyclopedia (em inglês). 2 de junho de 2016

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  1. Ivan S. Oliveira, Física Moderna para iniciados, inter. e afic. vol 2, Editora Livraria da Física, 2005 ISBN 8-588-32544-6
  2. Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Astronomia & Astrofísica, Editora Livraria da Física, 2004 ISBN 8-588-32523-3
  3. EDUARDO DE CAMPOS VALADARES, ESDRAS GARCIA ALVES, ALAOR CHAVES, Aplicações da Física Quântica do Trans. à Nano., Editora Livraria da Física, 2005 ISBN 8-588-32532-2

Quem descobriu que os elétrons ocuparem níveis discretos de energia?

É reconhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico: a) o átomo ser indivisível. b) a existência de partículas subatômicas. c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia.

Qual cientista descobriu os níveis de energia do átomo?

Niels Böhr (1885-1962) foi um físico dinamarquês que ficou mais conhecido por seus trabalhos sobre a estrutura atômica, recebendo inclusive o Prêmio Nobel de Física em 1922.

O quê Thomson determinou?

(Fuvest) Thomson determinou, pela primeira vez, a relação entre a massa e a carga do elétron, o que pode ser considerado como a descoberta do elétron. É reconhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico: A) o átomo ser indivisível.

Qual foi a conclusão de Bohr?

As Conclusões de Bohr É que se o elétron emite energia, ele salta para uma órbita mais afastada do núcleo. Se ele consumir energia, aumenta automaticamente o nível dessa energia. As camadas eletrônicas, ou níveis de energia, apresentam um número determinado e são denominadas pelas letras: K, L, M, N, O, P, Q.