Relações entre Estados Unidos e Brasil

Relações entre Brasil e Estados Unidos

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  Brasil

  Estados Unidos

As relações entre Brasil e Estados Unidos englobam o conjunto de relações diplomáticas, econômicas, históricas e culturais estabelecidas entre o Brasil e os Estados Unidos. Estão entre as mais antigas do continente americano, sendo os Estados Unidos o primeiro país a reconhecer a independência brasileira. Atualmente, os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.[1]

Além disso, os dois países compartilham a adesão de várias organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio, a Organização dos Estados Americanos, o G8+5 e o G20. O Brasil é um dos países mais pró-Estados Unidos do mundo. De acordo com uma pesquisa de opinião global, 62% dos brasileiros viam os Estados Unidos de maneira favorável em 2010, índice que aumentou para 73% em 2013. No entanto, essas pesquisas foram realizadas antes de revelações de espionagem da Agência de Segurança Nacional para o público brasileiro.[2] Em outra pesquisa realizada no final de 2013, 61% dos estadunidenses viam favoravelmente o Brasil.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Século XIX[editar | editar código-fonte]

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Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil e posterior abertura dos portos a navios estrangeiros, os Estados Unidos foram, em 1815, o primeiro país a estabelecer um consulado no Brasil, mais precisamente no Recife em Pernambuco, primeira cidade do Hemisfério Sul a abrigar uma representação diplomática norte-americana.[4][5] Ele também foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil de Portugal em 1824, dois anos após a sua proclamação. Reconhecer a independência dos países da América de suas metrópoles europeias era uma das bases da política externa dos Estados Unidos, que esperavam minar a influência da Europa na região.

Na primeira Conferência Pan-Americana, em 1890, muitos países do Continente Americano, incluindo os EUA e o Brasil, discutiram uma série de projetos de integração regional. Essas variavam de militar para integração econômica. Os Estados Unidos planejavam criar um bloco econômico pan-americano e anti-europeu, uma união aduaneira. Significa suspender as tarifas externas aplicadas ao comércio interamericano, mas não ao comércio europeu-americano.[6]

Século XX[editar | editar código-fonte]

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No início do século XX, a relação cordial estabelecida é referida como a Aliança não escrita ou a Entente Cordiale, um cognome consagrado. Ela fora descrita também como um acordo tácito entre as duas nações.

Na década de 1920 o Wall Street Journal noticiava que "Não há no mundo melhor território para a exploração do que o Brasil". O historiador e diplomata Gerald Haines escreveu a monografia "The Americanization of Brazil: A Study of U.S.Cold War Diplomacy in the Third World", na qual ele diz que o Brasil seria "uma área de experimentação para métodos modernos de desenvolvimento industrial" e que isso seria um componente de um projeto global onde os Estados Unidos "assumiram por interesse próprio a responsabilidade, visando o bem-estar do sistema capitalista mundial", já no contexto da disputa mundial contra o comunismo. Essa experimentação que teria sido implementada a partir de 1945 foi apresentada como um êxito americano e que culminou com o milagre econômico brasileiro no início da década de 1970. Não obstante, grande parte da população brasileira figurava entre as mais miseráveis do mundo em contraste a de qualquer país comunista da Europa Central. Haynes afirmava ainda que o objetivo americano era "eliminar toda competência estrangeira" da América Latina e manter os investimentos privados para a exploração das amplas reservas de matéria-prima, afastando a influência do "comunismo internacional".[7]

A Revolução Brasileira de 1930 derrubou os proprietários oligárquicos de plantação de café e trouxe ao poder a classe média urbana e os interesses empresariais que promoveram a industrialização e a modernização. A promoção agressiva da nova indústria se tornou o foco da economia em 1933, e incentivou investidores americanos. Os líderes do Brasil nas décadas de 1920 e 1930 decidiram que o objetivo da política externa implícita da Argentina era isolar o Brasil de língua portuguesa dos vizinhos de língua espanhola, facilitando assim a expansão da influência econômica e política argentina na América do Sul. Pior ainda, o medo de que um exército argentino mais poderoso lançasse um ataque surpresa contra o mais fraco exército brasileiro. Para combater esta ameaça, o Brasil criou laços mais estreitos com os Estados Unidos. Enquanto isso, a Argentina avançava na direção oposta.[8]

Segunda Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi considerado um fiel aliado dos Estados Unidos e enviou seus militares para lutar contra a Alemanha Nazista, mesmo quando os u-boats alemães afundaram barcos brasileiros. Os EUA forneceram 100 milhões de dólares em dinheiro do programa "Lend-Lease" em troca do uso de campos de pouso para transportar tropas e suprimentos através do Atlântico, e bases navais para lutar contra barcos submarinos das Potências do Eixo (u-boats). Em contraste, a Argentina (na época, uma rival do Brasil) era oficialmente neutra e às vezes favorecia a Alemanha.[9]

As interações entre os dois países aumentaram durante a Segunda Guerra Mundial. Os EUA tinham um plano para invadir o nordeste em 1942,[10] caso o Brasil insistisse em sua neutralidade.[11] Este plano de invasão, depois cancelado, ficou conhecido como Plan Rubber.[12] Neste mesmo ano, durante o primeiro mandato presidencial de Getúlio Vargas (1930-1945), o Brasil fez contribuições para os Aliados contra as Potências do Eixo. Isso levou à criação do Comissão Mista de Defesa Brasil-Estados Unidos, que trabalhou para fortalecer os laços militares entre os dois países, reduzindo a probabilidade de ataques do Eixo sobre o transporte (principalmente marítimo) dos Estados Unidos, como soldados viajaram através do Atlântico para a África e a Europa, e minimizando a influência da Eixo na América do Sul.

Apoio ao Golpe de 1964[editar | editar código-fonte]

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Apesar de nunca ter sido admitido oficialmente pelo governo dos Estados Unidos, os estadunidenses forneceram secretamente armas e outros tipos de apoios para os militares golpistas em 1964.[15] Documentos do governo norte-americano divulgados no dia 31 de março de 2004, o 40º aniversário do golpe de Estado brasileiro, expuseram o papel dos Estados Unidos no regime militar no Brasil. Uma fita de áudio lançada naquele dia, por exemplo, mostrou o presidente Lyndon Johnson (presidiu entre 1963-1969) instruindo seus assessores no Brasil com estas palavras: "Eu acho que devemos tomar todas as medidas que podemos, estarmos preparados para fazermos tudo o que precisamos fazer." O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, foi talvez a autoridade dos Estados Unidos mais entusiasmadamente pró-golpe. Quatro dias antes do golpe, Gordon escreveu para agentes da CIA detalharem como os Estados Unidos deveriam ajudar os conspiradores: "Se a nossa influência deve ser exercida para ajudar a evitar um grande desastre aqui — o que poderia tornar o Brasil a China dos anos 1960 — tanto eu como todos os meus assessores seniores acreditamos que o apoio deve ser dado". Para garantir o sucesso do golpe, Gordon recomenda "que sejam tomadas medidas mais rápidas para se preparar para uma entrega clandestina de armas de origem não-estadunidense, a serem disponibilizadas aos adeptos de Castelo Branco, em São Paulo." Em um telegrama subsequente, liberado em fevereiro de 2004, Gordon sugeriu que estas armas fossem "pré-posicionadas antes de qualquer surto de violência", a ser utilizado pelas unidades paramilitares e "militar amistosas contra militares hostis, se necessário." Para esconder o papel dos Estados Unidos, Gordon recomendou que as armas fossem entregues via "submarino não marcado para ser carregado na noite em pontos isolados da costa no estado de São Paulo, ao sul de Santos."[16]

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Em 2001, Gordon publicou o livro Brazil's second chance: en route toward the first world sobre a história brasileira desde o golpe militar. Nela, ele negou o seu papel no caso. Na importância de Gordon para o movimento golpe, no entanto, James N. Green, um brasilianista estadunidense, disse em uma entrevista com um site brasileiro: "[Gordon] mudou a história do Brasil, pois ele deu luz verde para que os militares avançarem o golpe em 1964. Ele deixou claro que, se o golpe fosse efetuado, os Estados Unidos iriam reconhecê-lo imediatamente, o que foi fundamental [para os conspiradores]."[17] Os meios de comunicação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, saudaram o golpe militar.[18]

Para apoiar os militares rebelados, o governo dos EUA preparou a operação Brother Sam, que forneceria navios-tanque com gasolina, uma ponte aérea com munição e uma força-tarefa naval no litoral brasileiro. Ela foi acionada em 31 de março, com previsão de chegada dos navios a partir de 11 de abril. Com a deposição rápida de Goulart, esse apoio foi cancelado antes de chegar ao país.[19] Os Estados Unidos imediatamente reconheceram o novo governo interino do Brasil. A administração Johnson (e o Fundo Monetário Internacional) fizeram grandes empréstimos ao novo governo Castelo Branco (1964-1967).

Em uma palestra sobre a política externa estadunidense na Universidade de Harvard em 19 de março de 1985, Noam Chomsky disse o seguinte sobre o papel de Gordon no golpe de 1964:[20]

Em um caso, o do Brasil, o país mais importante da América Latina, houve o que foi chamado de "milagre econômico" nas últimas duas décadas, mesmo que tenhamos destruído a democracia brasileira através do apoio a um golpe militar em 1964. O apoio ao golpe foi iniciado por Kennedy mas finalmente finalizado por Johnson. O golpe foi pedido pelo embaixador de Kennedy, Lincoln Gordon, "a única vitória mais decisiva para a liberdade na metade do século XX". Nós instalamos o primeiro verdadeiro grande estado de segurança nacional, estado semi-nazista da América Latina, com tortura de alta-tecnologia e assim por diante. Gordon o chamava de "totalmente democrático", "o melhor governo que o Brasil já teve". Bem, houve um aumento no milagre econômico e houve um aumento no PIB. Mas houve também um aumento no sofrimento para grande parte da população.

Século XXI[editar | editar código-fonte]

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Presidentes Lula e Bush na Petrobras durante a visita do presidente estadunidense ao Brasil em março de 2007.

Logo após os ataques de 11 de setembro de 2001, o Brasil foi o primeiro a propor a invocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, também conhecido como o Tratado do Rio, que estipula que "um ataque armado contra um membro deve ser considerado um ataque contra todos." O tratado foi ativado 19 de setembro em uma reunião de ministros das Relações Exteriores do Hemisfério Ocidental na Organização dos Estados Americanos. Em 1.º de outubro, o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que os Estados Unidos não tinham pedido o apoio militar brasileiro e que o Brasil não tinha a intenção de oferecer tal tipo de ajuda.[21] Apesar do apoio inicial, o Brasil optou por não aderir ativamente a chamada "Guerra ao Terror". Além disso, durante a sua administração o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se opôs fortemente a Guerra do Iraque, promovida pelo governo Bush.[22]

As relações bilaterais eram consideradas bastante próximas, apesar das abordagens políticas diferentes de Lula e Bush sobre várias questões. Em 20 de junho de 2003, o ex-presidente Lula fez uma visita oficial aos Estados Unidos e o presidente Bush decidiu "criar uma relação [bilateral] qualitativamente mais forte e próxima."[23] Em 6 de novembro de 2005, o ex-presidente Bush visitou Brasília e os dois líderes reafirmaram as boas relações entre os países e se comprometeram a trabalhar juntos para promover a paz, a democracia e uma conclusão bem-sucedida da Rodada de Doha de negociações comerciais globais. O presidente Bush agradeceu ao Brasil por seu exercício de liderança no mundo e no hemisfério, incluindo o papel do Brasil na força de paz no Haiti (MINUSTAH) e os esforços de todo o mundo para controlar o HIV/AIDS.[24]

As autoridades brasileiras e estadunidenses assinaram um acordo para promover uma maior produção de etanol e a ampliação do uso do combustível ao redor do mundo. O acordo foi alcançado após a visita do presidente Bush ao Brasil, em 9 de março de 2007 e por uma visita do presidente Lula a Camp David em 31 de março de 2007.

Durante sua primeira reunião em Washington, D.C. em 14 de março de 2009, presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o então presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva discutiram aspectos sobre economia, energia, meio ambiente e sobre o caso da custódia de um menino levado dos Estados Unidos para o Brasil.[25] "Eu tenho sido um grande admirador do Brasil e um grande admirador da liderança progressista, voltada para o futuro que o presidente Lula tem demonstrado em toda a América Latina e em todo o mundo", disse Obama após a reunião. "Nós temos uma amizade muito forte entre os dois países mas sempre podemos torná-la mais forte", acrescentou.[26]

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O problema do rapto de crianças dos Estados Unidos para o Brasil foi levantada pelo presidente Barack Obama, a secretária de Estado Hillary Clinton, a Câmara dos Representantes, outras autoridades e a grande mídia americana. Em dezembro de 2009, 66 crianças norte-americanas que foram tomadas por um dos seus pais para viver no Brasil. O governo brasileiro deveria ter devolvido todas as crianças para os Estados Unidos, de acordo com a Convenção de Haia sobre os Aspectos Civis do Rapto Internacional de Crianças, mas não fez isso. Segundo o tratado, um pai não pode fugir da jurisdição legal onde a criança reside - "a sua residência habitual" - e levá-la para um país onde há um tribunal mais favorável na disputa da custódia dos filhos.[27][28]

O Brasil manifestou recentemente seu descontentamento sobre a posição dos Estados Unidos de reconhecer os resultados das eleições presidenciais de Honduras.[29] A posição brasileira tem sido a de não aceitar as eleições hondurenhas.[30]

Após a morte de Osama bin Laden em 2011, o então chanceler brasileiro, Antonio Patriota, disse: "Estamos muito preocupados de que haverá represálias. Esperamos que esse evento não desencadeie um ataque."[31] Mas acrescentou que ele era "importante e positivo" ao mesmo tempo que o mundo árabe apelava por uma maior liberdade de expressão. Ele continuou: "Na medida em que a Al-Qaeda e Osama bin Laden continuarem atrás das estratégias políticas que priorizem os atos de terrorismo, [o governo brasileiro] só pode expressar a nossa solidariedade para com as vítimas e com aqueles que buscam a justiça".[32]

No início de 2010, o Ministério da Previdência Social do Brasil finalizou a negociação do acordo de cooperação no campo previdenciário que permitirá aos trabalhadores imigrantes pagarem apenas uma tributação.[33] Em 2012, Brasil e Estados Unidos anunciaram a criação de um grupo de trabalho para estudar possibilidade de dispensa de vistos entre os dois países.[34]

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Bolsonaro reuniu-se, em novembro, com o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, em sua residência no Rio de Janeiro, onde discutiram uma maior aproximação e uma cooperação militar entre os países de ambos, além da crise na Venezuela. Bolton convidou, a pedido do Presidente Donald Trump, Bolsonaro para uma visita de Estado à Washington.[35]

Em 2 de janeiro de 2019, o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reuniu-se com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, em sua primeira reunião bilateral. Foi tratado a reaproximação das relações entre Brasil e Estados Unidos e a situação da Venezuela. Pompeo declarou que "Brasil e Estados Unidos compartilham valores como democracia, e isso não acontece em muitos países".[36]

Jair Bolsonaro fez a sua segunda viagem internacional entre os dias 17 e 19 de março para os Estados Unidos e teve o primeiro encontro com o presidente Donald Trump.[37] A viagem do presidente teve a participação de uma comitiva formada por seis ministros, entre eles, Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia), Augusto Heleno (GSI), Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo de Aquino Salles (Meio Ambiente) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).[38]

Problemas[editar | editar código-fonte]

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De acordo com o relatório especial do Financial Times sobre as relações Brasil-Estados Unidos, as relações bilaterais têm sido caracterizadas como historicamente cordiais, embora episódios de frustração tenham ocorrido durante o início do século XXI.[39] O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, "levantou suspeita dos Estados Unidos em 2010, quando ele tentou intervir ao lado da Turquia na disputa sobre o programa nuclear do Irã." Junto com a também ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, "seu Partido dos Trabalhadores tem sido um amigo tradicional de regimes considerados intragáveis pelos Estados Unidos, como Cuba e Venezuela do recentemente falecido Hugo Chávez." Apesar disso, no entanto, o comércio continuou a crescer, aumentando de 28 bilhões de dólares em 2002 para quase 77 bilhões de dólares em 2012, com um excedente 11,6 bilhões de dólares em favor dos Estados Unidos. A cooperação de defesa também melhorou. Os Estados Unidos tem mantido seu pedido de aeronaves de ataque leve brasileiras produzidas pela Embraer, que representa o primeiro contrato do Brasil com o exército dos Estados Unidos.[39]

Em 2011, o site WikiLeaks revelou o governo dos Estados Unidos quer impedir a criação de um programa de produção de foguetes espaciais brasileiros. Por isso as autoridades estadunidenses, de acordo com o site, pressionam parceiros dos brasileiros nessa área (como a Ucrânia) para não transferir tecnologia do setor ao país. A restrição dos Estados Unidos está registrada em um telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada norte-americana em Brasília, em janeiro de 2009, onde escreve: "Não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil. ... Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil". Os Estados Unidos também não permitem o lançamento de satélites norte-americanos (ou fabricados por outros países mas que contenham componentes estadunidenses) a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, "devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil", conforme outro documento confidencial divulgado.[40]

Espionagem da NSA[editar | editar código-fonte]

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Presidente Rousseff com o presidente Obama na Casa Branca, em 14 de abril de 2012.

Em julho de 2013, o jornalista Glenn Greenwald escreveu uma série de artigos no jornal brasileiro O Globo revelando que o Brasil foi um dos maiores alvos do programa de vigilância em massa promovido pela Agência de Segurança Nacional (NSA - sigla em inglês) dos Estados Unidos. O governo brasileiro denunciou as atividades da NSA e disse que consideraria trazer a questão para as Nações Unidas.[41]

Em 1 de setembro de 2013, a Rede Globo revelou que programa de espionagem da Agência de Segurança Nacional vigiava diretamente as comunicações da então presidente Dilma Rousseff e de seus principais assessores.[42] A história foi descoberta por Glenn Greenwald, baseado em documentos da NSA vazados por Edward Snowden, ex-funcionário da NSA.[43] Os documentos descreviam como a NSA usava seus programas de computador para ter acesso a e-mails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma e de seus assessores. Em 2 de setembro de 2013, Dilma convocou uma reunião de emergência com os membros do gabinete para discutir as revelações.[44] O então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Thomas Shannon, foi chamado ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil para explicar a espionagem. O governo brasileiro convocou uma conferência de imprensa para denunciar o ato como uma "violação inaceitável da soberania" e para anunciar que havia solicitado uma explicação imediata por parte do governo dos Estados Unidos.[45]

Em 5 de setembro de 2013, o governo brasileiro anunciou que havia cancelado uma viagem a Washington de uma equipe de assessores que iria preparar a visita de Estado que Rousseff iria fazer aos Estados Unidos em outubro.[43] O cancelamento foi visto como mais um sinal da escalada de tensão com os Estados Unidos sobre a questão da espionagem.[43] A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o presidente Obama durante a cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia, para discutir o incidente. Em conferência de imprensa antes de partir para Brasília, Rousseff revelou a conversa que teve com o presidente Obama, afirmando que ela expressou sua "indignação pessoal e de seu país sobre a suposta espionagem contra o governo, embaixadas, empresas e cidadãos brasileiros pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos." De acordo com Rousseff, ela disse ao presidente Obama que o Brasil iria levar o problema para a Organização das Nações Unidas e outras organizações internacionais e gostaria de propor normas e procedimentos relativos à governança da Internet, com o objetivo de interromper programas de vigilância em massa.[46] Em 24 de setembro de 2013, Rousseff fez um discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas condenando os métodos de coleta de inteligência dos Estados Unidos em geral, mas especificamente de cidadãos, empresas e funcionários do governo do Brasil.[47][48]

O jornalista Glenn Greenwald, que ajudou Edward Snowden a divulgar a espionagem que a NSA realiza ao redor do mundo, disse que o governo brasileiro teve muito mais coragem que a maioria dos outros países ao criticar a posição do governo norte-americano. Greenwald afirmou: "Aqui [no Brasil] os políticos e a presidente Dilma Rousseff reagiram de forma muito mais veemente e agressiva [aos casos de espionagem]. Rousseff reprovou o comportamento dos EUA, recusando o convite para a primeira visita de Estado aos EUA, desde várias décadas. Ela criticou o comportamento dos EUA perante as Nações Unidas, enquanto o presidente Obama esperava fora do plenário, no corredor. A meu ver, nenhum dos chefes de governo e de Estado europeus mostrou tanta coragem."[49] Em fevereiro de 2015, uma reportagem do The New York Times afirmou que os programas de espionagem da NSA no Brasil e no México continuaram mesmo após as revelações ao público e o estremecimento das relações bilaterais.[50] Michael Shifter, presidente da ONG Inter-American Dialogue, considerou as revelações "um grande golpe para o esforço de aumentar a confiança entre as duas nações" e acrescentou que o "relacionamento Brasil-Estados Unidos estava sob ameaça."[43] Dirigindo-se a sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU em setembro de 2014, Rousseff criticou fortemente a estratégia dos Estados Unidos de formar uma coalizão internacional para combater militarmente os avanços do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, pedindo a negociação ao invés da força. Essa postura, e o silêncio do Brasil em face da invasão e anexação da Crimeia pela Rússia, pode tornar menos provável o apoio dos Estados Unidos ao desejo de longa data do Brasil de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.[51]

Visitas de Estado[editar | editar código-fonte]

Visitas imperiais e presidenciais do Brasil aos Estados Unidos [52][editar | editar código-fonte]

  • Imperador Pedro II (1876)[53]
  • Presidente Epitácio Pessoa (1919)
  • Presidente-eleito Júlio Prestes (1930)
  • Presidente Eurico Gaspar Dutra (1949)
  • Presidente Juscelino Kubitschek (1956)
  • Presidente João Goulart (1962)
  • Presidente Arthur da Costa e Silva (1967)
  • Presidente Emílio Garrastazu Médici (1971)
  • Presidente João Figueiredo (1982)
  • Presidente José Sarney (1986, 1989)
  • Presidente Fernando Collor (1990, 1991)
  • Presidente Itamar Franco (1994)
  • Presidente Fernando Henrique Cardoso (1995, 1998, 1999, 2001)
  • Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2002, 2003, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010)
  • Presidente Dilma Rousseff (2011, 2012, 2015)
  • Presidente Jair Bolsonaro (2019, 2020)

Visitas presidenciais dos Estados Unidos ao Brasil [54][editar | editar código-fonte]

  • Presidente Herbert Hoover (1928)
  • Presidente Franklin D. Roosevelt (1936, 1943)
  • Presidente Harry S. Truman (1947)
  • Presidente Dwight D. Eisenhower (1960)
  • Presidente Jimmy Carter (1978)
  • Presidente Ronald Reagan (1982)
  • Presidente George H. W. Bush (1990, 1992)
  • Presidente Bill Clinton (1997)
  • Presidente George W. Bush (2005, 2007)
  • Presidente Barack Obama (2011)

Missões diplomáticas[editar | editar código-fonte]

Comparação entre os dois países[editar | editar código-fonte]

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República Federativa do Brasil
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Estados Unidos da América
População 213 317 639 habitantes 331 449 281 habitantes
Área 8 514 877 km² (3 287 597 sq mi) 9 850 476 km² (3 803 290 sq mi)
Densidade populacional 23 hab/km² (57 hab/sq mi) 31 hab/km² (80 hab/sq mi)
Capital Brasília Washington, D.C.
Maiores cidades São Paulo – 11 821 876 hab (20 893 053 hab na região metropolitana) Nova Iorque – 8 363 710 hab (19 006 798 hab na região metropolitana)
Tipo do Estado República constitucional federal presidencialista República constitucional federal presidencialista
Idioma oficial Português Inglês (de fato)
Religiões principais 64,6% Catolicismo romano
22,2% Protestantismo
8% Sem religião
2% Espiritismo
3,2% Outras religiões
48.5% Protestantismo
22,7% Catolicismo romano
1.8% Mormonismo
21,3 Sem religião
2,1% Judaismo
3,7 Outras religiões[57]
PIB (nominal) US$ 1,491 trilhões ($7.010 per capita) US$22,940 trilhões ($69.375 per capita)
Trocas populacionais 177 000 estadunidenses vivendo no Brasil[58] 1 300 000 brasileiros vivendo nos Estados Unidos[59]
Gastos militares $26,9 bilhões (2019)[60] $706 bilhões (2020)[61]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Brasileiros nos Estados Unidos
  • Imigração norte-americana no Brasil
  • Envolvimento dos Estados Unidos no Golpe Militar de 1964
  • Operação Brother Sam
  • Operação Condor
  • Doutrina Monroe
  • Destino Manifesto
  • Big Stick
  • Política da Boa Vizinhança
  • Aliança para o Progresso
  • Atividades da CIA no Brasil
  • Participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial
  • Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
  • Destacamento de Apoio Naval dos Estados Unidos em São Paulo
  • Tratado Brasil-Estados Unidos
  • Vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos sobre o Brasil

Referências

  1. UOL Economia. «China supera Estados Unidos e torna-se maior parceiro comercial do Brasil» (apresentação de slides). Consultado em 19 de março de 2011
  2. «Global Indicators Database». 22 de abril de 2010
  3. «Which countries Americans like … and don't». 30 de dezembro de 2013
  4. «Consulado Geral dos EUA em Recife». Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil. Consultado em 24 de junho de 2016
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  6. Luís Cláudio Villafañe G. Santos (2004), O Brasil entre a América e a Europa, Editora da UNESP
  7. Parágrafo escrito com base em CHOMSKY,Noan - Artigo "Democracia e mercado na nova ordem mundial" - tradução de Ricardo Anibal Rosenbusch - livro "Globalização Excludente" - Editora Vozes - 2000 - Vários autores, com organização de Pablo Gentili - ISBN 85.326.2241-0 - O autor era professor do Massachusetts Institute of Technology (Mit)
  8. Stanley E. Hilton, "The Argentine Factor in Twentieth-Century Brazilian Foreign Policy Strategy." Political Science Quarterly 100.1 (1985): 27-51.
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  34. Referências a seguir:
    • Brasil e EUA criam grupo de trabalho para buscar formas de viabilizar o fim da exigência de visto
    • Brasil e EUA vão estudar possibilidade de dispensa de vistos
    • Brasil e EUA anunciam proposta de eliminar vistos
    • Brasil e EUA assinam declaração de intenção para acabar com vistos
    • Comissão Brasil-EUA estuda fim do visto
    • Brasil e Estados Unidos assinam declaração de intenção para acabar com visto
    • Grupo de trabalho vai discutir visto entre Brasil e EUA
    • Brasil e EUA criam grupo de trabalho para buscar formas de viabilizar o fim da exigência de visto
    • Brasil e EUA criam grupo de trabalho para acabar com exigência de vistos
    • Brasil e EUA assinam declaração de intenção para acabar com visto
    • Brasil e EUA: mais um passo para o fim do visto
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Brasil aplicará sanções comerciais aos EUA em produtos estratégicos». notícia publicada pelo UOL.
  • Hillary Clinton discute Irã, Honduras e meio ambiente em encontro com parlamentares no Congresso
  • Hillary vem ao Brasil recuperar o "terreno perdido" após atritos do primeiro ano de Obama
  • «Telegramas secretos no site da WikiLeaks, relacionados ao Brasil.» (em inglês)
  • Telegramas secretos relacionados ao Brasil, traduzidos pela Folha de S.Paulo.
  • «Relações bilaterais com os Estados Unidos». no sítio eletrônico do Itamaraty.
  • Arquivos das relações diplomáticas (parte 1)
  • Arquivos das relações diplomáticas (parte 2)

Qual é a relação entre Brasil e Estados Unidos?

A relação entre o Brasil e os EUA está entre as mais antigas do continente americano, já que os EUA foram os primeiros do mundo a reconhecer a independência brasileira. Por isso, o diálogo bilateral entre ambos é fluido e constante desde aquela época.

Qual é a influência dos Estados Unidos no Brasil?

A influência americana começou a atingir o mundo inteiro devido aos produtos da indústria cultural: o rádio, a TV, as revistas, os quadrinhos e o cinema contribuíram para que os EUA se firmassem como uma grande influência no Brasil e também para que o inglês se tornasse uma língua universal.

Quem são os aliados do Brasil em caso de guerra?

O destacamento de soldados brasileiros enviados à guerra estava vinculado à Força Expedicionária Brasileira (FEB), criada em 13 de novembro de 1943 com o objetivo especial de ir para o front de batalha na Europa ao lado das potências aliadas: EUA, Inglaterra e União Soviética.

Qual é o maior aliado dos Estados Unidos?

OTAN. Os Estados Unidos são um membro fundador da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a maior aliança militar do mundo. A aliança de 28 países é composta por Canadá e grande parte da Europa, incluindo a segunda maior força militar da OTAN, o Reino Unido.