Tive cãibra na panturrilha é continua doendo

A dor na panturrilha, em alguns casos, pode estar sinalizando um quadro de claudicação intermitente. Isso acontece pois, ao se exercitar, os músculos tendem a consumir mais oxigênio do que quando encontram-se em repouso. Por isso, ao caminhar, se houver alguma deficiência na irrigação vascular, ocasionada por uma obstrução arterial, por exemplo, o indivíduo deverá parar o exercício em decorrência da dor.

ATENÇÃO PARA A DOR NA PANTURRILHA

De uma maneira geral, a claudicação intermitente é uma sensação de dor em uma ou ambas as pernas. Acontece muito frequentemente nos músculos da panturrilha, dificultando o caminhar e outros movimentos. Isso se dá no momento dos exercícios ou caminhada, em consequência do déficit de oxigênio de suprimento muscular.

Portanto, fique atento às dores frequentes na panturrilha pois pode estar demonstrando o primeiro sintoma da claudicação intermitente. Caso isso ocorra, procure ajuda médica para a confirmação do problema.

CAUSAS DA CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE

A principal causa da claudicação intermitente é a insuficiência circulatória, decorrida pelo estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores por placas de gordura ou ateromas, em decorrência da arteriosclerose. Por isso, a claudicação intermitente pode estar indicando a arteriosclerose em outras partes do corpo, como o sistema nervoso central e o coração, por exemplo.

Os fatores de risco da claudicação intermitente constituem em:

  • sedentarismo;
  • diabetes;
  • estresse;
  • tabagismo;
  • colesterol alto;
  • obesidade;
  • pressão alta;
  • dislipidemias;
  • hereditariedade.

O diagnóstico da claudicação intermitente é de caráter clínico. O médico irá questionar o histórico do paciente, recorrer a exames físicos, avaliação dos pulsos e eventuais sopros cardíacos. Se necessário, o especialista ainda solicitará um teste de caminhada na esteira, além de outros exames como angiotomografia computadorizada, ecografia com Doppler, angiografia ou angiorressonância magnética.

ESTEJA ATENTO AOS SINTOMAS DA CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE

Fora a manifestação de incômodo na panturrilha, os principais sintomas da claudicação intermitente surgem no início de atividades físicas, principalmente caminhadas. São eles: cansaço, câimbra, dor, peso e fraqueza nas pernas (panturrilha, na maioria das vezes), além de nádegas, quadris, coxas canelas ou parte superior dos pés.

As dores se intensificam à medida que os exercícios também aumentam e desaparecem quando as atividades são interrompidas. A dor pode se agravar quando há elevação do membro inferior.

Caso o quadro se agrave, as caminhadas ficam cada vez mais difíceis e até o estado de repouso torna-se incômodo, assim como interfere no sono do paciente. À medida que a redução da irrigação sanguínea se acentua, é possível que:

  • o pé permaneça frio e apresente menor sensibilidade;
  • a pele se torne seca e descamativa;
  • as unhas sejam atrofiadas;
  • os pelos caiam;
  • surgimento de úlceras;
  • lesões isquêmicas nas extremidades;
  • o agravamento do quadro desencadeia uma gangrena no membro inferior pode levar a uma amputação.

TRATAMENTO DA CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE

Para tratar o problema, será indicado, primeiramente, exercícios físicos adequados e programados para cada paciente. Caminhadas ao ar livre ou sob a esteira é uma ótima maneira de lidar com a claudicação intermitente. Outras opções, dependendo de cada caso são:

  • controle dos fatores agravantes, como hipertensão arterial, diabetes, glicemia, dislipidemias e tabagismo;
  • medicamentos como vasodilatadores ou antiagregantes plaquetários;
  • procedimento cirúrgico em casos mais graves, podendo ser indicada a implantação de stent (mola espiral que mantém a artéria aberta).

Se você sente dores com frequência durante os exercícios físicos procure um profissional especializado. Só assim você poderá tratar adequadamente seus sintomas para garantir o rendimento no exercício e qualidade de vida para seu dia-a-dia.

Não é incomum, durante as partidas de futebol, vermos os jogadores deitados no gramado, geralmente com as mãos na musculatura posterior da coxa, ou na panturrilha, urrando de dor. O companheiro do time - ou o médico da equipe - vem, estica e suspende a perna do jogador para o alto, segura seu calcanhar e, com a outra mão, força a parte superior de seus pés na direção da cabeça, afim de "esticar" toda a musculatura do membro inferior.

Nestes casos, na maioria das vezes, não se trata de uma lesão grave, e sim de uma cãibra, uma contração involuntária da musculatura que propaga uma dor terrível e momentânea, exigindo alguns cuidados para dissipá-la. Nenhum esportista, amador ou profissional, de qualquer modalidade, está a salvo. No entanto, você pode evitá-las e, se ela vier sorrateiramente, existem métodos para aliviar a dor.

Cãibras causam dor extrema na musculatura — Foto: Getty Images

As cãibras podem acontecer quando menos se espera e atingir pés, panturrilhas, pernas (mais comuns), barriga, mãos, braços e costas. As contrações musculares ocorrem em espasmos, tornando visíveis os músculos e tendões rígidos, contraídos.

Dentre as causas, podemos citar o uso exagerado da musculatura (mais comum); baixas temperaturas; desidratação; má circulação sanguínea; carência de sais minerais; compressão de raízes nervosas e motivações ligadas à doenças.

A prevenção baseia-se primordialmente na boa hidratação (músculos hidratados se contraem e relaxam com mais facilidade), exercícios de alongamento pré e pós exercício, e alimentação balanceada (alimentos ricos em vitaminas e sais minerais, como frutas e legumes, são importantes para o bom funcionamento dos músculos).

QUANDO A CÃIBRA VIER...

Há algumas medidas simples e importantes que podem garantir o alívio da dor aguda da cãibra. Nosso fisiologista Turíbio Barros citou as principais:

- Alongamento imediato

Alongar o músculo em espasmo é, geralmente, a providência mais efetiva. Quando as cãibras se manifestam nas pernas, a pessoa deve ficar em pé e colocar o peso sobre a perna acometida.

Se não conseguir ficar em pé, deve sentar-se, e esticar a perna e puxar os pés para trás com as mãos. Peça ajuda a um amigo (veja na imagem acima) para facilitar o alongamento ou alongue-se sozinho.

- Massagem

A massagem da área afetada com movimentos circulares ajuda na recuperação para o estado normal da musculatura. Alongar e massagear são técnicas fundamentais para promover o rápido relaxamento da musculatura e alívio da dor.

- Aplicação de calor

O aumento da temperatura no local da contração favorece o relaxamento dos músculos e seu retorno ao estado normal.

- Reposição hídrica e de sais minerais

É importante a ingestão de água e sais minerais para que a contração do músculo não volte repentinamente ao menor esforço.

Passado o desespero, é recomendado não forçar e interromper a atividade física até que se possa ter certeza que o músculo está recuperado - ou tentar deixá-lo repousado o máximo possível.

Porque fica dolorido depois dá câimbra?

Após a resolução do quadro de dor, o músculo mostra alterações na excitabilidade e na contratilidade, mostrando-se fasciculado por alguns minutos (pode ficar tremendo). O músculo pode permanecer dolorido por alguns dias, dependendo da intensidade da cãibra.

Como é a dor de trombose na panturrilha?

Trombose Venosa Profunda Entre os principais sintomas da TVP estão a dor na perna e a rigidez da panturrilha, que na maior parte das vezes aparecem subitamente e levam à dificuldade de andar. Esta dor na batata da perna associada à edema do membro também de início súbito levantam a suspeita de trombose venosa profunda.

Quanto tempo dura uma cãibra?

A cãibra é, felizmente, um mal passageiro: dura de alguns segundos a minutos. Na hora do aperto, não alongue o músculo com força, como fazem os jogadores de futebol, pois há risco de provocar lesões mais graves.

Qual o perigo da câimbra?

Na maior parte dos casos, a cãibra não é um problema grave, porém, existem casos em que pode indicar falta de minerais no organismo ou outros problemas.