A convivencia num mesmo ambiente entre espeies

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A convivencia num mesmo ambiente entre espeies

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D. Experimento de Miller-Urey
A hipótese de Oparin e Haldane foi testada experimentalmente pela primeira vez em 1953, por um químico americano cha-
mado Stanley Miller (1930-2007), em parceria com seu mentor, Harold Urey (1893-1981), que construiu um aparelho para 
simular as condições da atmosfera primitiva.
Água acumulada (simula o acúmulo de
água das chuvas, formando os mares da Terra primitiva�)
Água fria
Saída de água
Descargas elétricas (simulam
os relâmpagos das tempestades�)
Alta tensão (60 000 V)Vapor-d'água
(simula as nuvens
de vapor-d'água
da Terra primitiva�)
Mistura gasosa contendo metano, amônia,
hidrogênio e água (simula a atmosfera supostamente
existente na Terra primitiva�)
Condensador (simula a condensação das
nuvens, gerando as chuvas na Terra primitiva�)
Água em ebulição
(simula a evaporação
de água da Terra primitiva�)
Experimento de Stanley Miller
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Acredita-se, pela hipótese heterotrófica para o surgimen-
to do primeiro ser vivo no planeta, que a evolução dos proces-
sos energéticos tenha sido a seguinte:
Coacervato fermentação
fotossíntese
respiração
Luz e H2O
CO2
O2
CO2 + H2O + ATPGlicose
E. Origem da célula eucariótica e 
hipótese endossimbiótica
De acordo com a teoria da invaginação da membrana ou 
hipótese de Robertson, a célula eucariótica surgiu em decor-
rência de dobramentos da membrana plasmática, que delimi-
taram o material genético no centro e formaram o citoplasma, 
especializado na captura e na transformação dos alimentos.
Segundo a hipótese endossimbiótica, as mitocôndrias 
e os cloroplastos originaram-se, num passado distante, de 
procariontes primitivos. Num primeiro momento, células eu-
carióticas primitivas englobaram bactérias aeróbias em seu 
citoplasma, com as quais estabeleceram uma relação de mu-
tualismo: abrigo e alimento em troca de energia. O sucesso 
dessa relação foi tanto que se tornou permanente e os pro-
cariontes transformaram-se em mitocôndrias das células 
eucarióticas atuais. Mais tarde, essas células englobaram 
bactérias fotossintetizantes primitivas, semelhantes às cia-
nobactérias atuais, com as quais também estabeleceram 
relação de troca de benefícios. Novamente, a relação foi bem-
-sucedida e os procariontes originaram os cloroplastos das 
células eucarióticas vegetais.
Entre as evidências que sustentam a hipótese endos-
simbiótica, podemos citar o fato de que as mitocôndrias e os 
cloroplastos têm seu próprio DNA, são capazes de se autodu-
plicar e sintetizar algumas de suas proteínas.
Procarionte
Bactérias
aeróbias de
vida livre
Bactéria
torna-se
mitocôndria
Mitocôndria
Célula
animal
Célula vegetal
Cianobactérias
fotossintetizantes
de vida livre
Cianobactéria
torna-se
cloroplasto
Núcleo
Núcleo
Núcleo
Hipótese de Robertson e origem das células animal e 
vegetal, segundo a hipótese endossimbiótica
2. Evolução biológica
A evolução biológica compreende as mudanças que as 
populações de seres vivos sofrem ao longo do tempo. Ao 
estudarmos evolução biológica, buscamos compreender os 
mecanismos evolutivos e as relações de parentesco entre as 
espécies e também as alterações ambientais que atuaram na 
história evolutiva dos seres vivos.
A. Evidências da evolução biológica
• Fósseis
• Órgãos vestigiais
• Anatomia comparada
• Bioquímica comparada
• Irradiação adaptativa e homologia
• Desenvolvimento embrionário
Tartaruga Galinha Porco Ser humano
Desenvolvimento embrionário comparativo entre alguns corda-
dos. Semelhanças entre os embriões sugerem parentesco evolu-
tivo, embora esse parentesco nem sempre seja confirmado.
B. Ideias evolucionistas
Ao longo da história das ciências biológicas, destacaram-
-se dois naturalistas para explicar o fenômeno da evolução bio-
lógica – Lamarck e Darwin.
B.1. Lamarck
Lei do uso e desuso – o uso de uma estrutura ou órgão 
leva à hipertrofia e o desuso leva à atrofia.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos – toda ca-
racterística adquirida durante a vida do indivíduo poderia ser 
passada à sua prole.
B.2. Darwin
Variabilidade – são as diferenças intraespecíficas nos 
indivíduos das populações.
Seleção natural – é a ação do ambiente sobre as popula-
ções, representada por disponibilidade de alimento, espaço, 
competição, predatismo, parasitismo, entre outros fatores.
Adaptação – é o poder de sobrevivência de uma espécie 
em determinadas condições ambientais.
B.3. Síntese moderna (neodarwinismo)
Variabilidade – as fontes principais são as mutações gênicas 
e cromossômicas e as recombinações genéticas.
Seleção natural 
Adaptação
C. Ação da seleção natural
Mutações
Variabilidade
Recombinação gênica
Seleção Natural
Adaptação
Exemplos: uso de antibióticos em infecções bacterianas 
e uso de inseticidas na agricultura.
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D. Especiação
É o fenômeno de formação de novas espécies.
Os estágios que uma população passa para a es-
peciação: população inicial → emigração de grupos da 
população inicial→ colonização de novas áreas e adap-
tações locais → mutações, recombinações genéticas e 
ação da seleção natural → acúmulo de características 
diferentes e raciação → isolamento reprodutivo (pré ou 
pós-zigótico) → especiação
ESPÉCIE A
ESPÉCIE A
Raça 1 da espécie A
ESPÉCIE B ESPÉCIE C
Raça 2 da espécie A
ESPÉCIE A
Migração e
isolamento geográ�co
Mutações, recombinações
genéticas e seleção
natural diferencial
Isolamento reprodutivo
Mecanismo de especiação alopátrica 
E. Irradiação adaptativa e homologia
O fenômeno da irradiação adaptativa é a saída de gru-
pos de uma população inicial para áreas diferentes, ficando 
isolados geograficamente. Ao longo do tempo, esses grupos 
acumulam características diferentes, podendo chegar a iso-
lamentos reprodutivos.
Chimpanzé
Urso
Ancestral
comum
Lobo
Baleia
Foca
Toupeira
Marmota
Esquilo
Morcego
Processo de irradiação adaptativa em mamíferos. 
A partir de um ancestral comum, surgem várias espécies 
adaptadas a diferentes tipos de ambientes.
As espécies que apresentam ancestral comum possuem ór-
gãos homólogos, isto é, órgãos que apresentam a mesma ori-
gem embrionária, como, por exemplo, os braços do homem, 
as nadadeiras do golfinho e as asas do morcego.
Úmero
Úmero
Úmero
Rádio
Rádio
Rádio
Carpos
Carpos
Carpos
Falanges
Falanges
Falanges
Metacarpos
Metacarpos
Metacarpos
Braço humano
Ulna
Ulna
Nadadeira de gol�nho
Ulna
Asa de morcego
A homologia entre diferentes vertebrados
F. Convergência adaptativa e analogia
O fenômeno da convergência adaptativa é a convivência 
de diferentes espécies no mesmo tipo de ambiente e, portan-
to, sujeitas às mesmas pressões de seleção natural. Estas es-
pécies acabam tendo uma organização corporal semelhante, 
como é o caso do golfinho, do ictiossauro e do tubarão.
Gol�nho
(mamífero)
Ictiossauro
(réptil fóssil)
Tubarão
(peixe)
Processo de convergência adaptativa. Espécies com 
diferentes ancestrais adaptadas ao mesmo ambiente.
As espécies que apresentam o fenômeno da convergên-
cia adaptativa possuem órgãos análogos, que apresentam as 
mesmas funções, como é o caso das asas de insetos, asas de 
aves e asas de morcegos.
3. Bioquímica celular
Água 75-85%
Outras
substâncias 1%
Ácidos nucleicos 1%
Carboidratos 1%
Lipídeos 2-3%
Proteínas 10-15%
Porcentagens dos principais componentes químicos dos seres vivos
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A. Água e sais minerais
A água é a substância mais abundante nos seres vivos. 
Os sais minerais podem ser encontrados como compo-
nentes de estruturas esqueléticas de proteção ou susten-
tação – carapaças, ossos, casca dos ovos, dentes, chifres, 
corais, conchas etc. – ou dissolvidos na água, como íons 
(cátions e ânions), que atuam de diferentes modos no meta-
bolismo celular – regulação da quantidade de água na célula,