Como a escola pode lidar com as variedades linguísticas e o preconceito linguístico?

Como a escola pode lidar com as variedades linguísticas e o preconceito linguístico?

Como lidar com o uso da língua na escola?

Compreender que a língua é constituída por variações lingüísticas, e que estas devem ser respeitadas de acordo com as situações de produção; Superar a discriminação relacionada as diferentes formas de falar do povo brasileiro por meio de atividades de interação prazerosa.

Como o professor pode explorar as variações existentes?

 Nas produções textuais, o professor poderá sugerir diversas modalidades para o texto, trabalhando a questão da linguagem informal. Ele deverá ser construído utilizando-se de um linguajar caipira, ou ainda produzir um diálogo baseado na linguagem utilizada nas salas de bate-papo, e outros.

Qual o papel do professor diante da realidade variação linguística do aluno?

Desta forma, é importante que o professor promova integração, de modo que os alunos consigam compreender as diferenças existentes na língua portuguesa. Assim, conhecer e expressar essa diversidade é fundamental para compreender a língua como um processo vivo, sempre em transformação.

Como ocorre o preconceito linguístico no dia a dia?

Segundo o linguista Marcos Bagno, o preconceito linguístico ocorre por meio de uma comparação indevida entre o modelo idealizado de língua, considerando que apenas uma forma é culta e, por isso, tem maior valor social. Assim criando uma rejeição às inúmeras variedades linguísticas que os falantes apresentam.

Quais os tipos de preconceito linguístico?

Exemplos de preconceito linguístico no Brasil dizer que uma pessoa fala “errado” porque não segue as regras da gramática; julgar que é mais certo falar “você” ao invés de “tu” (são apenas diferenças regionais); debochar dos nomes diferentes que as coisas têm em cada região (como mandioca, macaxeira e aipim);

Qual a importância de valorizarmos as variedades da língua?

A valorização dos diferentes vocábulos criados no território pode ser algo que identifique o individuo ou a que grupo social o mesmo pertence, mas também pode tornar-se algo discriminatório. É necessário que haja a valorização das diferenças seja ela cultural ou social, pois todos fazem parte da mesma sociedade.

Como a linguística pode contribuir para o ensino de língua?

A Lingüística veio mostrar que a língua pode ser analisada objetivamente, sem que se devam impor normas de um falar considerado correto, oposto a outros, vistos como incorretos. Qualquer modalidade de língua é passível de estudos, merece atenção por parte de professores e pesquisadores.

Como trabalhar com a variação linguística em sala de aula?

  • Sendo assim, trabalhar com a variação linguística em sala de aula significa preparar o falante de língua portuguesa para as possibilidades e adequações de enunciação possíveis a cada situação comunicativa.

Quais são as diferenças lingüísticas dentro de sala de aula?

  • O projeto demostra a importância de compreender e aceitar as diferenças lingüística dentro de sala de aula, como um ponto de partida para uma nova era de ensino-aprendizagem que vise a inclusão real dessa cultura, e não mais concepções arraigadas de preconceitos sobre ela.

Quais são as questões que envolvem a variação linguística?

  • Resumo: As questões que envolvem a variação linguística, sem dúvida, interferem nas relações em sala de aula e na qualidade de apropriação do saber, especialmente, no que se refere ao ensino de língua materna.

Como é abordado o fenômeno da variação linguística?

  • Considerando essa realidade, o nosso objetivo foi analisar, através de uma abordagem etnográfica, como o fenômeno da variação linguística é abordado em salas de aula do 6º e 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, na cidade de Campo Maior – PI.

Como evitar o preconceito linguístico na escola? Entenda aquiTempo de leitura estimado: 6 min.

16 de novembro de 2020

Gestão Escolar


O preconceito linguístico é um problema muito frequente na nossa sociedade e pode estar presente também dentro das escolas.

Trata-se de uma rejeição de linguagens que fogem da norma-padrão, o que pode resultar na ridicularização das formas de falar de algumas pessoas.

Como resultado, os estudantes podem ter dificuldades de comunicação, o que leva à exclusão. Além disso, são práticas que incentivam os estereótipos, que são causadores de conflitos.

Nesse sentido, é importante considerar que as maneiras de se expressar estão relacionadas a uma construção cultural e social. Sobretudo, é fundamental que a escola seja um espaço de acolhimento da diversidade e de respeito, o que não combina com nenhum reforço aos preconceitos.

Quer saber como evitar o preconceito linguístico na escola e estimular o respeito às diferenças? Continue a leitura e confira!

Abordar o tema nas aulas

O assunto pode fazer parte de aulas e atividades específicas. É interessante criar debates e rodas de conversa, além de estimular a produção de textos a respeito do preconceito linguístico.

Para isso, é preciso tomar cuidado para promover uma conversa saudável e que não cause nenhum constrangimento aos estudantes. A dica é usar algum recurso para a sensibilização, que chame a atenção para o problema e promova a reflexão.

Tratar disso nos projetos de enfrentamento de preconceitos é muito importante para a melhoria da convivência entre os estudantes, o que também é essencial para a sua formação e o desenvolvimento da cidadania. Da mesma forma, é um assunto geralmente cobrado em processos seletivos como o Enem, o que reforça a necessidade de discuti-lo na escola.

Aprofundar os estudos a respeito da linguagem e da sociologia

Na raiz dos preconceitos muitas vezes está a necessidade de alguma informação. No caso da deslegitimação da linguagem de outras pessoas, o conhecimento de características sociais, geográficas e históricas pode ajudar no processo de acolhimento e valorização dessas diversidades.

Ao compreender melhor o desenvolvimento das linguagens, é possível perceber o dinamismo do idioma, a sua capacidade de se ajustar ao que é praticado pelas pessoas e também as influências de outros povos. Por esse motivo é que acontecem as reformas ortográficas, que adéquam o vocabulário formal às características da sociedade.

Nesse sentido, muitas vezes expressões e sotaques estão carregados de história e cultura, que fazem parte também da personalidade dos indivíduos. Em um país continental como o Brasil, é essencial que a escola reconheça as riquezas das diferentes culturas, o que inclui as suas formas de se comunicar.

Incentivar os educadores a não reforçarem o preconceito linguístico

Os educadores têm o desafio de ensinar a norma culta e também de abrirem as possibilidades para a compreensão de variações na linguagem verbal. Os estudantes já têm contato com diferentes formas de se comunicar e também de adequação linguística, ainda que não percebam.

O importante é que os professores sejam agentes de desconstrução dos estereótipos ao mostrarem que existem realidades diferentes das regras gramaticais da norma culta, que também são legítimas. Contudo, sempre se pautando na adaptação ao contexto.

Um ótimo exemplo é a internet, um espaço em que gírias, abreviações, comunicação por imagens — memes, emojis etc. — são comuns e fazem sentido naquele meio, ainda que não sigam os padrões gramaticais formais.

Portanto, a escola e os educadores podem assumir o papel de ampliadores das perspectivas dos estudantes. Com isso, eles se sentem mais seguros para se expressarem e serem protagonistas, uma vez que a sua cultura é bem recebida. Da mesma forma, ajuda no combate à intolerância e ao bullying.

Apresentar produções artísticas que mostrem as diferenças regionais

O Brasil é rico em produções artísticas que abordam a diversidade cultural, apresentando as diferenças regionais. É possível encontrar filmes, livros, pinturas, músicas e outras obras que trazem ótimos materiais para a escola. Usar referências internacionais também pode contribuir.

Esses trabalhos são interessantes porque criam uma empatia com aquela população, provocam reflexões e ajudam a conhecer histórias relacionadas à língua. Adquirir esse repertório cultural enriquecerá muito o aprendizado dos estudantes e os ajudará a lidar de maneira mais tranquila com a diversidade.

Dessa forma, é possível compreender as diferenças como variações linguísticas e não como erros, o que é muito importante para evitar o preconceito e as suas consequências negativas.

Promover atividades para enfrentamento dos preconceitos

Algumas atividades específicas podem ser feitas para lidar com o preconceito na escola. O reconto, por exemplo, convida os estudantes a adaptarem alguma narrativa para a comunicação oral e, com isso, perceberem as adaptações que precisam ser feitas.

Da mesma forma, é possível pedir aos alunos que percebam no próprio vocabulário as expressões que fazem parte de uma linguagem informal e, com isso, estimulá-los a buscar as suas origens. Conhecer, por exemplo, as gírias de cada época e como elas surgiram é muito interessante para compreender mais sobre a oralidade.

Além das questões linguísticas, é fundamental que a instituição conte com recursos de combate aos preconceitos de maneira geral. Isso é necessário para a boa convivência, o desenvolvimento saudável e a formação da cidadania. Também é uma maneira de enfrentar o bullying e evitar o constrangimento dos alunos.

Como lidar com situações de preconceito na escola?

A proposta de reflexões e a promoção de uma cultura de paz precisa fazer parte da rotina escolar desde a Educação Infantil, com atividades adequadas às faixas etárias. É muito válido tornar o tema presente na instituição.

Quando houver alguma situação desagradável, a dica é tentar a solução por meio do diálogo e da compreensão das partes envolvidas. Contar com o auxílio de profissionais da área da psicologia também é muito positivo para que situações pontuais sejam acompanhadas da maneira mais empática possível.

Vemos que o preconceito linguístico na escola é um tema que merece a reflexão e a busca de alternativas para a promoção do respeito. Valorizar a diversidade e a riqueza cultural do Brasil é um ótimo caminho para ampliar a visão de mundo dos estudantes e estimular o seu desenvolvimento socioemocional.

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Como a escola pode lidar com as variedades linguísticas e o preconceito linguístico?

O assunto pode fazer parte de aulas e atividades específicas. É interessante criar debates e rodas de conversa, além de estimular a produção de textos a respeito do preconceito linguístico. Para isso, é preciso tomar cuidado para promover uma conversa saudável e que não cause nenhum constrangimento aos estudantes.

Como a escola pode contribuir para a diminuição do preconceito linguístico?

Preconceito Linguístico nas escolas: como combater.
A discussão sobre o preconceito linguístico tem sido cada vez mais frequente e por que não levá-la para as escolas? ... .
Promover a adequação linguística..
Entender o contexto do aluno..
Incluir o assunto ao debate sobre bullying..
Organizar uma feira de regionalidades..
E você?.

Como o professor deve lidar com as variedades e normas linguística na escola?

Desta forma, é importante que o professor promova integração, de modo que os alunos consigam compreender as diferenças existentes na língua portuguesa. Assim, conhecer e expressar essa diversidade é fundamental para compreender a língua como um processo vivo, sempre em transformação.

Como o professor deve lidar com o preconceito linguístico?

O professor deve conscientizar o aluno que a variação é característica intrínseca de toda língua (SOUZA; JESUS; GOMES, 2013), orientando-o no sentido de evitar o preconceito linguístico ao se deparar com manifestações linguísticas diferentes da sua, pois a função da escola é “discutir os valores sociais atribuídos a ...