Qual é o papel da escola na formação do jovem para o mercado de trabalho?

Vivemos em uma época onde as coisas acontecem de forma rápida e constante. Vivemos numa disputa acirrada por uma vaga no mercado de trabalho que atenda as nossas necessidades.

A escola tem como função social “formar o cidadão”, isto é, construir conhecimentos, atitudes e valores que permitam ao estudante ouvir, pensar, analisar, questionar, opinar, entender, decidir, resolver, ser ético, solidário e participativo, o que lhe permitirá ir de encontro aos seus anseios futuros.

O papel da escola na vida e na formação das pessoas é crucial e nessa perspectiva é necessário valorizar a construção da cidadania, a aprendizagem, a cultura e o saber do estudante e da comunidade e o aproveitamento significativo do tempo pedagógico. Sem considerar estas questões, a educação na escola continuará formando pessoas para uma sociedade e um mercado que não existem mais.

Quando o jovem conclui o Ensino Médio, descobre que o mercado quer pessoas qualificadas e que as suas “competências” não são exatamente o que este mercado procura.

Além da distância entre a escola e o mercado de trabalho, percebe que saber que o Brasil está na América do Sul ou que balanço se escreve com cedilha não o ajuda muito. Não. Não estou dizendo que o conhecimento escolar não é importante. Sim, é. Apenas que é preciso aproximá-lo do mercado de trabalho e desenvolver competências para esta realidade.

Formar o cidadão é uma grande responsabilidade e precisamos pensar para além do currículo. Como são processadas as informações (conhecimento)? Quais são os canais de recepção dessas informações? Qual a importância destes canais na aprendizagem? E a aula? É didaticamente criativa? Diferenciada? Utiliza-se a tecnologia? E a pesquisa? Prioriza a resolução de problemas? Há um comprometimento com uma educação empreendedora?

Educação empreendedora? Sim. Além da preocupação com as competências escolares é preciso colocá-las em sinergia com situações reais. O educando acumula amplo conhecimento, passa em concursos, consegue bons empregos, mas não mobiliza o que aprendeu nas situações reais, não consegue usar o que aprendeu no cotidiano. Esta aproximação deve acontecer, afinal cidadão é aquele que ouve, pensa, analisa, questiona, opina, entende, decide e resolve.

Em 2002, o Jornalista Gilberto Dimenstein, numa entrevista para a CBN, descreveu o perfil do profissional para o mercado atual:
1- orientado por resultados;
2- capacidade de trabalho em equipe;
3- liderança;
4- perfil empreendedor;
5- visão de futuro;
6- capacidade para inovar;
7- facilidade de comunicar e expor idéias;
. . . -conhecimento técnico.
Estas competências estão aquém da valorização ideal por parte da escola, mas o mercado precisa de profissionais que façam o que precisa ser feito.
Além do conhecimento técnico, é preciso pesquisar, preparar-se, estar atento às mudanças, inovar, ser criativo, empreendedor e buscar resultados. Este é o perfil que o mercado precisa e que deve ser trabalhado para que o jovem possa exercer a sua cidadania.

Para compreendermos a juventude e os jovens no momento presente, devemos levar em conta as relações que estes estabelecem em suas famílias, nas escolas e, principalmente, no mercado formal de trabalho e no trabalho assalariado.

É perceptível a importância que os jovens atribuem ao mundo do trabalho, o que exige de nós a reflexão sobre os constrangimentos por que passam, em função do lugar que ocupam na estrutura social e na inadequação do sistema educativo em relação às exigências do mundo atual.

“O trabalho também faz juventude”, tal qual a escolarização, conforme afirma Sposito (2005). Isso implica ouvir os jovens e identificar as problemáticas da educação escolar, em contraste com a família e o mercado de trabalho; e implica, também, entender o que está obrigando muitos deles a deixarem a escola ou estudarem e trabalharem ao mesmo tempo.

Em uma pesquisa realizada entre 2004 e 2005 (IBASE), na sondagem com jovens entre 15 e 24 anos, a educação escolar é a principal questão que se apresenta com inquietação ao lado de problemas como a violência, o trabalho e a desigualdade social.

Nos dados coletados, os jovens chamaram atenção para a deterioração e obsolescência dos prédios, dos equipamentos e dos mobiliários escolares; problemas de relacionamento com os professores, no sentido de distanciamento ou desconsideração à escola; inadequação dos currículos e metodologias no processo de ensino e aprendizagem; e a desigualdade e inadequação da educação ao mercado de trabalho.

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Críticas como essas nos levam a observar a capacidade que muitos jovens têm de olhar e analisar o processo educativo e de reconhecer a si mesmos como sujeitos de direitos, com necessidades e interesses particulares.

É preciso buscar uma interlocução com os jovens e fazer valer os seus direitos, especialmente para ampliar os espaços democráticos e o desenvolvimento de nossa sociedade, no enfrentamento dos dilemas da qualidade da educação escolar pública no Brasil e, dessa forma, refletir sobre o papel do jovem. Que sujeito é esse capaz de uma percepção tão aguda sobre os problemas relativos à qualidade da educação formal que lhe é destinada? Que sujeito é esse que vive tantos constrangimentos em função da posição que ocupa na sociedade e que ainda vê a escola como um canal para a realização dos seus sonhos de mobilidade social? (Almeida & Nakano, 2007).

Eliane da Costa Bruini

Qual e o papel da escola na formação do jovem para o mercado de trabalho do século XXI?

A escola deve formar cidadãos livres, capazes de exercer suas escolhas individuais, sem nunca perder de vista o coletivo. Deve formar pessoas autônomas, criativas, competentes para compreender criticamente os contextos em que estão inseridas, conscientes de que não há conhecimentos dissociados de valores humanos.

Qual a importância da escola para o trabalho?

Uma das funções mais importantes da escola é preparar os jovens para o futuro – e isso deve incluir ajudá-los a desenvolver aptidões profissionais essenciais e a decidir pelas melhores carreiras. Os seus alunos já sabem quais são as opções de profissões que podem ser seguidas de acordo com o seu perfil profissional?

Qual e a relação da escola com o mundo do trabalho?

Neste contexto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação em vigor - LDB 9394/1996 - estabelece que a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social, visando ao pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho .

Como a educação pode contribuir para a preparação do indivíduo para o mercado de trabalho?

Suporte na escolha da carreira Na escola, uma maneira interessante de abordar boa parte das profissões é promovendo feiras e palestras que trazem profissionais de diferentes áreas para compartilhar com os alunos as suas experiências e práticas diárias.