Como é a divisão de trabalho entre países em desenvolvimento e desenvolvidos?

O que é DIT:

DIT é uma sigla que significa Divisão Internacional do Trabalho, que expressa a forma como é feita a distribuição da produção em termos globais, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

A DIT é caracterizada pela especialização dos países na produção de alguma coisa, sejam produtos finais ou produtos intermediários, que vão ser utilizados na conclusão de um produto final. Esta necessidade surgiu porque não é possível que um só país consiga produzir sozinho todas as mercadorias que precisa.

A relação entre países mais e menos industrializados é uma parte essencial da DIT, porque os países menos desenvolvidos apresentam benefícios aos mais desenvolvidos, como mão de obra barata, impostos reduzidos, etc.

Evoluindo juntamente com o capitalismo, a DIT é uma estratégia usada para aumentar os lucros, uma vez que ocorre a redução do custo do produto final.

Existem vários autores que apresentam críticas em relação à DIT, afirmando que esta divisão é responsável por criar desigualdades entre países. Os países que estão em ascensão econômica, frequentemente compram tecnologias a preços muito elevados, e os seus produtos finais não atingem preços adequados, o que reprime o seu desenvolvimento, e consequentemente beneficia países economicamente mais fortes.

A divisão internacional do trabalho pode ser separada em três fases. A primeira fase (caracterizada pelo capitalismo comercial) ocorreu nos séculos XV e XVI, onde as colônias providenciavam os minerais, especiarias e mão de obra escrava, e as metrópoles eram responsáveis pela produção e exportação dos produtos desenvolvidos. A segunda fase se verificou nos séculos XVII, XVIII e XIX, e foi marcada pelo capitalismo industrial, onde as colônias (ou países subdesenvolvidos) forneciam a matéria prima e outros produtos agrícolas e minerais, e os países desenvolvidos faziam a industrialização da matéria prima fornecida. Durante a terceira fase, o capitalismo financeiro impõe que os países subdesenvolvidos forneçam a matéria prima e os produtos industrializados, enquanto os países desenvolvidos se ocupam dos investimentos, desenvolvimento de novas tecnologias e produtos industrializados.

A DIT é um processo dinâmico que tem sofrido alterações ao longo dos anos, porque o contexto econômico e industrial tem sido alterado pela globalização.

Originalmente, a DIT clássica indicava que os países subdesenvolvidos forneciam matérias primas para os países desenvolvidos, enquanto estes as usavam para a produção de bens finais. Posteriormente, os países subdesenvolvidos tinham que comprar esses produtos dos países produtores (desenvolvidos).

Mais tarde, a nova DIT (também conhecida como DIT da nova ordem mundial), os países menos desenvolvidos não fornecem apenas a matéria-prima, mas fazem a produção de materiais e mercadorias cuja produção é mais cara (ou causa muita poluição) nos países mais desenvolvidos. Estes contribuem com investimento e tecnologias que ajudam nos processos de produção. A nova DIT corresponde à terceira fase abordada anteriormente, e tem um elevado nível de complexidade, porque o fluxo de investimento e de produtos também ocorre dos países menos desenvolvidos para os mais desenvolvidos, o que não acontece na DIT clássica.

Veja também: características da globalização.

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Como é a divisão de trabalho entre países em desenvolvimento e desenvolvidos?

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A Divisão Internacional do Trabalho é a especialização produtiva dos países e das regiões na intensificação das trocas. Esta especialização das funções econômicas é um reflexo da solidificação da globalização. Também é uma divisão de produção no cenário mundial entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos conhecidos como emergentes. Os primeiros exportam tecnologia, empresas e produtos industrializados e matéria prima são vendidos muito facilmente na época de hoje.[1]

Origem ou Primeira Divisão Internacional do Trabalho.[editar | editar código-fonte]

No fim do século XV, o capital estava na distribuição e circulação das mercadorias entre as metrópoles e suas colônias. As diversas regiões do mundo passaram a desenvolver funções diferentes, pois cada uma passou a especializar-se no fornecimento de matéria-prima, metais preciosos, produtos manufaturados etc. Então, dessa maneira, a metrópole exportava manufaturas e as colônias produziam matéria-prima e exportavam para a metrópole.[2] Com a necessidade de expandir o seu mercantilismo, vários países europeus foram conquistando várias terras. A partir desse momento, diversas partes do mundo foram submetidas a dinâmica de circulação e de produção que era comandada pela Europa.[2]

Segunda Divisão Internacional do Trabalho[editar | editar código-fonte]

Graças à consolidação do sistema capitalista no século XVIII, houve uma intensa transformação no processo produtivo, que ficou conhecida como Revolução Industrial. Nessa época, a divisão internacional do trabalho passou por mudanças devido ao novo modelo de produção que as fábricas adotaram em relação às máquinas. Com isso, a produção artesanal é substituída gradativamente.[2]

Nesse momento, o mundo estava dividido entre países especializados em fornecer matéria-prima e países que utilizavam essa matéria-prima para fazer produtos industrializados. Os que forneciam matéria-prima estavam atrelados ao subdesenvolvimento e os que produziam produtos industrializados se tornariam líderes do sistema capitalista.[2]

Nova DIT[editar | editar código-fonte]

Desde o início do século XX, a Inglaterra registrou sinais de fragilidade na sua condição de potência hegemônica, que foram agravados por duas guerras mundiais e pela crise de 1929. Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos assumiu a posição de potência mundial.

Essa nova fase do capitalismo ficou conhecida como Capitalismo Financeiro e causou modificações na DIT. Nessa época, muitos países subdesenvolvidos começaram a ser financiados pelas nações detentores da capital que devido a tal fato, muitas empresas passaram a espalhar filiais pelo mundo, o que transformou os países subdesenvolvidos em exportadores de produtos industrializados, alterando as relações comerciais que predominavam até então. Isso acarretou na mudança da Divisão Internacional do Trabalho, que passou a ser conhecida também por Nova DIT.

Superada a destruição que foi provocada pela segunda guerra mundial, a economia mundial acelerou como nunca. As empresas dos países industrializados tornaram-se grandes e se espalharam cada vez mais pelo mundo, globalizando não apenas a produção, mas também o consumo.[2]

Nesse período, os países subdesenvolvidos também realizaram os seus processos tardios de industrialização. Só que, diferentemente da industrialização dos países desenvolvidos, essa aconteceu a partir da abertura do mercado financeiro desses países e pela instalação de empresas Multinacionais ou Globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos.

Além disso, assistiu-se também a uma segmentação do mercado produtivo. Para buscar isenções de impostos e rápido acesso a matérias-primas nos países subdesenvolvidos, as multinacionais distribuíram o seu processo produtivo por todo o globo terrestre. Um carro, por exemplo, tem o seu motor produzido no México, os para-choques na Argentina, o Chassi na Coreia do Sul e a montagem realizada no Brasil.

Com isso, surgiu a denominação de “indústrias maquiladoras”, pois não havia produção de nenhum material nelas, mas apenas a montagem oriunda da produção de peças de diversos setores do mundo.

Convém ressaltar que a produção industrial continua sendo realizada majoritariamente pelos países desenvolvidos, ou com o capital oriundo desses países. Apenas o local da produção é que mudou, mas todo o capital dessas empresas retorna aos seus países de origem. Essa migração das multinacionais se deve pela busca de mão de obra abundante nos países pobres e por maiores oportunidades de explorarem os recursos naturais.

Fontes

  1. Silva, Elsa (2006). Economia A - 11.º ano 4.ª ed. [S.l.]: Plátano editora. pp. 82 e 83. Hrv 972-770-246-5
  2. a b c d e «Divisão Internacional do Trabalho». Consultado em 9 de fevereiro de 2011

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Economia global e a nova Divisão Internacional do Trabalho
  • «Divisão Internacional do Trabalho, vestibular 2008» (em http://www.portalimpacto.com.br/docs/00000CarvalhoF1VestAula08DivisaoInternacionaldoTrabalho.pdf)
  • A nova divisão internacional do trabalho e os desafios latino-americanos
  • Mundo Educação:Divisão Internacional do Trabalho (DIT)

Como a Divisão Internacional do Trabalho funciona em países desenvolvidos e em desenvolvimento?

A Divisão Internacional do Trabalho direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica designado a produzir um determinado produto ou partes do mesmo, dependendo dos incentivos oferecidos em cada país. Esse processo se expandiu na mesma proporção que o capitalismo.

Quais são as características dos países desenvolvidos e em desenvolvimento na nova divisão do trabalho?

Características dos países desenvolvidos Em relação à economia, os países desenvolvidos apresentam um grau de industrialização bastante elevado, com predomínio dos setores industriais terciário (atividades do comércio) e quartenário (serviços baseados no conhecimento e compartilhamento de informação).

Como é feita a Divisão Internacional do Trabalho?

Trata-se de uma espécie de acordo que estabelece a divisão de atividades e serviços entre os países do mundo. Pode ser considerada uma especialização produtiva que atua por meio de trocas. O objetivo é promover o progresso para todos os envolvidos. O método foi adotado depois do surgimento do capitalismo moderno.

Quais são as três fases da Divisão Internacional do Trabalho?

Resumidamente, a DIT passou por três sucessivos períodos. O primeiro ocorreu durante o chamado Capitalismo Comercial, o segundo, durante o Capitalismo Industrial; e o terceiro, durante o Capitalismo Financeiro.