Como foi o crescimento populacional nos países em desenvolvimento?

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CAUSAS DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

Segundo a ONU

Como foi o crescimento populacional nos países em desenvolvimento?
 três fatores determinam o crescimento da população mundial:

  Taxas de fecundidade

O crescimento populacional depende, em grande medida, das tendências nas taxas de fecundidade. Espera-se que a taxa de fecundidade mundial passe de 2,5 crianças por mulher em 2019 para 2,2 em 2050, conforme dados do estudo World Populations Prospects da ONU.

  Aumento da longevidade

Nas últimas décadas a expectativa de vida global aumentou significativamente e essa tendência vai continuar: a previsão é atingir 77,1 anos em 2050 (atualmente se situa em torno de 73). Apesar desse avanço, convém destacar que continua existindo uma diferença muito grande com os países menos desenvolvidos (7,7 anos a menos de expectativa de vida).

  Migração internacional

É um fator menos influente que os dois anteriores, mas relevante. De fato, os países que receberam um grande número de refugiados ou migrantes econômicos (entre o período de 2010 a 2020 (quatorze países ou regiões tiveram um fluxo líquido de entrada de mais de um milhão de pessoas) podem oferecer uma maior expectativa de vida para os recém-chegados.

CONSEQUÊNCIAS DO CRESCIMENTO POPULACIONAL

O crescimento da população mundial tem aspectos positivos para o desenvolvimento sustentável da sociedade, mas também provoca efeitos negativos no planeta. A seguir, enumeramos os mais importantes:

  Acelera as mudanças climáticas

As mudanças climáticas referem-se às alterações do clima atribuídas, direta ou indiretamente, às atividades humanas. Portanto, quanto mais seres humanos, maior será o impacto. Aqui entram em jogo os gases de efeito estufa que se acumulam na atmosfera e retêm calor aumentando seus efeitos e contribuindo para a elevação da temperatura média do planeta.

  Diminui a segurança alimentar

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a segurança alimentar ocorre quando todas as pessoas têm acesso físico, social e econômico permanente a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente para satisfazer suas necessidades nutricionais. A explosão demográfica afeta os fundamentos da segurança alimentar, ou seja, sua disponibilidade, estabilidade, acesso e consumo.

  Incide na perda de biodiversidade

A perda de biodiversidade se refere à diminuição ou desaparecimento da diversidade biológica, ou seja, a variedade de seres vivos que habitam o planeta. O crescimento populacional tem consequências na biodiversidade ao intensificar a atividade humana e a presença do artificial sobre o natural, fenômeno conhecido como antropoceno.

  Superexploração dos recursos

Os seres humanos estão esgotando os recursos naturais do planeta. É o que adverte o Fundo Mundial para a Natureza (WWF): a atual superexploração dos recursos naturais está gerando um enorme déficit, pois anualmente se consomem 20 % a mais em relação à quantidade regenerada e essa porcentagem continua aumentando.

PROJEÇÕES E TENDÊNCIAS NA EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

Após estabelecer tanto as causas quanto as consequências do crescimento da população mundial, cabe perguntar-se: como será sua evolução? A seguir, contrapomos as estimativas já indicadas pela prestigiada revista médica The Lancet e pela ONU:

  • The Lancet. Essa publicação afirma que o pico populacional será alcançado em 2060, chegando a 9,7 bilhões de habitantes na Terra. Nessa altura a população irá decrescendo até situar-se em 8,8 bilhões de habitantes em 2100. O fator-chave para que isso ocorra será a melhoria generalizada e precoce da educação da mulher. O maior acesso a métodos contraceptivos também proporcionará um crescimento demográfico mais lento.
  • ONU. De acordo com suas previsões, em 2050 a população da África Subsaariana poderia dobrar e a Índia ultrapassaria a China como país mais populoso, o que levaria o planeta a ter 9,7 bilhões de habitantes. A principal divergência em relação à previsão da The Lancet é afirmar que o crescimento não parará durante a segunda metade do século XXI e que, consequentemente, o planeta alcançará seu ponto populacional máximo no final do século, ultrapassando a cifra de mais de 11 bilhões de habitantes.

Mas independentemente dessas previsões, a humanidade tem um desafio pela frente: minimizar o impacto do crescimento populacional e, por conseguinte, das mudanças climáticas. Para evitar que o planeta seja conduzido a uma situação limite, é crucial trabalhar conjuntamente para reduzir a pegada de carbono, construir infraestruturas e edificações em linha com um desenvolvimento urbano sustentável, promover a mobilidade inteligente e sustentável, favorecer a economia circular e o consumo responsável, fomentar as energias renováveis, etc.

Como acontece o crescimento populacional em países desenvolvidos?

Causas. Este processo, conhecido como transição demográfica, se caracteriza pelo declínio da mortalidade, seguido pelo da fecundidade, com pessoas vivendo por mais tempo e menos crianças nascendo ao mesmo tempo que a proporção de idosos aumenta a cada ano, como resultado na melhoria das condições de vida da população.

Como se apresenta o crescimento populacional nas regiões em desenvolvimento?

O crescimento relativo é calculado com base na soma do saldo migratório com o crescimento absoluto. Melhorias e inovações na saúde, aumento da qualidade de vida, maior fluxo imigratório e maiores taxas de natalidade são fatores que influenciam no crescimento populacional.

Como se desenvolveu o crescimento populacional no mundo?

O período pós-Segunda Guerra Mundial marcou um salto no crescimento da população mundial, principalmente a partir da década de 1950. A década de 1960 representou uma verdadeira explosão demográfica e foi a primeira vez em que a taxa de crescimento populacional atingiu e ultrapassou a marca de 2% anuais.

Por que nos países desenvolvidos o atual crescimento populacional é considerado estagnado?

Os países que já efetuaram a transição de uma economia agrícola, de baixos ingressos, para uma urbana e industrial, com ingressos mais altos, seguiram estas etapas. Portanto, no início, as taxas elevadas de natalidade e mortalidade compensam-se entre si e o resultado é um crescimento demográfico lento.