Como o reflorestamento contribui para a diminuição do aquecimento global?

Como o reflorestamento contribui para a diminuição do aquecimento global?

A crescente demanda por energia limpa e produtos derivados de madeira, seja no mercado imobiliário, seja no de papel e celulose, ou no uso industrial para geração de vapor/ energia e a grande preocupação ambiental, tornam o reflorestamento uma prática essencial na atualidade. Sendo assim, a importância do reflorestamento se dá porque as florestas são fundamentais para absorção de gás carbônico atmosférico, na recomposição da biodiversidade, na manutenção dos lençóis freáticos etc. Dentro dessa necessidade, portanto, o plantio de eucalipto é o mais comum: estima-se que atualmente no Brasil 70% das florestas plantadas sejam de eucalipto.  As florestas de eucalipto são produtos rentáveis ao produtor. Primeiro porque não apresentam tantas exigências na cultura e manejo e  também pela sua capacidade de adaptação.  Ainda mais significativa na área ecológica, a importância do reflorestamento pode ser entendida por meio dos benefícios sociais e ambientais que proporciona.

  • Melhora a qualidade do ar;
  • Diminuição de poluição sonora;
  • Aumenta a biodiversidade;
  • Equilíbrio natural no conforto térmico;
  • Redução da erosão;
  • Recuperação de áreas degradadas;
  • Melhora a vazão de mananciais hídricos;
  • Diminui a pressão em florestas nativas.

Além dos tópicos acima, os principais retornos ambientais que demonstram a importância do reflorestamento são:

 – O eucalipto retém menos água

 As espécies de eucalipto retêm menos água do que árvores nativas com copas maiores, por isso diminuem a intensidade da erosão na área.  Além disso, a água chega ao solo mais rápido, por conta do menor volume de folhas. O que diminui a evaporação atmosférica e leva mais água aos lençóis freáticos  As raízes do eucalipto não são maiores que 2,5 metros, não interferindo nos lençóis freáticos.

Nutrientes mais próximos da superfície

 As raízes do eucalipto e a variação de nutrientes que se decompõem no solo em decorrência da queda das folhas, cascas, frutos, dejetos de pássaros e dos resíduos da fase de colheita proporcionam ao solo maior fertilização e aproveitamento nutricional.  Técnicas implementadas pela Potencial Florestal na preparação do solo para o reflorestamento também auxiliam na recuperação da fertilidade.

O reflorestamento gera um menor consumo de água

 Por ser capaz de absorver mais água na época de chuva e menos em época de escassez, as florestas de eucalipto também consomem menos água do que plantações de soja, arroz e cana-de-açúcar. Estima-se que 1 litro de água produz 2,9 gramas de madeira, enquanto o mesmo volume resulta em 1,8 gramas de açúcar, por exemplo. Sendo assim, também é mais econômica do ponto de vista hídrico do que criações de avicultura e gado.– Habitat seguro para fauna e flora Por sua obrigatoriedade de reservar parte da propriedade rural para reserva legal e área de proteção ambiental, a floresta de eucalipto proporciona um habitat seguro para o ecossistema local.  O local torna-se abrigo, oferece condições de alimentação e reprodução.

O reflorestamento reduz o carbono da atmosfera

Estudos apontam que 1 hectare de eucalipto absorve por ano 10 toneladas de carbono da atmosfera. Florestas em crescimento absorvem mais CO2. Isso porque para crescer tão rapidamente, o eucalipto precisa de energia – neste caso, retirada por meio da fotossíntese. A absorção ajuda na diminuição da poluição, do aquecimento global e do efeito estufa. Ficou interessado no assunto? Então acesse o nosso site e entre em contato conosco agora mesmo!

  • 10 de abril de 2019
  • Energia Sustentável, Reflorestamento

O reflorestamento é uma das principais estratégias para o combate do aquecimento do global, tema das negociações para um acordo mundial para o clima que ocorrerão em Paris, na COP-21. Mas poderíamos assumir a missão de salvar o mundo por conta própria? Adiantaria sair plantando árvores por aí?

São muitos os benefícios promovidos pelo plantio de árvores em áreas urbanas. Elas ajudam a reduzir o calor da selva de pedra urbana, a evitar enchentes e preservar cursos de água, além de tornarem o ambiente mais agradável com suas cores e sombras. Mas a emissão de gases que intensificam o efeito estufa, responsável pelo aquecimento do planeta, é tão grande que a arvorezinha plantada na praça, apesar de toda sua importância, pouca força tem para combater inimigo tão gigantesco.

"Muito carbono é emitido nas cidades. Seria necessária uma área enorme, bem maior que a disponível para plantio de árvores em praças e ruas, para neutralizar essas emissões" Pedro Brancalion, professor de recuperação florestal da Esalq

Em uma metrópole como São Paulo, cerca de 3,9 mil toneladas de CO2 são lançados na atmosfera por dia apenas pela frota de 15 mil ônibus que circulam pelas ruas – o cálculo leva em consideração dados da SPTrans e da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, que estima que um ônibus movido a diesel emita 2,6 kg de CO2 por litro de combustível.

Já uma área reflorestada do tamanho do parque do Ibirapuera poderia sequestrando do ar até 800 toneladas de CO2 em um ano, considerando-se o sequestro médio, indicado por estudos, de cinco toneladas de carbono por hectare (10.000 m², pouco mais que um campo de futebol). Ou seja, bem menos do que é emitido pelos ônibus em um dia.

"Um parque inteiro não sequestra nem o emitido por dez ônibus em São Paulo", diz Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês).

  • Como o reflorestamento contribui para a diminuição do aquecimento global?

    Como algumas espécies de árvores ajudam a combater o aquecimento global

  • Como o reflorestamento contribui para a diminuição do aquecimento global?

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  • Como o reflorestamento contribui para a diminuição do aquecimento global?

Grande reflorestamento é que conta

O efeito na redução do aumento do aquecimento global é verificado quando o reflorestamento é feito em grande escala. "Estamos tratando de milhões de hectares", frisa Artaxo, ao se referir à recuperação de florestas necessária para mitigar as emissões de CO2.

Os países que se reunirão na COP-21 indicaram voluntariamente medidas para fazerem sua parte na batalha pelo clima. Mais de 170 nações já apresentaram as chamadas INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, na tradução em português). O Brasil se comprometeu a, dentre outras coisas, plantar 12 milhões de hectares de vegetação em território nacional até 2030, além de zerar o desmatamento.

"Para que possa sequestrar quantidade grande de CO2, o plantio deve ocorrer em grandes áreas. Plantio de árvores em áreas urbanas é importante, mas pequeno comparado com regiões da Amazônia que foram desmatadas"Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU

Essa visão de reflorestamento em grande escala é adotada por quem participa do mercado de plantio de árvores para reduzir emissões de gases de efeito estufa. Lucas Pereira, geógrafo e diretor da Iniciativa Verde, OSCIP que ajuda empresas e pessoas físicas a compensarem plantando árvores suas "pegadas de carbono", ressalta que o plantio para este fim é feito em grandes áreas, que comportem no mínimo 10 mil árvores.

"Nós calculamos o quanto um hectare [10 mil m²] de floresta absorve de carbono. Uma pessoa que queira plantar cinco, dez árvores, irá contribuir para a formação de parte desse hectare que será plantado", afirma Pereira. Segundo ele, cada hectare abriga 1.666 árvores. "De fato ela vai contribuir para a restauração da floresta, compensando diretamente sua emissão", completa.

Reflorestar é única solução atual

A fotossíntese feita pelas árvores retira dióxido de carbono da atmosfera, fixando-o em seus troncos e raízes. Durante a noite, as árvores respiram, liberando CO2. Uma floresta adulta em equilíbrio emite a mesma quantidade de CO2 que captura. Mas quando está em crescimento, período que varia entre 23 e 30 anos na Amazônia, a quantidade do gás retirado da atmosfera pelas árvores é maior que a liberada. Segundo Artaxo, "todos as florestas tropicais, que  possuem taxa de fotossíntese mais rápida e mais eficiente, cumprem essa função".

"Hoje, o plantio de árvores é possivelmente a única estratégia que funciona para reduzir o aumento das emissões de CO2 a curto prazo"Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU

Fazendo uma conta aproximada, seria preciso ter uma floresta em uma área 365 vezes maior do que a do Brasil para anular nossas emissões de um ano.

Assim, para combater o aumento do aquecimento global, políticas públicas de reflorestamento precisam ocorrer de forma paralela à redução do desmatamento, o principal emissor de CO2 na atmosfera no Brasil. Segundo o Observatório do Clima (rede que integra diversas entidades da sociedade civil), a derrubada de florestas emitiu 486,1 milhões de toneladas de gás carbônico, o equivalente a 30% do total de 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente emitidas em 2014.

Quando uma cobertura florestal é devastada, o carbono fixado em seus troncos e massas volta para o ciclo e termina na atmosfera. Cada hectare de floresta na Amazônia armazena cerca de 100 toneladas de carbono, segundo Artaxo. De 2014 a 2015, a Amazônia perdeu 5.831 km².

Qual árvore plantar para salvar o clima?

Há árvores que contribuem por serem mais eficazes para sequestrar CO2, outras por serem longevas e crescerem lentamente. "Árvores pioneiras, como o mutambo, manacá e monjoleiro, possuem maior capacidade de absorção nos primeiros anos de vida, mas não crescem muito e morrem cedo", diz Pedro Brancalion, professor de recuperação florestal da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP.

"As árvores típicas de florestas maduras e melhor conservadas, como jatobás, ipês e perobas, crescem bem devagar e absorvem pouco carbono por ano. Mas como vivem muitos anos e atingem grande porte, representam os principais estoques de carbono nas florestas", completa.

Os especialistas afirmam que o Brasil ainda não possui projetos vigorosos de recuperação de florestas. Iniciativas como as da Iniciativa Verde, que em 10 anos de atividade plantou cerca 1,3 milhão de árvores principalmente no Estado de São Paulo, representam, no entanto, uma opção para a redução da emissão de gases estufas.

Segundo Pereira, além de sequestrar carbono, o reflorestamento pode provocar efeito indireto na redução do aquecimento global. "A floresta preserva os cursos de água, ajuda a manter vazão mais constante e os lençóis freáticos abastecidos em épocas de estiagem", diz ele. Tal feito ajudaria a evitar crises hídricas, poupando o país, por exemplo, do acionamento de termoelétricas, que em 2014 foram as principais vilãs que impediram redução das emissões de CO2 pelo país.

Como as plantas podem contribuir para a redução do aquecimento global?

A fotossíntese feita pelas árvores retira dióxido de carbono da atmosfera, fixando-o em seus troncos e raízes. Durante a noite, as árvores respiram, liberando CO2. Uma floresta adulta em equilíbrio emite a mesma quantidade de CO2 que captura.

Como as florestas podem contribuir para diminuição do efeito estufa?

O plantio de árvores absorve o gás carbônico (CO2), que é um dos gases de efeito estufa, e libera oxigênio (O2), essencial para a vida humana. Fábio explica que a necessidade de redução dos produtos de base fóssil no mundo vai aumentar a demanda por energias renováveis nos próximos anos.

Qual é a importância do reflorestamento para o meio ambiente?

O reflorestamento reduz o carbono da atmosfera A absorção ajuda na diminuição da poluição, do aquecimento global e do efeito estufa.

Qual a importância das árvores para o aquecimento global?

Elas têm a capacidade de absorver carbono da atmosfera e, por isso, as florestas têm um papel essencial na regulação do clima, absorvendo o CO2, um dos principais gases causadores do aquecimento global, que é uma das maiores ameaças para a manutenção da vida no planeta.