Como que é o início de infarto?

Infarto do miocárdio é a necrose de uma parte do músculo cardíaco causada pela falta de irrigação sanguínea ao coração. Aprenda a reconhecer rapidamente e o que fazer para socorrer.

Infarto do miocárdio é a necrose (morte) de uma parte do músculo cardíaco causada pela ausência da irrigação sanguínea que leva nutrientes e oxigênio ao coração.

É o resultado de uma série complexa de eventos acumulados ao longo dos anos, mas geralmente está ligado aos ateromas, placas de gordura e outras substâncias que se formam nas paredes das artérias. Essas placas podem crescer até entupir a artéria, ou se romper e liberar fragmentos que irão obstruir vasos que levam ao coração, causando o infarto. Você pode entender esse processo com esta animação.

Veja também: Quanto tempo temos para chegar ao hospital em casos de infarto?

Sintomas do infarto

  • Dor fixa no peito, que pode variar de fraca a muito forte, ou sensação de compressão no peito que geralmente dura cerca de 30 minutos;
  • Ardor no peito, muitas vezes confundido com azia, que pode ocorrer associado ou não à ingestão de alimentos;
  • Dor no peito que se irradia pela mandíbula e/ou pelos ombros ou braços (mais frequentemente do lado esquerdo do corpo);
  • Ocorrência de suor, falta de ar, náuseas, vômito, tontura e desfalecimento;
  • Ansiedade, agitação e sensação de morte iminente.

Atenção: Cerca de ⅓ das pessoas não sente a dor típica do infarto. Esse grupo é formado principalmente por mulheres, idosos, negros e pessoas com diabetes ou insuficiência cardíaca. Essas pessoas precisam ficar atentar aos sinais mais sutis e não hesitar para para investigar qualquer suspeita.

Fatores de risco e prevenção do infarto

Não há dúvida de que a melhor maneira de evitar o infarto é reduzir a exposição aos fatores de risco: fumo, obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol, estresse, vida sedentária e/ou histórico pessoal ou familiar de doenças cardíacas.

O que fazer se suspeitar que está tendo um infarto

  • Ao surgirem os primeiros sintomas, procure socorro imediatamente pelo 192 (Samu). Não dirija automóvel e evite andar ou carregar peso mesmo que a dor seja mínima;
  • Se conseguir engolir sem dificuldade e não for alérgico ao medicamento, tome 2 comprimidos de ácido acetilsalicílico (aspirina) imediatamente. A forma mais indicada é mastigar os comprimidos. Eles ajudam a dissolver coágulos que podem ser causadores da obstrução. Não coma nem beba mais nada.

Primeiros socorros se estiver com alguém que pode estar sofrendo infarto

  • Não perca tempo: chame o Samu pelo 192. É mais seguro que tentar levar a vítima diretamente ao hospital, a menos que o atendente oriente que você mesmo leve o paciente;
  • Enquanto aguarda, não entre em pânico. Transmita confiança ao paciente e mantenha a pessoa calma e aquecida. Coloque-a em posição confortável, levemente inclinada, afrouxe suas roupas e siga qualquer orientação que o atendente lhe passar;
  • Dê à pessoa 2 comprimidos de ácido acetilsalicílico (aspirina) e oriente para que ela os mastigue;
  • Se a pessoa desfalecer, verifique sua respiração e seu pulso. Na ausência desses sinais vitais, inicie imediatamente os procedimentos adequados de recuperação cardiopulmonar, mantendo-os até que o socorro chegue. Não tente transportar a pessoa desfalecida, porque ela corre grave risco de morrer no caminho.

Vídeo: Dr. Drauzio explica o que fazer em caso de infarto

Diagnóstico de infarto

O principal exame para diagnóstico do infarto é o eletrocardiograma (ECG). Ele possibilita não somente detectar o ataque cardíaco, mas ajuda também a identificar o tipo específico de infarto, o que é primordial para o tratamento imediato.

Outros exames, que incluem marcadores sanguíneos, podem ajudar a analisar cada caso com mais precisão, mas geralmente eles são realizados enquanto a pessoa já está sob os cuidados de emergência indicados pelo ECG.

Tratamento do infarto

O ideal é que o paciente seja atendido em até 90 minutos. Geralmente, ao constatar o infarto pelo eletrocardiograma, é dada uma aspirina ao paciente caso ele ainda não tenha tomado. Se a pessoa for alérgica ao medicamento, é administrada uma alternativa que obtém o mesmo efeito.

São administrados outros medicamentos com funções diversas, como amenizar a ansiedade, diminuir a dor e ajudar o coração a trabalhar com menos esforço.

Prossegue-se então para a desobstrução da artéria comprometida, o que pode ser feito de diversas formas dependendo das informações obtidas com os exames iniciais e do quadro geral do paciente. Uma das formas mais comuns é utilizar um cateter para desobstruir a artéria e implantar no local um stent, uma espécie de tubo de metal que mantém o vaso aberto e permite a passagem do sangue. Você pode ver como esse procedimento é realizado neste vídeo.

Dependendo do tipo de infarto e das condições do paciente, podem ser necessários outros procedimentos, como a ponte de safena (cirurgia de revascularização do miocárdio).

Geralmente, após a desobstrução o paciente deve ficar internado por cerca de 5 dias, recebendo medicação específica e evitando o esforço e o estresse.

Recomendações para quem já sofreu infarto

  • Após os primeiros dias de cama, pacientes são incentivados a se exercitarem bem aos poucos. Inicialmente, podem ficar sentados, depois caminhar lentamente até o banheiro, sempre com orientação médica;
  • Pacientes que já sofreram infarto devem carregar consigo sempre que possível uma cópia do último ECG que realizaram. O exame irá ajudar a equipe médica se a pessoa precise ser atendida caso sofra outro problema cardiovascular;
  • Após um infarto, muitas pessoas precisam tomar medicamentos e adotar mudanças no estilo de vida. Não descuide das orientações médicas, pois o risco de ter um segundo infarto nos 10 anos a partir do primeiro é de cerca de 30%;
  • É fundamental manter uma dieta com pouca gordura e praticar exercícios regularmente (desde que com autorização e orientação médica);
  • Fumantes devem largar o cigarro imediatamente;
  • Assumir uma atitude mental confiante e positiva é um passo decisivo para a recuperação. A maioria das pessoas que sobrevive a um infarto e adota um estilo de vida saudável consegue retornar à vida normal e reassumir suas atividades profissionais.

Perguntas frequentes sobre infarto

Jovens também podem ter infarto?

Sim. Embora atinja mais pessoas a partir dos 40 anos (e mulheres particularmente após a menopausa), pode acontecer também entre os 20 e os 39 anos.

Pessoas que sofreram infarto podem fazer sexo?

Na maior parte dos casos, os pacientes estão liberados para atividade sexual em cerca de 6 meses após o infarto. Contudo, dependendo da extensão da lesão, do comprometimento da função do músculo cardíaco e de outras condições de saúde, o médico pode colocar restrições ao sexo, bem como a atividades físicas. Saiba mais sobre o tema nesta matéria.

O que é um Pré

Primeiros sinais: como identificar um pré-infarto? Nem sempre um infarto será acompanhado de intensas dores no peito. Muitos casos podem se manifestar através dores ou desconforto nos membros superiores, como braços, costas, estômago, pescoço ou mandíbula. Também pode ocorrer falta de ar com ou sem dor no peito.

Quais são os sintomas antes de ter um infarto?

Dor no peito não é o único sinal de infarto.
Desmaio. Este pode ser um dos primeiros sinais de problemas cardíacos. ... .
Falta de ar. ... .
Náusea, indigestão ou dor abdominal. ... .
Tontura. ... .
Suor frio (sudorese) ... .
Tosse seca. ... .
Palpitações. ... .
Fraqueza..

Onde é a dor de um infarto?

O sintoma mais clássico do infarto é uma dor opressiva na região do tórax, com uma pressão forte no peito, dor nos ombros, braços, queixo e até abdômen. É possível haver ainda suor frio e falta de ar. As dores no peito podem ter durações distintas, variando de 4 a 20 minutos, por exemplo.

Quanto tempo antes do infarto os sintomas aparecem?

Sinais do infarto podem surgir 4 semanas antes Nessas pessoas, a obstrução da artéria se deu de forma gradual, com os sintomas prévios surgindo. Geralmente, são os mesmos sinais do infarto, mas com intensidade e duração menores. Como “a dor passou”, muitos não procuraram ajuda profissional.