Como se explica a ocorrência de terremotos e vulcões na borda oeste da América do Sul?

As zonas sísmicas, por definição, podem ser entendidas como as áreas onde acontecem os terremotos com maior frequência, isto é, as regiões do planeta mais geologicamente instáveis e mais suscetíveis à ação dos agentes internos ou endógenos de transformação do relevo.

O registro cartográfico e o conhecimento sobre as regiões sísmicas da Terra é importante para a elaboração de planejamentos sociais e urbanos que levem em conta a possibilidade de tremores de terra repentinos. Afinal, não é qualquer área do espaço geográfico que se encontra predisposta a apresentar aqueles terremotos cujos efeitos são mais duramente sentidos e que geram perda de patrimônio e, principalmente, de vidas.

Para identificar a localização das principais zonas sísmicas da Terra, é preciso levar em consideração o posicionamento das placas tectônicas, pois é nas áreas de encontro entre elas que existe a maior incidência de tremores, sobretudo quando há o choque entre uma placa e a outra. O que explica os tremores é justamente a liberação de energia acumulada nos pontos de tensão entre formações geologicamente distintas, o que contribui, inclusive, para dar novas formas ao relevo, tais como os vulcões e as cadeias montanhosas.

Observe a seguir o mapa de localização das principais placas tectônicas da Terra. Compare essa informação com o mapa das zonas sísmicas disposto logo abaixo e repare a similaridade entre a posição das bordas dessas placas e a frequência e intensidade dos terremotos.

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Como se explica a ocorrência de terremotos e vulcões na borda oeste da América do Sul?

Mapa de localização das placas tectônicas da Terra

Como se explica a ocorrência de terremotos e vulcões na borda oeste da América do Sul?

Mapa das zonas sísmicas da Terra

Uma das principais zonas sísmicas da Terra encontra-se em uma região que abrange boa parte dos limites do Oceano Pacífico, indo desde o sul da América do Sul, passando pelo norte da América do Norte e estendendo-se pelo extremo leste da Ásia e da Oceania. É nessa conjunção de áreas que ocorre a maioria dos terremotos do planeta e, por isso, ela é denominada de Anel de Fogo do Pacífico ou, ainda, Círculo de Fogo do Pacífico. Ela representa justamente os limites da Placa do Pacífico, além de englobar a área de encontro entre a Placa de Nazca e a Placa Sul-americana.

É nessa região que tragédias recentes e antigas anunciaram-se, como os terremotos do Japão, do Chile, da Indonésia e do Alasca, entre outros. O maior tremor já registrado pelo ser humano ocorreu também nessa área, na cidade de Valdívia, em território chileno, na década de 1950. Além dos frequentes terremotos, ainda se manifestam os problemas relativos aos tsunamis e também ao constante vulcanismo. 

Como se explica a ocorrência de terremotos e vulcões no oeste da América do Sul?

No oeste da América do Sul, por exemplo, o afundamento da placa de Nazca sob a placa continental originou a cordilheira dos Andes. A maior parte dos terremotos ocorre nas bordas das placas tectônicas (“tectônica” tem origem na palavra “construção” em grego) ou em falhas entre dois blocos rochosos.

Como se explica a ocorrência de terremotos e vulcões na borda oeste da América do Sul por que isso não ocorre no Brasil?

O Brasil não sofre com ação dos terremotos de maneira intensa, pois o país localiza-se no centro da placa tectônica sul-americana. Dessa forma, a movimentação dessa placa tectônica não gera em nosso território o movimento convergente, ou seja, não há fortes terremotos no Brasil.

Como se explica a ocorrência de terremotos e vulcões?

As regiões onde as placas tectônicas convergem-se provocam acúmulo de pressão e descarga de energia, acionando então o vulcão. A intensidade da erupção vulcânica pode então provocar tremores na superfície, portanto, o terremoto.

O que explica a existência de numerosos vulcões e episódios de terremotos no litoral oeste do continente americano?

A Placa de Nazca é geologicamente mais pesada do que a Placa Sul-americana, com isso, quando as duas se encontram, a primeira afunda e a segunda emerge. Em diversos pontos desse encontro, acumula-se energia em função do acúmulo de forças entre os dois lados.