Como você explica o aumento da esperança de vida média ao nascer em muitos países do mundo

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A expectativa de vida da população, em nível mundial, é crescente. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define expectativa de vida, ou esperança de vida como:

Número médio de anos que um indivíduo de idade x esperaria viver a partir desta idade, se estivesse sujeito a uma lei de mortalidade observada. Particularmente, se x = 0, tem-se a expectativa de vida ao nascer (2008, p. 87).

Ou seja, a expectativa de vida ao nascer é o número de anos que se calcula que um recém-nascido pode viver caso as taxas de mortalidade registradas da população residente, no ano de seu nascimento, permaneçam as mesmas ao longo de sua vida. A mesma fórmula é utilizada para o cálculo de sobrevida de uma pessoa aos 60 anos, por exemplo.

Como você explica o aumento da esperança de vida média ao nascer em muitos países do mundo

Expectativa de vida mundial em 2008 (Fonte: CIA World Factbook)

A expectativa de vida ao nascer é calculada considerando, além da taxa de mortalidade, a expectativa de sobrevida da população residente na região em que o individuo nasceu. Fatores como saúde, educação, situação socioeconômica, criminalidade, e poluição, entre outros, são determinantes para uma maior expectativa de vida.

Nesse sentido, o aumento da expectativa de vida da população está associado a melhoria das condições de vida dessa população. Políticas públicas e avanços tecnológicos promovem essas melhorias, tais como:

  • Os cuidados com gestantes (acompanhamento pré-natal), bem como o acompanhamento do recém-nascido e o aleitamento materno diminuem as taxas de mortalidade infantil;
  • Escolarização
  • Campanhas de vacinação
  • Saneamento básico
  • Avanços na medicina

A expectativa de vida ao nascer é utilizada para cálculo previdenciário, seguro de vida e é um dos índices que compõe o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A partir desses índices, e de projeções calculadas a partir dele, políticas públicas devem ser estudadas e elaboradas para que sejam atendidas as necessidades da população no presente e no futuro.

No Brasil, a menor taxa de fecundidade, associada ao aumento na expectativa de vida ao nascer tem como resultado, o aumento no número de idosos (pessoas com mais de 60 anos), sobretudo entre as mulheres, devido ao auto índice de mortalidade entre os homens por fatores externos.

Segundo dados do IBGE (2008, p. 45), a expectativa de vida ao nascer, em nível mundial, para 2008 foi estimada em 67,2 anos. De acordo com esse relatório, no Brasil, a expectativa de vida ao nascer (2008) é de 72, 8 anos (sendo 76,7 anos para as mulheres e 69,1 anos para os homens). O Brasil ocupa a 87ª posição entre os países, quanto a expectativa de vida ao nascer. O país com maior expectativa de vida é o Japão (82,6 anos), e o país no qual a expectativa é menor (39,60) é a Suazelândia, país localizado no interior da África, entre Moçambique (penúltimo país no ranking, no qual a expectativa é de 42,10 anos) e a África do Sul (expectativa de 49, 30 anos).

Referências:
RIPSA. Rede Interagencial de Informação para a Saúde. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações – 2. ed. – Brasília: Organização

Pan-Americana da Saúde, 2008. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ind_basicos_2_edicao.pdf> Acesso em 05 fev. 2010.

IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade – 1980–2050. Série Estudos e pesquisas, 2008. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf> Acesso em 05 fev. 2010.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/demografia/expectativa-de-vida/

O aumento da esperança de vida é uma evolução recente da humanidade e, provavelmente, o fenómeno irá continuar e aumentará, até se atingir uma esperança de vida acima dos 100 anos para todas as pessoas. A hipótese de 50% das pessoas nascidas numa dada altura poderem sobreviver e superar a barreira dos 100 anos pode verificar-se no caso de mulheres, já nascidas, em países com uma esperança de vida elevada.

Esta questão, revelada no estudo “Longevidade: Uma Breve Análise Global e Atuarial” – elaborado por Mercedes Ayuso, do Departamento de Econometria, Estatística e Economia, da Universidade Riskcenter de Barcelona e Robert Holzmann, da Universidade da Malásia e Academia Austríaca de Ciências – dá-nos uma ideia de que até que ponto é necessário introduzir reformas nos sistemas públicos de pensões.

“A tendência nos países desenvolvidos durante as últimas décadas caracteriza-se por haver um crescimento mais lento da mão de obra devido ao decréscimo da fertilidade, enquanto que o número de reformados aumenta devido ao efeito de coorte e ao aumento da esperança de vida em idades avançadas. Se não se introduzirem mudanças no sistema, nas próximas décadas este desequilíbrio tenderá a piorar devido ao ligeiro aumento ou mesmo diminuição da população activa em vários países da Europa e Ásia, ao mesmo tempo que aumenta de forma contínua a esperança de vida entre as pessoas de mais idade”, diz o estudo.

Porque é que os sistemas de pensões não foram adaptados antes?

A resposta é simples: o aumento da esperança de vida é uma tendência crescente, diz o relatório. “Muitos dos estudos sobre a longevidade, o envelhecimento da população e a previdência social não contemplam o facto de que este envelhecimento constitui um fenómeno muito recente na sociedade”.

Anteriormente, e com base em achados arqueológicos recentes, as principais hipóteses em cima da mesa demográfica indicam que, até finais do século XVIII, a esperança de vida se tinha mantido constante desde os tempos dos caçadores-recoletores e durante cerca de 8 mil gerações. A esperança média de vida ao nascer era de 31 anos e, de acordo com vestígios arqueológicos, situava-se de facto entre os 27 e os 35 anos.

Porém, desde o início do século XX que a esperança de vida à nascença tem vindo a aumentar, primeiro num pequeno grupo de países industrializados e modernizados e, ao longo do século XX, em todo o mundo. Este aumento da esperança de vida deve-se, antes de mais, à redução da taxa de mortalidade nas idades mais precoces, especialmente, aquando do nascimento e entre as crianças com menos de 5 anos, devido à melhoria das condições na realização dos partos e aos esforços de imunização.

Mas, acima de tudo, as alterações mais recentes no que diz respeito à esperança de vida em todas as idades devem-se à redução da taxa de mortalidade ou ao aumento da probabilidade de sobrevivência nas idades mais avançadas. No futuro, praticamente todo o aumento da esperança de vida se ficará a dever à melhoria da taxa de mortalidade perto da idade da reforma e em idades superiores.

Estas mudanças demográficas explicam que, durante muito tempo, o planeamento das reformas nos sistemas de pensões, que começaram com Bismarck, se tenha mantido alheio a este aumento da longevidade.

Este fenómeno durará para sempre?

Não se pode prever o futuro mas, de acordo com os especialistas, há indícios claros de que o aumento da longevidade será um processo contínuo que se irá perpetuar de forma indefinida, ainda que com prováveis períodos de desaceleração no futuro.

O comportamento da esperança de vida tem sido de aumento linear em todos os países desde 1840. No geral, os ganhos de sobrevivência são resultado da “complexa interação das melhorias nos rendimentos, na salubridade, na nutrição, na educação e, acima de tudo, nos cuidados médicos”. Em determinados países, o aumento da esperança de vida não aconteceu ao mesmo ritmo nem de forma tão linear. No entanto, nem a tendência da esperança de vida para níveis recorde, nem a trajetória de determinados países sugerem que “se trace um limite para o aumento da esperança de vida no futuro”.

Como você explica o aumento da esperança de vida média nascer muitos países do mundo?

Portanto, o aumento da expectativa de vida está diretamente associado à melhoria das condições de vida da população. Os avanços nesses dados estão sendo obtidos desde 1950, em que se constatou, em 2010, um aumento de mais de 20 anos na expectativa de vida da população mundial nesse período (1950 – 2010).

Quais motivos levam o aumento da expectativa de vida?

O crescimento econômico do país, acesso à água tratada e esgoto, bem como aumento do consumo, foram alguns dos fatores que elevaram a expectativa de vida no Brasil. A esperança de vida dos brasileiros aumentou, isso segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O que expressa a expectativa de vida média ao nascer?

(Expectativa de Vida ao Nascer, Vida Média ao Nascer) Ficha de qualificação. Número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade existente, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Expressa a longevidade da população.

Como aumentar a expectativa de vida de um país?

Cuidar da alimentação, fazer exercícios físicos e deixar os vícios — como o álcool e o cigarro — são maneiras de melhorar a qualidade de vida, assim como fazer exames de saúde e consultar o médico regularmente. E não é necessário esperar até a velhice chegar para mudar de vida — você pode começar agora mesmo.