Convocação seleção brasileira 2022

A sorte está lançada para a penúltima lista de Tite antes da Copa do Mundo. O anúncio dos 26 jogadores sai na próxima sexta-feira, mas o treinador enviou nessa sexta-feira a lista larga com cerca de 40 nomes para a Fifa - o que obedece ao prazo de 15 dias antes do início do período de treinos e jogos da última data Fifa antes da Copa. A pré-lista obriga a liberação dos atletas convocados.

Tite e o coordenador Juninho Paulista voltaram da viagem para a Europa nessa sexta-feira e foram direto para a CBF para reunião de trabalho. Precisavam fechar a lista larga depois de duas semanas em campo com viagens por seis países - cinco na Europa e também ao México, onde o auxiliar César Sampaio e o fisiologista Guilherme Passos foram acompanhar Daniel Alves.

Tite no Maracanã para acompanhar Fluminense e Corinthians: treinador viajou para assistir a jogos na Europa — Foto: Reprodução

A seleção brasileira enfrenta a seleção de Gana, no dia 23, em Le Havre, na França, e depois, na capital Paris, pega a seleção da Tunísia, dia 27. Desta vez, no estádio do PSG

O radar de observação tem 45 atletas ao menos, mas houve olho atento também para nomes que despontam no futebol brasileiro, como por exemplo o volante André, do Fluminense - mesmo que seja uma posição muito bem definida na Seleção, com Casemiro e Fabinho, a comissão segue na missão de acompanhar alternativas.

Pela Europa, a comissão acompanhou jogos e manteve contato com pelo menos 15 atletas. Foi a Madri ver o Atlético de Madrid, de Felipe, Renan Lodi (foi emprestado em seguida) e Matheus Cunha, do Benfica, que ainda não contava com Lucas Veríssimo, mas tem Gilberto e David Neres, da Juventus e da Roma, dos laterais Danilo (que atua como zagueiro nas últimas duas rodadas), Alex Sandro e dos defensores Bremer (Juve) e Ibañez (Roma), do Arsenal, dos Gabriéis (Magalhães, Martinelli e Jesus), do PSG de Neymar e Marquinhos contra o Monaco, que tem os laterais Caio Henrique e Vanderson, suspenso no empate que o próprio Tite acompanhou no Parque dos Príncipes.

Quantos atacantes?

Antes de retornar ao Brasil e, inclusive, bater o martelo para a agenda da seleção brasileira nos amistosos contra Gana e Tunísia em duas semanas, de última hora, o técnico Tite e o coordenador Juninho ainda acompanharam o empate de Tottenham de Emerson Royal e Richarlison contra o estreante Lucas Paquetá no West Ham.

O cronograma da comissão técnica a partir de segunda é de enxugamento da lista até o anúncio na sexta. Normalmente, a definição sai na quinta-feira no fim do dia para a lista sair na manhã do dia seguinte. De segunda a quinta vão se concentrar nas definições e nos critérios de "cortes" da lista. Possíveis questões físicas dos jogos, avaliações clínicas com base nas informações trocadas com as comissões técnicas e, claro, as preferências técnicas entram na pauta. Ou no "quebra-pau", como brincou Tite em série de entrevistas no último mês.

Uma das definições mais importantes está no ataque. Na última lista, Tite convocou oito atacantes, nas duas anteriores sete. Também já levou três laterais-esquerdos para facilitar as escolhas, o que é improvável desta vez. A tendência é de que a proporção desta convocação obedeça ao que vai ser levado para a Copa. Ou seja, se chamar sete meias e oito atacantes, a lista da Copa deve ter sete meias e oito atacantes. Se resolver levar nove atacantes, pois é a disputa mais apertada da Seleção - e que tem em Pedro, do Flamengo, favorito para ser lembrado novamente -, a lista final da Copa também deve ter nove para o ataque.