Em qual região os portugueses concentram a maior parte das suas viagens?

O setor do Turismo foi alvo de 4000 reclamações desde o início do ano, que abrangem principalmente as companhias aéreas e os sites de reserva de viagens, avança o Portal da Queixa, que realizou uma análise às reclamações relacionadas com o setor por ocasião do Dia Mundial do Turismo.

Segundo o Portal da Queixa, “o número de reclamações dirigidas ao setor do Turismo está a aumentar”, uma vez que, até 26 de setembro, foram registadas 3882 reclamações relacionadas com este setor, o que representa um crescimento de 12% em relação ao período homólogo de 2021, quando foram registadas 3475 queixas.

“Comparativamente com 2019, o aumento é ainda mais expressivo, verificando-se uma subida de 56%. Em ano de pré-pandemia, foram registadas apenas 2495 reclamações durante o mesmo período”, acrescenta o Portal da Queixa.

O maior número de reclamações diz respeito à categoria “Hotéis, Viagens e Turismo”, principalmente nas subcategorias: Companhias Aéreas (1415) e Sites de Reserva de Viagens (1338), seguindo-se os Sites de Reserva de Viagens (348) e os Sites de Reserva de Alojamento, com 343 queixas.

No que diz respeito às companhias aéreas, a TAP é a mais visada, com 605 queixas recebidas desde o início do ano, seguindo-se a Ryanair, que acolheu 257 reclamações, a easyjet (143), a Vueling (69) e a Iberia (50).

“Os principais motivos de reclamação contra as Companhias Aéreas estão relacionados com o cancelamento e reembolso de voos, a gerar 43% das queixas; dificuldades no atendimento ao cliente (27%); perda ou problemas com bagagem (27%) e outros (3%)”, especifica o Portal da Queixa.

Relativamente às companhias aéreas, o Portal da Queixa acrescenta que, na análise aos indicadores de performance sobre a capacidade de resposta aos consumidores, “as cinco companhias aéreas têm níveis muito baixos no que se refere à taxa de resposta e à taxa de solução, o que na avaliação feita pelos consumidores, resulta em Índices de Satisfação muito fracos, todas as operadoras com pontuações abaixo dos 18 pontos (em 100)”.

Já no que respeita aos Sites Reserva de Viagens, a maioria das queixas diz respeito à eDreams, com 847 reclamações, e à Rumbo, que somou 136 queixas, sendo que, nesta subcategoria, foram os problemas com as reservas (43%), problemas com o reembolso (29%), dificuldades no apoio ao cliente (13%), esquemas de burla/fraude (8%) e outros motivos (7%) que motivaram a maior parte das reclamações.

“Destaca-se que, ambas as marcas registam um Índice de Satisfação inferior a 10 pontos (em 100)”, indica ainda o Portal da Queixa.

Nas Agências de Viagens, o principal motivo de reclamação foram os problemas com os reembolsos, que foram responsáveis por 70% das queixas, existindo ainda 17% de queixas por alegada burla e 13% por outros motivos.

“No topo das entidades com maior número de reclamações está a CidadeTur (54) – agência do Porto que recentemente foi alvo de acusações por alegada burla com inúmeros consumidores a partilharem os casos no Portal da Queixa -, seguem-se depois a Travelgenio (45) e a Xtravel (38). A Viagens Abreu acolhe 37 reclamações”, refere o Portal da Queixa, indicando que a Travelgenio foi a empresa com o Índice de Satisfação com a pontuação mais alta, de 40.2 (em 100), registando ainda uma taxa de solução de 22.4% e uma taxa de reposta de 100%.

Já nos Sites de Reserva de Alojamento, que foi uma “das subcategorias do setor do Turismo com menos queixas registadas desde o início do ano”, os principais motivos de reclamação referem-se a problemas com pagamentos/reembolsos (55%) e problemas com as reservas/alojamento (43%).

“A recolher uma grande fatia das reclamações está o Booking (185), seguido da Air bnb (49), empresa que, por seu turno, em relação ao Booking, regista uma melhor performance na capacidade de reposta ao consumidor, com 98.5% de taxa de resposta, 32.3% de taxa de solução e um Índice de Satisfação pontuado em 47.2 (em 100)”, especifica o Portal da Queixa.

Em qual região os portugueses concentram a maior parte das suas viagens?
 filo/Getty Images

Publicidade

Publicidade

Não é bem assim: Portugal também teve uma extensa e marcante presença na África. Tanto que, até hoje, vários países do continente adotam o português como língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial. Acontece que a colonização da África só se intensificou a partir do século 19, bem depois dos processos de colonização das Américas, que começaram lá no século 16. 

Na época em que o Brasil era uma colônia – centenas de anos antes do continente africano virar alvo das potências industriais –, Portugal já se destacava por lá: era a única nação europeia a ter papel colonizador, ainda que restrito, em regiões da atual Angola e do atual Moçambique, além de dominar arquipélagos de Cabo Verde e São Tomé. Outros países europeus, como França, Inglaterra e Holanda, mantinham apenas entrepostos comerciais na costa da África.

Há alguns fatores que explicam porque a colonização da África não foi simultânea à da América. “A face atlântica do continente africano abrigava algumas sociedades centenárias quando os portugueses chegaram, no final do século 15 e início do 16”, explica Marina de Mello e Souza, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

Nesse contexto, era vantajoso para os países europeus manter boas relações de comércio com essas nações, e não tentar assumir o comando político. “Já nas Américas, os interesses de Espanha e Portugal foram primeiro explorar diretamente as riquezas minerais; depois, as potencialidades agrícolas. Para isso, esses reinos ocuparam o continente e dizimaram a população nativa, implantando novas formas de organização social.

Continua após a publicidade

Outra característica que impediu a colonização da África passa uma sensação estranhamente atual: as epidemias. Lembra daquela história de que os europeus trouxeram diversas doenças para as Américas na época da colonização, dizimindo as populações nativas que não tinham anticorpos contra os patógenos?

Então, isso também acontecia na África, mas ao contrário: algumas doenças no continente eram novas e fatais para os europeus. “Portanto, mesmo quando havia interesse econômico em ocupar o continente, como no caso dos portugueses em Luanda e na região de Moçambique, isso era dificultado pelas doenças”, explica a professora.

A partir de 1890, o cenário muda e África vira o novo palco das disputas de potências europeias. Portugal, que já não tinha mais domínio sobre o Brasil, não ficou para trás. “Nessa época, os interesses do nascente capitalismo industrial eram outros: não mais a obtenção de mão de obra barata na forma de escravizados direcionados para a América, mas em mercados fornecedores de matérias-primas e consumidores de produtos industrializados”, explica Marina de Mello e Souza.

Nesse cenário, Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Portugal passam a ter uma atuação mais abrangente no continente e disputam territórios para explorar. Não que as doenças tenham ido embora, é claro: mas quando é dinheiro que está em jogo, não há malária que segure um inglês de cartola. 

Pergunta de @andressa.llopes, via Instagram.

Continua após a publicidade

  • Brasil
  • colonização
  • História

Em qual região os portugueses concentram a maior parte das suas viagens?

Por que os portugueses se concentraram mais em colonizar a América que a África?

Não é bem assim: a África tem diversos países falantes de português. Mas é inegável que Portugal, no século 16, tinha interesses diferentes em cada continente.

Transforme sua curiosidade em conhecimento. Assine a Super e continue lendo

Em qual região os portugueses concentram a maior parte de suas viagens?

A exploração oceânica feita pelos portugueses concentrou-se em explorar a costa do continente africano, e, aos poucos, chegou-se a locais até então desconhecidos por eles.

Quais os motivos que levaram os portugueses a navegar em mar aberto?

O primeiro motivo que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.

Qual era o objetivo inicial dos portugueses com o seu envolvimento nas grandes navegações?

Qual era o objetivo inicial dos portugueses com o seu envolvimento nas “Grandes Navegações”? Os portugueses desejavam encontrar uma rota marítima que os levasse para as Índias. Através do descobrimento dessas rotas, eles esperavam obter diversas especiarias que seriam revendidas no continente europeu.

Qual era o interesse dos portugueses na Índia?

A Índia continuava a ser o grande alvo das navegações marítimas portuguesas. Os interesses mercantil e religioso prevaleciam acima de qualquer outro. "A alternativa ao espaço índico, território das especiarias e pedras preciosas, é, para todo o nosso século XVI, o norte da África.