Gramática Didática da língua Portuguesa PDF

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Publicado em: 2018-04-11

Gramática Didática da língua Portuguesa PDF
luvimacos
Gramática Didática do português brasileiro
– uma conversa ao pé da letra
1ª edição
Vitória da Conquista - BA
Luiz Vicente Macieira Costa
2014
Créditos
Criação da capa
Luiz Vicente Macieira Costa
Revisão: O autor
Assunto: Linguagem e Línguas
Impresso por Clube de Autores
Disponível em: www.clubedeautores.com.br/authors/87145
Todos os direitos desta edição reservados ao autor.


www.luvimacos.blogspot.com
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Currículum Lattes http://lattes.cnpq.br/18037461644243
Catalogação CIP
Apresentação
Este livro nasceu de uma observação durante a minha pesquisa para obtenção do título de
especialista em Teoria e Método do Ensino de Língua portuguesa. Notei que muitos alunos
apresentavam imensa dificuldade no que diz respeito à assimilação do conteúdo gramatical
relacionado à Língua instituída como sendo o padrão do Português brasileiro pelo simples fato de os
livros existentes não conduzirem os estudantes a um raciocínio lógico sobre o que lhes é apresentado.
Tendo em mente as dificuldades daqueles que anseiam por um método capaz de produzir
significativamente conhecimento gramatical sobre a nossa língua portuguesa, escrevi e disponibilizo
este livro com a pretensão de oferecer, numa linguagem bastante acessível, ao falante de qualquer
variedade da nossa língua portuguesa a oportunidade de refletir sobre ensinamentos linguísticos e
gramaticais a cerca da realização da fala e da escrita sob a égide das exigências gramaticais vigentes
em nossa sociedade que, por necessidade, ainda considera ser importante o respeito a certas regras
para que um texto possa cumprir a sua função social e ser considerado satisfatório.
Por questões didáticas o livro está divido em partes: fonética e fonologia, morfologia e sintaxe. E
dentro desses tópicos apresento discursivamente os conteúdos cobrados em concursos diversos,
exames vestibulares e coisas do gênero conforme aparece na lista de conteúdos:
Sumário
1º Estudo – fonética e fonologia, o estudo dos fonemas
Fonema e Morfemas
Processo de formação de palavras e cognitivo
Derivação, Composição, etc..
Morfologia
Do Sintagma Nominal – Substantivo, Artigo, Pronome, Numeral, Adjetivo, (adverbio)
Do Sintagma Verbal – Verbo e Advérbio
Das palavras de ligação – Preposições e Conjunções
Das palavras de sentimentos – Interjeições
Sintaxe
PERÍODO SIMPLES
Termos essenciais da oração
Sujeito e Tipos de sujeito
Predicado e Tipos de Predicado
Termos integrantes da oração
Objeto direto, Objeto direto preposicionado, Objeto indireto, Agente da passiva, Complemento
nominal
Termos acessórios da oração
Adjunto adnominal, Adjunto adverbial, Aposto, Vocativo
TIRANDO DÚVIDAS
Período composto
Orações Coordenadas Sindéticas ou Assindéticas
Classificação das sindéticas
Orações Subordinadas Adjetivas (O.S.A.)
Explicativas e Restritivas
Orações Subordinadas Substantivas
Orações Subordinadas Adverbiais
Orações Subordinadas Reduzidas
CONCORDÂNCIA NOMINAL e CONCORDÂNCIA VERBAL
Crase
Gramática didática do Português brasileiro – uma conversa ao pé da letra
Primeiras palavras
Ao estudar Gramática, ou regras gramaticais, subtende-se que o aluno/pessoa está tentando não
apenas dirimir dificuldades, mas também assimilar um conhecimento que já lhe é necessário e que
lhe será ou está sendo exigido em algum momento/situação na sua vida. Há inúmeras discussões e
críticas em relação ao ensino da Gramática em escolas brasileiras e eu não entendo, ainda, aonde
pretendem chegar estes que criticam o ensino de gramática. Talvez, a forma como ela está sendo
ensinada em muitas escolas é que precisa ser discutida, pois, ao tratar do objeto de trabalho do
professor de língua portuguesa, Os Parâmetros Curriculares Nacionais específico (p. 23) refere-se à
competência discursiva, relacionando-a à capacidade do sujeito de “produzir diferentes efeitos de
sentido e adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita”. Preceitua, ainda que a
“importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente segundo as demandas
sociais de cada momento” – uma percepção da dinamicidade da língua.
Muitos teóricos da linguagem veem no estudo de gramática uma oportunidade para o individuo se
inserir no mercado de trabalho e fugir de atos discriminatórios pelo uso de linguagem
desprivilegiada pela sociedade dominante. Podemos depreender isso das palavras de Gnerr quando
diz:
Se as pessoas podem ser discriminadas de formas explícitas (e não encoberta) com base nas capacidades linguísticas medidas
no metro da Gramática Normativa e da Língua Padrão, poderia parecer que a difusão da educação em geral e do
conhecimento da variedade linguística de maior prestigio em particular é um projeto altamente democrático que visa a reduzir a
distância entre grupos sociais para uma sociedade de “oportunidades iguais para todos”. (GNERR, 1991, p. 28)
Esta realidade acarreta ao professor (no nosso caso, o de Língua Portuguesa) uma responsabilidade e
uma obrigação: encontrar meios eficientes para a realização de um trabalho que seja capaz de munir
o aluno/estudante com ferramentas apropriadas ao seu desenvolvimento linguístico em língua Padrão,
e rever constantemente “os métodos de ensino e a constituição de práticas que possibilitem ao aluno
ampliar a sua competência discursiva na interlocução além de trabalhar “(com)textos” atualizados.”
Assim sendo, um importante papel do(a) professor(a) de língua portuguesa deve ser o de articular as
atividades na sala de aula para a construção do conhecimento. Essa ação pode abranger o estudo da
Gramática Normativa como instrumento que amplia as possibilidades de combinação de elementos
linguísticos nos textos que lemos e/ou produzimos. De acordo com Kleiman (1989, apud Costa 2013,
p.46), o conhecimento linguístico é um componente do chamado conhecimento prévio sem o qual a
compreensão não é possível. Deve, contudo, o(a) professor(a) se policiar para que o estudo das
normas gramaticais não se resuma à simples memorização de fórmulas. Para tanto, é necessário que o
professor esteja atualizado em relação aos estudos linguísticos e que acompanhe a evolução da
língua no seio da sociedade.
Percebemos com isso, que gramáticos e linguístas exercem atividades que se complementam,
enquanto uma ciência estuda os fenômenos da linguagem e explica as ocorrências desses fenômenos
em determinados tempos e grupos sociais. A outra apresenta uma serie de regras consagradas e
usadas pelos falantes da língua com a intenção de oportunizar a todos os falantes o compartilhamento
da modalidade eleita pela sociedade linguística de maior prestigio como sendo a Língua Padrão de
uma nação. Portanto, a que é usada e deve ser compartilhadas por todos em determinadas situações
de formalidade.
Dessa forma, tanto os estudos linguísticos quanto os gramaticais são importantes e proporcionam aos
falantes da língua uma explicação ou um modelo de como a nossa língua se expressa com toda a sua
riqueza cultural. De modo que desconhecer uma ou outra variedade pode trazer dificuldades ao
falante quando se fizer necessário uma adequação para um bom entendimento entre os interlocutores.
A minha pretensão com este livro é oferecer, numa linguagem bastante acessível, ao falante de
qualquer variedade da nossa língua portuguesa a oportunidade de refletir sobre ensinamentos
linguísticos e gramaticais acerca da realização da fala e da escrita sob a égide das exigências
gramaticais vigentes em nossa sociedade que, por necessidade, ainda considera ser importante o
respeito a certas regras para que um texto possa cumprir a sua função social e ser considerado
satisfatório.
Contrariando alguns teóricos quando dizem que devemos partir do texto (macro) para estudar e
explicar fatores linguísticos, por questões didáticas que considero importante, iniciarei nossos
estudos pelas partículas mínimas como se estivéssemos começando a construir o nosso conhecimento
linguístico ainda sem o conhecimento de que a nossa intenção é chegarmos ao texto. Serei bem direto
nas explicações para que você, caro estudante, não se perca nelas e deixe de assimilar o
conhecimento pretendido ao adquirir este livro. No entanto, em alguns momentos, o conteúdo será
apresentado como se estivéssemos numa conversa informal como ocorre face a face (cara a cara)
com um professor em sala de aula ou em casa numa aula particular.
Também por questões didáticas dividiremos os nossos estudos em partes: fonética e fonologia,
morfologia e sintaxe.
1º Estudo – fonética e fonologia, o estudo dos fonemas.
Fonema
Considera-se fonema a menor partícula de som produzido pelo ser humano. É representado, na
escrita, por uma ou mais letras do alfabeto[1]. O contrário também acontece, uma só letra pode
representar mais de um fonema.
Exemplo: na palavra táxi nós temos o x representando os fonemas /k/ e /s. É como se lêssemos a
palavra “taxi” a partir da escrita “taksi”. Então, no caso de taxi, contando letras ou fonemas teremos
quatro letras e cinco fonemas. Já na palavra chuva ocorre o fenômeno contrário, pois /ch/
representam apenas um fonema. É como se escrevêssemos a palavra assim: “xuva”. Chuva tem então
cinco letras e quatro fonemas, o que incorrerá em classificar o /ch/ como sendo apenas um dígrafo.
Qual seria então uma boa definição para o termo dígrafo? Veja o passo a passo e note que aprender o
significado das palavras pode ser de grande valia para compreender a gramática.
Veja os exemplos:
A palavra mono significa (1) um só; a palavra di (2) dois; tri (3) três e poli muitos. Ou seja, mais de
três.
Estudando a quantidade de silabas nas palavras dizemos então que se ela for composta por apenas
uma silaba, teremos o algarismo (1) representado pelo prefixo mono mais a palavra silaba. Ou seja:
mono+silaba. Teríamos então a palavra “monosilaba”. Aí, surge outra questão: como um s entre duas
vogais tem som de /z/, para resolver o problema, coloca-se outro s entre o prefixo e a palavra silaba.
Formando assim a palavra monossílaba. E seguindo o mesmo raciocínio classificaríamos as outras
palavras de acordo com o número de sílabas que as formam. Ou seja: duas silabas = dissílaba; três
silabas = trissílaba; quatro silabas ou mais = polissílaba.
Ainda sob esse mesmo tópico, veja a palavra dígrafo. Poderíamos entender essa palavra como
significando (di) = duas e (grafo) = letras. Teremos então duas letras representando um único som.
Como exemplo, tomemos a palavra usada acima para explicar a separação silábica: monossílaba.
Nela encontramos as letras (ss) para representar um único som. Então dizemos que os dois (ss) são
um dígrafo. Essa simples explicação deve bastar para a compreensão total do assunto tornando
desnecessária a memorização indevida de uma extensa lista de dígrafos como aparecem em muitos
livros didáticos que ajudam a confundir a mente do educando.
Um exemplo de um exemplo que ajuda a confundir a mente do aluno é a palavra guerra citada,
corretamente, em muitos livros didáticos como exemplo de palavra que contém dígrafos. Sim, é
verdade. Na palavra guerra, o gu é pronunciado em um único som assim como o rr. Por isso diz-se
ter na palavra dois dígrafos. O rr é clássico e dificilmente alguém faz confusão com ele. O problema
se dá com o gu. Muitos alunos memorizam essa formação e passam a acreditar que o gu em qualquer
palavra que apareça será um dígrafo. O que não é verdade. Só será dígrafo quando as duas letras
representarem um único som. Exemplo de gu que não é dígrafo: linguagem. Note que o g e o u são
claramente pronunciados. Nesse caso não ocorre o fenômeno chamado de dígrafo. Acredito que a
partir desses exemplos fica mais fácil perceber o dígrafo quando ele ocorrer.
Nas separações silábicas alguns dígrafos são separáveis a exemplo dos RR, SS, SC, enquanto que
outros não se separam. É o caso dos Ch, gu, qu,
Ainda nesse mesmo embalo veremos os encontros vocálicos. Teremos como ditongo o encontro de
duas vogais na mesma silaba. Exemplo: na palavra “Macieira” encontramos três vogais juntinhas.
Mas na separação silábica ela fica assim: ma-ci-ei-ra. Temos então duas vogais na mesma silaba: ei
e apenas nessa silaba podemos dizer que ocorre ditongo, pois a outra vogal pertence à silaba
anterior. Fenômeno diferente ocorre na palavra Paraguai. Na separação silábica fica assim: Pa-ra-
guai. Nesse caso temos na última sílaba o encontro de três vogais. Lembrando-se de que três é tri,
dizemos então tratar-se de um tritongo. Tomemos como exemplo outra palavra: Piauí. Nessa palavra
percebemos o encontro de quatro vogais. Antes de classificarmos o fenômeno como um
“politongo”[2], vamos fazer a separação silábica que fica assim: Pi-au-í. Então temos uma vogal na
primeira sílaba, duas vogais na segunda formando um ditongo e uma sozinha na última sílaba, a que
devemos chamar de hiato.
A compreensão desses fenômenos linguísticos é um pré-requisito que deve ajudar o estudante a
assimilar outros conhecimentos. Portanto, não os despreze.
Morfemas
Um morfema é uma unidade mínima dotada de significado. Ou seja, aquilo que é capaz de apresentar
uma significação, ou dar uma significação diferente para uma palavra. Veja o passo a passo!
A letra “P” sozinha não nos aponta para apenas uma palavra ou para apenas um grupo semântico de
palavras. Poderíamos ir adicionando letras ao “P” sem que pudéssemos perceber exatamente o tema
da nossa palavra. Contudo, para as letras “PEDR” já se pode conceber algum significado. Dizemos
então que se trata de um morfema. A partir desse morfema poderemos obter algumas palavras, tais
como: pedra, Pedro, pedreiro, pedreira, pedregulho, pedrinha e ainda talvez alguma outra. Cada
parte da palavra que carrega consigo uma significação é considerada um morfema. E cada morfema
terá uma denominação de acordo com a sua função na palavra. São eles:
Radical – a parte fixa da palavra, aquela parte que, por convenção, carrega o significado da palavra,
ou seja, a raiz da palavra, por isso é chamada de Radical. (veja que a própria palavra Radical vem
da palavra Raiz)
Vogal temática – aquela que se prende ao radical para formar o tema. Cuja formula ficaria assim:
Radical + vogal temática = a tema.
As vogais temáticas podem ser nominais “A, E, O”; e verbais “A, E, I”.
Uma coisa que é importante saber sobre as vogais temáticas é que elas não são comutáveis. Ou seja,
estando instalada ao tema não se poderia trocá-la por outra sem haver prejuízo (mudança) para o
tema em questão.
Exemplo: na palavra “CARRO” a vogal temática é a letra “O”, nesse caso não poderíamos trocá-la
pela vogal “A” sem causar prejuízo para o tema carro. Se o fizéssemos, obteríamos a palavra
“CARRA” que, pelo menos por enquanto, não faz parte do léxico da Língua portuguesa do Brasil.
Quando em uma palavra qualquer parecer ter havido a troca da vogal temática, uma análise mais
detalhada mostrará o que na verdade pode ter acontecido. O leitor entenderá melhor o que digo aqui
quando falarmos sobre as desinências.
Afixos – são morfemas atrelados a palavras ou radicais para formar novas palavras ou dar
significações diferentes a palavras já existentes. Eles podem ser prefixos (usados antes do radical ou
da palavra) ou sufixos (usados após o radical ou a palavra), entendendo que o seu uso é ligado à
palavra ou radical. Sem querer ser redundante, mas só para deixarmos bem claro, o prefixo aparece
anteposto ao radical e o sufixo posposto ao radical. Esses conceitos serão relembrados quando
estudarmos os processos de formação de palavras.
Desinências – são morfemas usados para flexionar palavras e podem ser verbais ou nominais. As
nominais são de gênero indicando o masculino ou feminino; de número indicando o singular ou o
plural. As verbais podem ser número-pessoal que indicam se o verbo está no singular ou plural e
ainda a qual pessoa gramatical pertence a palavra em questão (verbo): 1ª pessoa, 2ª pessoa ou 3ª
pessoa; e modo-temporal que indicam o modo do verbo: indicativo, subjuntivo ou imperativo e ainda
o tempo do verbo: passado, presente ou futuro.(Falaremos com mais detalhes sobre as desinências
verbais mais adiante quando apresentarmos um estudo sobre os verbos).
Para que o estudante entenda melhor o que são desinências e não as confunda com uma vogal
temática tomemos como exemplo a palavra “menino e o seu feminino menina”. Temos aí uma parte
fixa chamada de radical – “menin”, acrescido de “o” ou de “a”. Para alguns pode até parecer que os
morfemas em questão são vogais temáticas. Mas o estudante deve se lembrar de que as vogais
temáticas não são comutáveis (caso não se lembre disto, volte ao tópico vogal temática e releia o
conteúdo). Portanto o “o” e o “a” são na verdade desinências nominais de gênero masculino e
feminino, respectivamente.
Vogal e consoante de ligação – são morfemas usados para facilitar a pronuncia de algumas palavras.
Por exemplo, na junção da palavra capaz mais o sufixo “-dade” a palavra derivada ficaria assim:
“capazdade”. No entanto com o uso da consoante de ligação e a vogal de ligação temos: capaz,
suprime-se o z e acrescenta-se “ci”obtendo então a palavra capacidade. Temos então nesta palavra a
letra “c” como consoante de ligação e a letra “i” como vogal de ligação. Tome isso como base para
analisar outras palavras.
Processo de formação de palavras e cognitivo
A princípio, talvez, a ingenuidade do estudante não o deixe perceber que palavras podem ser
formadas a partir de outras já existentes. Não seria motivo para admiração se ouvíssemos um aluno
responder a uma questão relacionada do tipo:
– Com que são formadas as palavras?
Resposta: – Com as letrinhas é claro.
Isso refletiria a ideia da não noção de que palavras são sons. As letras são usadas para representar
graficamente esses sons, como já vimos no estudo anterior.
Pois bem, grande parte dos nossos problemas com uma real compreensão de fenômenos linguísticos é
devido ao fato de que quando éramos crianças não costumávamos ouvir os adultos nos dizerem que a
linguagem é, entre outras coisas, uma forma de se organizar o pensamento. Ela nos servia apenas para
assimilarmos aquilo que os que têm o poder queriam que fizéssemos, ou seja, para transmitirem
ordens. E a forma de mostrar que entendíamos o que líamos ou ouvíamos seria obedecer-lhes sem
questionar. Não nos disseram, ou não nos deixaram usar as palavras para fortalecer o nosso
raciocínio – a nossa forma de pensar. De modo que crescemos e aprendemos apenas a repetir o que
nos dizem, e, a obedecer e fazer apenas o que nos mandam fazer. Criar estratégias de aprendizagem
se resumia a memorizar (decorar) aquilo que queriam que nós aprendêssemos. Essa política
educacional voltada para a mecanicidade, presente nas escolas, tem contribuído para aumentar ainda
mais a distância entre o conhecimento efetivo, sistemático e pensado do individuo que tenta aprender
significativamente não apenas para obedecer, mas também para inferir na sociedade de modo a
provocar mudanças nas interações sociais.
Aprender significativamente questões de linguagem está relacionado com a melhora no raciocínio
lógico, pois é através da linguagem que o nosso pensamento se estrutura. Fato esse que justifica ainda
mais esse estudo gramatical que fazemos agora. Continue estudando os processos de formação de
palavras, pois, há vários processos pelos quais as palavras são formadas conforme veremos, e,
portanto, constitui uma habilidade indispensável em relações interpessoais e nas avaliações (provas
escolares, concursos vestibulares, etc.) exigidas por vários setores da sociedade.
Derivação
É quando uma nova palavra simplesmente deriva de outra. A depender do fenômeno linguístico
ocorrido ela será classificada como:
Derivação prefixal – é quando a nova palavra surge com o acréscimo de um prefixo a uma já
existente. Lembre-se! Prefixo é o que vem antes.
Exemplo: juntando-se o prefixo “des” à palavra “leal” forma-se a nova palavra “desleal”; à palavra
“atar” tem-se a palavra desatar, e assim por diante. Cada morfema é dotado de uma carga semânt...

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Quais são as 4 partes da gramática?

4 tipos de gramáticas: normativa, descritiva, histórica e comparativa. Ao mesmo tempo, a gramática da língua portuguesa é dividida em fonologia, morfologia e sintaxe. Nessa divisão, há gramáticos que incluem a semântica.

Qual a gramática mais didática?

Conheça quais são os melhores livros de gramática.
Gramática Houaiss da língua portuguesa, de José Carlos de Azeredo. ... .
A gramática do português revelada em textos, de Maria Helena de Moura Neves. ... .
Gramática fundamental da língua portuguesa, de Madalena Parisi Duarte..

Como trabalhar gramática de forma lúdica?

Brincar de jogo da memória com imagens e palavras também é uma boa opção. Além disso, você pode comprar jogos de tabuleiro que abordam a formação de palavras ou a escrita de textos. A tecnologia também ajuda: alguns programas de televisão ou jogos de computador trabalham as regras gramaticais de forma lúdica.

O que é didática da Língua Portuguesa?

A Didáctica é uma ciência que se preocupa com as estratégias de ensino-aprendizagem e das questões práticas relativas a metodologias. Portanto, é uma disciplina que estuda as técnicas de ensino. Neste contexto, trata dos aspectos práticos e operacionais do ensino.