Localização do texto no tempo e no espaço

O que é espaço e tempo em uma narrativa?

Espaço - É o local onde acontecem os fatos, onde as personagens se movimentam. Existe o espaço “físico”, que é aquele que caracteriza o enredo, e o “psicológico”, que retrata a vivência subjetiva dos personagens. Tempo - Caracteriza o desencadear dos fatos.

O que é localizar no tempo e no espaço?

- O Tempo e o espaço - Todas as histórias acontecem numa determinada altura e num determinado espaço: - Localização da acção no tempo – dizer quando se passa a história; - Localização da acção no espaço – dizer onde se passa a história.

O espa�o � a caracteriza��o do ambiente ou cen�rio no qual a hist�ria acontece:

Espa�o F�sico: � o espa�o real, que serve de cen�rio � a��o, onde as personagens se movem.

Espa�o Social: � constitu�do pelo ambiente social, representado pelas personagens figurantes.

Espa�o Psicol�gico: espa�o interior da personagem, constitu�do por suas viv�ncias, seus pensamentos e sentimentos.

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Produ��o de Textos 4 - Como fazer uma Narra��o


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Primeiramente, devemos observar que numa narrativa há dois grandes tipos de marcação de tempo: os tempos externos à narrativa e os tempos internos. 

Quais são os tempos externos?

Em relação aos tempos externos, temos o tempo do escritor, que se refere ao tempo histórico de sua vida, que interfere na organização de sua narrativa pela presença de valores de sua época, e pela mudança desses valores no curso de sua vida, inclusive em relação aos movimentos estéticos literários.

Além disso, temos o tempo do leitor, que também se referem aos seus valores de época. Um texto escrito no século XVIII pode ser lido por alguém da época e depois por um leitor do século XXI. São leitores que possuem valores e expectativas diferentes, portanto lerão o mesmo texto de forma diferente.

A história contada pelo narrador pode se situar ou não na época no escritor; temos, então, o tempo histórico. Quando as épocas coincidem, da distância entre o tempo do escritor e o tempo histórico de sua ficção pode ser pequena. Agora, quando o escritor se refere a acontecimentos de outros tempos históricos, temos um grande distanciamento temporal.

Quais são os tempos internos de uma narrativa?

Em relação aos tempos internos da narrativa, é necessário considerar uma análise das relações entre a história narrada e o discurso narrativo. O tempo da história é cronológico, isto é, aparece numa sucessão cronológica de eventos. Essa sucessão pode ser explicitada pelo narrador ou deduzida pelo leitor.

No tempo da história temos a dimensão humana do tempo: além da marcação cronológica, ocorre com frequência o tempo psicológico, ou seja, o tempo cronológico distorcido em função das vivencias subjetivas das personagens. O tempo do discurso é a representação narrativa do tempo da história. Ele aparece de forma linear, ou seja, acontece enquanto o leitor vai lendo a história.

Existe uma ligação cronológica entre o tempo da história e o tempo do discurso. Ela pode ser linear, ou seja, os dois tempos obedecem à mesma sequência cronológica; em forma de retrocesso, quando a história se dá por flashback; ou antecipação, quando o narrador antecipa um fato que ainda não ocorreu ao nível da história.

Entendendo as 5 proporções de tempo na narrativa

Em relação ao tempo, existe ainda outro recurso utilizado pelo narrador: a proporção do tempo da história no discurso. O narrador pode concentrar anos da vida da personagem em poucas linhas ou pode atribuir a algumas horas algumas páginas. Isto é, ele pode resumir alguns fatos e destacar outros, de acordo com as estratégias de seu discurso narrativo. Segundo Abdala Junior é possíveis cinco proporções entre o tempo da história e o tempo do discurso dentro da narrativa.

  • Escamoteamento: de acordo com esta estratégia, o narrador escamoteia (esconde) informações, que para ele não são relevantes ou que quer propositalmente utilizar como estratégia para provocar suspense no leitor.
  • Resumo: o tempo da história é maior que o tempo do discurso. Aqui, o tempo da história tem uma extensão maior que o tempo que levamos para ler a informação.
  • Discurso direto: com o discurso direto, o tempo em que as personagens levam para falar é o tempo em que o leitor leva para ler. Temos, então, o tempo da história igual ao tempo do discurso.
  • Análise: aqui, o tempo da história é menor que o tempo do discurso. O narrador para a história para fazer reflexões a respeito da ação ou descreve minuciosamente o espaço ou ação decorrida. Então, leva-se mais tempo para fazer a leitura do que o que ocorre ao nível da história.
  • Digressão: esse recurso só aparece no tempo do discurso e corresponde a um afastamento do narrador em relação à história que está contando para explicitar seu ponto de vista ou mesmo para dirigir-se ao leitor. A digressão acontece também quando o narrador para em decurso temporal para fazer uma descrição física.

O espaço da narrativa

O espaço na narrativa é o lugar físico onde as personagens circulam, onde as ações se realizam. Primeiramente, podemos analisar o espaço como interno e externo. 
No primeiro caso, as ações se dão dentro de um lugar fechado (casa, quarto, igreja, hospital, etc.), já no segundo caso, as personagens circulam em ambientes abertos (praia, rua, quintal, etc.).

É claro que numa narrativa muitas vezes os espaços são variados, vão desde um lugar fechado (interno) a lugares abertos (externo). Nestes casos, o que iremos observar é a predominância de um ou outro espaço.

Em muitos casos o espaço onde transcorrem as ações adquire grande importância para o desenvolvimento da narrativa, passando, às vezes, a ser fundamental dentro da trama, elemento essencial, intimamente ligado ao tema abordado ou até mesmo pode se tornar personagem da história.

Nesse sentido, é importante que seja considerado o espaço social pelo qual circulam as personagens e o espaço psicológico, as suas atmosferas interiores. Entre os espaços físicos, sociais e psicológicos são estabelecidas relações ao nível do discurso narrativo. 

O impacto do espaço na narrativa

Essa atmosfera da narrativa, então, em face dessa confluência, torna-se mais densa e pesada, caracterizando melhor os conflitos dessa personagem. Muitos críticos denominam essa tensão entre os espaços de ambiente.

No ambiente aparecem, além do lugar em que se desenrola a ação, características sociais da época em que se desenvolve a história, além de características psicológicas das personagens. O ambiente não serve apenas para situar a personagem no espaço físico e temporal, mas pode ser um elemento útil à continuidade do conflito, constituindo informações reveladoras de acontecimentos futuros, contribuindo, assim, para acentuar a atmosfera dramática.

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Como se situa um texto no tempo e no espaço?

Espaço: trata-se do local onde se passa a narrativa. As ações podem se desenrolar em um espaço físico, em um espaço social ou em um espaço psicológico. Tempo: o tempo se refere à duração das ações da narrativa e desenrolar dos fatos na história.

Como identificar o tempo de um texto?

A marcação de tempo cronológico não precisa necessariamente aparecer como horas ou dias da semana. Ela pode ser marcada por períodos do dia (manhã, tarde) ou do ano (natal, carnaval) que indicam um tempo específico. É muito comum que a marcação de tempo cronológico se apresente a partir de um adjunto adverbial.

Como saber o espaço de uma narrativa?

O espaço da narrativa é o local onde ela se desenvolve. Ele pode ser físico ou mesmo psicológico. No primeiro caso, o local onde se passa a história é indicado seja uma fazenda, uma cidade, uma praia, etc. São classificados em espaços fechados (casa, quarto, hospital, etc.)

O que e o tempo em uma narrativa?

O tempo na narrativa é o período que assinala o percurso cronológico (tempo de um acontecimento) que vai do início ao fim da história.