No que consiste a atenção farmacêutica e a atuação do farmacêutico na fitoterapia.

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No que consiste a atenção farmacêutica e a atuação do farmacêutico na fitoterapia.

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ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO SOBRE AS PROPRIEDADES MEDICINAIS
PERFORMANCE OF THE PHARMACIST ON MEDICAL
PROPERTIES
Fernanda Carla Oliveira da Silva¹
Maria Júlia Rodrigues Simâo¹
Maria Margareth Almeida²
RESUMO
O farmacêutico é o elo entre o conhecimento popular e a ciência, prestando
assistência e passando as informações a respeito das interações
medicamentosas e o uso racional, sendo papel desse profissional apresentar
seu conhecimento sobre as plantas, drogas vegetais e drogas. O trabalho fala
sobre a importância do papel do farmacêutico, principalmente no âmbito da
saúde pública, pela competência na prestação do cuidado, no processo
educacional para promoção do autocuidado e acompanhamento desses
indivíduos, levando ao favorecimento do bem-estar e, consequentemente, de
uma melhor qualidade de vida à população.
Palavras-Chave: Fitoterapia, Atuação do Farmacêutico, Farmacêutico na
Fitoterapia, Atenção Farmacêutica.
ABSTRACT
The pharmacist is the link between popular knowledge and science, providing
assistance and passing on information about drug interactions and rational use,
and it is the role of this professional to present their knowledge about plants,
plant drugs and drugs. The work talks about the importance of the role of the
pharmacist, especially in the context of public health, for the competence in
providing care, in the educational process for the promotion of self-care and
monitoring of these people, leading to the promotion of well-being and,
consequently, of a better quality of life for the population.
Keywords: Phytotherapy, Practice of Pharmacist, Pharmacist in Phytotherapy,
Pharmaceutical Care.
INTRODUÇÃO
Desde o início da humanidade a natureza traz para o homem
recursos que podem beneficiá-lo nas possibilidades de cura por meio de
plantas consideradas medicinais. Com a evolução da civilização, foram-se
gradativamente implantadas as formas de plantio e de colheita dessas plantas
curadoras, com a finalidade de atender de forma saudável e, sem riscos, a
saúde de diferentes populações (BARBOSA; ZAMBERLAM, 2020).
No Brasil, o uso do conhecimento das plantas medicinais é uma das
riquezas da cultura dos seus povos originários, uma sabedoria tradicional que
passa de geração em geração. A quantidade de espécies em todo o mundo é
grande e a Amazônia abriga cerca de 50% da biodiversidade do planeta. De
acordo com dados de instituições de pesquisas regionais, cerca de 5 mil,
dentre as 25 mil espécies amazônicas, já foram catalogadas e suas
propriedades terapêuticas estudadas, e essas plantas medicinais podem ser
adquiridas em mercados públicos, lojas de ervas, podem ser colhidas no
campo ou cultivadas em jardins, hortas, e até em vasos. Mais de 25% de todos
os medicamentos são de origem, direta ou indiretamente, vegetal. As plantas
medicinais sempre foram objeto de estudo, buscando-se novas fontes para
obtenção de princípios ativos, responsáveis por sua ação farmacológica ou
terapêutica (GASPAR, 2015).
Dentre os profissionais da área da saúde, o farmacêutico pode
garantir e contribuir com a população e com o SUS para a promoção do uso
racional da fitoterapia. As Novas Diretrizes Nacionais (DCNs) do curso de
farmácia, instituído pela Resolução nº 06 de 2017 do Ministério da Educação,
direciona o desenvolvimento de habilidades e competências para o cuidado em
saúde, visando a formação de farmacêuticos que promovam cuidado direto ao
paciente e comunidades, de forma multidisciplinar em prol da saúde pública. E
nesse novo contexto de formação, o farmacêutico poderá contribuir mais
efetivamente para a prática do cuidado, e consequentemente para a fitoterapia.
(.)
A Integração dos fitoterápicos no sistema único de saúde brasileiro
aconteceu em 2006 com a portaria n°971 das Políticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) e no mesmo ano com o decreto 5.813, em que foi
aprovada a Política Nacional de Plantas Medicinal e Fitoterápico. Porém,
somente sete anos depois, em 2013, com a Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME), doze fitoterápicos foram integrados na
assistência farmacêutica e, entre eles, o Guaco (Mikania glomerata Spreng)
(MUNARI, 2016).
Recomenda-se que as medicações extraídas de plantas medicinais
devam ser prescritas por profissionais de saúde. O farmacêutico é o elo entre o
conhecimento popular e a ciência, prestando assistência e passando as
informações a respeito das interações medicamentosas e o uso racional, sendo
papel desse profissional apresentar seu conhecimento sobre as plantas, drogas
vegetais e drogas (MARQUES et al., 2019).
Nesse contexto, uma das atuações dos serviços farmacêuticos
consiste em investigar a ação farmacológica de fitoterápicos, sua eficácia e
principalmente a segurança de sua utilização, bem como orientar seu uso
racional à população. O presente trabalho teve como objetivo abordar o
conjunto de propriedades que atuam na ação farmacológica do guaco, e sua
utilização popular e a prescrição farmacêutica.
1. MATERIAS E MÉTODOS
Foi realizado um estudo de revisão de literatura, utilizando como
base de dados o SciElo (Scientific Electronic Library Online) e Google
Acadêmico, de modo que respondesse ao objetivo da pesquisa, utilizando
como descritores “atuação do farmacêutico”, “fitoterápicos, “cuidados
farmacêuticos” e “farmácia viva”. Foi aplicado como critérios de exclusão
artigos anteriores a 2016, os repetidos e os que não se relacionam com o tema
proposto, e de inclusão os que estivessem disponíveis na íntegra, e melhor
respondesse o objetivo da pesquisa.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 INDICAÇÃO FITOTERÁPICA NA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
Trabalhar com plantas medicinais é um trabalho
multiprofissional. Abrange as mais variadas áreas do conhecimento,
desde os aspectos botânicos aos fitoquímicos. Para que todo esse
trabalho seja bem executado, são necessários especialistas para cada
uma das etapas.
O desconhecimento destes profissionais sobre plantas
medicinais, suas interações com medicamentos alopáticos e sua
toxicidade tornam-se fatores preocupantes quando se fala de automedicação
dos pacientes. De acordo com o Relatório do Seminário Internacional das
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, além de médicos e
farmacêuticos, outros profissionais da área de saúde podem prescrever
Fitoterápicos.
Apesar da formação em fitoterapia durante a graduação de farmácia,
segundo o conselho regional de farmácia para prescrever medicamentos é
necessário ao profissional uma pós-graduação na área e, somente depois,
iniciar as atividades na prescrição. Para regulamentar a atuação farmacêutica
na prescrição de fitoterapia, foram criadas as RDC’S n° 586, de 29 de agosto
de 2013 e n° 586, de 29 de agosto pelo conselho federal de farmácia
(MARQUES et al., 2019).
Na concepção do Conselho Federal de Farmácia a atuação do
farmacêutico na indicação farmacêutica de medicamentos fitoterápicos em
farmácia magistral está descrita na resolução nº 467 de 28 de novembro de
2007, a qual define, regulamenta e estabelece as atribuições e competências
do farmacêutico na manipulação de medicamentos e de outros produtos
farmacêuticos.
Segundo a Resolução nº 546, de 21 de julho de 2011, o
farmacêutico pode dispensar a planta medicinal ou fitoterápicos isentos de
prescrição através de sua indicação. A indicação deve ser feita de forma clara
e registrada em documento próprio em duas vias, sendo uma entregue ao
usuário e outra arquivada no estabelecimento (BRASIL, 2011).
Os medicamentos fitoterápicos prescritos por farmacêutico
apresentam algumas limitações, porém através dessa iniciativa houve uma
grande valorização do profissional, pois o acesso em primeira mão das
prescrições de fitoterápico pelos farmacêuticos habilitados, ajudaria os
pacientes nas questões de eficácia da planta medicinal e da melhor forma de
utilização. Auxiliando na orientação ao paciente, comprovando, assim, a
importância da atuação farmacêutica na saúde da população (MARQUES et
al., 2019).
O ato da indicação farmacêutica de medicamentos fitoterápicos ou
plantas medicinais deve

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Que consiste a Atenção Farmacêutica e a atuação do farmacêutico na fitoterapia?

“O papel do farmacêutico na Fitoterapia é fornecer a planta in natura para as pessoas e orientá-las sobre a forma correta de preparar esses tipos de medicamentos, além de ensinar as boas práticas para que elas possam valorizar e preservar a planta e seu processo”, destaca Wellyda Galvão.

Que consiste a Atenção Farmacêutica?

A Atenção Farmacêutica é uma das entradas do sistema de Farmaco- vigilância, ao identificar e avaliar problemas/riscos relacionados a segurança, efetividade e desvios da qualidade de medicamentos, por meio do acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico ou outros componentes da Atenção Farmacêutica.

Qual o papel do farmacêutico na Atenção Farmacêutica?

O farmacêutico que promove Atenção Farmacêutica, percebe sua responsabilidade de atuar e age identificando e ajudando a solucionar o problema, motivo o qual não pode ser restringida ao ambiente hospitalar, e sim, em qualquer situação que envolva o uso racional dos medicamentos.

Qual o papel do farmacêutico na adesão do paciente ao uso de medicamentos fitoterápicos?

O profissional farmacêutico é a principal fonte de informação para o usuário que se automedica, pois ele esclarecerá sobre as possíveis reações adversas dos fitoterápicos, além de poder prescrevê-los.