O que os monarcas tomaram para si?

Mercantilismo e absolutismo marcaram a Idade Moderna como o regime econômico e político, respectivamente, que guiaram o crescimento dos países europeus no período. O absolutismo se baseia na centralização do poder nas mãos do rei. A frase “O Estado sou eu” atribuída ao rei francês Luís XIV evidencia essa característica.

Na esfera econômica, o mercantilismo se tornou um dos fatores de manutenção do poder absoluto que gerava um Estado bastante oneroso. Dentre as bases desse regime econômico estão o acúmulo de capitais, o metalismo e a balança comercial favorável (mais exportações do que importações). Continue lendo para saber um pouco mais sobre a Idade Moderna.

Mercantilismo e Absolutismo: conhecendo a Idade Moderna

O mercantilismo e o absolutismo são as principais características da Idade Moderna, os reis aproveitaram para reafirmar o seu poder, antes enfraquecido pela nobreza. O fim da Idade Média culminou no enfraquecimento dos nobres, a classe se encontrava bastante desgastada, em particular pelas guerras prolongadas de que participou e das revoltas camponesas.

Durante o período medieval, os reis tinham autoridade praticamente nula e a Idade Moderna trouxe uma nova possibilidade de ascensão. Inclusive, em algumas nações europeias os monarcas contaram com o apoio da burguesia. Centralizar o poder significava padronizar pesos, medidas e moedas, além de permitir a unificação da tributação e justiça. A burguesia desejava ter um cenário favorável para o desenvolvimento do comércio.

Nascimento do absolutismo

Os nobres tiveram que aceitar o domínio absoluto dos monarcas, em alguns casos, houve conflitos sangrentos, mas todos deram aos reis a vitória. Em parte, a nobreza se aliou ao regime centralizador dos reis, formando as cortes com sustento ostensivo do Estado. Esse movimento político levou os reis à posição de domínio total das questões econômicas, políticas e militares, ou seja, deu origem ao absolutismo.

Nicolau Maquiavel

O autor de “O Príncipe” foi um dos mais importantes teóricos do absolutismo. Nicolau Maquiavel era italiano e em sua obra faz uma análise minuciosa de quais são os métodos mais eficientes para conquistar e permanecer no poder. É um verdadeiro tratado político que nos ajuda a entender o conceito de Estado tal qual conhecemos hoje.

Thomas Hobbes

O principal teórico desse período na Inglaterra foi Thomas Hobbes, autor da obra “O Leviatã”. Segundo Hobbes, o homem tem a tendência de viver em conflito, sendo essencial firmar um contrato social entre os indivíduos, fortalecendo, dessa forma, o Estado.

Jacques Bossuet

Na França, o nome que ganha destaque no campo teórico de afirmação do absolutismo é o do cardeal Jacques Bossuet. Segundo o religioso, o rei era o representante de Deus na Terra, não precisando explicar nenhum de seus atos. A França foi o país em que o absolutismo teve mais força.

O absolutismo na Inglaterra

William I (Guilherme, o Conquistador), duque da Normandia, deu início à monarquia na Inglaterra ao invadir o país, impondo um governo centralizado, em 1066. No entanto, o monarca inglês tinha poderes limitados, as decisões do rei eram submetidas à aprovação da nobreza devido à Magna Carta (1215) e ao Parlamento (1264).

O início do absolutismo inglês se deu durante a Guerra das Duas Rosas (1455-1485), nela se enfrentaram duas famílias nobres, Lancaster e York, pela sucessão do trono. O curioso é que as duas famílias praticamente se exterminaram mutuamente, o que levou ao trono um herdeiro indireto de ambas, Henrique VII, o criador da dinastia Tudor.

Henrique VII se tornou bastante popular e, aproveitando o enfraquecimento da nobreza, aumentou o alcance da autoridade real. Seu filho e sucessor, Henrique VIII, foi além e promoveu uma Reforma Religiosa para atender às suas demandas.

O auge do absolutismo inglês se deu no governo de Elizabeth I, que ocorreu entre os anos de 1558 e 1603. Ela derrotou a invencível armada espanhola e fundou a primeira colônia inglesa na América. Após a morte de Elizabeth I, houve uma série de conflitos entre a burguesia e o poder real que culminaram no enfraquecimento do absolutismo na Inglaterra.

O absolutismo na França

A vitória francesa na Guerra dos Cem Anos (1337-1453) ajudou a amplificar o forte sentimento nacionalista no país. A monarquia conquistou mais territórios e passou a contar com a classe burguesa como aliada para centralizar o poder. A nobreza, por sua vez, passou a constituir uma corte luxuosamente sustentada pelo monarca. Esse contexto gerou uma monarquia absolutista, em que o rei tinha forte aliança com a burguesia e a nobreza.

A França passou por diversos conflitos entre católicos e protestantes na segunda metade do século XVI. O auge desses conflitos se deu em 24 de agosto de 1572, que entrou para a história como a Noite de São Bartolomeu. Milhares de protestantes foram mortos por ordem do monarca. Henrique IV tomou o poder e se fortaleceu após a pacificação da França com o Edito de Nantes (1598), em que reconhecia os direitos dos protestantes. Assim teve início à dinastia dos Bourbon.

Luís XIII, o sucessor de Henrique IV, apostou no cardeal Richelieu como primeiro-ministro e isso levou a um caminho de intensificação da centralização do poder. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), vencida ao lado dos protestantes, também contribuiu para o fortalecimento real. A França se fortaleceu como uma potência no continente europeu e levou a Espanha à decadência. O conceito de Estados nacionais se fortaleceu nesse período.

No governo de Luís XIV, entre 1643 e 1715, a monarquia foi elevada a outro patamar, ele era chamado de Rei Sol. Enquanto o rei vivia uma vida de luxo no Palácio de Versalhes, a economia ficou aos cuidados do ministro Colbert, que investiu no desenvolvimento da política mercantilista.

Mercantilismo

O Estado absolutista era bastante oneroso, pois precisava manter os aliados do rei satisfeitos, algo que gerava uma série de gastos. O mercantilismo surgiu como uma solução para abarcar todos esses custos. Uma das bases desse regime econômico é o metalismo, a ideia de que um país é mais forte na medida em que acumula metais preciosos.

Além disso, durante esse período, se identificou a importância de investir na produção interna para gerar uma balança comercial favorável, isto é, exportar mais do que importar. Os Estados passaram a adotar medidas protecionistas, como barreiras alfandegárias para alguns produtos estrangeiros, por exemplo. A manufatura e o artesanato locais eram favorecidos.

A exploração colonial teve um papel bastante importante para o fortalecimento do absolutismo. Os Estados absolutistas podiam extrair o que desejassem de suas colônias e as últimas eram obrigadas a comprar produtos manufaturados das metrópoles.

Mercantilismo e absolutismo são as principais marcas da Idade Moderna. Para conferir mais conteúdos de história geral, além de dicas para o Enem e o vestibular, fique ligado no blog do Hexag Medicina!

Quais foram as principais medidas tomadas pelos monarcas?

As medidas tomadas pelo monarca buscavam, entre vários fatores, o reforço da administração pública, a organização da justiça, o estabelecimento de alianças com reinos vizinhos e faziam parte das estratégias políticas pelo controle direto do reino, que se encontrava em detrimento aos interesses da nobreza.

O que possibilitou que os reis e tomassem o poder?

b) O que possibilitou que os reis retomassem o poder? A formação de um exército, a serviço do Estado, para impor-se diante dos senho- res, que viam vantagem em submeter-se ao poder dos monarcas, uma vez que asseguravam privilégios e continham as rebeliões cam- ponesas.

Quais foram as responsabilidades que os monarcas tomaram para si no contexto do processo de centralização?

Neste processo de centralização os reis tomaram para si a responsabilidade de cuidar da ordem e da segurança nas estradas e de proteger as cidades. Passou a obrigar os senhores feudais e os homens livres a lhes jurar lealdade e a pagar impostos.

Como os monarcas buscavam aumentar seu poder?

Para governar absoluto, o rei se impunha por meio da força militar, da cobrança de impostos e por meio de teorias que justificavam o seu poder.