Para que serve a planta aranto

Já ouviu falar em aranto, para que serve esta planta e como utilizá-la no dia a dia? Quem já viu essa plantinha em algum lugar com certeza reparou que ela tem algumas curiosidades bem evidentes. A principal delas, é claro, são os muitos brotinhos que nascem nas bordas das folhas.

Aranto, o que é?

Não por acaso, essa planta é também conhecida como “mãe de milhares”, pois são muitos os brotos que crescem e se soltam de suas folhas. Por esse motivo, esta é uma planta que se propaga com muita velocidade. Além disso, ela é bastante resistente e é geralmente vista crescendo em frestas e buracos no cimento.

Natural de Madagascar, a “mãe de milhares”, de fato, se espalhou por muitos países, incluindo o Brasil. E em todos os lugares ela passou a ser adotada como planta medicinal, apesar de bastante tóxica. Agora, além das curiosidades do Aranto, para que serve esta planta?

Aranto, para que serve?

Antes de mais nada, lembre-se desta informação: aranto é uma planta que apresenta alta toxicidade, sendo responsável pela morte por envenenamento de animais e humanos ao redor do mundo. Entretanto, quando usada em pequenas quantidades, a planta do aranto parece ter algumas propriedades farmacológicas.

Não por acaso, muitas comunidades tradicionais utilizam essa planta em casos de infecção, inflamação, diarreia ou febre. Além disso, os cientistas também vêm pesquisando o efeito do aranto no tratamento de distúrbios psicológicos e até mesmo no combate ao câncer.

Por esse motivo, a planta vem sendo analisada em testes in vitro por biomédicos em grandes centros de pesquisa do país. Os estudos em laboratório podem ajudar a isolar as substâncias benéficas ao organismo daquelas que são tóxicas. No entanto, ainda não há nenhuma indicação médica para o consumo seguro de aranto.

Por isso, quem pretende ingerir qualquer quantidade de aranto não deve fazer isso por conta própria. Consulte um médico fitoterapeuta para saber se doses pequenas da planta podem ser benéficas ao seu organismo.

Como cultivar aranto

Agora, se a sua ideia é contar somente com a beleza do Aranto, então basta se certificar que ela ficará longe do alcance dos pets e das crianças. Até porque o cuidado com essa planta é muito fácil.

O aranto é da família da karanchoe, plantas de origem africana muito resistentes ao calor e à falta d’água. Esse tipo de planta dá lindas e delicadas flores. Ou seja, são ótimas opções ornamentais e compõem muito bem em canteiros, especialmente com suculentas.

Elas são de fácil cultivo e não demandam muita atenção. Mas para garantir boas floradas, tenha certeza de fornecer a quantidade necessária de nutrientes para a planta.

Outra dica é que essas plantinhas adoram a luz do sol. Por isso, se for cultivá-las em apartamento, lembre-se de deixá-las nos parapeitos das janelas para receber pelo menos 6 horas diárias de sol.

Em resumo, se você estiver se perguntando sobre o aranto, para que serve e como cultivar, ainda não há resposta definitiva, pelo menos para a primeira pergunta.

As pesquisas sobre as propriedades medicinais do aranto ainda estão sendo feitas, embora seja comum o uso de chás e compressas por comunidades tradicionais. Já para o cultivo, basta um solo simples e o mínimo de atenção.

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Mais um dos boatos envolvendo plantas milagrosas e que, na verdade, podem ser prejudiciais para o paciente oncológico

De acordo com uma crença, seria possível utilizar a planta aranto contra o câncer, ou seja, como tratamento oncológico. Pertencente ao grupo das suculentas, ela pode sim ser manuseada para alguns fins medicinais. Porém, não há evidência científica da sua ação contra tumores. Inclusive, o consumo prolongado pode causar danos à saúde de uma pessoa.

Aranto ou  mãe de milhares, são os nomes populares da planta kalanchoe daigremontiana, nativa da ilha africana de Madagascar. Entretanto, como se adaptou bem ao clima brasileiro, ela pode ser, facilmente, encontrada aqui.

Sabe-se que a mãe de milhares possui, em sua composição, uma espécie de corticoide. Por isso, pode ser manipulada como tratamento para certas situações. Por exemplo, para tratar dores, diferentes lesões, machucados e inflamações.

“O preparo de chás ou sucos pode ser utilizado para tratar dor de garganta e outras inflamações, atuando como anti-inflamatório natural. Além disso, essa planta tem alto potencial cicatrizante, podendo ser aplicada como pomada em feridas”, conta Juliana Nabarrete, nutricionista especialista em Oncologia e membro do Comitê de nutrição da Abrale.

Entretanto, as ações terapêuticas do aranto param por aí!

“Os estudos que identificaram propriedades anticancerígenas na composição do aranto são muitos rasos. Por não haver um respaldo científico sobre o assunto, não é recomendado o uso para pacientes oncológicos”, informa.

  Algumas dessas investigações avaliaram o efeito da mãe de milhares especificamente contra leucemias.

“Foi demonstrado que o aranto tem, em sua composição, uma espécie de corticoide. Isso pode sugerir algum tipo de ação no tratamento de leucemias, contribuindo para a remissão da doença”, comenta a nutricionista.

 Porém, são testes feitos in vitro, isto é, em laboratório e não em humanos. Dessa forma, não se sabe quais seriam os efeitos no corpo. Portanto, não é possível indicar a planta como tratamento oncológico.

“A nossa sugestão é sempre fazer o devido acompanhamento médico, já que as plantas medicinais podem auxiliar no tratamento de doenças. Porém, devem ser prescritas por um médico e consumidas de forma responsável”, alerta Juliana. 

Ela reforça, porém, que ainda não há um ensaio clínico com pessoas comprovando sua eficácia. Por outro lado, está confirmado que o uso prolongado do aranto pode causar intoxicações e outros sintomas. Como náuseas, vômito, dor abdominal, comprometimento do sistema nervoso e alteração de batimentos cardíacos.

Isso vale para o consumo da mãe de milhares em qualquer formato, seja suco, chá ou até pomada. 

“Não é indicado que as pessoas façam uso deste chá na intenção de curar um tumor, já que há riscos na ingestão. Além de não haver indicação de uso para o paciente oncológico com fim de tratamento oncológico”, frisa Juliana Nabarrete. 

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