Plano de aula de Educação Física 4o ano

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Aulas de educação física com base no currículo paulista.

Plano de aula de Educação Física 4o ano

Aulas de educação física com base no currículo paulista.

  1. 1. Educação Física - 1 º ano- 4º Bimestre Brincadeiras e Jogos O brincar é fundamental no desenvolvimento humano, sendo uma das principais atividades das crianças, por ser envolvente e interessante. Através do brincar, ocorrem as interações sociais. No 1º ano do Ensino Fundamental, esta Unidade Temática deveocupar um espaço privilegiado na escola e nas aulas de Educação Física, pois a infância é envolvida profundamente em atos de brincadeiras que aguçam a imaginação, fator este de extrema importância no desenvolvimento das crianças, trazendo significados importantes ao seu mundo. A criança necessita do ato de brincar, por isso é essencial que nós aprofundemos a compreensão do significado das brincadeiras e jogos para a construção da aprendizagem de nossos estudantes. Devemos nos manter entusiastas e dispostos a interagir constantemente com elas, estando atento às suas necessidades e aproveitando as oportunidades que as brincadeiras proporcionam para a construção do conhecimento. Imagem:Simões&Drigo, 2019
  2. 2. - Unidade Temática: Brincadeiras e Jogos - Objeto de conhecimento: Brincadeiras e jogos inclusivos - Habilidades que serão trabalhadas nessa situação de aprendizagem: (EF01EF13*)experimentar e fruir diferentes brincadeiras e jogos inclusivos respeitando as diferenças individuais. Nesta Unidade Temática de Brincadeiras e Jogos Inclusivos, essa dinâmica do brincar não pode ser perdida. Por isso, professor, atente-se para as cinco qualidades fundamentais da dimensão lúdica. São elas: ● Ter prazer funcional; ● Ser desafiadora; ● Criar possibilidades criativas; ● Possuir dimensão simbólica; ● Expressar de modo construtivo e relacional. As atividades sugeridas, neste material, devem ser sempre mediadas pelo professor que garantirá a diversidade das brincadeiras e jogos, facilitando o acesso ao brincar de maneira segura e pedagógica, buscando sempre contextualizar essas atividades inclusivas, levando as crianças a se colocarem na situação do outro, buscando sempre potencializar os princípios de respeito ao próximo. Como já explicitado, na experimentação das brincadeiras e jogos é importante criar oportunidades. para que os estudantes, além de aprenderem as regras das brincadeiras, tenham abertura para sugerirem novas regras e modificarem as regras existentes. Da mesma forma, se faz necessário que na criação e experimentação das brincadeiras e jogos, sempre haja o respeito às diferenças individuais assegurando a participação de todos assim como o atendimento às Regras de Convivência. Situação de Aprendizagem 1 - Brincadeiras e Jogos Professor, chegou o momento de iniciarmos as brincadeiras e jogos inclusivos. Imagem:Simões&Drigo,2019
  3. 3. Na Educação Infantil, os objetivos de aprendizagem se voltavam, basicamente, para que as crianças tivessem assegurados os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer- se. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, pretende-se que sejam consolidadas, ampliadas e aprofundadas as práticas corporais, considerando tanto os interesses e expectativas dos estudantes quanto às aprendizagens necessárias à continuidade da formação. Para tanto, faz-se necessário a experimentação de práticas corporais de inclusão que sejam desafiadoras e contemplem a participação e interação efetiva de todos, ou seja, é mais do que adaptar atividades práticas para uma determinada deficiência, mas sim propor atividades diversificadas em que todos possam participar juntos, inclusive para que um se coloque no lugar do outro. Sugerimos que estimule a participação dos estudantes e utilize a sensibilização na condução de cada atividade. Alguns materiais simples serão utilizados como: TNT, guizos, bexigas, vendas para os olhos etc. O brincar inclusivo não implica, necessariamente, em brinquedos e materiais caros. Em muitas situações, a adaptação de materiais recicláveis torna-se extremamente eficiente. Professor a seguir, colocamos algumas sugestões na condução das atividades para aumentar a segurança e a confiança na realização das atividades: Sugestões Importantes ★ Estimular e solicitar às crianças auxiliarem estudantes que apresentem dificuldades na realização de algumas atividades; ★ Utilizar bolas com guizos ou envolvidas em sacolas plásticas, objetos sonoros ou garrafas PET com pedrinhas dentro para produzir som; ★ Optarporrealizaratividades específicas em piso plano, livre deobjetos que impeçam oulimitem a circulação de cadeira de rodas ou crianças com andador/muletas no ambiente; ★ Respeitar o tempo de cada criança na realização das atividades propostas; ★ Perguntar à família e ao profissional da saúde se há restrições no brincar. ★ Interagir com a família e estimulá-las a desenvolverem brincadeiras em casa, sugerindo, inclusive, algumas brincadeiras; ★ Não permitir manifestações discriminatórias no grupo. Quando ocorrer esse tipo de manifestação negativa, busque imediatamente a levar a criança que se manifestou à conscientização de suas ações e, se necessário, desenvolver outras ações pedagógicas para favorecer o desenvolvimento desse aprendizado específico; ★ Interferir quando alguém estiver excluído das brincadeiras e propor maneiras de realizá-la para que a criança consiga fazê-la; ★ Privilegiar atividades que valorizem as potencialidades (e não as dificuldades) de cada um. Atividade 1 - Pique sem olhar, vamos inovar?
  4. 4. <https://www.youtube.com/watch?v=SsUUmnjQuc0&feature=youtu.be>. Acesso em: 16 jul. 2020. em:Disponível Para verificar um exemplo de atividade, assista ao vídeo: antoniocarlos. Pique Sensorial. ➔ Com todos os estudantes de olhos vendados, a brincadeira consiste em “encontrar” os demais, estando de olhos vendados, orientando-se apenas pelo barulho produzido pelos guizos que foram distribuídos para os estudantes; ➔ A brincadeira faz com que todos experimentem a sensação de que, sem a visão, é necessário usar outros sentidos pouco requeridos em atividades motoras; ➔ Mantenha a atividade enquanto houver motivação e interesse por parte dos estudantes. Desenvolvimento: ★ Vendas para os olhos (que podem ser pedaços de TNT ou mesmo o colete comumente utilizado nas aulas de Educação Física); ★ Guizos para colocar nos pulsos ou garrafas pet com pedrinhas sendo segura pela mão. Materiais: Professor, Converse com os estudantes, explicando que farão uma brincadeira sem utilizar um dos 5 sentidos, a visão. Serão privados de ver, então deverão utilizar mais os outros sentidos. Pergunte-lhes qual sentido eles acham que será mais utilizado na privação do olhar. Escute. Somente depois da reflexão, explique que entregará a cada um uma venda e um guizo para ser colocado no pulso (ou em outra parte do corpo ou outro objeto que faça ruído), conforme achar conveniente e houver materiais disponíveis na escola. Entregue os materiais e explique como será a atividade. Atividade 2 - Correr de olhos vendados? Sim! É a corrida sensorial… Professor, chegou o momento de os estudantes participarem com os colegas em duplas e trios. O objetivo é estabelecer relações de confiança, segurança, respeito e responsabilidade (explore as atividades 2 e 3):
  5. 5. Materiais: ★ Vendas para os olhos de alguns estudantes; ★ Cones ou garrafas PET como obstáculos. É importante prestar atenção e garantir a segurança da atividade, pois o caráter competitivo pode desvincular um pouco dos objetivos da atividade, uma vez que os estudantes que conduzem, na ânsia de ganhar, correm sem se preocupar com seus parceiros. Se necessário, dê uma pausa e inicie uma rápida reflexão acerca da ação realizada, com a intenção de levar a conscientização aos estudantes de que o equilíbrio da dupla é fundamental para o sucesso e, só depois de dominado este requisito, partam para a velocidade. Mantenha a atividade até que haja motivação e interesse dos estudantes. Troque as duplas. antoniocarlos. Corrida Sensitiva. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=swyRPKEIjrM&feature=youtu.be>. Acesso em: 16 jul. 2020. Atividade 3 - Guiando os meus colegas… Na Atividade 2, iniciamos o processo de desenvolvimento da confiança em caminhar de olhos vendados. Agora, em trios, aumentamos os desafios onde o guia deverá dar orientações claras para a dinâmica da brincadeira. Dessa forma, os estudantes guiados terão que ouvir, pensar, realizar e ousar, desenvolvendo assim maior confiança no colega que guia seus movimentos. Os movimentos devem ser diversificados e o professor poderá colocar obstáculos no percurso. ➔ Formar duplas e agrupá-los em filas. ➔ Ao sinal, os estudantes realizam uma corrida de estafeta até o cone, sendo um com os olhos vendados e o outro como guia. Pode incluir cones no caminho depois da primeira vivência. ➔ Quando todas as duplas vivenciarem a brincadeira, os papéis são invertidos. Desenvolvimento: Vendas para os olhos (as mesmas da atividade anterior); Cones ou garrafas PET. ★ ★ Materiais:
  6. 6. Atividade 4 - Quem eu vou encontrar? Professor, esta atividade pode ser usada como “volta a calma” em várias aulas. Com a frequência na prática, os estudantes irão se familiarizar com a voz e os gestos dos colegas possibilitando maior dinâmica na brincadeira. Desenvolvimento: ➔ Divida a turma em grupos de três estudantes e oriente para que formem filas, em pequenos trenzinhos devem colocar osbraços estendidos sobreo ombro do colegada frente. O estudante do meio e o terceiro da fila devem ser vendados. ➔ Já dispostos em filas, os trios devem fazer a travessia do espaço com a orientação do primeiro estudante, que deve guiar, lentamente, os colegas repassando orientações como: o número de passos que eles devem dar e qual a direção. ➔ Podem-se colocar cones dispostos ao longo do percurso que servirá de obstáculos, para que os estudantes com vendas sejam orientados a fazer o percurso não-linear sem derrubá-los. ➔ Explore as possibilidades, incentivando os estudantes a criarem novos trajetos. Variação: Ao invés de utilizar um estudante como guia por meio do toque no ombro, desenvolva essa atividade com orientações verbais para que o estudante vendado amplie sua percepção do local.
  7. 7. Lembre-se: As crianças estão construindo o conhecimento e agora é a hora da reflexão sobre a ação. Vamos participar! Questões norteadoras Como foi a experiência de vendar os olhos? Fazer com que os estudantes tenham percepção sensorial antes e depois dos movimentos, pode levá-los a explorar os outros sentidos. Que forma vocês encontraram para “achar” os colegas sem vê-los? Espera-se que o estudante “perceba-se” e identifique como seu corpo reage às mudanças. Como vocês se sentiram ao serem guiados pelo colega? Expressar os sentimentos faz com que os estudantes conheçam suas limitações e potencialidades. Como foi guiar o colega que não podia enxergar? Vocês tiveram cuidado e respeito pelo tempo do colega? Espera-se que o estudante tenha respeitado o tempo de seus colegas e oferecido o apoio necessário. Todos podem participar das atividades propostas? Quem não poderia? Espera-se que os estudantes reflitam que todos podem praticar atividades física, às vezes, só é necessária uma adaptação na regra, no material etc. e que percebam que, mesmo sem a visão, conseguiram realizar as atividades. Atividade 5 - Corrida com papel. Materiais: ★ Vendas para os olhos. Desenvolvimento: ➔ Um participante de olhos vendados é girado em torno de si mesmo três vezes. Os demais participantes se espalham até oito passos distantes do participante vendado, formando um círculo, permanecendo imóveis e em silêncio. ➔ O participante vendado pode dar até 10 passos e, se tocar em alguém, diz o nome dessa pessoa. Em seguida, troca de lugar com este, mesmo que não tenha acertado o nome dele.
  8. 8. Materiais: ★ Folhas de jornal ou papéis de rascunho. Desenvolvimento: ➔ Separar os estudantes em duplas, posicione as duplas em filas atrás de uma demarcação escolhida; ➔ Em duplas, os estudantes correm até um ponto determinado a frente, segurando um jornal, cada um em uma ponta; ➔ O desafio é não deixar a folha cair e nem rasgar até o trajeto de volta, onde outra dupla realizará o mesmo; ➔ O foco é estimular o respeito às limitações do companheiro de equipe. Materiais: ★ Folhas de jornais Desenvolvimento: ➔ Ao sinal de início, os estudantes correm com uma página de jornal aberta na região do tórax sem usar as mãos para segurá-la, até um cone colocado a frente; ➔ Fazem o percurso e retornavam, entregando a folha para o próximo colega de time; ➔ Se o papel cair, os alunos voltam para a posição onde ele caiu e recomeçar o trajeto. Lembre-se: As crianças estão construindo o conhecimento e agora é a hora da reflexão sobre a ação. Vamos participar! Professor, esta é uma atividade que requer colaboração dos participantes. Vamos começar? Atividade 6 - Entrega o jornal para mim? QUESTÕES NORTEADORAS Como foi a experiência de andar com o colega, respeitando o tempo dele na atividade do jornal? Fazer com que os estudantes expressem as dificuldades encontradas. Expressar os sentimentos faz com que os estudantes conheçam
  9. 9. suas limitações e potencialidades. Que forma vocês encontraram para chegar num equilíbrio da velocidade durante a Atividade 4? Espera-se que os estudantes consigam explicar as estratégias que usaram para conseguir andar na mesma velocidade que o colega. Atividade 7 - Acerte a bola Professor, para esta atividade, utilize bolas de vários tamanhos. Deve-se combinar qual a linha que será considerada válida para a marcação da pontuação. Atividade 8 - Rola-bola “Rola-bola” é uma brincadeira em círculo, no qual os estudantes passarão a bola com guizo uns aos outros. Materiais: ★ Bolas de basquetebol; ★ Bolas de borracha. Desenvolvimento: ➔ Estudantes organizados em grupos pequenos se posicionam sentados em espaços distintos da quadra, tendo um grupo de frente para outro; ➔ Bolas de basquetebol no centro entre os dois grupos; ➔ Ao sinal, arremessar as bolas de borracha na bola de basquete, empurrando-a em direção ao adversário; ➔ Os estudantes devem lançar um por vez tentando acertar a bola; ➔ Quando um jogar a bola, a criança seguinte corre para pegá-la e joga; ➔ A cada acerto, marca-se um ponto; ➔ Ou podem combinar uma linha no chão próxima a cada grupo. Se a bola ultrapassar a linha do adversário, vence.
  10. 10. Materiais: ★ Bola com guizo ou bola envolvida por sacolas plástica. Desenvolvimento: ➔ Em círculo, os estudantes sentam-se no chão; ➔ A bola deve ser jogada ao amigo pelo chão (nunca pelo alto); ➔ A criança que recebe a bola deve direcioná-la a outro jogador, e assim por diante. Quanto mais rápido, mais divertido. Atividade 09 - Centopeia Humana Professor, coloque os estudantes em fila, sentados no chão, com afastamento lateral das pernas e as mãos nos pés do colega de trás. Ao sinal, os estudantes devem se movimentar com apoio somente dos quadris no solo, indo em direção à linha de chegada já estipulada pelo professor. . Para saber mais acesso ao vídeo- Facebook. Centopéia Humana. Disponível em: <https://www.facebook.com/educacaofisicadadepressaoo/videos/1007100159392842/>. Acesso em: 16 jul. 2020. Atividade 10 - Boliche sentado
  11. 11. Professor, paraesta atividade, vocêirá precisar dealgumas garrafas pets, caso não tenha um jogo de boliche. Organize os estudantes em equipes, e explique como será atividade. Cada integrante da equipe tentará lançar a bola para derrubar as garrafas ou pinos, porém os estudantes deverão estar sentados. Ao final das atividades, proponha uma roda de conversa com base nas seguintes questões: QUESTÕES NORTEADORAS Quais estratégias vocês utilizaram para acertar o alvo (a bola de basquetebol)? Espera-se que os estudantes expressem as dificuldades encontradas e as maneiras utilizadas para facilitar a realização da atividade. Quando eles se expressam, refletem sobre suas limitações e potencialidades. Espera-se que, neste momento, eles relembrem as atividades e se manifestem quanto às estratégias que utilizaram para realizar as mesmas. Das brincadeiras com bolas, quais podem ser feitas com outros materiais? Podemos substituir as regras? Por quais? Espera-se que os estudantes consigam propor modificações nas regras e nos materiais. Todos podem participar das atividades propostas? Quem não poderia? Espera-se que os estudantes reflitam que todos podem participar das atividades propostas. Como foi realizar as atividades sentados? Espera-se que os estudantes reflitam sobre como foi realizar as atividades sentados e como seu corpo se organizou para realizar os movimentos. Atividade 11 - O que eu aprendi. Professor, para finalizar esta situação de aprendizagem, proponha que os estudantes reflitam como foi realizar as atividades com os olhos vendados, sentados e considerando as potencialidades dos colegas. Peça que eles se expressem em forma de um desenho. Ao final, proponha que cada um conte o que desenhou. ESPORTES
  12. 12. Falar de Esportes, no primeiro ano, pode parecer em parte um tema contraditório, visto que o brincar é a essência das práticas para estudantes desta faixa etária. Além disso, modalidades esportivas exigem em sua grande maioria, uniformidade nos movimentos corporais, criando um padrão em sua execução, além de ter em cadaumadessas modalidades,um órgão queo rege (Federações, Confederações etc.) que determinam normas que padronizam sua ação em todo território onde é executada. Tanto rigor, realmente, nos remete a um universo contrário ao que se pretende aplicar na infância. Contudo, apesar dessas manifestações formais competitivas, a aplicação do esporte como meio de recreação e lazer, bem como na promoção da saúde em alguns casos, se dão de forma derivada, ou seja, tem em seu conteúdo a adaptação de regras de acordo com a necessidade daquele grupo que está experimentando dada modalidade. Apesar de o esporte possuir regras pré-determinadas, elas podem ser recriadas para atender a um grupo específico. Em muitas situações, o local, a dinâmica e os materiais oficiais são adaptados e a modalidade flui, levando ao seu praticante a satisfação em realizá-la. Assim, para se fazer um jogo de basquetebol, por exemplo, a bola oficial é trocada por qualquer bola que quique no chão, não necessita de uma quadra com medidas oficiais, nem uniformes, nem arbitragem e nem uma cesta acoplada a uma tabela. Muitas
  13. 13. vezes, uma bolinha de papel e um cesto de lixo é suficiente para vivenciar as características do basquete. Assim, práticas esportivas derivadas são efetivas para se conhecer características, bem como o funcionamento de uma determinada modalidade. E como tudo isso pode ser trabalhado no primeiro ano? Como ensinar esporte para esta faixa etária? Primeiro de tudo, modalidades esportivas possuem uma perspectiva histórica que atuam fortemente na sociedade, enfatizando características particulares de cada grupo, sendo que os Esportes estão diariamente nas mídias, no convívio e nas ações do cotidiano. Afinal, é comum os bebês já nascerem tendo um time de futebol de preferência (determinado é claro, pormães, pais, irmãos,padrinhos, avós etc.), por isso não há como não levar essa realidade ao universo escolar. Porém, há cuidados que são necessários tomar para que a atuação nas aulas de Educação Física não se resuma à prática de apenas uma ou duas modalidades esportivas. Essa padronização é potencialmente negativa no processo. É indispensável que o estudante vivencie a diversidade de práticas corporais. O Currículo Paulista acentua a atenção que deve ser dada para as “... Práticas Lúdicas Esportivas, que se caracterizam por atividades adaptadas que levam os estudantes a terem contato, de forma lúdica, com regras e gestos esportivos”, atuando na “prevenção da esportivização precoce” (p. 261). Além desses atributos já citados, as práticas esportivas auxiliam no desenvolvimento do trabalho coletivo, na formação da liderança (protagonismo), respeito às regras e à integridade do seu colega. Para os esportes de MARCA, se faz necessário envolver os estudantes a comparar resultados, associar a noção de metragem alcançada. Esportes de Marca são aqueles que permitem comparar os resultados registrados em segundos, metros ou quilos. Exemplos: patinação de velocidade, todas as provas do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso etc. (Currículo Paulista, 2019, p. 259). Os esportes de PRECISÃO, são modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um objeto na direção de um alvo específico, pode-se utilizar alvos parados ou em movimento, passes, arremessos, etc. Exemplos: bocha, curling, golfe, tiro com arco, tiro esportivo, etc. (Currículo Paulista, 2019, p. 259).
  14. 14. - Unidade Temática: Esporte - Objeto de conhecimento: Práticas Lúdicas esportivas de marca e precisão - Habilidades: (EF01EF05) Experimentar e fruir práticas lúdicas esportivas de marca e de precisão, prezando pelo trabalho coletivo e protagonismo. (EF01EF06) Identificar as normas e regras das práticas lúdicas esportivas de marca e de precisão, e discutir a importância das mesmas para assegurar a integridade própria e as dos demais participantes. VAMOS PARA AS ATIVIDADES!!!!! Atividade 1 - Diferentes formas de correr. Professor, o esporte de marca que será trabalhado é o atletismo, então, os estudantes terão contato com práticas lúdicas esportivas que envolvem correr, saltar, arremessar e lançar. Etapa 1 - Pega-pega linha: Escolha um pegador, oriente que os estudantes e o pegador só poderão andar sobre as linhas da quadra. Ao comando do professor inicia-se o pega-pega. Se o pegador pegar alguém, este passa a ser o pegador. Fale que eles não podem pular de linha para a outra, só pode mudar de linha se elas se cruzarem. Utilize diferentes formas de se movimentar, primeiro andando, depois, correndo, saltando etc. Etapa 2 - Lobos e carneiros: Escolhe-se um dos estudantes para ser o lobo (ou o professor) e um espaço onde o mesmo ficará (caverna, toca etc.), limitando-se o espaço onde será o "curral" dos carneirinhos no ponto oposto à toca do lobo, onde o lobo não poderá entrar. Por último, traça-se uma linha onde será o local mínimo para as crianças gritarem: "Acorda seu lobo!". A atividade começa com o lobo fingindo que está dormindo, e os carneirinhos deverão ir pelo menos até a linha para gritar: "Acorda seu lobo!!!", Quando os carneirinhos gritarem, o lobo sai à caça, e tenta pegar os carneirinhos antes que os mesmos entrem no curral. O carneirinho pego fica preso na toca do lobo até que todos os carneirinhos forem pegos pelo lobo. Etapa 3 - Organize os estudantes em grupos de até cinco pessoas, posicione-os no centro da quadra, peça para correr até uma linha demarcada, voltar, tocar na mão dos colegas, para que o próximo possa correr. O próximo colega só poderá sair quando o outro tocar em sua mão. Etapa 4 - Com os estudantes, ainda em grupo, posicione as equipes em filas em volta de um círculo, as equipes precisam estar distantes entre si. A proposta é que o primeiro de cada equipe corra em cima do círculo, toque na mão do próximo para que ele possa correr, a atividade termina quando todos da equipe forem. Etapa 5 - Com a mesma dinâmica da Etapa 4, porém, agora, os estudantes irão correr com uma bola na mão para entregar para o colega.
  15. 15. Etapa 6 - Com os estudantes em grupos, organize-os em fila, sendo que o primeiro da fila estará com uma bola em mãos, posicionados no meio quadra. Peça para o primeiro correr até um ponto determinado por você, voltar e entregar a bola, para que o próximo possa correr. Professor, para finalizar esta atividade, faça uma roda de conversa com os estudantes: 1. As atividades que nós fizemos envolvem qual movimento? Espera-se que os estudantes respondam correr. 2. Você conhece algum esporte em que as pessoas correm? Espera-se que os estudantes falem corrida, que é uma modalidade do atletismo. 3. Qual foram as principais regras das atividades? Espera-se que os estudantes identifiquem as principais regras como: ter que tocar na mão, ou entregar a bola para o colega para ele poder correr, ir até o local demarcado para acordar o lobo, correr em cima do círculo etc. 4. Por que as regras são importantes para a realização das atividades? Professor, espera-se que os estudantes reflitam sobre a importância das regras e das orientações para a realização das atividades, para que todos possam realizar as mesmas com segurança como, por exemplo, cuidado ao fugir na atividade lobo e carneiro para não tropeçar no colega, não bater com tanta força nas mãos dos colegas, entregar a bola e não jogar a bola para o colega. 5. O que você tinha que fazer para ajudar sua equipe? Espera-se que o estudante reflita sobre seu papel na equipe. 6. Por que é importante todos cooperarem dentro da sua equipe? Espera-se que os estudantes façam uma reflexão sobre a importância do trabalho em equipe nas atividades propostas, como por exemplo, se eu não tocasse na mão do meu colega ele não poderia correr etc. Professor, apesar das questões sugerir possíveis respostas, é importante que você levante as hipóteses dos estudantes e, por meio desse levantamento, elabore outras questões caso seja necessário. A roda de conversa sempre é apresentada ao final das atividades, porém, sempre que sentir necessidade, faça pausas para fazer reflexões com os estudantes, principalmente, referente às discussões em torno da importância das normas e das regras. Atividade 2 - Passa e Repassa Professor, organize os estudantes em equipe e em fila, formando sempre várias colunas com número reduzido de estudantes, para que todos participem, ativamente, e fiquem o menor tempo possível ociosos esperando sua vez. Nesta atividade, o primeiro estudante de cada coluna terá em mãos um implemento e, ao sinal do professor, esse implemento deverá ser passado de mão em mão até chegar ao último integrante desta coluna que deverá correr portando esse implemento até alcançar o início desta coluna, passando o objeto
  16. 16. para o segundo integrante, seguindo a mesma sequência. (Foto: Joice Simões - Acervo da E. E. Dr. Antônio Carlos Couto de Barros, Campinas-SP). Os objetos podem ser os mais variados: ➔ Uma bexiga; ➔ Bolas; ➔ Bastão; ➔ Um colete; ➔ Uma garrafa PET (lembrando sempre de utilizar objetos que não comprometam a segurança dos participantes). As trocas desses objetos podem, também, acontecer utilizando maior variedade do movimento. Eles podem ser passados: ➢ Por cima da cabeça; ➢ Lateralmente à direita; ➢ Lateralmente à esquerda; ➢ Por debaixo das pernas; ➢ Os estudantes sentados, depois em pé; ➢ Deitados, com as pernas para cima, passando o objeto com os pés etc. Foto: Joice Simões - Acervo da E. E. Dr. Antônio Carlos Couto de Barros, Campinas-SP. Atividades 3 - Corrida em Duplas.
  17. 17. Professor, para esta atividade, é interessante trabalhar com implementos de formas, tamanhos e pesos diferentes para tornar essa experiência mais efetiva. Exemplos: ➔ Utilize a bexiga; ➔ Após, utilize uma bola de Basquete; ➔ Depois, uma bola de tênis; ➔ Um colete; ➔ Ambos dentro de um mesmo bambolê. ➔ Uma garrafa PET, etc. Os estudantes irão correr em duplas, segurando o implemento indicado por você. Atividade 4 - Correndo com obstáculos. Etapa 1 - Professor, organize os estudantes em equipes de até 5 pessoas, faça um percurso com diferentes obstáculos, utilize colchonetes, cones, garrafas etc. O primeiro de cada equipe corre e salta os obstáculos, retorna apenas correndo, assim que chegar o próximo de sua equipe sai correndo. Etapa 2 - Com os estudantes ainda em equipe, monte um percurso de até 4obstáculos para cada equipe. Para os obstáculos, poderão ser utilizados dois cones com uma corda estendida entre eles, a corda deverá está em cima dos cones. Ao seu sinal, os estudantes deverão passar por cima dos obstáculos, oriente que primeiro façam andando depois correndo, passando por baixo etc. Professor, ao final ou durante a prática, faça reflexões com os estudantes- QUESTÕES NORTEADORAS De todas essas brincadeiras que fizeram, tem algum esporte que vocês conheçam que utilizamos os mesmos movimentos? Espera-se que os estudantes relacionem as diferentes corridas, que são modalidades do atletismo. Quais cuidados são necessários para a realização das atividades? Espera-se que o estudante se atente às normas e regras para a sua segurança e segurança dos demais, como por exemplo, atentar-se às orientações do professor, só sair quando o outro colega chegar etc. Qual a importância da minha função para a equipe? Espera-se que os estudantes reflitam sobre a importância de cumprir seu papel, seguindo as regras para o sucesso da equipe. Atividade 5 - Me dá o Seu Cantinho?
  18. 18. Em algumas localidades, esta atividade, também, leva nome de “Cada Macaco no Seu Galho”, tendo pequenas adaptações no seu desenvolvimento. Distribuindo duas colunas de bambolês, uma de frente com a outra (exemplo, uma coluna em uma lateral da quadra e a outra, na outra lateral), o líder fica no meio enquanto os demais permanecem cada um dentro de um bambolê. O líder, então, busca qualquer coleguinha que esteja dentro do bambolê e pergunta “Me dá seu cantinho?”, e este deverá responder “Vai pedir para o meu vizinho”. Neste momento, todos deverão trocar de bambolê. O líder que iniciou sem o bambolê, entra em um qualquer e, quando todos estiverem acomodados, aquele que ficar de forade um bambolê deverá fazer a mesma pergunta, seguindo assim a brincadeira. Você pode optar por outras distribuições de bambolês (em círculo, por exemplo), desde que preze sempre pela segurança dos participantes. DICA: Peça aos estudantes que, ao deslocarem para outros bambolês, façam-no de diferentes maneiras como: saltando com os dois pés, saltando com um pé e depois com o outro, saltitando etc. Atividade 6 - Vamos pular? Etapa 1 - Realize a atividade chicotinho queimado com os estudantes. Com os estudantes em roda, o professor posiciona-se no meio da roda com uma corda, gira a corda, para que a mesma passe por baixo dos pés dos estudantes. Os estudantes tentaram saltar à corda. Etapa 2 - Organize os estudantes em grupos, desenhe cinco quadrados, de modo que um quadrado fique no meio, e os outros fiquem a sua volta. Conforme imagem abaixo: Fonte: Imagem: Adaptada por Sandra Pereira Peça aos estudantes que saltem do quadrado do meio para frente e para trás e para os lados.
  19. 19. Etapa 3 - Risque uma linha com giz no chão, e paralela a essa linha coloque uma corda estendida. Os estudantes irão posicionar-se atrás da linha de giz, oriente-os a tomar distância dessa linha, caso queiram realizar uma corrida, peçam que salte sem pisar na linha de giz, ultrapassando a corda. Aumente a distância entre a corda e a linha de giz, conforme os estudantes vão conseguindo passar. Etapa 4 - Organize os estudantes em grupos, estenda uma corda à frente de cada equipe, peça que os estudantes saltem de um lado a outro da corda, até o final da mesma. Utilize para esta atividade cordas grandes. Etapa 5 - Professor, nesta atividade, será necessário utilizar o colchão grande para os estudantes amortecer a queda, segure uma corda a certa altura do chão próxima ao colchão, peça aos estudantes que venham correndo e tentem saltar a corda, tentando fazer um giro na hora no salto, para que caia de costas no colchão. Caso sua escola não possua esse material, proponha que os estudantes tentem saltar a corda, porém terminando a atividade de maneira agachada, aumente a distância da corda do chão conforme os estudantes consigam saltar. Etapa 6 - Organize os estudantes em grupos de seis pessoas, faça uma linha com giz no chão a frente de cada equipe, o primeiro estudante de cada equipe irá saltar a partir dessa linha, o segundo estudante salta a partir de ondeo primeiro estudante realizou a aterrisagem e, assim, sucessivamente. Somam- se os saltos realizados pelas equipes. Professor, ao final das atividades ou durante, promova reflexões com os estudantes: 1- Quais cuidados temos que ter na realização das atividades? Espera-se que os estudantes identifiquem alguns cuidados que são necessários em relação à aterrisagem no salto, como realizar um leve agachamento para amortecer a queda etc. 2- Quais foram as principais regras? Espera-se que os estudantes identifiquem algumas regras como: não pisar na linha para saltar, esperar o colega finalizar o salto para saltar etc. 3- Como eu contribuo para o sucesso da equipe? Espera-se que o estudante entenda que cumprir o seu papel favorece o sucesso da equipe. 4- Por que eu preciso colaborar com equipe? Espera-se que o estudante compreenda que a colaboração contribui para o trabalho em equipe. Atividade 7 - Quem Joga Mais Longe Esta atividade remete aos Esportes de Marca como Levantamento de Peso e Arremessos. Você pode, a princípio, utilizar bolas de diferentes tamanhos e pesos para realizar essa atividade. ➔ Bolas tradicionais: Basquete, Futsal, Vôlei, Tênis, Beisebol, Medicine Ball …
  20. 20. ➔ Bolas artesanais: Bola de Meia (dentro, dá pra colocar areia envolvida em saco plástico presa com fita adesiva para aumentar o peso), saquinhos de areia, bola velha com areia dentro (coloque areia em saco plástico e envolva com fita adesiva, coloque dentro de bolas velhas e cole com uma super cola)... O local pode ser a quadra ou espaço amplo para realizar os arremessos sem que haja risco de acertar algum caminhante desavisado. Estabeleça com os estudantes, regras e medidas de segurança antes do início. Organize os estudantes em equipes. As equipes devem posicionar-se atrás de uma linha demarcada por você. Faça diferentes marcações no espaço que os estudantes irão arremessar os objetos, indicando as marcações com números, conforme imagem abaixo. Solicite aos estudantes que arremessem primeiro objetos mais leves e menores, trocando de objetos conforme todos da equipe tenham arremessado. Somam-se os pontos da equipe a cada arremesso de objeto. Veja o desenvolvimento desta atividade: Carminha Braga Educação Física Escolar. Jogos de Arremesso. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=RGH2wpG--iw>. Acesso em: 20 jul. 2020. Atividade 8 – Arremessando e Lançando Etapa 1 - Professor, para esta atividade, construa régua bem grande (pode ser de 1 a 10, ou outra numeração se preferir). Posicione osestudantes na lateral darégua, e posicione a réguano chão. Organize
  21. 21. os estudantes em grupos de até cinco pessoas, os estudantes ficaram ajoelhados sobre um colchonete, e irão segurar o peso com as duas mãos, lançando-a para cima e para frente, fazendo com que quique sobre a régua. Somam-se as pontuações do grupo. Em seguida os estudantes irão realizar o movimento em pé, de costa para a régua, lançando o peso por cima da cabeça. Somam-se os pontos do grupo. Etapa 2 - Com os estudantes em grupos, organize-os em filas, posicione um arco à frente de cada fila, um estudante no arco, segura o peso com as mãos entre as pernas, e arremessa o mais longe que conseguir. Trocam-se os estudantes, até todos arremessarem. Somam-se os pontos dosgrupos. Etapa 3 - Para finalizar, os estudantes em grupos, se posicionam dentro do arco seguram o peso próximo ao rosto, e tentam arremessar apenas com uma mão. Professor, sempre que possível, meça a distância que os estudantes arremessaram o peso e some os pontos da equipe. Atividade 9 - Lançando, lançando. Professor, para esta atividade, você irá precisar da régua utilizada na atividade anterior e de alguns implementos como dado e disco (no material do 2 ano tem sugestões de adaptações, utilize os materiais construídos pelos estudantes do segundo ano). Etapa 1 -Organize os estudantes em grupos, posicione a régua em frente aos grupos,peça que o primeiro de cada grupo faça o lançamento do dardo e assim sucessivamente até todos realizarem o lançamento, somam-se os pontos da equipe. Etapa 2 -Organize os estudantes em grupos, posicione a régua em frente aos grupos, peçaque o primeiro de cada grupo faça o lançamento do disco e assim sucessivamente até todos realizarem o lançamento, somam-se os pontos da equipe. Para finalizar, realize uma roda de conversa com os estudantes: 1- As atividades que nós fizemos envolvem qual movimento? Espera-se que os estudantes respondam lançar e arremessar. 2- Você conhece algum esporte em que as pessoas correm? Espera-se que os estudantes falem do arremesso de peso e lançamento de disco e dardo, que são modalidades do atletismo. 3- Quais foram as principais regras das atividades?
  22. 22. Espera-se que os estudantes identifiquem as principais regras como: lançar e arremessar o objeto sobre a régua, esperar todos da equipe arremessarem ou lançarem para buscar os objetos etc. 4- Por que as regras são importantes para a realização das atividades? Professor, espera-seque osestudantes reflitam sobrea importânciadas regrase das orientações para a realização das atividades para que todos possam realizar as mesmas com segurança, como por exemplo, não lançar ou arremessar em direção aos colegas etc. 5- O que você tinha que fazer para ajudar sua equipe? Espera-se que o estudante reflita sobre seu papel na equipe. 6- Por que é importante todos cooperarem dentro da sua equipe? Espera-se que os estudantes façam uma reflexão sobre a importância do trabalho em equipe nas atividades propostas, como por exemplo, se eu não arremessar, não contribuo para os pontos da minha equipe. Atividade 10 - Será que conheço esse esporte? Professor, os estudantes puderam experimentar atividades que envolveram movimentos de saltar, correr, arremessar e lançar, nesta atividade propomos que se estabeleça uma relação entre o esporte atletismo. Para isso traga imagens de atletas brasileiros do esporte atletismo, onde eles estejam saltando, correndo, arremessando e lançando. Mostre as imagens para os estudantes e pergunte se eles conhecem quem são, o que estão fazendo e qual esporte estão praticando? Estimule-os a refletirem sobre as imagens associando as atividades vivenciadas. Caso os estudantes não conheçam atletas desse esporte, apresente alguns para eles. Fale para eles que vivenciamos atividades que envolveram o saltar, correr, arremessar e lançar, e que o Atletismo é um esporte que envolve essas modalidades. Traga para os estudantes um pouco sobre a história desse esporte. A história do Atletismo acompanha o homem desde os tempos dos nossos ancestrais e sua prática primitiva ajudou na luta pela fuga dos predadores e na busca por alimentos. Para isso, era preciso correr, saltar obstáculos e lançar objetos. Precisamente por aprimorar as habilidades básicas de correr, saltar e lançar, o homem garantiu sua história. Aliás, há indícios da prática do Atletismo há pelo menos cinco mil anos, primeiro no Egito e na China e, logo depois, na Grécia. Tudo isso explica por que, ao criar as competições esportivas, as primeiras provas realizadas fossem as atléticas. Na primeira Olimpíada registrada, a única prova foi uma corrida de aproximadamente 200 metros, que os gregos chamavam de “stadium”. Isso aconteceu em Olímpia, na Grécia, em 776 AC, e o campeão foi Coroebus, representante da cidade de Élis.
  23. 23. Por uma feliz coincidência, na primeira edição dos Jogos Modernos, em Atenas, capital da Grécia, em 1896, o título inicial foi para um atleta: o norte-americano Jimmy Connolly ganhador da medalha de ouro no salto triplo. O Atletismo recebeu seu formato moderno no começo do século 19 na Inglaterra. Basicamente, ele engloba as competições em estádio, como as corridas, saltos, lançamentos e provas combinadas. Durante o inverno no hemisfério norte, é tradicional a disputa de eventos em ginásio. E há as corridas de rua, no campo (cross country), em montanha, a marcha etc. Confederação Brasileira de Atletismo. Disponível em: <http://www.cbat.org.br/acbat/historico.asp#:~:text=O%20Atletismo%20no%20Brasil&text=Em%2 01914%2C%20a%20Confedera%C3%A7%C3%A3o%20Brasileira,foi%20institu%C3%ADdo%20o%2 0Campeonato%20Brasileiro>. Acesso em: 23 jul. 2020. Atividade 11 - O nosso circuito. Professor, nesta atividade, os estudantes irão construir um circuito que envolve o correr, saltar, lançar e arremessar. Retome as atividades vivenciadas com os estudantes e escolha com eles duas que envolvam o correr, o saltar, o arremessar e o lançar. Depois de escolhida às atividades, discuta alguns pontos com os estudantes: ● Quais serão as regras, usaremos as mesmas ou modificaremos? ● Quais serão as modificações? ● Quais são os cuidados que temos que ter no dia do circuito para que todos possam realizar as atividades com segurança? ● Como serão organizadas as atividades? ● Quem serão os responsáveis de montar os materiais na quadra para as atividades? Professor, aqui, você poderá organizar os estudantes em grupos, e cada grupo fica responsável por organizar uma estação. Faça anotações da organização em cartolinas, e cole na quadra no dia do circuito de modo que fique visível para os estudantes. Depois de tudo organizado, é hora de os estudantes experimentarem as atividades que escolheram. Professor, neste momento, os estudantes irão experimentar práticas lúdicas esportivas de precisão, iniciaremos propondo a manipulação de objetos maiores até chegar a objetosmenores.
  24. 24. Atividade 12 - Acerte o Alvo - Bambolê A atividade, a seguir, necessita dos seguintes materiais: ➔ Cordas ➔ Bambolês ➔ Bolas de diferentes tamanhos, bolas de meias ou similar. Desenvolvimento Distribua os estudantes em vários grupos. Se possível, grupos de aproximadamente 4 pessoas. Amarre o bambolê com uma corda em local elevado (exemplo, trave do gol ou estrutura no caso de quadra com cobertura) e, determinando uma distância apropriada para os estudantes desta idade, desafie os grupos a acertarem o centro do Bambolê com as bolas, proponha que eles joguem primeiro as bolas maiores até chegar a Bola de Meia. Conforme a atividade for ficando mais fácil, você poderá afastar a linha máxima para o arremesso. BOLA DE MEIA Para desenvolvimento de atividades de Precisão, a Bola de Meia é um implemento extremamente útil muito indicado. No material do 5º Ano, você encontrará uma atividade onde os estudantes irão produzir Bolas de Meia como atividade de Educação Física. Sugerimos utilizar esse implemento para uso da escola. Porém, caso prefira desenvolver essa atividade com os pais e estudantes do 1º Ano como Atividade Para Casa, fique à vontade. Para confecção, sugerimos o vídeo abaixo: Diva Cordeiro. Como Fazer Bolas de Meia. Disponível em: <http://www.divacordeiro.com.br/como-fazer-bolas-de-meia/>. Acesso em: 16 jul. 2020. Atividade 13 - Peteca Agora, os estudantes irão utilizar peteca artesanal, levemente mais pesada. É importante que você, para que cada estudante tenha sua própria peteca, sugere-se construir uma com materiais básicos.
  25. 25. Vamos saber como? (OBS: Se por acaso você tiver outras opções para construção da peteca, fique à vontade para fazer suas adaptações). Fonte: Imagem: Joice Simões - Acervo da E.E. Dr. Antônio Carlos Couto de Barros, Campinas, SP Materiais: ➔ 1 corte de 40 cm x 40 cm (aproximadamente) de TNT ou similar; ➔ 1 folha de Jornal; ➔ 1 pedaço de barbante de 10 cm aproximadamente. Como construir: ➢ Com o TNT esticado sobre a carteira, peça para o estudante fazer uma bolinha com a folha de jornal, pressionando bem, e colocar bem no meio do TNT; ➢ Embrulhe a bolinha de papel com o TNT (vide imagem); ➢ Amarre o TNT com o barbante, bem rente à bolinha de papel.
  26. 26. Concluída a etapa de construção da peteca, conduza as crianças até o espaço amplo para as aulas de Educação Física. Assim como realizado nas outras atividades, estabeleça a regra de convivência para condução dessa brincadeira. Agora, é partir para adiversão. Recomende que utilizem as duas mãos para manipular a peteca, alternando as mãos em alguns momentos; ➔ Solicite que realizem movimentos diferentes para explorar o brinquedo. Permita que a imaginação tome conta da brincadeira; ➔ Peça que formem duplas, trios e troquem a peteca entre si; ➔ Proponha que eles tentem acertar a peteca em um alvo na parede, ou dentro de uma caixa etc. Atividade 14 - Acerte o Alvo – Garrafas PET/Latinhas Materiais ➔ Bolas de Meia (ou bola de borracha, ou de tênis) ➔ Garrafinhas PET Desenvolvimento Organizando os estudantes em vários grupos com número reduzido de integrantes (conforme sua possibilidade) seguindo o mesmo esquema das atividades anteriores, disponibilize algumas garrafas para cada grupo dispostos em espaços distintos na quadra ou espaço pré-determinado para realização desta atividade. O objetivo desta é derrubar a garrafa ou conjuntos de garrafas as quais foram disponibilizadas. Veja outras possibilidades para desenvolver essa atividade:
  27. 27. Outra possibilidade muito importante é disponibilizar, caso seja possível, bolas variadas para a realização da atividade como, por exemplo, bola de Meia, bola de Frescobol, bola de Tênis, bola de Beisebol etc. 1. Quais foram as principais regras das atividades? Espera-se que os estudantes identifiquem as principais regras como: ter que tocar na bola com o cabo, passar a bola dentro das casinhas etc. 2. Por que as regras são importantes para a realização das atividades? Professor, espera-seque osestudantes reflitam sobreaimportância das regrase das orientações para a realização das atividades para que todos possam realizar as mesmas com segurança. 3. O que você tinha que fazer para ajudar sua equipe? Espera-se que o estudante reflita sobre seu papel na equipe. 4. Por que é importante todos cooperarem dentro da sua equipe?
  28. 28. Espera-se que os estudantes façam uma reflexão sobre a importância do trabalho em equipe nas atividades propostas. Atividade 15 - Bola de Gude Professor, para o desenvolvimento desta atividade, sugerimos separar a sala em grupos pequenos e, em círculo na quadra ou outro local adequado para a realização desta atividade, disponibilize uma quantidade de bolinhas de gude igual para cada estudante. Pergunte ao grupo quem sabe jogar Bolinha de Gude e peça para que os estudantes expliquem aos demais como desenvolver o jogo. Caso algum estudante apresente uma regra diferente, deixe se manifestar e, ao final, cada grupo irá determinar qual regra irá utilizar. Fonte: Foto: Joice Simões - Acervo da E. E. Profª Eunice Virginia Ramos Navero, Campinas-SP A brincadeira com bola de gude mais popular, consiste em um círculo desenhado no chão, onde os jogadores devem, com um impulso do polegar, jogar a bolinha. Os jogadores seguintes devem acertar a bolinha, e se conseguirem retirá-la do círculo, elas se tornam suas. Vence aquele que ficar com as bolinhas de seus companheiros. Atividade 16 - Mini Golfe Materiais necessários para essa atividade: ➔ Cabos de vassoura ➔ Bolinhas de tipos variados (borracha, tênis, meia...) Etapa 1 – Organize os estudantes em duas equipes, determine uma linha para o lançamento, a frente de cadaequipe coloque um cone/ caixa deitadacom sua abertura virada paraas equipes, entregue um bastão
  29. 29. para o primeiro de cada equipe e peça que eles tentem bater na bola para que esteja entre no cone/caixa. Comece com o alvo próximo e, conforme com os estudantes vão acertando, aumenta-se adistância. Etapa 2 - Seguindo a mesma dinâmica da etapa1, só que agora você irá colocar algumas “casinhas” no percurso da bola ( as casinhas poderão ser feitas de papelão), os estudantes deverão caminhar com o bastão na pão conduzindo a bola por dentro das casinhas, até que elas cheguem ao alvo. Para saber mais: Prof Evelyn Cristian. Mini Golf. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Zy6kyS-JZKw >. Acesso em: 20 jul. 2020. Etapa 3 - Organize os estudantes em equipes, coloque 5 cones deitados para cada equipe, os estudantes tentarão lançar a bola dentro de um dos cones, a partir de uma linha demarcada. Para saber mais sobre esta atividade: Carminha Braga Educação Física Escolar. Golf Colorido. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=dQA4_Xkqwlo>. Acesso em: 20 jul. 2020. Realize uma roda de conversa: 1. Quais foram as principais regras das atividades? Espera-se que os estudantes identifiquem as principais regras como: ter que tocar na bola com o cabo, passar a bola dentro das casinhas etc. 2. Por que as regras são importantes para a realização das atividades?
  30. 30. Professor, espera-se que os estudantes reflitam sobre a importância das regras e das orientações para a realização das atividades para que todos possam realizar as mesmas com segurança. 3. O que você tinha que fazer para ajudar sua equipe? Espera-se que o estudante reflita sobre seu papel na equipe. 4. Por que é importante todos cooperarem dentro da sua equipe? Espera-se que os estudantes façam uma reflexão sobrea importância do trabalho em equipe nas atividades propostas. Atividade 17 - Ilustrando as atividades que mais gostei. Professor, peça para os estudantes escolherem uma atividade de que mais gostaram. Em seguida, solicite-lhes explicarem qual foi à atividade desenhada, descrevendo suas principais regras. Ao final, construa um painel de práticas lúdicas esportivas de precisão da turma. REFERÊNCIAS ANDRADE, Cyrce; DIAS, Maria Célia; MEDEIROS, Maria Lúcia; SILVA, Zoraide F. O Brinquedo e a brincadeira na infância. São Paulo: Cenpec, 2009. . Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Formação Pessoal e Social. Volume 2. Ministério da Educação e do Desporto. Brasília: MEC/SEF, 1998. . Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Conhecimento de Mundo. Volume 3. Ministério da Educação e do Desporto. Brasília: MEC/SEF, 1998. . Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa visão. Brasília, 2005. . Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica. Ministério da Educação. Brasília, 2013. CONDE, J. M. Atividades físicas adaptadas ao deficiente visual. Revista Integração. Brasília, SENEB, ano 3, n. 07, Ed. Especial, p. 10-11, 1991. FREEPIK. Vectores Grátis. Disponível em: https://www.freepik.es/. Acesso em :21 set. 2019. PUBLIC DOMAIN VECTORS. Imagens Livres de Direitos Autorais. Disponível em:
  31. 31. https://publicdomainvectors.org. Acesso em: 19 set 2019. SIMÕES, Joice Regina. Uma Introdução ao Estudo da Influência da Atividade Física no Desenvolvimento Intelectual: Uma Abordagem Neurofisiológica. Jacarezinho, PR: [s.n.], 2002. Organização:CISV, Instituto AMBAR,UNESCO eAllucci e AssociadosComunicações. Brincadeiras para crianças de todo o mundo. São Paulo, 2007 MARTINI, Cristiane Oliveira Pisani. Amarelinhas e Afins - Brincadeiras de Pular. Portal do Professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22768. Acesso em: 20 set.2019. Créditos Elaboração: Adriana Cristina David Pazian - PCNP da DE São Carlos Diego Diaz Sanchez - PCNP da DE Guarulhos Norte Érika Porrelli Drigo - PCNP da DE Capivari Felipe Augusto Lucci- PCNP da DE Itu Flavia Naomi Kunihira Peixoto - PCNP da DE Suzano Isabela Muniz dos Santos Cáceres -PCNP da DE de Votorantim Janice Eliane Ferreira Bracci - PCNP da DE José Bonifácio Joice Regina Simões - PCNP da DE CampinasLeste Katia Mendes Silva - PCNP da DE Andradina Lígia Estronioli de Castro- PCNP da DE Bauru Meire Grassmann Guido Estigaribia - PCNP da DE Americana Nabil José Awad - PCNP da DE Caraguatatuba Neara Isabel de Freitas Lima- PCNP da DE Sorocaba Roseane Minatel de Mattos - PCNP da DE Adamantina Sueli Aparecida Galante - PCNP da DE Sumaré Tiago Oliveira dos Santos- PCNP da DE Lins Thaisa Pedrosa Silva Nunes- PCNP da DE Tupã Revisão: Luiz Fernando Vagliengo - Equipe Curricular de Educação Física Marcelo Ortega Amorim - Equipe Curricular de Educação Física Mirna Léia Violin Brandt - Equipe Curricular de Educação Física Sandra Pereira Mendes – Equipe Curricular de Educação Física

O que ensinar de Educação Física para o 4º ano?

CONTEÚDOS ESSENCIAIS: Ginástica de conscientização corporal. OBJETIVOS: Vivenciar e fruir, de forma coletiva, combinações de diferentes elementos da Ginástica Geral que contemplem equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais.

Como se faz um plano de aula de Educação Física?

Como organizar uma ótima aula de Educação Física?.
Elabore algo de acordo com o perfil da turma. ... .
Pense em atividades para todos os alunos. ... .
Faça aulas inclusivas. ... .
Aborde novos esportes. ... .
Promova assuntos relacionados aos esportes. ... .
Realize ações sociais com os alunos..

Quais temas podemos trabalhar nas aulas de Educação Física?

AULAS DIGITAIS.
1) Vôlei sentado: para gerar inclusão e respeito às pessoas com deficiência. ... .
2) Xadrez: perfeito para dias de chuva e para exercitar o cérebro. ... .
3) Esporte é coisa de mulher: para o professor que tem problemas de participação das meninas na aula. ... .
4) Esgrima: seja inovador e adapte a espada com jornal e PVC..

Quais são os conteúdos da Educação Física do 1º ao 5º ano?

Explorar / Ampliar as possibilidades de posturas, gestos e ritmos corporais. Explorar / Ampliar gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo e sobre o movimento. Identificar e vivenciar noções espaço-temporais. Perceber a necessidade de organização individual e coletiva (construção de regras).