Por que a agricultura é importante para o nosso país?

O mundo precisa da agricultura brasileira

A agricultura brasileira se expande, adota cada vez mais tecnologia e busca a sustentabilidade. Essa é uma das leituras possíveis do Censo Agropecuário recém-concluído pelo IBGE. Hodiernamente, 41% do território brasileiro são utilizados para a produção de alimentos, entre lavouras, pastagens, matas naturais e matas plantadas que somam 350 milhões de hectares. Figurando como modelo de harmonia entre produção e respeito ambiental, Santa Catarina tem 183.000 estabelecimentos rurais ativos que ocupam 6,4 milhões de hectares. A importância do setor primário barriga-verde é inquestionável e representa 29% do PIB estadual.

A agricultura está mais moderna, tecnificada e empresarial em face de maiores investimentos. A frota de tratores empregada nos campos, por exemplo, cresceu quase 50% desde 2006. A área irrigada aumentou 52% em relação ao último censo e a irrigação é utilizada por 10% dos 5,1 milhões de estabelecimentos rurais do País. O campo registra maior aporte de tecnologia, com mais de 1,4 milhão com acesso à internet.

O levantamento revela, ao lado das potencialidades, algumas deficiências, como o envelhecimento da população rural, fenômeno que vem sendo tratado em Santa Catarina com programas de qualificação e requalificação da família rural. Por outro lado, cooperativas e sindicatos mantêm programas de valorização dos jovens e estímulo para retorno ou permanência no campo.

Em todo o mundo a agricultura merece prioridade total em razão da segurança alimentar que cada Nação persegue: não há paz social e desenvolvimento econômico sem fartura com preços acessíveis. Nesse aspecto, o Brasil é um paradigma internacional. Em 2017, por exemplo, os alimentos contribuíram fortemente para os baixos índices inflacionários. Entretanto, os alimentos pesarão um pouco mais no bolso dos consumidores brasileiros em 2018 em razão da valorização da soja e do milho, principais insumos da nutrição animal. Essa situação tende a pressionar para cima os preços das carnes, principalmente no segundo semestre. Outros produtos básicos (arroz, feijão, hortifrutigranjeiros) também tendem a subir moderadamente. A quebra da safra da Argentina e a guerra comercial entre os EUA e a China, entre outros fatores, valorizaram esses grãos. Entretanto, a lenta recuperação da economia brasileira dificultará a alta de preços no varejo.

A contribuição da agricultura fortalece o Brasil na sétima posição – de acordo com o Fundo Monetário Internacional – no ranking mundial sobre as quinze maiores economias do mundo no quesito PIB/Paridade Poder de Compra (PPC), em bilhões de dólares. O FMI projeta que até o ano de 2050 o País se transformará na sexta potência mundial. Um dos mais robustos pilares será o agronegócio, eterno responsável por superávit na economia e pelo aumento no PIB (volume do agronegócio projetado) que em 2018 deve chegar em 3,17%.

Aumentar a produção interna bem como a exportação de commodities agrícolas é um desafio complexo, porque é necessário que seja realizado de forma sustentável, com a estrita observância da legislação ambiental. Mas esse caminho é imperioso, pois a nova projeção de demanda de alimentos, fibras e bioenergia até o ano 2050 (elaborada pela FAO e pela ONU) não pode jamais dispensar o concurso da produção brasileira no mercado mundial.

O mundo precisa da agricultura brasileira para a segurança alimentar do Planeta. O produtor e o empresário rural precisam de um ambiente amigável, por isso, o Estado brasileiro, no cumprimento de suas funções de incentivo e planejamento, deve oferecer segurança jurídica e outras formas de apoio para as atividades econômicas que se situam no multifacetado universo do agronegócio. A agricultura e o agronegócio merecem uma política de Estado permanente e não apenas políticas transitórias de governo.

*José Zeferino Pedrozo - Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC)

Por que a agricultura é importante para o nosso país?

A agricultura brasileira é reconhecida como altamente competitiva e geradora de empregos, de riqueza, de alimentos, de fibras e de bioenergia para o Brasil e para outros países. É um dos setores que mais contribui para o crescimento do PIB nacional e que responde por 21% da soma de todas as riquezas produzidas, um quinto de todos os empregos e 43,2% das exportações brasileiras, chegando a US$ 96,7 bilhões em 2019 (Vendas..., 2020). Foi um dos poucos segmentos da economia brasileira que apresentou crescimento positivo. Internamente, o setor contribuiu para manter em declínio o preço real da cesta básica de alimentos.

Analisando o desempenho do setor ao longo das últimas 4 décadas, verifica-se que, de 1975 a 2019, a produção de grãos passou de 38,1 milhões de toneladas para 232,6 milhões de toneladas, equivalente a um aumento de 510% (IBGE, 2020). A produção de carnes passou de 2,9 milhões de toneladas para 27,9 milhões de toneladas, ou seja, um aumento de 858% nesse mesmo período (United States, 2020). O setor florestal aumentou sua produtividade em mais de 150%, com destaque para as espécies de Pinus e Eucalyptus. A cafeicultura aumentou em mais de quatro vezes a produtividade somente nos últimos 25 anos. A produção de leite aumentou significativamente, saindo de pouco mais de 14 bilhões de litros no início dos anos 1990 para quase 35 bilhões de litros em 2019 (IBGE, 2020). O aumento da produção permitiu abastecer regularmente o mercado interno, com queda de 41,49% no custo da cesta básica (dezembro/2019 em relação a dezembro/1975, na cidade de São Paulo) (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, 2020), e dinamizou as exportações, passando de US$ 20,6 bilhões em 2000 para US$ 96,9 bilhões em 2019 (Brasil, 2020). Dentre os fatores que foram fundamentais para o desempenho do setor, podem-se elencar os seguintes:

  1. disponibilidade de recursos naturais, principalmente terras planas;

  2. política governamental, notadamente crédito rural;

  3. agricultores competentes e empreendedores; e

  4. tecnologia agropecuária tropical e subtropical desenvolvida no País.

Estima-se que, para 2020, o valor bruto da produção será de aproximadamente R$ 740 bilhões, apresentando crescimento em torno de 12% em relação ao valor de 2019. Para 2030, modelos matemáticos projetam produção de grãos superior a 318 milhões de toneladas, o que significa um aumento de cerca de 68 milhões de toneladas a produção atual do Brasil. Nos próximos 10 anos, estima-se que a produção de carne bovina chegará a 12 milhões de toneladas e a de carne de frango a 19 milhões de toneladas, mesmo considerando situações de crises mundiais, como a presente pandemia de COVID-19 (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, 2020). Dados do Economic Research Service – United States Department of Agriculture (em tradução nossa, Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam que a produção de alimentos no Brasil apresentará a maior taxa de crescimento entre os maiores produtores e consumidores de alimentos no mundo. O estudo americano indica ainda que a produção na Índia aumentará 48%; na Argentina, 44%; na Rússia, 34%; na Austrália, 22%, nos Estados Unidos, 12%; e na Ásia, apenas 11% (Zia et al., 2019).

O papel da agricultura no futuro ultrapassará substancialmente aquele tradicionalmente observado, exigindo esforço conjunto dos setores público e privado. De acordo com Lal (2007), a agricultura, além de ser causa, exercerá papel preponderante e crescente na solução de numerosos problemas ambientais, tais como a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, o enriquecimento da biodiversidade e o sequestro de carbono da atmosfera.

Além disso, devido à sua multifuncionalidade, a agricultura desempenhará um papel cada vez mais estratégico na economia brasileira em função das suas possibilidades de aplicação no fornecimento de serviços ambientais e ecossistêmicos; na produção de biomassa, biomateriais e química verde; na criação de biofábricas para a produção de insumos biológicos; na nutrição da população (nexo alimentos, nutrição e saúde); e no desenvolvimento de aspectos da cultura, da tradição, da gastronomia e do turismo de diferentes regiões brasileiras. Nesse contexto, a pesquisa agropecuária terá papel preponderante no sentido de ofertar tecnologias que assegurem a consolidação de sistemas agrícolas que terão de atender ao aumento da demanda por alimentos de alta qualidade, ao mesmo tempo em que terão de reduzir o uso de insumos principalmente químicos e adotar práticas que contribuam para a manutenção e, em alguns casos, o enriquecimento dos recursos naturais.

Porque a agricultura é importante para o mundo?

A importância da agricultura é, assim, indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial.

Porque a agricultura familiar é importante para o nosso país?

A agricultura familiar é de suma importância para assegurar a segurança alimentar e nutricional da população brasileira, uma vez que é responsável por 70% dos alimentos consumidos no país.

Qual a importância da agricultura brasileira para o mundo?

É um dos setores que mais contribui para o crescimento do PIB nacional e que responde por 21% da soma de todas as riquezas produzidas, um quinto de todos os empregos e 43,2% das exportações brasileiras, chegando a US$ 96,7 bilhões em 2019 (Vendas..., 2020).

Qual a importância da agricultura para a humanidade e quais as suas consequências?

A revolução agrícola mudou nossa espécie e nosso planeta. À medida que grupos de caçadores-coletores começaram a domesticar plantas e animais, abandonaram a vida nômade, construindo vilas e cidades que duraram milhares de anos.