A democracia, em linhas gerais, é o exercício do poder político por parte do povo. Outra palavra que acompanha a democracia, desde a sua origem, é a palavra cidadania, que significa, em geral, a condição daquele que toma parte da cidade, com seus direitos e obrigações previstos pela constituição. Show OrigemAs origens da democracia remontam à Grécia Antiga, especificamente ao período clássico. O significado do termo aponta para duas palavras do vocabulário grego: demos (povo) e kratos (poder). Em Atenas, no Período Clássico, o conceito de cidadania não abarcava todas as pessoas. Cidadãos eram apenas homens, de maioridade e atenienses, também filhos de pais atenienses. A Revolução Francesa foi um marco para a ampliação do conceito de cidadania, o que alterou também o que se entendia por democracia. Os revolucionários, inspirados pelos ideais iluministas, acreditavam que a possibilidade de participação popular massiva era o despertar para uma nova era contra o Antigo Regime que levaria a um avanço social, político, moral e científico imenso. Apesar da ampliação da cidadania, pois o poder político estava concentrado nas mãos de castas desde o fim da democracia grega na Europa, os revolucionários não incluíram na possibilidade de participação cidadã as mulheres. Essas somente passaram a participar das decisões políticas a partir do século XIX, quando, em 1893, a Nova Zelândia libera o voto feminino. O que entendemos hoje por democracia dá margens a várias interpretações. Também, nos dias de hoje, existem três diferentes tipos de regimes políticos democráticos que serão descritos a seguir. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Tipos de democraciaHá uma dificuldade em identificar, classificar e definir precisamente a democracia, pois ela pode apresentar-se, em diferentes níveis de desenvolvimento, em três tipos distintos, que são:
Saiba mais: Os Três Poderes Exemplos de democraciaA defesa da democracia tornou-se a marca de um pensamento político que se alastrou pelo Ocidente a partir da Modernidade. Há, até certo ponto, uma associação da democracia com o republicanismo, apesar do fato de que países republicanos não são necessariamente democráticos. Também existem regimes democráticos parlamentares, onde o poder Legislativo é eleito democraticamente, e até monarquias parlamentares democráticas, como a Inglaterra. A democracia direta não é encontrada mais na contemporaneidade devido à dificuldade de execução desse tipo de regime. O Brasil vive sob um regime democrático representativo, mas a Constituição Federal de 1988 prevê tipos de participação que, se fossem exercidos em sua totalidade, aproximariam o nosso país de um regime democrático participativo. Entre os exemplos de democracias participativas, podemos elencar alguns estados dos Estados Unidos e a Suíça — que exerce e estimula a participação cidadã na política, para além das eleições, por meio de plebiscitos e assembleias situadas nos distritos dentro das cidades. A participação semidireta pode envolver consultas populares antes de tomadas de decisões políticas importantes.Democracia modernaOs ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, fortemente defendidos durante a Revolução Francesa, têm origem no iluminismo. A França e os Estados Unidos abrigaram, em suas revoluções, grande parte das ideias que modificaram o cenário político ocidental. A ampliação dos conceitos de cidadania e de democracia foi uma mudança significativa que deu origem a um pensamento político e social que perdura até hoje. Todos os regimes democráticos atuais têm, em algum grau, inspiração moderna. Porém temos democracias mais antigas, como a França e os Estados Unidos, que datam dos séculos XVIII e XIX, e democracias mais recentes, que surgiram já no século XX. Muitas dessas oriundas das últimas décadas do século ou do início do século XXI. O fato é que as democracias antigas enfrentam velhos desgastes que levam a descontentamentos populares, e as novas democracias enfrentam problemas para estabelecerem-se em uma sociedade desacostumada ao pensamento democrata. A maioria dos regimes democráticos surgidos ou inspirados no modelo moderno é republicana. Tais regimes têm em comum o fato de serem regidos por uma Constituição que estabelece direitos e deveres mínimos e que garante a igualdade civil perante a lei. Fatores como a religião, a cor, a origem, o gênero e a orientação sexual não podem interferir na garantia de direitos constitucionais. Ainda, há uma promoção de uma educação laica e universal voltada para a formação cidadã da população. Infelizmente, muitos desses elementos democráticos modernos são modelos ideais que os governos insistem em não colocar em prática por conta do comodismo, da corrupção e da manipulação das massas. Veja também: As bases do Estado autoritário no Brasil Democracia e ditaduraProtesto contra o aumento dos preços dos combustíveis e do petróleo na França, país que tem uma longa tradição de luta democrática contra as ações arbitrárias do governo.[3]Democracia e ditadura são formas opostas de governo. A ditadura é a imposição unilateral das decisões políticas sem a participação popular. Há uma confusão em muitos casos, pois as ditaduras, muitas vezes, mantêm sistemas eleitorais. Podemos verificar a incidência de regimes ditatoriais nos seguintes casos:
As monarquias, como foi dito antes, também podem ser democráticas, caso haja a eleição de um parlamento isento das decisões tomadas pelos monarcas, sendo que a monarquia passa a figurar como uma chefia de Estado e, em muitos casos, tem um papel mais figurativo do que governador. Países democráticos são aqueles que possuem liberdade de imprensa; possibilidade de voto e de participação da vida pública de todos os cidadãos (elegibilidade); liberdade de associação política; acesso à informação; e constituição de eleições idôneas, imparciais e observadas por organismos internacionais. Há também um caso de ditadura que ocorre quando há a suspensão temporária da Constituição, formando um Estado de exceção que suspende o Estado Democrático de Direitos. Jacques Rancière, filósofo francês contemporâneo, observa que a democracia é o regime do dissenso e da discordância. Segundo o pensador, em meio ao dissenso, a população deve encontrar uma saída associativa para a política. Porém, o desgaste gerado pelo dissenso tem causado, segundo Rancière, uma repulsa à democracia e o desejo da ditadura, fator que motivou a escrita de um livro desse pensador, intitulado O ódio à democracia. Saiba também: Direitos Humanos Democracia no BrasilDo mesmo modo que classificamos a política brasileira como conturbada, podemos fazer isso com a nossa democracia. O Brasil Império possuiu um parlamento, mas durante muito tempo houve um poder moderador imperial que se sobrepunha ao Poder Legislativo. A passagem do império para a república deu-se por meio de um golpe, e os primeiros anos republicanos do Brasil não foram democráticos. A partir de 1894 até 1930, o Brasil passa a conviver com eleições presidenciais com chapas formadas por oligarquias originadas em São Paulo e Minas Gerais. O que deu origem à Política Café com Leite, pois as oligarquias eram comandadas por grandes cafeicultores de São Paulo e grandes produtores de gado de Minas Gerais. O voto popular nessa época era controlado pelos coronéis locais, por meio do chamado “voto de cabresto”. Em 1930, por conta de uma querela política envolvendo a nomeação de uma chapa paulista comandada por Júlio Prestes, o Brasil assiste a mais um golpe: a chamada Revolução de 1930, que leva ao poder o gaúcho Getúlio Vargas. Vargas mantém um regime ditatorial até que, em 1945, com novas eleições presidenciais, o Brasil vivencia a chamada República Nova. Em 1964, mais um golpe assola a democracia brasileira: o golpe militar que dá origem à Ditadura Civil-Militar Brasileira, a qual fica no poder até o ano de 1985, suspendendo a Constituição, fechando o Congresso por alguns períodos e acabando com a eleição presidencial. A partir de 1985, acaba a ditadura, mas a eleição presidencial não ocorre até o ano de 1988. O respeito à democracia para a escolha presidencial deu-se somente pelo forte movimento “Diretas Já!”, que mobilizou milhões de pessoas pelo país. Desde 1988, vivemos uma democracia estranha, que muitas vezes parece não atender aos anseios e necessidades do povo. A difícil assimilação de nossa situação política é ainda um fator de estranhamento e de estudos sociológicos e políticos que sempre gera confusão e novas surpresas. Créditos de imagens [1] Wade Jackman / Shutterstock [2] rodrigo gavini / Shutterstock [3] Alexandros Michailidis / Shutterstock O que é a democracia e qual a sua importância?Democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam igualmente — diretamente ou através de representantes eleitos — na proposta, no desenvolvimento e na criação de leis, exercendo o poder da governação através do sufrágio universal.
Qual a importância da democracia para a nossa sociedade?Temos que ser uma sociedade que: Valoriza e responsabiliza o cidadão; Garanta a igualdade de oportunidades baseada numa educação de qualidade para todos; Saiba criar oportunidades para os cidadãos, de forma a que estes se realizem pessoal e profissionalmente.
O que é democracia nos dias de hoje?Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo. Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são: direta e indireta.
Por que a democracia é importante Brainly?Resposta. A democracia é importante para a sociedade pois uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica e cultural da sociedade.
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