USO DOS RECURSOS NATURAISA indústria pode ser protagonista no uso eficiente e sustentável dos recursos naturais e no aproveitamento da biodiversidade brasileira Show
O mundo está se movendo para um novo padrão de produção e consumo, que demandará o uso mais inteligente dos recursos naturais. Ganhos de competitividade podem ser auferidos a partir do uso eficiente dos recursos. As práticas propostas pela economia circular envolvem a otimização das cadeias produtivas por meio da reciclagem, remanufatura, reutilização, compartilhamento, manutenção e redesenho dos produtos. E se apresentam como oportunidades para o desenvolvimento de novos modelos de negócios, que buscam a redução de riscos e maior competitividade. O Brasil avançou na reutilização dos resíduos em vários setores industriais, mas o espaço para crescer ainda é grande e há espaço para o país se tornar referência na economia circular. As crises hídricas das regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste são um alerta para a necessidade de se avançar em estratégias corporativas para a gestão da água. Empresas estão cada vez mais engajadas em adotar práticas e ferramentas para o gerenciamento da água em seus processos de produção, e para buscar soluções estruturais em conjunto com as demais partes interessadas. A maior eficiência na gestão tanto dos recursos hídricos como dos resíduos sólidos passa por uma regulação eficiente e que estimule as empresas na direção correta sem criar custos desnecessários. O Brasil é o país que detém a maior biodiversidade, o que deve ser visto como um ativo econômico com muitas oportunidades de negócios. Para o aproveitamento efetivo dessa vantagem comparativa, é necessário investimento, conhecimento e estratégia. A indústria tem papel fundamental na exploração dessas oportunidades e o governo tem que prover a regulação adequada.
ObjetivosGerir os resíduos sólidos como recursos de valor dentro dos conceitos da economia circular
Aumentar a proporção de plástico reciclado em relação à produção total de plásticos, de 9,8% para 12,5%
Melhorar a gestão dos recursos hídricos, garantindo estabilidade no provimento e nos preços
Reduzir o saldo não utilizado das arrecadações com cobrança da água, de R$ 241,5 milhões para R$ 145,0 milhões
Ampliar o uso econômico e sustentável da biodiversidade e dos recursos florestais
Aumentar a participação de bens baseados em biodiversidade na produção total da indústria brasileira, de 0,48% para 0,60%
ECONOMIA DE BAIXO CARBONOA melhoria na eficiência das emissões de gases de efeito estufa é um importante passo para a inserção da indústria brasileira na economia de baixo carbono A preocupação com os efeitos das mudanças climáticas ganhou espaço na agenda das organizações multilaterais, do governo, das empresas e da sociedade. Em 2016, por meio da ratificação da sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o Brasil assumiu compromisso voluntário de redução de suas emissões de GEE em 37% no ano de 2025, em relação ao ano-base 2005 (MMA, 2017). Apesar de o desmatamento ainda ser o maior responsável pelas emissões nacionais, a participação proativa da indústria nessa agenda propiciará benefícios para sua inserção competitiva na economia de baixo carbono e no acesso aos mercados mundiais. A identificação de riscos e oportunidades relacionadas à economia de baixo carbono deve compor a estratégia empresarial. O controle das emissões de gases de efeito estufa é um ponto central nessa agenda. A gestão de carbono se torna um aspecto determinante para a competitividade das empresas. Nesta estratégia, o papel da inovação é crítico tanto em tecnologias quanto em modelos de negócios.
ObjetivoReduzir a intensidade de emissões de CO2 equivalente da produção industrial brasileira
Reduzir a relação entre emissões de CO2 equivalente pela indústria e PIB industrial, de 0,39 para 0,38
LICENCIAMENTO AMBIENTALA falta de regras claras e uniformes nos procedimentos de licenciamento ambiental traz prejuízos ao meio ambiente e ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil As normas que disciplinam o licenciamento ambiental no Brasil são pouco objetivas e não são claras o suficiente, acarretando alto grau de discricionariedade pelos órgãos licenciadores e gerando insegurança jurídica. Os processos de licenciamento são longos e burocráticos e implicam em custos elevados para as empresas. Isso acaba por deteriorar o ambiente de negócios e afastar os investimentos. É necessária uma norma federal que indique diretrizes gerais para o licenciamento ambiental em todo o território nacional, e que vise desburocratizar e objetivar o processo, de modo a diminuir as distorções existentes nos diversos procedimentos adotados no país. Além disso, os pedidos de licenciamento são analisados sem se atentar para o impactos e benefícios potenciais dos investimentos. As análises deveriam ponderar as necessidades futuras do país em infraestrutura, as questões ambientais e socioeconômicas envolvidas.
ObjetivoAperfeiçoar o sistema de licenciamento ambiental
Reduzir o tempo médio de obtenção de licenças ambientais do Ibama, de 2.131 dias para 1.750 dias
SANEAMENTO BÁSICOA superação das deficiências dos serviços de saneamento básico no Brasil é fonte de oportunidades para a indústria O Brasil enfrenta questões básicas de saneamento ainda não solucionadas que afetam a qualidade de vida da população e comprometem a qualidade das águas dos rios, lagos e represas. A péssima qualidade das águas, decorrente do lançamento de esgotos sem tratamento, aumenta os custos da produção industrial. Água de baixa qualidade e infraestrutura de saneamento básico deficiente reduzem a produtividade do trabalho ao afetar negativamente a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores. A melhora das condições de saneamento da população brasileira aumentará a produtividade, gerará negócios em cadeias de agregação de valor associadas e, consequentemente, incrementará a competitividade do país. Os lixões ainda são uma realidade no Brasil. A meta de extinção dos lixões, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, está distante de ser alcançada. A construção de aterros sanitários tem se mostrado economicamente inviável nos pequenos municípios e outras soluções precisam ser levadas adiante. Apesar de ter ocorrido uma pequena expansão nos últimos anos, o atendimento de água potável não foi universalizado e a rede de esgotos ainda é muito pequena. A participação do setor privado nesses serviços é estratégica para viabilizar a universalização, bem como para solucionar o problema do lixo, sobretudo no momento atual, em que o setor público não tem recursos suficientes para investimento.
ObjetivosMelhorar a eficiência da prestação de serviços de gestão de resíduos sólidos urbanos
Aumentar o índice de cobertura de coleta e destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos, de 58,7% para 70,0%
Melhorar a eficiência dos serviços e universalizar o atendimento de água e esgoto
Aumentar o nível de prestação dos serviços de coleta de esgoto, de 50,3% para 60,0% da população
Quais são as consequências da exploração dos recursos naturais?CONSEQUÊNCIAS DA SUPEREXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
Esse consumo descontrolado dos recursos naturais gera efeitos expressivos: Ambientais: lo desaparecimento dos habitats essenciais para a fauna e flora, ou seja, a extinção de espécies.
Quais as consequências dessa exploração para o meio ambiente?Dentre os principais impactos ambientais causados pela atividade humana, principalmente pelas empresas, podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats.
Quais são as consequências ambientais da exploração de recursos naturais de forma inadequada?O desmatamento, a poluição sonora, bem como a contaminação e poluição dos recursos hídricos e do solo provocam também a perda de biodiversidade.
Quais são os principais problemas que a exploração excessiva da natureza pode gerar?Os problemas mais comuns estão relacionados ao consumo de recursos naturais e produção excessiva de resíduos, o que resulta na destruição de habitats, poluição e escassez de substâncias essenciais para a vida — como a água.
|