Quais economias do Leste Europeu ganharam destaque com fim da socialismo?

Autor(es): 

Carlos Hermano M. M. Souza - Orientador: Prof. Arthur Barrionuevo Filho

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[INTRODUÇÃO] Após o fim do sistema socialista e do fim da União Soviética juntamente com o seu domínio exercido sobre os países que estavam em sua órbita de influência, o Leste Europeu mergulhou em um profundo processo de mudanças que iniciou um redesenho do mapa político-econômico da região. Com este trabalho, buscou-se mostrar como transcorreu este processo de mudança e os processos utilizados, principalmente na Polônia, país de destacada importância na região. [METODOLOGIA] Por tratar--se de um acontecimento recente, que ainda está-nos mostrando fatos e evidências, foi feita uma revisão bibliográfica sobre o processo .de reestruturação político-econômico para que pudéssemos obter as informações sobre como se encontrava o país à época do início das reformas e quais foram os mecanismos de reestruturação utilizados pelo governo para implementá-las. Pesquisas em diversas outras fontes foram efetuadas para que pudéssemos obter os dados estatísticos e históricos de todo o processo. [RESULTADOS] Com a revisão bibliográfica e com a análise dos dados estatísticos e técnicos obtidos, foi possível delinear os procedimentos utilizados pelo governo polonês para que fossem implementadas suas reformas e os passos adotados para a inserção da Polônia em uma economia de mercado. Verificou-se que o processo de transformações iniciado em 1989.e depois implementado com algumas outras mudanças foi remodelado devido a vários problemas que surgiram ao longo do tempo como, por exemplo, o grande processo de privatização iniciado pelo governo. [CONCLUSÃO] Após o acompanhamento dos eventos e processos desencadeados no Leste Europeu nos últimos dez anos e em especial na Polônia, foi possível observar e concluir que alguns equívocos foram cometidos e que algumas mudanças foram corretamente implementadas. O processo de privatização foi redefinido devido a problemas causados por anos de isolamento do processo competitivo com o comércio mundial; não houve um aperfeiçoamento tecno1ógico do parque industrial, tornando-o sucateado. Na área social, observou-se como o comportamento das pessoas foi claramente alterado após a adoção da economia de mercado na Polônia com o choque das culturas entre os mais velhos, ligados ao passado, e os mais jovens, com expectativas de futuro e com o comportamento guiado por novos valores; o processo de transição ainda vai demorar para se consolidar, pois, além dos problemas estruturais, as pressões dos vários grupos políticos constituem outro importante fator no processo de consolidação do novo cenário ao qual o país está submetido.

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Desde que assumiu pela primeira vez o poder na Rússia, em 2000, Vladimir Putin promoveu uma série de reformas internas para revitalizar a economia e adotou estratégias ousadas para recolocar o país como protagonista no cenário internacional. Se as fragilidades econômicas ainda são latentes, o fato é que a Rússia voltou a se posicionar como uma superpotência. O país é um ator decisivo nas principais questões globais e, fundamentalmente, passou a ser visto com temor e respeito pela comunidade internacional.

Em 2018, quase 20 anos depois do início da Era Putin, o presidente venceu mais uma eleição, que lhe conferiu um quarto mandato de 6 anos. Apesar de sofrer rejeição da comunidade internacional, Vladimir Putin mantém forte prestígio perante a opinião pública interna. 

O FIM DA GUERRA FRIA E A TRANSIÇÃO PÓS-SOVIÉTICA

A Rússia deixou para trás o período soviético nos anos 1990 fazendo uma transição conturbada para o capitalismo. Se durante o comunismo praticamente todas as empresas eram estatais, em questão de poucos anos todas as companhias foram privatizadas. A maioria delas foi parar nas mãos dos chamados oligarcas – influentes políticos próximos do então presidente Boris Yeltsin. Ao obter vantajosos empréstimos do governo, esses políticos arremataram empresas estratégicas do setor de energia, que passaram a ser geridas pela iniciativa privada. A transição para o capitalismo gerou aumento da inflação, da pobreza e da desigualdade social.

Imersa em um caos político e econômico, a Rússia assistiu passivamente as potências Ocidentais ocuparem sua antiga esfera de influência. A expansão da Otan, a aliança militar ocidental, e da União Europeia (UE) rumo ao leste europeu fragilizou a posição externa da Rússia. Dessa forma, países como Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Hungria e República Tcheca, que tradicionalmente gravitavam sob a órbita de influência de Moscou, se alinharam com o Ocidente.

A ECONOMIA RUSSA NO PERÍODO PUTIN

Ex-espião da KGB (o antigo serviço secreto da União Soviética), Putin foi alçado ao poder devido à atuação de destaque na área de segurança nacional. Ele ganhou prestígio ao ordenar uma intervenção militar na Chechênia, onde grupos separatistas desafiavam o poder central.

Desde que foi eleito presidente da Rússia pela primeira vez, em 2000, Putin tomou iniciativas para tentar recuperar a economia e restaurar a força internacional do país. Primeiramente, tratou de retomar para o Estado o controle das empresas que haviam sido privatizadas na gestão anterior. A partir desta estratégia, Putin passou a privilegiar a exportação de recursos naturais – o país é um dos grandes produtores mundiais de petróleo e gás.

Internamente, o líder russo adotou uma postura autocrática. Putin centralizou o poder em torno de sua liderança, minando alguns pilares da incipiente democracia russa. Entre outras ações, acabou com as eleições diretas para governadores regionais, restringiu a liberdade de imprensa e impôs forte pressão aos oposicionistas, com prisões sem justificativa clara. Como a legislação russa impede três mandatos consecutivos, Putin foi sucedido em 2008 por Dmitri Medvedev. Mas em seu projeto de poder, Putin continuou dando as cartas como primeiro-ministro até ser eleito presidente novamente em 2012 para o atual mandato.

Impulsionada pelas receitas com as exportações de petróleo e gás, cujos preços dispararam no mercado internacional, a economia russa cresceu a uma média anual de 7% entre 2000 e 2007. Mas, com a crise financeira mundial a partir de 2008, a queda na demanda mundial por commodities, fez as exportações de petróleo e gás despencarem. A desvalorização do rublo, por sua vez, tornou as importações mais caras, afetando setores industriais dependentes de componentes comprados no exterior. Nos anos que se seguiram à crise, o país sofreu com a queda no consumo e na renda da população.

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POLÍTICA EXTERNA RUSSA: OS CASOS DA UCRÂNIA E SÍRIA

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Em meio à desaceleração econômica, a Rússia ainda se viu diante de enormes desafios para a sua política externa. As revoltas que derrubaram o governo na Ucrânia, no início de 2014, deixaram o país a um passo de abandonar a zona de influência da Rússia para se alinhar aos europeus. Em um momento de grandes dificuldades econômicas, a Rússia não poderia perder um importante parceiro econômico.

Por isso, ele não demorou a agir. O primeiro passo foi tomar a Crimeia da Ucrânia e anexá-la à Rússia. Logo na sequência, irromperam revoltas separatistas em importantes províncias do leste ucraniano como Dontesk e Lugansk, onde também vive um grande contingente de russos. Europeus e norte-americanos acusaram a Rússia de violar a integridade territorial da Ucrânia e desrespeitar o direito internacional. Como represália, as potências ocidentais aplicaram sanções econômicas, que ajudaram a mergulhar a Rússia na recessão.

No segundo semestre de 2015, a Rússia passou a intervir diretamente no conflito da Síria, a partir de ataques aéreos. Oficialmente, a investida é contra as posições do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), mas o foco da operação russa é claramente proteger o ditador sírio, Bashar al-Assad. Além de conquistar maior peso na comunidade internacional, a intervenção em favor de Assad, significa para Putin a manutenção de uma longa aliança com a Síria, que vem desde o período soviético. A Rússia é uma antiga fornecedora de armamentos e inteligência militar para os sírios. Esta parceria rende a Moscou o controle da base naval de Tartus no litoral da Síria. O porto é o principal acesso da Rússia ao Mediterrâneo e representa o ponto mais estratégico da Rússia no Oriente Médio.

A POLÊMICA DA INFLUÊNCIA RUSSA NAS ELEIÇÕES DOS EUA

A Rússia tornou-se um país tão influente a ponto de atrair os holofotes durante principal evento político de 2016 – as eleições presidenciais nos EUA. Segundo a CIA, a agência de inteligência norte-americana, a Rússia hackeou os computadores do Partido Democrata e tornou públicos diversos e-mails para prejudicar a candidatura de Hillary Clinton. A ação teria como intenção ajudar o então candidato republicano Donald Trump a vencer as eleições.

Não se sabe se Trump se aliou a Putin para prejudicar Hillary ou se a Rússia agiu por conta própria para favorecer um candidato mais alinhado com os seus interesses. Tudo isso ainda é alvo de investigação, mas o fato é que, durante a campanha, Trump fez diversos elogios públicos à forma como Putin comanda o seu país, além de compartilhar com o líder russo o forte nacionalismo e a rejeição ao globalismo. Independentemente do que possa ter acontecido, a questão deflagrou uma grave crise dos primeiros meses do governo Trump.

O NACIONALISMO RUSSO

Putin se transformou em um símbolo de uma nova onda nacionalista. A Rússia estabeleceu canais de cooperação com praticamente todos os partidos de extrema-direita dos países que fazem parte da UE. Na França, Alemanha, Itália, Áustria, Holanda, Itália, as agremiações nacionalistas recebem o apoio maciço da Rússia, firmado em protocolos formais de cooperação.

Para Putin, o apoio à extrema-direita europeia é uma forma de minar a UE por dentro. O avanço dos partidos ultranacionalistas tem polarizado o espectro político europeu, muitas vezes causando fraturas na sociedade. Além disso, todas essas agremiações desafiam as políticas de integração do bloco e defendem a saída de seus respectivos países da UE. Nada mais conveniente para as ambições geopolíticas de Putin do que enfraquecer, dividir e provocar instabilidade na Europa.

Apesar dos resultados econômicos decepcionantes e do crescimento de uma pequena, mas barulhenta, oposição, Putin conquistou um novo mandato à frente do poder na Rússia. Esse respaldo doméstico lhe garante a força necessária para continuar ditando os movimentos no xadrez geopolítico mundial.

Quais economias do Leste Europeu ganharam destaques com o fim do socialismo?

Resposta verificada por especialistas As economias da região do Leste Europeu que ganharam bastante destaque com o final do regime do socialismo após o ano de 1991 foram as indústrias petrolíferas, além da extração de minérios e a produção de gás.

O que foi o socialismo no Leste Europeu?

O Socialismo no Leste Europeu foi um sistema político e econômico diferente do capitalismo: era pautado, principalmente, no fim da propriedade privada e da divisão da sociedade em classes sociais.

Quais foram as principais mudanças do Leste Europeu?

Resposta verificada por especialistas. Com o fim do bloco soviético, o Leste Europeu sofreu mudanças significativas, já que houve a perda de territórios russos, além disso também houve várias crises econômicas, já que havia dividas tanto da segunda guerra mundial, quanto da guerra fria.

Qual porção da Europa foi socialista?

O Leste Europeu ficou marcado pela proposta socialista estabelecida a partir da Revolução Russa e imposta a partir das estratégias de Moscou, capital do Império Soviético. Os países do Leste Europeu sofreram após a 2ª Guerra Mundial uma enorme influência do Império Soviético.