Quais elementos presentes no texto sustentam ou refutam a sua resposta

A hipótese autotrófica é uma das hipóteses que buscam explicar como era a nutrição dos primeiros seres vivos que surgiram em nosso planeta. De acordo com ela, os primeiros seres vivos eram capazes de produzir seu próprio alimento, sendo, portanto, autotróficos.

A principal crítica feita a essa hipótese é a de que os primeiros organismos, provavelmente, eram muito simples para serem capazes de produzir a matéria orgânica necessária para sua sobrevivência. Entretanto, estudos com bactérias quimiossintetizantes atuais sugerem que esses seres poderiam, sim, ser autotróficos.

Leia também: O que é autotrófico e heterotrófico?

Tópicos deste artigo

  • 1 - A hipótese autotrófica
  • 2 - Origem da vida

A hipótese autotrófica

A hipótese autotrófica considera que os primeiros seres vivos existentes em nosso planeta eram capazes de obter seu próprio alimento por meio de diferentes processos químicos. Para realizarem esse processo, eles eram capazes de retirar energia do ambiente, que, naquele momento, era pouco favorável ao desenvolvimento da vida.

Quando falamos em organismos autotróficos, lembramo-nos, com frequência, das plantas, organismos capazes de realizar a fotossíntese. No entanto, os primeiros seres vivos não conseguiam seu alimento dessa forma, sendo, provavelmente, seres quimiossintetizantes. Isso significa que eles utilizavam energia proveniente da oxidação de compostos inorgânicos para conseguirem produzir sua matéria orgânica com base em água e gás carbônico.

Quais elementos presentes no texto sustentam ou refutam a sua resposta
Na Terra primitiva, as primeiras formas de vida enfrentam um ambiente onde poucos seriam capazes de sobreviver.

  • Evidências que apoiam a hipótese autotrófica

Atualmente a hipótese autotrófica é sustentada por descobertas recentes de bactérias quimiossintetizantes que habitam regiões extremas do planeta, com altas temperaturas e alta salinidade, por exemplo. Esses ambientes extremos, nos quais essas bactérias atuais vivem, podem ter características semelhantes àquelas apresentadas pela Terra primitiva, quando a vida surgiu, sustentando assim a ideia de que os primeiros seres vivos podiam ser quimiossintetizantes.

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  • Críticas à hipótese autotrófica´

A hipótese autotrófica é criticada por autores defensores da hipótese heterotrófica, a qual diz que os primeiros seres vivos necessitavam retirar seu alimento do meio em que viviam. De acordo com esses autores, os primeiros seres vivos que surgiram na Terra não possuíam o aparato necessário para produzir seu próprio alimento e, portanto, não eram organismos autotróficos.

Leia mais: Hipótese heterotrófica – afirma que os primeiros seres vivos não produziam seu próprio alimento.

Origem da vida

Vale deixar claro que a hipótese autotrófica tenta explicar apenas como eram os primeiros seres vivos no que diz respeito a sua forma de obtenção de alimento. A forma como a vida surgiu no planeta é explicada por outras hipóteses, tais como:

  • Hipótese da panspermia: a vida teria início fora do planeta, e partículas dela teriam chegado até aqui através do espaço, por meteoritos, por exemplo.
  • Criacionismo: os seres vivos foram criados por Deus, assim como está relatado na Bíblia.
  • Hipótese de Oparin e Haldane: é atualmente a hipótese mais aceita pela comunidade científica. De acordo com ela, a ação de descargas elétricas e da radiação ultravioleta sobre a atmosfera primitiva foi responsável por formar aminoácidos, que, pela ação das chuvas, foram levados à superfície terrestre, onde se formaram os oceanos primitivos. Nesses oceanos, eles foram combinando-se, formando uma espécie de proteína primitiva, que deu origem aos coacervados. Com o tempo, esses coacervados tornaram-se mais complexos e estáveis, até que surgiram as primeiras formas de vida.

Quer saber mais sobre essa questão tão intrigante? Leia nosso texto: Origem da vida.

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao tipo argumentativo e tem como intencionalidade apresentar o ponto de vista do(a) articulista — locutor(a) do texto — acerca de algum assunto relevante socialmente. Circula, em especial, em jornais, revistas e sites da internet, e pode tratar de temas polêmicos, em que são apresentados fatos, dados estatísticos e discursos de autoridade para fundamentar a tese apresentada.

A ideia é a de que, por meio da linguagem verbal escrita, as pessoas possam intervir socialmente para contribuírem com os debates que estão em voga, oferecendo subsídios para que outros também se posicionem a respeito de questões importantes, que vão desde aquelas relacionadas à política, à educação, ao meio ambiente, até àquelas de âmbito internacional, ou voltadas aos valores sociais e à ética. Nesse sentido, qualquer assunto pode ser trabalhado em um artigo de opinião.

Leia também: Crônica – gênero híbrido com características literárias e jornalísticas

Características do artigo de opinião

Quais elementos presentes no texto sustentam ou refutam a sua resposta
Artigo de opinião é um gênero que circula em meios, como jornais, revistas e sites da internet.

O artigo de opinião visa a defesa de uma ideia, sendo, portanto, necessária a construção de uma tese sustentada por argumentos que podem gerar uma conclusão a respeito do assunto de maneira propositiva ou sintética, na maioria das vezes.

Para escrever um bom texto, o(a) autor(a) deve antecipar-se quanto aos possíveis posicionamentos contrários de seu interlocutor, utilizando-se da contra-argumentação. Portanto, é essencial estudar bastante o assunto antes da produção do texto, para que o discurso não se limite ao senso comum e seja, sobretudo, convincente.

Durante a construção do projeto de texto, lembre-se de que:

  • O artigo de opinião, por tratar de temas da atualidade, polêmicos e até mesmo provocativos, exigirá do(a) autor(a) competência para a seleção dos melhores argumentos sem desrespeitar o interlocutor ou subestimar posições alheias.
  • É um texto a ser publicado em veículos de comunicação que podem ter leitores de diferentes perfis. Nesse sentido, é fundamental adequar a linguagem, prevendo as características do público que acessa aquele determinado meio.
  • O título deve ser atrativo, convidativo. Nesse momento, com criatividade, já é possível a adesão do leitor às ideias a serem defendidas no artigo.
  • É permitido flexionar verbos e pronomes na 1ª pessoa do singular, ou seja, embora seja essencial a fundamentação das opiniões apresentadas, elas podem ser construídas de forma subjetiva. Contudo muitos articulistas optam pela 3ª pessoa do discurso.
  • Considerando as características dos veículos de publicação, o artigo de opinião é um texto geralmente curto, com linguagem direta, objetiva, simples e harmônica.

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Estrutura de um artigo de opinião

Embora cada articulista possa demonstrar o seu estilo de escrita, sobretudo aqueles mais consagrados, minimamente é possível reconhecer alguns elementos composicionais:

  1. Introdução — contextualização e/ou apresentação da questão que está sendo discutida.
  2. Desenvolvimento — explicitação do posicionamento adotado com a utilização de argumentos e de contra-argumentos; apresentação de dados, informações e discurso de autoridade.
  3. Conclusão — ênfase/retomada da tese e/ou proposta de intervenção social.

Como se faz um artigo de opinião?

  • Estude bastante o assunto que pretende abordar, verifique autores que já trabalharam o tema, e selecione informações que estejam adequadas ao seu ponto de vista.
  • Lembre-se de utilizar sempre fontes de pesquisa fidedignas.
  • Construa argumentos fortes, que tenham fundamentação pertinente e que de fato sustentem o ponto de vista. Evite o uso exagerado de discursos do senso comum.
  • Tente prever quais argumentos o “outro lado” poderia utilizar e antecipe-se, fortaleça o ponto de vista defendido refutando o que lhe é contrário.
  • Retome a tese para construir sua conclusão. Caso seja possível, apresente uma proposta exequível de intervenção social, como forma de apontar caminhos para a solução do problema tratado no texto.
  • Não se esqueça de adequar a linguagem ao público leitor.
  • Produza um título criativo.

Leia também: Carta argumentativa: outro gênero pertencente ao tipo argumentativo

Exemplo de artigo de opinião

Para onde foram os empregos da classe média?

Em várias áreas, as tecnologias provocam transformações e redução de empregos.

 José Pastore |1|

Estudos recentes sobre o impacto das tecnologias no mercado de trabalho indicam que a destruição de empregos não é tão catastrófica quanto se pensava. Países que usam intensamente as tecnologias modernas registram taxas de desempregomuito baixas: Estados Unidos (3,7%), Alemanha (3%), Coreia do Sul (3%), Japão (2,2%) e outros. Preocupa, porém, o fato de as novas tecnologias conspirarem contra a classe média (FREY. C. B. The technology trap. Princeton: Princeton University Press, 2019; OECD. Under pressure: the squeezed middle class. Paris: OECD, 2019).

As mudanças tecnológicas do passado demandaram uma aceleração da educação que redundou em bons empregos e bons salários para a classe média. No entanto, a revolução tecnológica, ora em andamento, está eliminando a necessidade da intervenção humana em profissões típicas da classe média — técnicos, chefes, gestores, supervisores, controladores, auditores, contadores, corretores, secretárias e até médicos, advogados, engenheiros e professores.

Em várias áreas, as tecnologias provocam transformações e redução de empregos. Por exemplo, as muitas secretárias, que antes datilografavam, arquivavam e faziam ligações telefônicas, deram lugar a poucas profissionais que, além de digitarem e telefonarem, fazem pesquisas na internet, organizam viagens e eventos, controlam custos, orientam novatos e executam outras atividades. Isso ocorre com inúmeras profissões de classe média para as quais o diploma deixou de ser garantia para bons empregos.

Essas mudanças levaram muitos profissionais de classe média a migrarem para atividades de menor qualificação, com produtividade e salários mais baixos — zeladores, vendedores, entregadores, motoristas, garçons, recepcionistas, jardineiros, cuidadores etc. A mobilidade social passou a ser descendente. É verdade que os mais qualificados subiram para a zona dos altos salários, mas são poucos. As novas tecnologias vêm gerando uma polarização no mercado de trabalho, aumentando a desigualdade. A produtividade do trabalho tem subido mais do que a renda de muitos profissionais de classe média.

É verdade que as tecnologias modernas geram novas e boas oportunidades de trabalho, mas, para grande parte da classe média, elas têm sido piores do que as anteriores. Para muitos, viver com trabalho instável e precário passou a ser o novo normal. A frustração gerada por esse processo tem se refletido no campo da política. A ascensão de governantes populistas é observada por toda parte, inclusive no Brasil. Setenta e cinco por cento dos brasileiros acham que a economia brasileira foi capturada pelos ricos e buscam líderes populistas que prometem reverter o processo num passe de mágica.

Nos anos de 1950-70, o Brasil foi campeão de mobilidade social ascendente. Muitos trabalhadores de origem rural e pouco qualificados conseguiram inserir-se na indústria nascente, apreendendo em serviço, e subindo na escala social. Os que tinham alguma qualificação progrediram ainda mais ao empregarem-se nas empresas estatais e nas entidades financeiras que rapidamente expandiram-se naquela época. Embora em menor escala, a mobilidade prosseguiu nos anos de 1980-90, e no início dos anos 2000, houve a ascensão de trabalhadores das classes baixas para a média inferior.

Com a chegada dos anos recessivos (2014-18), o desemprego e a informalidade aumentaram, dando claros sinais de descenso social para os que tinham recém-chegado aos primeiros degraus da classe média. Hoje, são raros os filhos adultos que estão em situação social melhor do que a de seus pais. O que será do restante da classe média quando a economia brasileira voltar a crescer e incorporar as novas tecnologias? Para aonde irão os poucos empregos ali restantes? É bem provável que a mobilidade descendente prossiga e que as escolhas populistas avancem. Só um choque de boa educação e qualificação para o novo trabalho pode deter essa tendência.

Notas

|1| Professor da Universidade de São Paulo e membro da Academia Paulista de Letras. É presidente do conselho de emprego e relações do trabalho da Fecomercio-SP. Artigo publicado em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/opiniao/2019/10/04/internas_opiniao,794776/artigo-para-onde-foram-os-empregos-da-classe-media.shtml

Quais foram as etapas seguidas pelos pesquisadores para que os objetivos pudessem ser alcançados?

1) Escolha do tema; 2) Revisão de literatura; 3) Justificativa; 4) Formulação do problema; 5) Determinação de objetivos; 6) Metodologia; 7) Coleta de dados; 8) Tabulação de dados; 9) Análise e discussão dos resultados; 10) Conclusão da análise dos resultados; 11) Redação e apresentação do trabalho científico.

O que vocês entenderam pelos termos científicos que apareceram no texto?

8) O que vocês entenderam pelos termos científicos que aparecem no texto? Resposta pessoal, mas pode-se responder sobre o uso de diferentes espécies de peixes, pertencentes a gêneros diferentes (em relação à nomenclatura científica das espécies).

É possível relacionar a presença de metais pesados em peixes utilizados para o consumo humano quais argumentos podem fundamentar essa resposta?

Resposta verificada por especialistas A presença de metais pesados em peixes consumidos pelos seres humanos pode ser explicada pela poluição dos rios, lagos e oceanos com materiais que contenham metais pesados. Assim, ocorre um fenômeno denominado de bioacumulação.