Quais fatores explicam a rápida expansão do café no Segundo Reinado?

A cafeicultura no Segundo Reinado tornou-se a principal atividade econômica do Brasil, sendo responsável por várias alterações na estrutura social durante o século XIX. Publicado por: Tales dos Santos Pinto

(UNESP) A expansão da economia do café para o Oeste Paulista, na segunda metade do século XIX, e a grande imigração para a lavoura de café trouxeram modificações na história do Brasil, como:

  1. o fortalecimento da economia de subsistência e a manutenção da escravidão.
  2. a diversificação econômica e o avanço do processo de urbanização.
  3. a divisão dos latifúndios no Vale do Paraíba e a crise da economia paulista.
  4. o fim da república oligárquica e o crescimento do movimento camponês.
  5. a adoção do sufrágio universal nas eleições federais e a centralização do poder.

(Mackenzie) Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que:

  1. o cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores rurais.
  2. a decretação do Bill Aberdeen ampliou o mercado consumidor de café no Oeste Paulista e região do Vale do Paraíba, consolidando o escravismo.
  3. de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café, que se expandia consideravelmente.
  4. as estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e da necessidade de solucionar a questão dos transportes.
  5. a solução para a falta de mão de obra cafeeira após 1850 apoiou-se no incentivo à imigração, cujas primeiras iniciativas estavam ligadas à firma Vergueiro&Cia.

A economia cafeeira foi o principal esteio econômico do Segundo Reinado, sendo desenvolvido seu cultivo em grande escala primeiramente:

  1. no Oeste paulista
  2. no Sul da Bahia
  3. no Norte paranaense
  4. na Baixada Fluminense
  5. no Sul de Minas

A região conhecida como Oeste Paulista conseguiu destacar-se na produção cafeeira, no século XIX, após a queda nas condições de cultivo na Baixada Fluminense. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que possui informações incorretas sobre os motivos da preponderância da produção paulista.

  1. Inspeção sistemática das lavouras.
  2. Renovação constante das técnicas de plantio.
  3. Utilização de maquinário na colheita do café.
  4. Criação de uma infraestrutura necessária à produção cafeeira.
  5. Financiamentos obtidos junto ao sistema financeiro.

A economia cafeeira sustentou financeiramente o Brasil durante o Segundo Império, sendo ainda a fonte de acumulação de capitais necessários ao posterior processo de industrialização da economia nacional. Mas qual outro setor foi estimulado com a economia cafeeira?

  1. Setor de transportes marítimos.
  2. Setor de transportes fluviais.
  3. Setor de transporte ferroviário.
  4. Setor de transporte rodoviário.

respostas

Letra B. A expansão cafeeira e o seu acúmulo de capital, aliados à vinda de imigrantes para trabalharem como assalariados, exerceram uma forte pressão para a diversificação da economia cafeeira e também para o processo de urbanização, principalmente no estado de São Paulo.

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Letra B. A decretação do Bill Aberdeen, na verdade, dificultou o tráfico escravista, exercendo influência direta no tráfico de escravos.

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Letra D. A Baixada Fluminense foi a primeira região a cultivar em grande escala o café no Brasil. Posteriormente, o cultivo estendeu-se ao Vale do Paraíba e às demais regiões do interior do estado de São Paulo.

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Letra C. A utilização de maquinário na colheita do café ocorreu apenas no final do século XX.

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Letra C. Com o desenvolvimento da economia cafeeira, foi necessária a construção de ferrovias para a escoação do café dos locais de produção para os portos.

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Quais fatores explicam a rápida expansão do café no Segundo Reinado?

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A rápida expansão do café pelas terras do Vale do Paraíba fluminense se deveu a vários fatores: preços convidativos no mercado internacional, aproveitamento de estradas e de um sistema de transporte por mulas do período aurífero, disponibilidade de imensas áreas de terras de floresta virgem e um tráfico negreiro eficiente entre os portos da África central e do Brasil apto a suprir a crescente demanda por mão de obra. Além disso, a política do estado favorável às exportações do café e garantidora da continuidade da mão de obra servil não pode ser esquecida. Assim, em pouco tempo, as terras localizadas na Bacia do Rio Paraíba do Sul vivenciaram um processo de concentração da propriedade cativa e fundiária que fortaleceu os grandes senhores locais e impulsionou o seu enriquecimento em alto grau. Entre 1821 e 1880, em Vassouras, por exemplo, os senhores com 100 ou mais escravos, considerados mega proprietários, constituíam 9% do total de todos aqueles que possuíam cativos e detinham 48% do total de terras. Esta proporção é maior quando são incluídos os grandes proprietários com 50 a 99 escravos.

Quais fatores explicam à rápida expansão do café?

A rápida expansão do café pelas terras do Vale do Paraíba fluminense se deveu a vários fatores: preços convidativos no mercado internacional, aproveitamento de estradas e de um sistema de transporte por mulas do período aurífero, disponibilidade de imensas áreas de terras de floresta virgem e um tráfico negreiro ...

Quais fatores da expansão cafeeira no Segundo Reinado?

O interesse do governo imperial no crescimento da produção cafeeira levou o Estado a financiar a vinda dos imigrantes através de subsídios. Em virtude do maior dinamismo econômico decorrente do trabalhador livre, alguns fazendeiros, principalmente de São Paulo, passaram a defender o fim da escravidão no país.

Como ocorreu à expansão do café?

O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios monocultores dominados pela mão-de-obra escrava.

Como ocorreu à expansão do café no Brasil?

No Brasil, o café anda, derruba matas, desbrava as terras do Oeste. Foi em 1727 que o oficial português Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiana Francesa, trouxe as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil.