Quais foram as principais matrizes energéticas utilizadas na segunda revolução industrial

As matrizes energéticas brasileiras correspondem à representação dos recursos energéticos disponíveis usados para suprimento da demanda energética.

Você sabe quais são as principais matrizes energéticas do país? Quase metade da energia consumida no Brasil, cerca de 47%, é proveniente de fontes renováveis, ou seja, de recursos capazes de se refazer a curto prazo. O número é bastante promissor se comparado à matriz energética mundial que tem como predominância o uso de combustíveis fósseis. 

Essa característica da matriz energética brasileira é muito importante, pois as fontes não-renováveis de energia são as maiores responsáveis pela emissão de gases do efeito estufa. Contudo, embora o país esteja no caminho certo, ainda há grandes desafios para diminuir o uso de fontes poluidoras. 

Para entender melhor sobre o assunto, leia este conteúdo até o final.

O que é matriz energética?

A partir de 1940, o consumo energético em todo mundo cresceu em um ritmo acelerado. O aumento populacional, a industrialização e o aumento do uso de eletrodomésticos e veículos criou uma demanda energética muito grande e cada país teve que se adaptar conforme as fontes disponíveis. Infelizmente, por causa de custos e disponibilidade, os combustíveis não-renováveis são as fontes mais utilizadas até hoje. 

A matriz energética representa um conjunto de fontes de energia disponíveis no país para suprir as demandas energéticas. É por meio dela que será possível captar e distribuir energia para os setores comerciais, industriais e residenciais. Assim, a matriz energética representa a quantidade de energia disponível, bem como a origem dessa energia, se ela é de uma fonte renovável ou não. 

Quais as principais matrizes energéticas do Brasil?

O Brasil deve investir em matrizes energéticas renováveis, pois ao produzir a energia em solo brasileiro, não ficamos dependentes de importações e nem suscetíveis a crises mundiais. Além disso, esse investimento em fontes limpas contribui com o meio ambiente e polui menos. Confira as principais matrizes!

Energia hidráulica 

75% da energia elétrica produzida no Brasil provém de usinas hidrelétricas, representando 42% da matriz energética brasileira. No país, existem mais de 200 grandes hidrelétricas, além das pequenas e micros centrais. Portanto, essa é a matriz energética mais utilizada no país. 

Combustíveis fósseis 

Mesmo que quase metade da matriz energética brasileira seja renovável, a outra metade é representada pelo uso de combustíveis fósseis. O país ainda é bastante dependente deles, que tem o principal uso para geração de gasolina e óleo diesel. Cerca de 40% da matriz energética brasileira é constituída por combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral.

Biomassa 

Essa fonte energética representa cerca de 8% da matriz energética do Brasil. A biomassa é toda matéria orgânica de origem vegetal ou animal utilizada na produção de energia. O etanol é um biocombustível produzido por meio da biomassa e, no último ano, o país produziu mais de 30 bilhões de litros desse combustível. Essa opção é uma alternativa para o uso da gasolina, diminuindo a emissão de toneladas de gás carbônico na atmosfera. 

Energia eólica

O Brasil é um dos países com maior capacidade de produção de energia eólica na América Latina. O nordeste brasileiro, principalmente, é uma região com potencial de produção de energia por meio dos ventos. Essa fonte representa cerca de 8,5 % da matriz brasileira.

Energia solar 

A energia solar ainda não tem grande representatividade na matriz energética brasileira, com apenas 2%. Mas é uma das fontes renováveis disponíveis mais promissoras no Brasil. Além das características do país que favorecem essa fonte energética, nos últimos anos, o governo tem criado medidas que aumentam o uso e adesão desse tipo de fonte energética.  

Portanto, podemos dizer que o Brasil já está bem avançado na criação de uma matriz energética cada vez mais renovável. Como o país possui extensão continental, é possível que cada região invista na melhor fonte energética para aquele local.

Se nos próximos anos o investimento em fontes renováveis aumentar, no futuro, o Brasil pode se tornar um país com matrizes energéticas predominantemente limpas e renováveis. Gostou do nosso texto? Tem alguma dúvida sobre esse tema? Entre em contato com nossa equipe.

Leia o artigo do CEO e fundador do grupo GNPW, Marcos Antonio Grecco: “Investindo em energia solar no Brasil”.

Energia não renovável ainda é a mais usada no mundo. De olho no desenvolvimento sustentável, Brasil apresenta base energética diversificada.

Os recursos energéticos são o foco dos interesses estatais, gerando disputas geopolíticas desde a primeira Revolução Industrial. Na segunda metade do século XX, com a expansão do meio urbano-industrial, principalmente, na América Latina e Sudeste Asiático e, consequentemente, o crescimento populacional, houve o aumento exponencial da demanda energética. Nos últimos anos, a questão energética traz novas discussões: agências internacionais, estados e a sociedade, geram debate sobre consumo, recursos naturais, mudanças climáticas e, principalmente, a segurança energética dos países mais ricos. 

Antes de tudo, é importante conhecer os diferentes tipos de fontes de energia. Podemos classificá-las em renováveis e não renováveis; primárias e secundárias; convencionais e alternativas.
Renováveis $$$\rightarrow$$$ Têm capacidade de se regenerar em um tempo curto, tornando-a inesgotável. Ex.: Biomassa (óleos/biodiesel a partir de cana-de-açúcar, mamona, girassol, entre outros).
Não Renováveis $$$\rightarrow$$$ Oriundas de matéria orgânica decomposta por milhões de anos, não havendo tempo hábil para serem formados para uso humano. Ex.: Petróleo, gás natural e carvão.
Primárias $$$\rightarrow$$$ Quando utilizamos diretamente para geração de calor/energia. Ex.: Lenha queimada para uso doméstico.
Secundárias $$$\rightarrow$$$ Utiliza-se um meio de energia para obter outro. Ex.: Usina Nuclear enriquece o Urânio para aquecer a água e mover as turbinas, gerando energia elétrica.
Convencionais $$$\rightarrow$$$ São as energias base da sociedade contemporânea. Ex.: Petróleo, gás natural, carvão e hidroelétricas.
Alternativas $$$\rightarrow$$$ Constituem uma alternativa ao modelo energético decorrente dos últimos dois séculos, sua introdução diversifica a matriz de energia dos países, aumentando sua segurança e seu desenvolvimento econômico e ambiental. Ex.: Solar, Eólica, Geotérmica e Maremotriz.

Apesar dos avanços tecnológicos das últimas quatro décadas, proporcionados pela Revolução Técnico-Científico Informacional, o principal recurso da matriz energética é o mesmo desde a Segunda Revolução Industrial (1850) – o petróleo – tendo o carvão como segundo maior demanda e o gás natural em terceiro. Neste caso, apesar dos investimentos em fontes alternativas – solar, eólica, geotérmica, mantêm-se os combustíveis fósseis como a principal forma de obtenção de energia em nível mundial.

Quais foram as principais matrizes energéticas utilizadas na segunda revolução industrial
Esquema com matriz energética mundial (Foto: Revista Escola)



Combustíveis fósseis são originados a partir da decomposição de restos de seres vivos, depositados em partes mais baixas da crosta terrestre. Neste caso, podemos perceber que cerca de 85% da matriz energética mundial é baseada em recursos finitos, emitindo cada vez mais CO$$$_2$$$ na atmosfera, alterando as condições climáticas do planeta.

É importante frisar que há esforços em investir e aumentar o consumo de energia proveniente de fontes renováveis como a solar e a eólica. Países como Estados Unidos, China e Alemanha investem cada vez mais em pesquisas para tornar mais eficiente a captação e a distribuição de energia originada pelo vento e sol.

Já no Brasil, diferente da mundial, observamos que a matriz energética nacional é diversificada, tendo quase metade dela proporcionada por fontes renováveis, como a hidrelétrica e biomassa (conhecida como biodiesel).

Quais foram as principais matrizes energéticas utilizadas na segunda revolução industrial
Gráfico com matriz energética brasileira (Foto: Ministério de Minas e Energia)



A diversificação demonstra que o Brasil está inserido neste novo cenário de mudanças e discussões sobre o clima e o desenvolvimento sustentável, já que busca alternativas à importação, extração e uso em larga escala de energias não-renováveis, como o petróleo, gás natural e carvão. Investimentos em produção de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar e na construção de usinas hidrelétricas, principalmente, na região Norte, trazem o Brasil para um patamar de um dos países com matriz energética mais limpa do mundo.

Quase tudo que fazemos e usamos hoje passa por algum gasto de energia. Ir à escola ou ao trabalho, assistir à televisão, cozinhar, tomar banho, em tudo há gasto energético. Todavia, existem diferentes formas de sua produção, distribuição e consumo, tanto de combustíveis, como de energia elétrica.

A maioria dos transportes são movidos a partir de óleos refinados do petróleo (gasolina, diesel e querosene) sendo, então, o maior consumidor da indústria petrolífera. É, por isso que, uma entre diversas dificuldades em implementar sistemas eficientes de transporte público – como metrôs, trens, ciclovias etc – além da introdução e barateamento de carros híbridos, que também são movidos à eletricidade, são originados pelas indústrias petroquímicas, que influenciam as ações governamentais na área energética. Dessa maneira, das 25 maiores empresas do mundo em 2013, mais da metade é vinculada ao setor de energia.

Podemos adquirir de diversas maneiras a energia elétrica que abastece nossas residências, parques industriais e prédios públicos. Pode-se obter pelas hidrelétricas, com o represamento d’água, gerando quedas para fluir entre as turbinas. Também temos as termoelétricas – usinas que geram energia a partir do aquecimento de grande quantidade de água pela queima de gás natural, biomassa e Urânio enriquecido. Além, obviamente, das novas fontes limpas – solar, eólica, geotérmica, maremotriz, etc.

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Vale lembrar que a demanda energética vai crescer nos próximos anos, principalmente, nos chamados países emergentes, como China, Índia, Brasil, África do Sul, entre outros. O avanço do meio urbano, do potencial industrial e da população vai incrementar essas áreas como novas grandes consumidoras, principalmente de petróleo e energia elétrica. Contudo, os EUA ainda terão grande parcela na produção e no consumo da energia do mundo. Estes, inclusive, vêm investindo maciçamente em novas fontes de energia para se tornarem independentes, principalmente, dos exportadores de petróleo do Oriente Médio, Rússia e Venezuela. 

Quais foram as principais matrizes energéticas utilizadas na segunda revolução industrial
Gráfico informativo sobre o futuro da energia. (Foto: Colégio Qi)

Assim, o tabuleiro geopolítico vai se movimentando, conforme os interesses em investir, importar e exportar energia a partir de diversas fontes existentes. O mundo vem passando por transformações, sobretudo, no meio ambiental, tornando os novos meios de energia essenciais para todos os países, o que possibilita a segurança econômica e social em todo planeta.

Quais as matrizes energéticas da 2ª revolução industrial?

O ferro, o carvão e a energia a vapor, característicos da primeira fase da Revolução Industrial, agora dão lugar aos representantes da segunda fase: o aço, a eletricidade e o petróleo.

Qual foi a principal matriz energética da Segunda Revolução Industrial?

A eletricidade e o petróleo foram as principais fontes de energia, e o aço, uma das matérias-primas mais importantes. Houve o surgimento de grandes empresas, como a metalúrgica, siderúrgica e automobilística, e aperfeiçoamento de outras, como a química.

Quais foram as principais matrizes energéticas utilizadas na Primeira revolução industrial?

O potencial energético do carvão mineral foi de fundamental importância para o desenvolvimento industrial, visto que ele foi a principal fonte de energia durante a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII – o carvão foi responsável por fornecer energia para as máquinas a vapor.

Quais as principais fontes de energia da primeira e da Segunda Revolução Industrial?

Resposta verificada por especialistas. Na primeira revolução industrial a principal fonte de energia utilizada era a do carvão, já na segunda, fora utilizado o gás e o petróleo como fontes de energia e combustíveis.