Quais podem ser as consequências da introdução de espécies exóticas em um ecossistema?

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Publicado: Sexta, 27 de Setembro de 2019, 10h57 | Última atualização em Terça, 19 de Julho de 2022, 12h03

  1. Sobre as espécies exóticas invasoras
  2. Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras - Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção

1. Sobre espécies exótica invasoras

Espécies Exóticas Invasoras são organismos que, introduzidos fora da sua área de distribuição natural, ameaçam a diversidade biológica e os serviços ecossistêmicos. A ausência de predadores naturais, abundância de presas sem defesas naturais eficientes contra as espécies introduzidas e distúrbios em áreas naturais frequentemente criam vantagens para espécies exóticas invasoras sobre espécies nativas. As espécies invasoras são consideradas a segunda maior causa de extinção de espécies no planeta, afetando diretamente à biodiversidade, à economia e à saúde humana.

A introdução de plantas, animais e outros organismos além de sua área de distribuição natural tem sido cada vez mais facilitada por meio do transporte, comércio, viagens e turismo entre diferentes regiões do país e entre países. Os meios de transporte fornecem vetores para que os organismos vivos ultrapassem barreiras biogeográficas, as quais naturalmente seriam impeditivas para seu deslocamento natural.

A introdução de espécies pode ocorrer de forma não intencional por meio do comércio e viagens ou intencional, principalmente, com objetivos econômicos e sociais para uso em sistemas produtivos, cativeiro, fins ornamentais e recreativos.

Diversas espécies têm sido objeto de divulgação em função de impactos ou ameaças à diversidade biológica, assim como em virtude de impactos socioeconômicos. Dentre as espécies exóticas invasoras de animais mais conhecidas no Brasil, constam o javali (Sus scrofa), o coral-sol (Tubastraea spp.), o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) e o caracol-gigante-africano (Achatina fulica).

  • Folder espécies exóticas invasoras (pdf, 3,21 MB) 

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2. Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras - Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção

 Conteúdo restrito devido ao período eleitoral, de 02/07 a 02/10, podendo se estender até o dia 30/10 (segundo turno).

  • Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras - Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção (PDF - 2 MB)

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Isso acontece porque, em muitos casos, a chegada de espécies exóticas invasoras a um determinado habitat altera o equilíbrio ecológico local. Muitas dessas espécies, por possuírem determinadas características - como ciclo reprodutivo rápido, baixa demanda nutricional, parasistismo, etc - acabam por se tornar pragas, crescendo e multiplicando rapidamente e alocando recursos que antes eram suficientes para o bem estar de todas as espécies naquele habitat. Esse desequilíbrio no habitat geralmente tem graves conseqüências, especialmente nas espécies nativas do habitat, que podem morrer, e se forem específicas daquela região, podem ser extintas.
Segundo o livro “Global strategy on invasive alien species” , publicado em 2001 pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), a melhor maneira de se prevenir a presença de espécies exóticas invasoras num ambiente é prevenir diretamente, de alguma forma, a introdução dessas espécies. Classificam-se três principais modos pelos quais espécies exóticas invasoras se instalam:

1) As espécies são intencionalmente introduzidas. Nesse caso, um amplo estudo de manejo da espécie deve ser realizado antes de sua introdução, a fim de se evitar um futuro descontrole. Como exemplos de espécies intencionalmente introduzidas temos plantas para agricultura e pastagem; plantas ornamentais: introdução de organismos para controle biológico;etc.
2) As espécies são intencionalmente introduzidas apenas no cativeiro, porém fogem para o meio ambiente: nesse caso o manejo da espécie também é a melhor solução. Como exemplos temos: animais que fogem de zoológicos; plantas que se dispersam para fora de jardins botânicos; animais que vivem em cativeiro nas fazendas; etc.
3) Introduções acidentais: nesse caso não existe controle na introdução da espécie; a melhor maneira de solucionar o problema é a detecção rápida da dispersão da espécie. Como exemplos temos as diversas formas com que as sementes de plantas de dispersam (como exemplo, pelas fezes de pássaros); animais (especialmente insetos) que viajam escondidos em veículos automotores, navios, aviões; etc.

Quais podem ser as consequências da introdução de espécies exóticas em um ecossistema?

Capim-gordura (Melinis minutiflora), espécie exótica introduzida para criação de gado e que se espalhou pelo cerrado


Tendo visto as formas como as espécies exóticas invasoras se instalam num novo ambiente, é hora de pensarmos em como prevenir esse fato. Como dito anteriormente, a melhor maneira de se prevenir é impedir diretamente a introdução da espécie. Como em muitos casos esse é um procedimento impraticável, especialmente nos casos de introdução acidental, outros modos de se controlar podem sem aplicados. Em primeiro lugar, a detecção de espécies que possuem grande potencial de se tornar exóticas invasoras é fundamental. Com essa detecção, as espécies podem ser analisadas e ter sua dispersão controlada. Alguns fatores que ajudam nessa detecção são: quanto maior a população inicial da espécie em questão e quanto maior a tolerância a diferentes tipos de clima, maior a chance de se tornar invasora. Espécies que também já foram diagnosticadas como potenciais invasoras em outros locais também merecem atenção.
Em segundo lugar, no caso de espécie invasora já instalada, sua erradicação é desejável, porém, isso nem sempre é possível. É necessário estudar o custo-benefício de tal erradicação, pois muitas vezes são processos caros e que precisam de muito tempo, ou que podem causar ainda mais danos ao ambiente. No caso de a erradicação não ser aplicável, então o controle sobre a espécie é a única solução a ser aplicada.
Apenas para se ter uma idéia dos prejuízos que podem ser gerados, estudo apresentado pela organização não governamental The Nature Conservancy (TNC) estima que mais de 1,4 trilhão de dólares, cerca de 5% da economia global, são gastos todos os anos na luta contra o avanço de espécies exóticas. No Brasil, esse valor chega a 50 bilhões de dólares por ano, segundo o coordenador do Programa de Recursos Genéticos do Ministério do Meio Ambiente, Lidio Coradin, em reportagem divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo.

Quais as consequências da introdução de espécies exóticas em um ecossistema?

A introdução dessas espécies tem consequências negativas não só para o meio ambiente, pois afeta a segurança alimentar, o controle de doenças como a malária e a dengue, entre outras, assim como prejudica a economia.

Quais as consequências de uma espécie exótica ser introduzida em um ecossistema do qual não pertence?

Elas colocam em risco a biodiversidade e o equilíbrio do ecossistema. As espécies invasoras são espécies exóticas que se proliferam de maneira descontrolada, ameaçando o equilíbrio de um ecossistema. Definimos como espécies exóticas aquelas que estão fora do seu local habitual.

É consequência da introdução de plantas exóticas em um ecossistema o A?

Consequências da introdução de espécies invasoras Algumas dessas consequências são: Extinção de espécies: as espécies invasoras podem acabar com a existência dos animais e plantas que consomem, já que esses não estão adaptados à predação ou à voracidade do novo predador.