Quais são as características analisadas ao avaliar o pulso e a respiração da vítima?

Índice

  • 1 Suporte Básico de Vida (SBV): Cadeia de Sobrevivência
  • 2 Sequência do Suporte Básico de Vida (SBV) em Adultos
    • 2.1 Checar a segurança
    • 2.2 Avaliação e ação
  • 3 Confira o vídeo:
    • 3.1 Posts relacionados

O Suporte Básico de Vida (SBV) é um protocolo de atendimento no qual se estabelecem o reconhecimento e a realização das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com o objetivo de manter a vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) viva até a chegada de uma unidade de transporte especializada.

As doenças cardiovasculares representam as principais causas de morte no mundo, quando analisada a população de modo geral. Anualmente, no Brasil, há uma estimativa de 200 mil PCRs, sendo 100 mil em ambiente extra-hospitalar e 100 mil em ambiente hospitalar. Possuem considerável mortalidade e, sem a manobra de RCP, a sobrevida da vítima diminui de 7-10% por minuto.

O objetivo principal da RCP é prover um fluxo de oxigênio e sangue para o coração e o cérebro. Ela deve ser feita imediatamente, pois o cérebro não tolera mais de 4 minutos de hipóxia e após 10 minutos sem RCP tem-se morte cerebral estabelecida.

SE LIGA! 4 minutos de RCP: Inicia-se lesão cerebral. 10 minutos: Morte cerebral estabelecida. 

Os objetivos da RCP são:

Tabela: Objetivos RCP.

Restaurar a circulação e ventilação pulmonar
Redução das sequelas neurológicas (quanto maior o tempo sem circulação, menor a possibilidade de recuperação cerebral)
Preservação da vida

SE LIGA NO CONCEITO! A PCR é definida como interrupção da circulação sanguínea em consequência da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes, acometendo pessoas em qualquer ambiente, sendo originada por diversas etiologias, como hipertensão, cardiopatias, obstrução das vias aéreas por corpos estranhos, acidentes e complicações dos anestésicos locais. 

Suporte Básico de Vida (SBV): Cadeia de Sobrevivência

A cadeia de sobrevivência foi criada para ressaltar a importância da adoção de atitudes organizadas e hierarquizadas na situação de provável ou confirmada PCR no ambiente extra hospitalar. Importante para a identificação de ritmos associados a PCR que sejam passíveis de tratamento com o desfibrilador: a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular sem pulso (TVsp).

O primeiro elo é o reconhecimento rápido da PCR e acionamento do serviço de emergência, para que aumente as chances de um socorro imediato e eficaz, seguida de uma RCP precoce e de qualidade, aumentando a sobrevida da vítima.

Sequência do Suporte Básico de Vida (SBV) em Adultos

O atendimento em SBV segue a ordem do CAB ou CABD, que se trata de um mnemônico para descrever os passos simplificados do atendimento SBV, onde:

  • C: corresponde a Checar responsividade, Chamar por ajuda, Checar o pulso e a respiração da vítima, Iniciar Compressões (30 compressões);
  • A: abertura das vias aéreas;
  • B: boa ventilação (2 ventilações);
  • D: desfibrilação, neste caso, com o desfibrilador externo automático (DEA).

Vamos descrever a sequência completa a seguir:

Checar a segurança

O primeiro passo é avaliar a segurança do local. O local deve estar seguro para o socorrista e para a vítima, a fim de evitar uma próxima vítima. Caso o local não seja seguro (por exemplo, um prédio com risco de desmoronamento, uma via de trânsito), deve-se tornar o local seguro ou remover a vítima para um local seguro. Se o local estiver seguro, pode-se prosseguir com o atendimento.

Avaliação e ação

– Avaliação da responsividade: A avaliação da responsividade da vítima consiste em checar a consciência. Deve-se chamar a vítima (em voz alta) e realizar estímulo tátil tocando-a pelos ombros. Se a vítima responder, se apresente, ofereça ajuda. Caso não responda, o próximo passo é chamar por ajuda.

– Chamar ajuda: Deve-se dar prioridade ao contato com o serviço local de emergência (por exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU 192) e, se um DEA estiver disponível no local, providenciar. Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima. É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções.

Confira o vídeo:

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Quais as características devemos avaliar no pulso e frequência respiratória?

Os batimentos devem ser verificados durante um minuto ou por 30 segundos. Geralmente, adultos em condições normais tem entre 60 e 80 batimentos cardíacos por minuto. Para verificar a frequência respiratória, ponha a mão próxima às narinas do paciente para sentir se há entrada e saída de ar.

Como devemos aferir o pulso e a respiração do paciente?

Mantenha os dedos sobre a artéria carotídea; 2. Conte o número de incursões respiratórias, observando a elevação e o abaixamento da caixa torácica; 3. Avalie a frequência: conte o numero de incursões em 30 segundos e multiplique por 2.

Como avaliar a respiração de uma vítima?

Para verificar se a vítima respira deve manter a permeabilidade da via aérea, aproximar a sua face da face da vítima e, olhando para o tórax, procurar: ✓ VER – se existem movimentos torácicos; ✓ OUVIR – se existem ruídos de saída de ar pela boca e nariz da vítima; ✓ SENTIR – na sua face se há saída pela boca e nariz da ...

Quais são os sinais vitais a serem observados na avaliação de uma vítima?

Os sinais vitais compreendem:.
Temperatura;.
Frequência respiratória;.
Frequência cardíaca;.
Pressão arterial..