Qual a importância da diferenciação celular para os seres multicelulares?

Os organismos unicelulares e multicelulares diferenciam-se pela quantidade de células presentes em seu corpo.

Os seres vivos são formados por células, com exceção dos vírus, organismos acelulares (sem células). Essas células podem estar isoladas ou em grupos, nos quais cada célula desempenha uma função específica para garantir a sobrevivência do organismo. A quantidade de células presente no corpo de um organismo vivo é o critério utilizado para definir um organismo como unicelular ou multicelular.

Organismos unicelulares

Denominamos de organismos unicelulares aqueles seres formados por apenas uma célula. Essa célula não necessita de outra para sobreviver, sendo capaz, sozinha, de locomover-se, alimentar-se e, até mesmo, algumas vezes, reproduzir-se.

A maioria dos organismos unicelulares apresenta reprodução assexuada, ou seja, um único organismo é capaz de produzir descendentes. Nas bactérias, por exemplo, é possível perceber a divisão de um único organismo em dois, um processo chamado de fissão binária, bipartição ou cissiparidade.

Os organismos unicelulares podem ser procariontes ou eucariontes. Denomina-se de organismo procarionte aquele que possui material genético disperso no citoplasma, ou seja, não possui núcleo verdadeiro. Já os eucariontes são aqueles que apresentam o material genético envolto por uma dupla membrana, a membrana nuclear. Como exemplo de organismos unicelulares procariontes, podemos citar as bactérias; como exemplo de eucariontes, podemos citar os protozoários.

Podemos diferenciar ainda os organismos unicelulares em autotróficos e heterotróficos. Organismos autotróficos são aqueles que são capazes de produzir seu próprio alimento por meio de processos como a fotossíntese. Já os heterotróficos necessitam de outro organismo vivo para retirar os nutrientes necessários para a fabricação de energia. Como exemplo de autotróficos, podemos citar as algas; como exemplo de heterotróficos, podemos citar os protozoários.

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Organismos multicelulares

Qual a importância da diferenciação celular para os seres multicelulares?

Os animais são organismos multicelulares

Os organismos multicelulares ou pluricelulares são aqueles que possuem uma grande variedade de células, que atuam em conjunto para garantir a sobrevivência do ser vivo. Como exemplo de organismos multicelulares, podemos citar todos os animais e plantas.

Os organismos multicelulares são eucariontes e podem ser autotróficos ou heterotróficos. As plantas são exemplos de organismos multicelulares autotróficos, e os animais são exemplos de seres multicelulares heterotróficos.

No que diz respeito à reprodução, organismos multicelulares podem reproduzir-se de diferentes formas. O homem, por exemplo, apresenta uma reprodução sexuada, uma vez que há envolvimento de gametas. Já as abelhas podem reproduzir-se por partenogênese, um tipo de reprodução assexuada.

Resumindo

Seres unicelulares: Organismos com corpo formado por uma única célula.

Seres multicelulares: Organismos com corpo formado por mais de uma célula.

Multicelular

Da WikiCiências

Qual a importância da diferenciação celular para os seres multicelulares?

Referência : Moreira, C., (2014) Multicelular, Rev. Ciência Elem., V2(2):148
Autor: Catarina Moreira
Editor: José Feijó
DOI: [http://doi.org/10.24927/rce2014.148]

Qual a importância da diferenciação celular para os seres multicelulares?



Os seres pluricelulares são constituídos por mais de uma célula, podendo ser formado por um elevado número de células como por exemplo o Homem. Geralmente, são mais complexos que os seres unicelulares.

Os organismos multicelulares terão surgido na Terra há cerca de 1500 milhões de anos. A existência ainda hoje de organismos cujas células eucarióticas mantêm uma relação colonial permite compreender a origem dos organismos multicelulares.

Os organismos eucariontes de maiores dimensões teriam de ultrapassar novos desafios ao nível das trocas de substâncias necessárias ao metabolismo celular e as respostas aos estímulos do meio que ocorrem ao nível da superfície celular. O aumento da dimensão das células implicaria um aumento significativo do volume relativamente à área superficial (diminuição da relação área/volume), tornando menos eficientes as trocas de substâncias para as células de maiores dimensões. A formação de colónias de organismos unicelulares poderá ter sido uma estratégia para lidar com esta limitação. Inicialmente, todas as células teriam as mesmas funções na colónia mas ao longo do tempo algumas das células ter-se-ão especializado em determinadas funções. A diferenciação celular terá conduzido a uma maior interdependência estrutural e funcional das células, originando verdadeiros organismos multicelulares.

Hoje em dia, conhece-se um grupo de algas relacionadas taxonomicamente com diferentes graus de multicelularidade, que alguns cientistas defendem representar diferentes estados de associação celular.

  • Chlamydomonas reinhardtii – alga unicelular com dois flagelos (biflagelada)
  • Gonium pectorale – organismo colonial formado por 8 células idênticas biflageladas, que resulta da divisão de uma célula inicial que se mantém agregada às células-filhas
  • Volvox aureus – colónia de eucariontes unicelulares, entre 1000 e 2000 células, onde já se distinguem dois tipos de células: as células somáticas – biflageladas unem-se entre si por filamentos citoplasmáticos e são responsáveis pela nutrição e pelo movimento da colónia; e as células reprodutivas – de maiores dimensões que as somáticas são responsáveis pela reprodução da colónia

A multicelularidade permite aos organismos lidar com alguns conflitos ao nível estrutural e funcional conferindo algumas vantagens evolutivas:

  • maiores dimensões, mantendo-se equilibrada a relação área/volume das células para possibilitar trocas eficientes com o meio
  • maior diversidade, proporcionando melhor adaptação a diferentes ambientes
  • diminuição da taxa metabólica, com uma maior eficácia no uso da energia, através da especialização celular
  • maior independência em relação ao meio ambiente, devido a uma mais eficaz homeostasia (equilíbrio dinâmico do meio interno) resultante de uma interdependência dos vários sistemas de tecidos e órgãos.


Palavras chave: célula, eucarionte, unicelular


Materiais relacionados disponíveis na Casa das Ciências:

  1. A forma e a alimentação nos Coanoflagelados, conheça os seres que podem estar na origem dos animais.


Criada em 9 de Setembro de 2010
Revista em 9 de Setembro de 2010
Aceite pelo editor em 15 de Setembro de 2010

Qual é a importância da diferenciação celular nos organismos multicelulares?

A diferenciação celular consiste em um conjunto de processos que transformam e especializam as células embrionárias. Após estas transformações, sua morfologia e fisiologia são definidas, o que as tornam capazes de realizar determinada função. Após a fecundação, a vida do organismo inicia-se com apenas uma única célula.

Qual a importância da divisão celular em um organismo multicelular em desenvolvimento?

As divisões celulares também possibilitam a regeneração de alguns órgãos, como o fígado. No caso dos organismos unicelulares, a divisão celular origina outras células responsáveis pela geração e crescimento de uma colônia.

Qual é a função da célula multicelular?

Os organismos multicelulares ou pluricelulares são aqueles que possuem uma grande variedade de células, que atuam em conjunto para garantir a sobrevivência do ser vivo. Como exemplo de organismos multicelulares, podemos citar todos os animais e plantas.

Qual a importância da diferenciação celular é como ela ocorre mesmo tendo o mesmo conjunto de genes?

A palavra-chave para compreendermos o processo de diferenciação celular é inibição gênica. As células, apesar de terem o mesmo código genético, têm a capacidade de desligar ou ligar determinados grupos de genes, especializando-se em funções distintas. Isso ocorre com as chamadas células-tronco, que são indiferenciadas.