Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?

A ação de atleta-guia acaba sendo um desenho do que é, na realidade, a inclusão social.

(Atleta-guia Tamy Cecy)

Um atleta-guia auxilia atletas que possuem algum tipo de deficiência na realização da prática esportiva.

Dessa forma, é possível transpassar diversos obstáculos do esporte. Assim, pessoas com deficiência são capazes de superar seus próprios limites e contar com uma nova maneira de se inserir na sociedade.

Neste texto vamos falar sobre:

  • O Que é Atleta-Guia?
  • Entrevista Com a Atleta-Guia Tamy Cecy
  • Projeto Ojo de Aguila
  • Galeria de Fotos

O Que é Atleta-Guia?

Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?

O atleta-guia tem como função guiar e auxiliar atletas com deficiência durante provas esportivas. Assim, ele pode ser um auxiliar de ritmo ou traçar estratégias, por exemplo.

Porém, nem sempre precisa haver a presença de um guia em uma competição. Assim, antes de mais nada, é realizada uma avaliação do nível da deficiência do atleta, a fim de determinar a real necessidade de um guia.

No caso de deficientes visuais, há duas categorias: os cegos e as pessoas com baixa visão. Nesta, por exemplo, o atleta pode escolher se quer ou não contar com o auxílio de um atleta-guia durante a prova que ele vai realizar. Já os cegos, sempre contam com a atuação de um guia.

Assim, um guia pode atuar em diversas modalidades, como futebol, corrida e ciclismo.

Entrevista Com a Atleta-Guia Tamy Cecy

No dia 28 de setembro de 2020, foi ao ar uma entrevista no nosso podcast, o EponaCast, com a atleta-guia Tamy Cecy.

Nesse bate papo, a atleta, que também é maratonista, ultramaratonista e triatleta, falou um pouco sobre a atuação de atletas-guias! Confira algumas das perguntas e respostas que rolaram:

EponaCast: Como você teve a iniciativa de ser uma atleta-guia?

Tamy Cecy: Isso vem lá de 2004. Eu estive na São Silvestre de 2004 e lá aconteceu uma situação entre a campeã da categoria Deficiente Visual e a organização. Essa categoria largava 40 minutos antes do geral, do pelotão A.

Quando a menina estava subindo a (Avenida) Brigadeiro, o batedor da campeã tirou ela (a atleta com deficiência visual) da linha! E na hora que ela falou sobre isso, aquilo me impactou pela situação que foi criada, pela injustiça de tirar o atleta do seu direito de percorrer.

Quando eu voltei pra Curitiba, eu comecei a estudar um pouco mais. Procurei os institutos e os Órgãos Públicos, que talvez pudessem me dar um auxílio em relação a isso. Porque até então eu não tinha informação nenhuma sobre atletas cegos em Curitiba.

Até então eu só falava atleta cego porque eu nem sabia que existia outra categoria de baixa visão. E são duas categorias: os atletas que não enxergam, os cegos, e os baixa visão.

Quando eu não consegui tudo isso, peguei o manual do comitê paralímpico e comecei a estudar. Encontrei o Instituto Braille, lá em Vitória, que me passou informações sobre comportamentos do dia a dia para com as pessoas com deficiências visuais e fui aprendendo um pouco sobre como conviver. E isso é uma condição mais do que básica. Primeiro você tem que saber como interagir com as pessoas, como fazer uma abordagem, como conversar realmente.

Em 2011, eu fui apresentada pro atleta Sergio Negreiros, ele era baixa visão. E fiz minha primeira maratona como atleta-guia com ele.

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E.C: Existe alguma formação específica para ser guia?

T.C: Não. Por exemplo, minha ação não tem foco no alto rendimento. O foco é levar esse aprendizado todo pra sociedade, levar essa informação.

Claro, se você for falar de Jogos Paralímpicos e outras coisas, o próprio Comitê faz cursos pra cada modalidade.

Mas dentro da minha ação o que precisa é ter experiência no esporte que vai praticar, além de outras coisas, como:

  • Comprometimento
  • Tempo pra treinar junto ao atleta
  • Experiência no tipo de prova escolhida

Quando eu vou pra uma prova, eu vejo pro atleta tudo o que eu vejo pra mim: altimetria, tipo de solo, equipamento necessário.

E você tem que ter velocidade na resposta pra poder passar para o atleta as decisões das atitudes que serão tomadas em cada obstáculo.

E.C: Quais são os principais fatores para alguém superar suas limitações e conseguir ter resultados?

T.C: A primeira coisa é o autoconhecimento. A partir do momento que você se conhece, reconhece e aceita aquilo que pode ser dito como sua limitação, você supera qualquer coisa. Daí você vai buscar o esporte ideal pra você e consegue evitar uma frustração.

E não desistir jamais!

Eu achava que eu tinha uma vocação incrível para a Ginástica Olímpica. Vieram as limitações, mas eu me modelei e acabei encontrando no mundo das corridas o meu universo. Então, é ter determinação naquilo que você quer.

Projeto Ojo de Aguila

O Projeto Ojo de Aguila surgiu em 15 de Maio de 2015, quando a atleta-guia Tamy Cecy realizou uma prova de montanha no vulcão Lanín, na Argentina, a fim de aumentar o seu conhecimento sobre a ação de um atleta-guia.

Lá, tornou-se parceira do atleta argentino Ariel, expandindo seus projetos de formação de atletas-guias, além de auxiliar pessoas interessadas no aprendizado de técnicas para auxiliar deficientes visuais no dia a dia.

Segundo Tamy, o principal sentimento que seus projetos e ações proporcionam é a gratidão.

O objetivo da minha ação de inclusão é a exclusão da palavra ‘inclusão’.

Atleta-guia Tamy Cecy

Galeria de Fotos

Confira algumas fotos de provas praticadas por Tamy Cecy atuando como atleta-guia e em ações pelo Ojo de Aguila:

  • Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?
  • Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?
  • Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?
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  • Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?
  • Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?
  • Qual a importância do atleta guia para os atletas com deficiência visual?

Conheça mais sobre o trabalho de Tamy Cecy em seu Instagram: @tamy_cecy!

Você já conhecia a atuação de um atleta-guia? Conta pra gente aqui nos comentários!

Obrigada por ter lido até aqui!

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Qual a função do atleta

Para auxiliar os seus competidores deficientes visuais, no atletismo existe o atleta-guia. Como o nome diz, a pessoa que exerce essa função tem como responsabilidade guiar os atletas durante as provas, sendo os olhos de quem não pode ver, mas na prática vai muito mais do que isso.

Qual e a função de um atleta

Atleta-guia é um atleta que, nos desportos paralímpicos, faz o papel de guia e de auxiliar para o atleta com cegueira ou deficiência visual.

Qual a importância e a função do atleta

O atleta-guia tem a função de ser os olhos dos competidores que não podem enxergar ou têm limitações severas. Ligados por uma cordinha, o guia, no entanto, deve apenas orientar a direção da corrida do atleta, sem puxá-lo, sob pena de desclassificação.