Qual e o país que tem mais estrangeiros?

Dados extraídos em maio de 2015. Dados mais recentes: Mais informações do Eurostat, Principais quadros e Bases de dados. Atualização prevista do artigo: outubro de 2016. A versão inglesa é mais recente.

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Quadro 1: Imigração por nacionalidade, 2013
Fonte: Eurostat (migr_imm1ctz)

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Gráfico 2: Distribuição dos imigrantes por nacionalidade, 2013
(% de todos os imigrantes)
Fonte: Eurostat (migr_imm2ctz)

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Quadro 2: Imigração por país de nascimento, 2013 (1)
Fonte: Eurostat (migr_imm3ctb)

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Quadro 3: Imigração por país de residência anterior, 2013 (1)
Fonte: Eurostat (migr_imm5prv)

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Gráfico 3: Imigrantes por sexo, 2013
(% de todos os imigrantes)
Fonte: Eurostat (migr_imm2ctz)

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Gráfico 4: Estrutura etária dos imigrantes por nacionalidade, UE-28, 2013 (¹)
(%)
Fonte: Eurostat (migr_imm2ctz)

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Quadro 4: População estrangeira por grupo de nacionalidade, 1 de janeiro de 2014 (1)
Fonte: Eurostat (migr_pop1ctz)

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Quadro 5: População nascida no estrangeiro por país de nascimento, 1 de janeiro de 2014 (1)
Fonte: Eurostat (migr_pop3ctb)

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Gráfico 5: Percentagem de estrangeiros na população residente, 1 de janeiro de 2014
(%)
Fonte: Eurostat (migr_pop1ctz)

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Quadro 6: Principais países de nacionalidade e nascimento da população estrangeira/nascida no estrangeiro, 1 de janeiro de 2014 (1)
(quer em termos absolutos quer em percentagem de toda a população estrangeira/nascida no estrangeiro)
Fonte: Eurostat (migr_pop1ctz) e (migr_pop3ctb)

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Gráfico 6: Estrutura etária da população nacional e da população estrangeira, UE-28, 1 de janeiro de 2014
(%)
Fonte: Eurostat (migr_pop2ctz)

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Gráfico 7: Número de pessoas que adquiriram a nacionalidade de um Estado-Membro da UE, UE-28, 2009-13
(milhares)
Fonte: Eurostat (migr_acq)

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Quadro 7: Pessoas que adquiriram a nacionalidade do país declarante, 2013 (1)
Fonte: Eurostat (migr_acq)

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Quadro 8: Revisões relativas à população e à migração transmitidas ao Eurostat após o censo de 2011, situação em meados de maio de 2015
Fonte: Eurostat (migr_acq) e (migr_pop1ctz)

O presente artigo apresenta as estatísticas da União Europeia (UE)sobre a migração internacional, as estimativas de população nacional e de população estrangeira (não nacional) e os dados relativos à aquisição de nacionalidade. A migração é influenciada por uma conjugação de fatores económicos, políticos e sociais: estes fatores estão presentes no país de origem do migrante (fatores de repulsão) ou no país de destino (fatores de atração). Historicamente, calcula-se que a prosperidade económica relativa e a estabilidade política da UE terão tido um considerável efeito de atração sobre os imigrantes.

Nos países de destino, a migração internacional pode ser utilizada como instrumento para resolver problemas específicos de escassez no mercado de trabalho. No entanto, a migração internacional, por si só, certamente que não irá inverter a atual tendência de envelhecimento demográfico em muitas partes da UE.

Principais resultados estatísticos

Fluxos migratórios

Em 2013 imigraram para um dos UE-28 Estados-Membros um total de 3,4 milhões de pessoas, ao passo que, pelo menos, 2,8 milhões de emigrantes parecem ter deixado um Estado-Membro da UE. Estes valores não representam os fluxos migratórios de/para o conjunto da UE, dado que incluem igualmente os fluxos entre diferentes Estados Membros.

Nestes 3,4 milhões de imigrantes em 2013, estimava-se que 1,4 milhões de cidadãos pertenciam a países terceiros, 1,2 milhões de pessoas tinham nacionalidade de um Estado-Membro diferente daquele para onde imigraram, cerca de 830 mil pessoas migraram para um Estado-Membro da UE do qual tinham nacionalidade (por exemplo, o regresso de cidadãos nacionais ou nascidos no estrangeiro), e cerca de 6,1 mil eram apátridas.

A Alemanha comunicou o maior número de imigrantes (692,7 mil) em 2013, seguida do Reino Unido (526,0 mil), da França (332,6 mil), da Itália (307,5 mil) e de Espanha (280,8 mil). Em 2013, a Espanha comunicou o número mais elevado de emigrantes (532,3 mil), seguida do Reino Unido (316,9 mil), da França (300,8 mil), da Polónia (276,4 mil) e da Alemanha (259,3 mil). Em 2013, um total de 16 dos Estados-Membros da UE comunicou uma imigração superior à emigração, mas na Bulgária, Irlanda, Grécia, Espanha, Croácia, Chipre, Polónia, Portugal, Roménia e nos três Estados-Membros do Báltico, o número de emigrantes superou o de imigrantes.

Em relação à dimensão da população residente, o Luxemburgo registou as taxas mais elevadas de imigração em 2013 (39 imigrantes por 1 000 de pessoas), seguido de Malta (20 imigrantes por 1 000 de pessoas) do Chipre (15 imigrantes por 1 000 de pessoas) — ver Gráfico 1. Em 2013, as taxas mais elevadas de emigração foram comunicadas pelo Chipre (29 emigrantes por 1 000 de pessoas) e pelo Luxemburgo (20 emigrantes por 1 000 de pessoas).

Em 2013, o peso relativo dos imigrantes nacionais, ou seja, imigrantes com nacionalidade do Estado-Membro para o qual estão a migrar, no número total de imigrantes era elevado na Roménia (90 % de todos os imigrantes), na Lituânia (86 %), em Portugal (69 %), na Estónia e na Polónia (ambos com 60 %), na Letónia (58 %) e na Eslováquia (52 %). Estes foram os únicos Estados-Membros da UE a comunicar que a imigração nacional representava uma percentagem superior a 50 % — ver Gráfico 2. Em contrapartida, a Itália, a Áustria e o Luxemburgo comunicaram percentagens relativamente baixas, até porque em 2013 a imigração nacional representava menos de 10 % de toda a imigração.

As informações sobre a nacionalidade têm sido utilizadas muitas vezes para estudar os imigrantes com origem estrangeira. No entanto, uma vez que a cidadania pode mudar ao longo do tempo de vida de uma pessoa, é igualmente útil apresentar as informações por país de nascimento. O peso relativo dos imigrantes nacionais no número total de imigrantes era elevado na Roménia (78 % de todos os imigrantes), seguida da Lituânia (77 %), de Portugal (56 %), da Letónia (52 %) e da Polónia (51 %). Em contrapartida, o Luxemburgo, a Espanha, a Itália, a Áustria e a Alemanha comunicaram percentagens relativamente baixas de imigrantes nacionais, inferiores a 10 % de toda a imigração, em 2013.

Em 2013, a imigração de população dos países terceiros para a UE-28 foi de 1,7 milhões de cidadãos

Segundo as estimativas, em 2013, havia 1,7 milhões de imigrantes de países terceiros para a UE-28. Além disso, 1,7 milhões de pessoas que residiam anteriormente num Estado-Membro migraram para outro Estado-Membro.

Quando os dados são analisados segundo a residência anterior, em 2013, o Luxemburgo comunicou a maior percentagem de imigrantes vindos de outro Estado-Membro da UE (91 de todos os imigrantes) seguido da Roménia (81 %) e da Eslováquia (79 %). Percentagens relativamente baixas foram comunicadas pela Bulgária (22 % de todos os imigrantes) e pela Croácia (25 %) — ver Quadro 3.

No que respeita à distribuição por sexo dos imigrantes para os Estados-Membros da UE em 2013, havia ligeiramente mais homens do que mulheres (53 % em comparação com 47 %). O Estado-Membro que comunicou a percentagem mais elevada de imigrantes do sexo masculino foi a Eslovénia (61 %); em contrapartida, a percentagem mais elevada de imigrantes do sexo feminino registou-se na Irlanda (52 %).

Os imigrantes para os Estados-Membros da UE em 2013 eram, em média, muito mais jovens do que a população já residente no país de destino. Em 1 de janeiro de 2014, a idade média da população da UE-28 era de 42 anos. Por contraste, a idade média dos imigrantes para a UE-28 em 2013 era de 28 anos.

População migrante

33,5 milhões de pessoas nascidas fora da UE-28 viviam num Estado-Membro da UE em 1 de janeiro de 2014, ao passo que 17,9 milhões de pessoas nasceram num Estado-Membro diferente daquele onde residiam. Só na Irlanda, Hungria, Eslováquia, Luxemburgo e Chipre é que se registava o número de pessoas nascidas noutros Estados-Membros superior ao número de nascidos fora da UE-28.

Em 1 de janeiro de 2014, o número de pessoas que viviam na UE-28, que eram cidadãos de países terceiros, era de 19,6 milhões, ao passo que o número de pessoas a viver na UE-28 e que tinham nascido fora da UE era de 33,5 milhões

O número de pessoas que residiam num Estado-Membro da UE, com nacionalidade de um país terceiro em 1 de janeiro de 2014 era de 19,6 milhões, representando 3,9 % da população da UE-28. Além disso, 14,3 milhões de pessoas vivam num dos Estados-Membros da UE em 1 de janeiro de 2014 com nacionalidade de outro Estado-Membro.

Em termos absolutos, o maior número de nacionais de países terceiros que viviam em Estados-Membros da UE em 1 de janeiro de 2014 encontrava-se na Alemanha (7,0 milhões de pessoas), no Reino Unido (5,0 milhões), na Itália (4,9 milhões), em Espanha (4,7 milhões) e em França (4,2 milhões). Em cinco destes Estados-Membros, os estrangeiros representavam, no seu conjunto, 76 % do número total de estrangeiros residentes em todos os Estados-Membros da UE, sendo que os mesmos cinco Estados-Membros tinham 63 % de toda a população da UE.

Em termos relativos, o Estado-Membro da UE com a percentagem mais elevada de estrangeiros era o Luxemburgo, dado que os estrangeiros representavam 45 % da população total. Observou-se também uma grande percentagem de estrangeiros (10 % ou mais da população residente) em Chipre, Letónia, Estónia, Áustria, Irlanda, Bélgica e Espanha.

Na maior parte dos Estados-Membros da UE, a maioria dos estrangeiros eram cidadãos de países terceiros (ver Quadro 4). A situação é inversa apenas para o Luxemburgo, a Eslováquia, o Chipre, a Irlanda, a Bélgica, a Hungria, os Países Baixos, Malta e o Reino Unido. No caso a Letónia e da Estónia, a percentagem de cidadãos de países terceiros é particularmente importante devido ao elevado número de não nacionais reconhecidos (principalmente cidadãos da antiga União Soviética, que residem permanentemente nesses países, mas que não adquiriram qualquer outra nacionalidade).

Com exceção da Estónia e da República Checa, o número de pessoas nascidas num país terceiro era, em todos os Estados-Membros da UE, superior ao número de pessoas com nacionalidade de um país terceiro.

O Quadro 6 apresenta um resumo das cinco principais nacionalidades estrangeiras e dos países estrangeiros de nascimento para os Estados-Membros da UE-28 e EFTA, para os quais estão disponíveis dados pormenorizados.

Uma análise da estrutura etária da população mostra que, relativamente à UE-28 no seu conjunto, a população estrangeira era mais jovem do que a população nacional. Em comparação com os nacionais, a distribuição dos estrangeiros por faixa etária revela uma maior percentagem de adultos em idade ativa relativamente jovens. Em 2013, a mediana da idade da população nacional da UE-28 era de 43 anos, ao passo que a mediana da idade dos não nacionais residentes na UE era de 35 anos.

Aquisições de nacionalidade

As aquisições de nacionalidade subiram 20 % em 2013

O número de pessoas que adquiriram a nacionalidade de um Estado-Membro da UE em 2013 foi de 984,8 mil, correspondendo a um aumento de 20 % relativamente a 2012. Em 2013, foram mais as pessoas que adquiriram a nacionalidade de um Estado-Membro da UE do que em qualquer outro ano no período de 2002 a 2012.

A Espanha registou o maior número de pessoas que adquiriram a nacionalidade espanhola em 2013, com 225,8 mil (ou 23 % do total da UE-28). Os segundos níveis de aquisição de nacionalidade mais elevados registaram-se no Reino Unido (207,5 mil), na Alemanha (115,1 mil), na Itália (100,7 mil) e em França (97,3 mil);

Em termos absolutos, os aumentos mais elevados em comparação com 2012 observaram-se em Espanha, visto que mais 131 700 residentes beneficiaram de nacionalidade espanhola (tal deve-se, em parte, a uma alteração das fontes de informação, conceitos e referências temporais), seguidos da Itália (35,3 mil), do Reino Unido (13,6 mil) e da Grécia (9,2 mil). Em contrapartida, a diminuição mais acentuada em termos absolutos observou-se na Hungria (foi concedida a nacionalidade húngara a menos 9,2 mil pessoas do que em 2012) e nos Países Baixos (5,0 mil).

Um indicador de uso corrente é a «taxa de naturalização», definido como o rácio entre o número total de nacionalidades concedidas e a estimativa populacional de residentes estrangeiros, no início do ano. O Estado-Membro da UE com a percentagem mais elevada de naturalização em 2013 era a Suécia (7,6 aquisições em 100 residentes estrangeiros), seguido da Hungria e de Portugal (com 6,5 e 5,9 aquisições em 100 residentes estrangeiros, respetivamente).

Cerca de 871,3 mil cidadãos de países terceiros residentes num Estado-Membro da UE adquiriram a cidadania da União em 2013, correspondendo a um aumento de 21 % relativamente a 2012. Como tal, os cidadãos de países terceiros representavam 89 % de todas as pessoas que adquiriram a nacionalidade de um Estado-Membro da UE em 2013. Estes novos cidadãos da UE-28 provinham essencialmente de África (26 % do número total de nacionalidades adquiridas), da Ásia (23 %), da América do Norte e do Sul (22 %) e da Europa fora da UE-28 (17 %). O número de cidadãos de um Estado-Membro da UE que adquiriu a nacionalidade de outro Estado-Membro da UE ascendeu a 98 500 pessoas, representando assim 10 % do total. Em termos absolutos, os principais grupos de cidadãos da UE-28 que adquiriram a nacionalidade de outro Estado-Membro da UE eram romenos que se tornaram cidadãos da Hungria (7,0 mil pessoas) ou da Itália (4,4 mil pessoas), polacos que se tornaram cidadãos do Reino Unido (6,0 mil pessoas) ou da Alemanha (5,5 mil pessoas), italianos que se tornaram cidadãos da Alemanha (2,8 mil pessoas) ou da Bélgica (1,9 mil pessoas), gregos que se tornaram cidadãos da França (3,9 mil pessoas) e portugueses que se tornaram cidadãos do Reino Unido (1,9 mil pessoas)

No Luxemburgo e na Hungria, na maior parte dos casos, a nova nacionalidade foi concedida a cidadãos de outro Estado-Membro da UE. No caso do Luxemburgo, os cidadãos portugueses representavam a maior percentagem, seguida de cidadãos italianos, franceses, belgas e alemães, enquanto no caso da Hungria os nacionais da UE que adquiriam a nacionalidade eram quase exclusivamente romenos.

Tal como nos anos anteriores, o maior grupo de novos cidadãos dos Estados-Membros da UE em 2013 era marroquino (86,5 mil, correspondendo a 8,8 % de todas as nacionalidades concedidas), seguido do de cidadãos da Índia (48,3 mil, correspondendo a 4,9 % de todas as nacionalidades concedidas), da Turquia (46,5 mil, ou 4,7 %), da Colômbia (42,0 mil, ou 4,3 %), da Albânia (41,7 mil, ou 4,2 %) e do Equador (40,4 mil, ou 4,1 %). Em comparação com 2012, o número de cidadãos marroquinos que adquiriram a nacionalidade de um Estado-Membro da UE aumentou 46 %. A maior parte dos marroquinos adquiriu a nova nacionalidade em Espanha (35 %), na Itália (29 %) ou em França (19 %).

Fontes e disponibilidade de dados

A emigração é particularmente difícil de quantificar; é mais difícil contar as pessoas que saem de um país do que as que nele entram. Uma análise comparativa dos dados de 2013 sobre imigração e emigração para os Estados-Membros da UE e para fora deles (estatísticas-espelho) confirmou essa dificuldade em muitos países. Por isso, este artigo incide principalmente nos dados sobre imigração.

O Eurostat produz estatísticas sobre uma série de questões relacionadas com os fluxos de migração internacional, as estimativas de população estrangeira (não nacional) e sobre a aquisição de nacionalidade. Os dados são recolhidos anualmente e comunicados ao Eurostat pelas entidades estatísticas nacionais dos Estados-Membros da UE.

Esperava-se que os países que analisavam a sequência de valores da população após a fase de recenseamento de 2011 transmitissem ao Eurostat resultados pós-recenseamento analisados por idade, sexo e nacionalidade ou país de nascimento, para todo o período entre recenseamentos ou mesmo até ao final de 2013. O Eurostat foi informado das dificuldades de vários países no cumprimento do prazo de 31 de dezembro de 2013 para a transmissão dos dados do recenseamento pós 2011. Até à data da redação do presente relatório, a única dificuldade conhecida que resta prende-se com a Alemanha, que tenciona fornecer os dados revistos durante o primeiro semestre de 2015.

Estas revisões de dados terão um impacto sobre as taxas de naturalização.

Base para a recolha de dados

Desde 2008 a recolha de dados sobre a migração, a nacionalidade e o asilo têm sido baseados no Regulamento n.º 862/2007; a análise e a composição da UE, EFTA e dos grupos de países candidatos em 1 de janeiro do ano de referência são fornecidos no Regulamento de Execução n.º 351/2010. Este regulamento define um conjunto básico de estatísticas de fluxos de migração, estimativas de população estrangeira, aquisição de nacionalidade, autorizações de residência, asilo e medidas contra a entrada e a permanência ilegais. Embora os Estados-Membros possam continuar a utilizar todos os dados adequados, segundo a disponibilidade e a prática nacionais, as estatísticas recolhidas em conformidade com o regulamento devem basear-se em definições e conceitos comuns. A maior parte dos Estados-Membros da UE baseia as suas estatísticas em fontes de dados administrativos como os registos da população, os registos dos estrangeiros, os registos de residência ou as autorizações de trabalho, os registos da segurança social e os registos da administração fiscal. Alguns países utilizam estatísticas-espelho, inquéritos por amostragem ou métodos de estimativa para elaborar estatísticas da migração.

Os dados sobre a aquisição da nacionalidade são normalmente produzidos a partir de sistemas administrativos. A aplicação do regulamento é suscetível de resultar numa maior disponibilidade e melhor comparabilidade das estatísticas da migração e da nacionalidade.

Tal como referido no artigo 2.1, alíneas a), b), c) do Regulamento n.º 862/2007, os imigrantes que tenham residido (ou que se espera que residam) em território de um Estado-Membro da UE durante um período de pelo menos 12 meses são enumerados, como emigrantes a viver no estrangeiro por mais de 12 meses. Por conseguinte, os dados recolhidos pelo Eurostat dizem respeito à migração durante um período de 12 meses ou superior: Consequentemente, nos migrantes estão incluídas pessoas que migraram por um período de um ano ou mais, bem como pessoas que migraram com carácter permanente.

Relativamente às aquisições de nacionalidade, os dados são recolhidos pelo Eurostat nos termos do artigo 3.1., alínea d) do Regulamento n.º 862/2007, que refere que: «Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão (Eurostat) as estatísticas sobre os números das (…) pessoas que têm a sua residência habitual no território do Estado-Membro e que tenham adquirido durante o ano de referência a nacionalidade do Estado-Membro (…) desagregadas pela (…) nacionalidade anterior das pessoas em causa e se a pessoa era apátrida anteriormente».

A «taxa de naturalização» deve ser utilizada com precaução na medida em que o numerador abrange todos os modos de aquisição e não apenas as naturalizações de estrangeiros residentes elegíveis e, o denominador abrange todos os estrangeiros e não a população relevante, ou seja, aqueles estrangeiros que são elegíveis para naturalização.

Notas sobre a disponibilidade dos dados principais

Nos agregados da UE-27 sobre aquisições de nacionalidade para 2010, 2011 e 2012, os dados da Roménia referem-se ao ano de 2009.

Contexto

Os cidadãos dos Estados-Membros da UE têm liberdade de viajar e circular dentro das fronteiras internas da UE. As políticas de migração na UE em relação a cidadãos de países terceiros preocupam-se cada vez mais em atrair um determinado perfil de migrantes, frequentemente, numa tentativa de colmatar a falta de competências específicas. A seleção pode ser realizada com base na proficiência linguística, na experiência profissional, nas habilitações literárias e na idade. Em alternativa, os empregadores podem fazer a seleção por forma a que os migrantes já têm emprego quando chegam ao país.

Para além de políticas para incentivar o recrutamento de mão de obra, a política de imigração centra-se, muitas vezes, em dois domínios: prevenir a migração não autorizada e o emprego ilegal dos migrantes que não estiverem autorizados a trabalhar e promover a integração dos imigrantes na sociedade. Na UE, têm sido mobilizados recursos significativos para lutar contra o tráfico de pessoas e contra as redes de tráfico.

Entre os textos jurídicos mais importantes adotados no domínio da imigração, contam-se os seguintes:

  • Diretiva 2003/86/CE relativa ao direito ao reagrupamento familiar;
  • Diretiva 2003/109/CE relativa ao estatuto dos nacionais de países terceiros residentes de longa duração;
  • Diretiva 2004/114/CE relativa à admissão de estudantes;
  • Diretiva 2005/71/CE relativa a um procedimento específico de admissão de nacionais de países terceiros para efeitos de investigação científica;
  • Diretiva 2008/115/CE relativa ao regresso de nacionais de países terceiros em situação irregular;
  • Diretiva 2009/50/CE no que diz respeito à admissão de migrantes altamente qualificados.

Na Comissão Europeia, a Direção-Geral da Migração e Assuntos Internos é responsável pela política europeia de migração. Em 2005, a Comissão Europeia relançou o debate sobre a necessidade de um conjunto de regras comuns para a admissão de migrantes económicos, com o Livro verde sobre uma abordagem da União europeia em matéria de gestão da migração económica (COM (2004) 811 final), o que levou à adoção de um (COM(2005) 669 final) , no final de 2005. Em julho de 2006, a Comissão Europeia adotou uma Comunicação sobre as prioridades da política de luta contra a imigração clandestina de nacionais de países terceiros (COM (2006) 402 final), que visa alcançar um equilíbrio entre a segurança e os direitos fundamentais de um indivíduo em todas as fases do processo de imigração ilegal. Em setembro de 2007, a Comissão Europeia apresentou o seu terceiro relatório anual sobre a migração e a integração (COM(2007) 512 final). Uma comunicação da Comissão Europeia adotada em outubro de 2008 salientou a importância do fortalecimento da abordagem global à migração: mais coordenação, coerência e sinergias (COM(2008) 611 final) como uma componente da política externa e de desenvolvimento. O Programa de Estocolmo, adotado pelos Chefes de Estado e de Governo da UE em dezembro de 2009, estabelece um quadro e uma série de princípios para o desenvolvimento constante das políticas europeias em matéria de justiça e assuntos internos, para o período de 2010 a 2014; as questões relacionadas com a migração constituem um elemento central deste programa. Para possibilitar as alterações aprovadas, em 2010 a Comissão Europeia adotou um Plano de Ação de aplicação do Programa de Estocolmo – Realização de um espaço de liberdade, de segurança e de justiça para os cidadãos europeus (COM (2010) 171 final).

Em maio de 2013, a Comissão Europeia publicou o «Relatório de 2013 sobre a Cidadania da União» (COM(2013) 269 final). O relatório constata que os cidadãos da União usufruem de novos direitos e oportunidades. Circular e viver livremente na UE é o direito que os cidadãos associam mais estreitamente à cidadania da UE. Devido às modernas tecnologias e ao facto de ser agora mais fácil viajar, a liberdade de circulação permite que os europeus alarguem os seus horizontes para lá das fronteiras nacionais, deixem os seus países por períodos curtos ou longos, circulem entre os países da UE para trabalhar, estudar ou receber formação, ou viajem por motivos profissionais ou de lazer ou para fazer compras noutros países. A liberdade de circulação aumenta potencialmente as interações sociais e culturais na UE e cria vínculos mais sólidos entre os europeus. Além disso, pode trazer benefícios económicos mútuos para as empresas e os consumidores, incluindo os que permanecem no país de origem, uma vez que vão sendo suprimidos progressivamente os obstáculos internos.

Em 13 de maio de 2015, a Comissão Europeia apresentou uma agenda europeia sobre a migração (em inglês) que delineia as medidas imediatas a adotar para responder à situação de crise no Mediterrâneo, bem como os passos a dar nos anos seguintes para uma melhor gestão da migração em todas as suas componentes.

O rede europeia de migração (em inglês) relatório anual sobre imigração e asilo (2014, em inglês)) foi publicado em 10 de junho de 2015. Fornece uma síntese dos principais desenvolvimentos políticos e legais a decorrer em toda a União Europeia e nos países participantes. Trata-se de um documento exaustivo e abrange todos os aspetos da política de migração e asilo pela Direção-Geral para a Migração e Assuntos Internos e pelas agências da UE.

Ver também

  • Acquisition of citizenship statistics (em inglês)
  • Asylum statistics (em inglês)
  • EU citizenship - statistics on cross-border activities (em inglês)
  • Fertility statistics (em inglês)
  • Migrant integration statistics - overview (em inglês)
  • Population and population change statistics (em inglês)
  • Population structure and ageing (em inglês)
  • Residence permits statistics (em inglês)

Mais informações do Eurostat

Publicações

  • Em 2010, os Estados-Membros da UE concederam a nacionalidade a mais de 800 000 pessoas — Estatísticas em foco 45/2012 (em inglês)
  • Quase dois terços dos estrangeiros residentes em Estados-Membros da UE são cidadãos de países fora da UE-27 — Estatísticas em foco 31/2012 (em inglês)
  • Migrantes na Europa — Um retrato estatístico da primeira e segunda gerações — Registos estatísticos (em inglês)
  • 6,5 % da população da UE são estrangeiros e 9,4 % nasceram em território estrangeiro — Estatísticas em foco 34/2011 (em inglês)
  • As aquisições de nacionalidade estão a aumentar em 2009 — Estatísticas em foco 24/2011 (em inglês)
  • Perspetivas Demográficas — edição de 2010 (em inglês)
  • Em 2008 a imigração para os Estados-Membros da UE desce 6 % e a emigração sobe 13 % — Estatísticas em foco 1/2011 (em inglês)
  • A população cresce em vinte Estados-Membros da UE — Estatísticas em foco 38/2011 (em inglês)

Principais quadros

  • População (Demografia, Migração e Projeções) (em inglês), ver:
Dados da migração e nacionalidade Migração internacional (t_migr_int) Imigração (tps00176)Emigração (tps00177)Aquisição de nacionalidade (tps00024)

Base de dados

  • População (Demografia, Migração e Projeções) (em inglês), ver:
Dados da migração e nacionalidade Imigração (migr_immi) Imigração por faixa de cinco anos de idade, sexo e nacionalidade (migr_imm1ctz)Imigração por faixa de cinco anos de idade, sexo e país de nascimento (migr_imm3ctb)Imigração por idade, sexo e grande grupo de nacionalidade (migr_imm2ctz)Imigração por idade, sexo e grande grupo de país de nascimento (migr_imm4ctb)Imigração por sexo, nacionalidade e grande grupo de país de nascimento (migr_imm6ctz)Imigração por sexo, país de nascimento e grande grupo de nacionalidade (migr_imm7ctb)Imigração por faixa de cinco anos de idade, sexo e país e residência anterior (migr_imm5prv)Emigração (migr_emi) Emigração por idade e sexo (migr_emi2)Emigração por faixa de cinco anos de idade, sexo e nacionalidade (migr_emi1ctz)Emigração por faixa de cinco anos de idade, sexo e país de nascimento (migr_emi4ctb)Emigração por faixa de cinco anos de idade, sexo e país residência habitual futura (migr_emi3nxt)Aquisição e perda de nacionalidade (migr_acqn) Aquisição de nacionalidade por sexo, faixa etária e nacionalidade anterior (migr_acq)Perda de nacionalidade por sexo e nova nacionalidade (migr_lct)

Secção especial

  • População (Demografia, Migração e Projeções) (em inglês)

Metodologia / Metainformação

  • Aquisição e perda de nacionalidade (ficheiro de metadados ESMS — migr_acqn_esms) (em inglês)
  • População (ficheiro de metadados ESMS — demo_pop_esms) (em inglês)
  • Imigração (ficheiro de metadados ESMS — migr_immi_esms) (em inglês)
  • População em 1 de janeiro por idade, sexo e grande grupo de nacionalidade (ficheiro de metadados ESMS — migr_pop2ctz_esms) (em inglês)

Fonte dos dados para os quadros e os gráficos (MS Excel)

  • Qual e o país que tem mais estrangeiros?
    Estatísticas da migração e da população migrante: quadros e gráficos (em inglês)

Ligações externas

  • Classificação do país por Índice de Desenvolvimento Humano (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas) (em inglês)
  • Comissão Europeia — Migração e Assuntos Internos (em inglês)
  • O projeto CLANDESTINO sobre a migração ilegal na UE (em inglês)
  • Observatório Europeu da Democracia sobre a Nacionalidade (em inglês)
  • OCDE — Migração internacional (contributo) (em inglês)
  • Perspetivas da Migração Internacional, 2013 (em inglês)
  • Sítio Web Europeu sobre a Integração (em inglês)
  • Transposição (em inglês)

Qual país tem mais estrangeiros no mundo?

Segundo dados divulgados pela Divisão de População da Organização das Nações Unidas (ONU), entre os países que mais se destacam no mundo com mais imigrantes na sua população são os Emiratos Árabes Unidos (88%), o Qatar (76%), o Kuwait (74%) e o Liechtenstein (63%).

Qual Estado brasileiro tem mais estrangeiros?

O Rio Grande do Sul foi o segundo Estado brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros no ano passado, com quase 500 mil visitantes, ficando atrás apenas de São Paulo.

Qual é o país que mais recebe imigrantes na atualidade?

De janeiro de 2017 a março de 2022, o Brasil recebeu 325.763 venezuelanos que permaneceram aqui. Em primeiro lugar está a Colômbia, com 1.842.390 refugiados venezuelanos; seguida pelo Peru, com 1.286.464.

Qual o número de estrangeiros no Brasil?

Em uma década, o volume de trabalhadores estrangeiros no Brasil saltou de 62.423, em 2011, para 181.385, em 2020, conforme relatório do Observatório das Migrações Nacionais (OBMigra).