Qual é o partido do presidente da República Jair Bolsonaro?

Jair Messias Bolsonaro é um ex-militar, capitão da reserva e também um político com carreira regular na política brasileira desde o final da década de 1980. Ingressou na carreira militar na década de 1970, foi paraquedista e alcançou a patente de capitão. Duas polêmicas fizeram com que ele fosse para a reserva.

Bolsonaro ingressou na carreira política ao ser eleito vereador do Rio de Janeiro em 1988. Dois anos depois, foi eleito deputado federal, assumindo sete mandatos na Câmara dos Deputados. Em 2018, concorreu à presidência e foi eleito ao vencer a disputa no segundo turno, obtendo mais de 55% dos votos.

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Tópicos deste artigo

  • 1 - Origem de Jair Bolsonaro
  • 2 - Carreira militar de Jair Bolsonaro
  • 3 - Carreira política de Jair Bolsonaro
  • 4 - Presidência de Jair Bolsonaro

Origem de Jair Bolsonaro

Jair Messias Bolsonaro nasceu no dia 25 de março de 1955, sendo originário, segundo sua certidão de nascimento, da cidade de Campinas, no interior de São Paulo. Existe, no entanto, uma dúvida acerca do seu local de nascimento, uma vez que existem indícios de que ele pode ter nascido em Glicério, também no interior de São Paulo, mas foi registrado em Campinas.

Seus pais se chamavam Perci Geraldo Bolsonaro e Olinda Bonturi, casal que teve no total seis filhos. Ao longo de sua infância, Bolsonaro morou em diferentes cidades, estabelecendo-se durante alguns anos em Eldorado Paulista, cidade do Vale do Ribeira, onde seu pai atuava como dentista prático e administrador de fazendas.

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Carreira militar de Jair Bolsonaro

A carreira militar de Jair Bolsonaro se iniciou, na década de 1970, com ele ingressando na Escola Preparatória de Cadetes do Exército e ficando alguns meses nela antes de ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras, onde concluiu seus estudos em 1977. Junto do curso de preparação de oficiais, concluiu também um curso de paraquedismo.

Os dois cursos foram realizados no estado do Rio de Janeiro, sendo o das Agulhas Negras em Resende e o de paraquedismo na cidade do Rio de Janeiro. Bolsonaro ainda graduou-se em Educação Física pelo Exército e tornou-se mestre em paraquedismo.Atuou como paraquedista nas Forças Armadas.

No Exército, Bolsonaro conseguiu alcançar a patente de capitão mas também acumulou polêmicas. Primeiramente, em setembro de 1986, Jair Bolsonaro teve uma entrevista sua publicada na revista Veja, e nela ele denunciava que a quantidade de militares que abandonavam a carreira era fruto dos supostos baixos salários.

Por conta dessa entrevista, dada sem o consentimento dos seus superiores, ele cometeu uma infração e pegou 15 dias de prisão. Pouco menos de um ano depois, ele foi acusado por uma reportagem de ser o autor de um plano que explodiria bombas em quartéis no Rio de Janeiro.

Esse plano recebeu o nome de Beco sem Saída e tinha como propósito afetar a posição de Leônidas Pires Gonçalves como ministro do Exército e protestar contra os baixos salários dos militares. No caso dos salários, os ataques estavam organizados para acontecer caso o reajuste salarial prometido pelo presidente José Sarney ficasse abaixo de 60%.

Imediatamente foram iniciadas investigações contra Bolsonaro e outro capitão chamado Fábio Passos da Silva. Bolsonaro e Passos negaram o envolvimento com a operação, mas uma sindicância realizada pelo próprio Exército concluiu pela expulsão de Bolsonaro e de Passos das Forças Armadas pelo envolvimento deles na operação.

Havia testemunhas e provas por escrito do envolvimento de Bolsonaro — um croqui (esboço feito à mão) da posição das bombas. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que declarou que as provas eram insuficientes, e os dois capitães não foram afastados. Tempos depois, a Polícia Federal concluiu que o croqui tinha sido mesmo elaborado por Bolsonaro.

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Carreira política de Jair Bolsonaro

As polêmicas em que Bolsonaro se envolveu no Exército deram grande projeção para o seu nome. Com isso, ele foi para a reserva, pois havia sido eleito, em 1988, para o cargo de vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Ficou pouco tempo no mandato, pois, em 1990, foi eleito deputado federal.

Tomou posse em fevereiro de 1991, e, já no seu primeiro mandato, viveu um dos acontecimentos mais marcantes da história recente do Brasil: o impeachment do presidente Fernando Collor. Jair Bolsonaro apoiou o impeachment desse presidente, sucedido pelo vice, Itamar Franco, em dezembro de 1992.

Em 1993, Jair Bolsonaro se envolveu em uma polêmica ao defender o retorno de um regime de exceção no Brasil, sob o argumento de que existiam muitas leis atrapalhando o governo e que, no caso de um regime de exceção, seria mais fácil governar, pois era só abolir a lei que estivesse “atrapalhando”. Um deputado da época, Vital Rego, chegou a pedir uma ação penal contra Bolsonaro para a Procuradoria-Geral da República, mas nada foi feito.

Outra declaração marcante de Jair Bolsonaro na década de 1990 foi a defesa que ele fazia da informatização do voto. Em outras palavras, Jair Bolsonaro defendia a criação das urnas eletrônicas, e isso se deu em um evento no Clube Militar em 1993. As urnas eletrônicas começaram a ser utilizadas em nosso país em 1996, e se consolidaram graças à sua segurança e agilidade na apuração.

A presença de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados foi frequente por mais de duas décadas, sendo deputado de fevereiro de 1991 a janeiro de 2019, quando abandonou o cargo para assumir a presidência. Ao longo desse período, foi eleito por diferentes partidos, a saber:

  • Partido Democrata Cristão (PDC);

  • Partido Progressista Reformador (PPR);

  • Partido Progressista Brasileiro (PPB);

  • Partido Progressista (PP).

Durante seu último mandato, Bolsonaro migrou para o Partido Social Cristão, o PSC. Entre os anos de 1991 e 2017, Jair Bolsonaro apresentou 171 projetos na Câmara dos Deputados, o que incluía projetos de lei, de lei complementar, propostas de emendas constitucionais, entre outros.

Desse total, apenas dois projetos foram aprovados: um que autorizava uma redução no imposto do IPI para equipamentos de informática e outro projeto que autorizava o uso de fosfoetanolamina para o tratamento de câncer, embora a eficácia desse remédio seja questionada pela comunidade científica por falta de comprovação sobre os seus benefícios.

Presidência de Jair Bolsonaro

O cenário de radicalização da política brasileira permitiu que Jair Bolsonaro fosse lançado ao debate político para o cargo de presidente da república. Para viabilizar sua candidatura, ele se filiou ao Partido Social Liberal (PSL) e escolheu Hamilton Mourão como seu candidato à vice-presidência.

A candidatura se deu na eleição presidencial de 2018. Com base em uma plataforma liberal, Bolsonaro defendeu propostas como privatização da Petrobras, fusão de ministérios, criação de escolas cívico-militares, acesso facilitado da população às armas, fim das demarcações de terras indígenas e quilombolas, entre outras.

Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado na cidade de Juiz de Fora, quando foi ferido por um golpe de faca. Passou por uma cirurgia, além alguns dias internado, mas se recuperou bem. O autor do atentado, Adélio Bispo, foi preso, e o inquérito conduzido pela Polícia Federal concluiu, em 2020, que ele agiu por conta própria. Um laudo da Justiça Federal também concluiu que Adélio Bispo possui um transtorno delirante permanente paranoide.

O atentado deu mais força à candidatura de Jair Bolsonaro e ele saiu vitorioso. No primeiro turno, Bolsonaro obteve 46,03% dos votos, e, no segundo turno, em disputa com Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 55,13% dos votos, contra 44,87% de seu opositor, vencendo as eleições.

Jair Bolsonaro assumiu a presidência no dia 1º de janeiro de 2019. Seu governo foi marcado por uma série de polêmicas e assumiu valores conservadores e liberais.

Créditos da imagem

[1] BW Press e Shutterstock

Por Daniel Neves
Professor de História

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