Qual foram os imigrantes que vieram ao Brasil depois dos europeus entre esses imigrantes estão japoneses sírios e libaneses?

Qual foram os imigrantes que vieram ao Brasil depois dos europeus entre esses imigrantes estão japoneses sírios e libaneses?

De povoado a metrópole, o traço fundamental que definiu o perfil de Curitiba foi a chegada de imigrantes das mais variadas procedências. Europeus, asiáticos e africanos contribuíram para a formação da estrutura populacional, econômica, social e cultural da cidade. Da mesma forma, paulistas, gaúchos, mineiros, nordestinos, enfim, brasileiros de todas as localidades também aqui se encontram, construindo a imagem de Curitiba.

Até o século 18, os habitantes da cidade eram índios, mamelucos, portugueses e espanhóis. Com a emancipação política do Paraná (1854) e o incentivo governamental à colonização na segunda metade do século 19, Curitiba foi transformada pela intensa imigração de europeus.

Alemães, franceses, suíços, poloneses, italianos, ucranianos, nos centros urbanos ou nos núcleos coloniais, conferiram um novo ritmo de crescimento à cidade e influenciaram de forma marcante os hábitos e costumes locais.

Em 1872, segundo registros históricos, a presença dos alemães no núcleo urbano já era notável. Eles iniciaram o processo de industrialização – metalurgia e gráfica –, incrementaram o comércio, introduziram modificações na arquitetura e disseminaram hábitos alimentares. Difundiram, também, a noção de associativismo.

Os poloneses chegaram em 1871 e criaram as colônias de Tomás Coelho (Araucária), Muricy (São José dos Pinhais), Santa Cândida, Orleans, Lamenha, Pilarzinho e Abranches. Atuaram basicamente na lavoura e no comércio. Hoje formam em Curitiba a maior colônia polonesa no Brasil.

Os italianos vieram para Curitiba em 1872 e, em 1878, criaram a colônia Santa Felicidade. Os oriundos do norte da Itália eram, em sua maioria, operários, artesãos, profissionais especializados e comerciantes. Os do sul dedicavam-se à lavoura e introduziram novos implementos agrícolas. Assim como os poloneses, eles vendiam na cidade, de carroça, sua produção de hortaliças.

Os ucranianos vieram em 1895. Estabeleceram-se no Campo da Galícia e foram expandindo suas propriedades ao longo da atual Avenida Cândido Hartmann e por todo o bairro Bigorrilho.

Os japoneses marcaram presença em Curitiba a partir de 1915, com a chegada de Mizumo Ryu. Em 1924, deslocaram-se para cá em maior número e se fixaram na cidade e redondezas - os bairros Uberaba, Campo Comprido, Santa Felicidade e o município de Araucária.

Os sírios e libaneses, no início do século XX, estabeleceram-se no comércio de roupas, sapatos, tecidos e armarinhos. Em função das características de suas lojas, ocuparam a área central da cidade. Os primeiros imigrantes vendiam as novidades às colônias mais distantes viajando em lombo de burro e batendo de porta em porta.

Curitiba também guarda marcas da presença negra, embora esta seja pouco documentada. Auguste de Saint-Hilaire, naturalista francês que andou pela cidade em 1820, fez levantamentos sobre a população da província: em 1818 havia 1.587 escravos, contra 1.941 vinte anos depois, em 1838. Nos mesmos anos, a população total era de 11.014 e de 16.155 habitantes. Ou seja: a população cresceu em 5.141 pessoas e os escravos, em 354. Mas, apesar dos poucos documentos existentes, a escravatura existiu no Paraná, ao longo dos ciclos econômicos e na construção de obras gigantescas como, por exemplo, a Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, entre 1880-85, ligando o Litoral ao Primeiro Planalto e com a engenharia dos irmãos Antônio e André Rebouças, ambos mulatos.

A formação da sociedade brasileira foi fortemente marcada por grandes deslocamentos populacionais (migrações). O tráfico de escravos, que desde o século 15 trasladou mais de 10 milhões de negros africanos para terras americanas, foi o mais importante desses afluxos, deixando marcas profundas em nossa constituição social. Contudo, desde a primeira metade do século 19, com o iminente fim da escravidão, a possibilidade de introduzir trabalhadores europeus esteve na pauta das ações políticas brasileiras, principalmente na transição do trabalho escravo ao assalariado.

No entanto, é preciso entender esse enorme movimento migratório em outra perspectiva, inseri-lo num panorama mais geral. A segunda metade do século 19 assistiu o desenrolar de um processo que ficou marcado como a maior migração de povos de toda a história. Estima-se que entre 1846 e 1875, cerca de 9 milhões de pessoas deixaram a Europa - principalmente a Itália - e cruzaram o Atlântico, rumando sobretudo para os Estados Unidos, na esperança de "fazer a América".

Imigração italiana

Igualmente importante é entender os fatores que impulsionaram esse grande fluxo migratório. O fato é que a Itália, na segunda metade do século 19, possuía milhares de trabalhadores dispostos a abandonar sua terra natal e se aventurar em países distantes como Brasil, Argentina e Estados Unidos. Isso se explica, sobretudo, pela forte penetração das relações capitalistas no campo e a consequente concentração da propriedade da terra.

As altas taxas e impostos sobre a posse da terra obrigaram muitos pequenos proprietários a empréstimos e endividamentos. Além disso, o pequeno produtor não conseguia competir com os grandes proprietários, que enchiam os mercados com produtos mais baratos. Sem condições de ocupação, esses trabalhadores se proletarizaram, transformando-se em mão-de-obra barata na nascente indústria italiana. Outros tantos preferiram cruzar o Atlântico, em busca de sorte melhor. Nesse sentido, a forte propaganda do governo brasileiro encontrou um público bastante vulnerável, carente de possibilidades de uma sobrevivência digna em sua terra natal.

Mão-de-obra barata

Em 1871, formou-se a Associação Auxiliadora de Colonização de São Paulo, reunindo importantes fazendeiros e contando com o apoio do governo. Quinze anos mais tarde, em 1886, foi criada a Sociedade Protetora da Imigração, responsável direta pelo alojamento, emprego e transporte dos recém-chegados até as zonas cafeeiras - sendo o café, na época, o verdadeiro motor da economia brasileira. Em apenas um ano, esta sociedade promoveu a entrada de mais de 32 mil trabalhadores. Até o ano de 1900, essa cifra ultrapassaria a casa dos 800 mil imigrantes.

Atraídos por uma forte campanha publicitária e por passagens subvencionadas pelo governo brasileiro, milhares de europeus viam aqui uma saída para sua difícil situação econômica, deixando-se cair nas tentadoras promessas de uma vida melhor ao sul do equador.

Estudos recentes mostram que a introdução de trabalhadores europeus em terras brasileiras deu-se num volume muito maior do que a capacidade de absorção das lavouras de café do interior paulista e de outras localidades. O objetivo era manter a oferta de braços num nível muito elevado, de maneira que o custo da mão-de-obra se mantivesse baixo e não onerasse demasiadamente a produção.

Brás, Bexiga e Barra Funda

Isso explica o fato de grande parcela desses imigrantes ter sido atraída pelos centros urbanos, em vez do campo, marcando definitivamente a conformação social de cidades como São Paulo. Daí o surgimento de bairros nos quais a presença de estrangeiros era marcante, como Bom Retiro, Brás, Bexiga e Barra Funda.

Em virtude desse afluxo de imigrantes, a população da cidade de São Paulo passaria de cerca de 31 mil habitantes em 1872 para mais de 230 mil em 1900. Esse excedente de trabalhadores fez com que o processo de industrialização, ocorrido em princípios do século 20, dispusesse de mão-de-obra barata, já que a oferta desta era considerável.

No sul do país, porém, a fixação de imigrantes deu-se de maneira diferenciada. Baseou-se na colonização por meio de pequenas propriedades, num processo iniciado muito antes do paulista, já que as primeiras colônias datam do início do século 19.

Ali predominaram os trabalhadores alemães, concentrados principalmente nas províncias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em 1824, por exemplo, formou-se a colônia alemã de São Leopoldo; em 1828 surge a de São Pedro de Alcântara e, a partir de 1850, surgem as colônias de Blumenau, Brusque e Dona Francisca, que mais tarde seria conhecida como Joinville.

Racismo e imigração

No entanto, é forçoso notar que não apenas aspectos econômicos nortearam as políticas de imigração de meados do século 19. A introdução de grandes levas de europeus era também motivada por aspectos de cunho raciais, dado o manifesto desejo de nossas elites de "branquear" a população brasileira, aliando-se ao plano de nação moderna que buscavam construir.

Em 1879, por exemplo, o deputado Ulhoa Cintra apresentou um projeto de introdução de trabalhadores chineses, advindos dos EUA ou da própria China, onde a abundância dessa mão-de-obra oriental tornava-a extremamente barata. Alvo de críticas de todo tipo, porém, tal projeto foi rechaçado. Alegava-se, sobretudo, que os chineses representavam uma "raça inferior", e portanto incompatível com o ideário do novo Brasil desejado pelas elites.

Japoneses e coreanos

Os opositores dos chineses agarravam-se na ideia de que a vinda de europeus promoveria uma depuração da raça brasileira, supostamente "maculada" por séculos de escravidão. A introdução de asiáticos nas lavouras paulistas somente se consolidaria em 1908, com a chegada do navio japonês Kasato-Maru. Tinha início uma nova e importante fase do processo imigração, com a formação de uma grande colônia japonesa.

Ao longo do século 20, o Brasil atraiu outros milhares de imigrantes advindos de diversas partes do mundo. Nas últimas décadas, por exemplo, nota-se a forte presença de coreanos e bolivianos em alguns bairros paulistanos.

Estima-se que nos últimos anos tenham entrado no país cerca de 50 mil bolivianos, atraídos sobretudo por oficinas de costura nos bairros do Brás e Pari, muitas delas clandestinas. Também vivem hoje em São Paulo entre 40 e 50 mil coreanos, a maioria deles ocupados em atividades comerciais. São novas cores que se somam ao arco-íris multiétnico brasileiro.

Quem são os imigrantes que vieram para o Brasil depois dos europeus?

Os principais grupos de imigrantes no Brasil são portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses, que representam mais de oitenta por cento do total.

Quais foram os imigrantes que vieram para o Brasil depois dos europeus entre eles estão japoneses sírios e libaneses?

Esses imigrantes eram majoritariamente alemães, italianos e eslavos. Os alemães começaram a chegar em 1824, os poloneses em 1869, os italianos em 1875 e os ucranianos em 1891. Também chegaram grupos menores de outras partes da Europa.

Quais foram os imigrantes que vieram para o Brasil?

Os principais grupos que chegaram naquele período foram portugueses, espanhóis, italianos, alemães, turcos, libaneses e japoneses. Grande parte de imigrantes se dirigiu para as regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Quantos imigrantes europeus vieram para o Brasil?

“Portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e alemães constituíram os principais fluxos em termos quantitativos”, diz a socióloga Ethel Kosminsky, da Unesp de Marília (SP). A entrada no país de mais de 4 milhões de estrangeiros dessas nacionalidades teve dois momentos bem diferentes.