Qual o critério e utilizado para se definir um país de Segundo Mundo?

Regionalização é a classificação que serviu para rotular mundos, dividindo ricos e pobres, mas não diminuiu as diferenças sociais.

Qual o critério e utilizado para se definir um país de Segundo Mundo?

A Teoria da Regionalização Mundial objetiva identificar grandes áreas do planeta com características próximas (população, economia, formação sócio-econômica-espacial etc).

Na ciência geográfica o conceito de região está ligado à ideia de diferenciação de áreas.

As regiões podem ser estabelecidas de acordo com critérios naturais, abordando as diferenças de vegetação, clima, relevo, hidrografia, fauna e etc., e sociocultural que corresponde à avaliação das condições sociais e culturais que insere neste contexto o índice de desenvolvimento humano para explicitar como vivem as pessoas em determinado lugar.

Para uma melhor análise dos dados e das diferenças existentes no mundo, e para não generalizar as informações, foi preciso fazer a regionalização de áreas de abordagens, oferecendo várias vantagens aos estudos geográficos.

Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo

Em 1960 o mundo foi regionalizado e classificado em Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo.

Primeiro Mundo são países que possuem economias fortalecidas, altos índices de industrialização, elevado nível tecnológico. Sua população grandes indicadores sociais: boa qualidade de vida, bons rendimentos, baixos índices de analfabetismo, boa expectativa de vida, entre outros.

No grupo estão Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Japão e Austrália. Na atualidade o nome desse grupo é “desenvolvido”.

Qual o critério e utilizado para se definir um país de Segundo Mundo?

O Segundo Mundo era constituído por um grupo de países ex-socialistas, como a União Soviética, que possuíam economia planificada. Essa designação não é mais usada atualmente. Muitos cientistas classificam como de Segundo Mundo os países detentores de economias emergentes, como China, Rússia, Brasil, Argentina, México e Índia. Esses países são chamados atualmente de “países em desenvolvimento”.

Terceiro Mundo: fazem parte desse grupo os países que possuem economia subdesenvolvida ou em desenvolvimento, geralmente nações localizadas em parte da América Latina, África e Ásia. A expressão de 1952 foi do economista francês Alfred Sauvy e tencionava chamar a atenção para as nações marginalizadas mundialmente.

Mas foi usada de modo tão preconceituoso que acabou abandonada. Aí estão a maioria dos países latinos, e muitos países da África e Ásia. Todos eles hoje são “países em desenvolvimento”.

Outras classificações que diferenciam países ricos dos pobres

Buscando evitar termos pejorativos, o mundo foi regionalizado e classificado em países centrais e periféricos. Os ricos (centrais) são países que estão no centro das decisões mundiais, são desenvolvidos, industrializados, avançados tecnologicamente, com economia estável.

Já os países pobres (periféricos) são subdesenvolvidos, pouco industrializados, com produção primária e de economia instável com grande incidência de crises.

E como já citamos, o mundo pode ser regionalizado e chamado de desenvolvido e em desenvolvimento. Desenvolvidos são os países centrais ou ricos, enquanto que os outros são os periféricos ou pobres.

A crítica que se faz a essas classificações é que, em vez de modificar o mundo para melhor, mudam apenas os rótulos. As mazelas mundiais persistem cada vez mais acentuadas.

É bem interessante essa regionalização do mundo, não é verdade? Leia também a matéria sobre a indústria da seca no nordeste brasileiro.

Fonte: Mundo Educação, Estudo Prático, Mundo Educação, Brasil Escola.

  • Rogerio Wassermann
  • Da BBC Brasil em Londres

24 setembro 2010

Atualizado 27 setembro 2010

Qual o critério e utilizado para se definir um país de Segundo Mundo?

Legenda da foto,

Bairros de São Paulo têm indicadores sociais de países desenvolvidos

Apesar de os termos países “desenvolvidos”, “em desenvolvimento”, “emergentes” ou até mesmo “de primeiro mundo” ou “de terceiro mundo” serem recorrentes e amplamente utilizados, não existe uma definição ou critérios únicos para identificá-los.

O FMI, em seus relatórios, considera economias avançadas 33 países ou territórios: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chipre, Cingapura, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Hong Kong, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, Malta, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, República Tcheca, Suécia, Suíça e Taiwan.

O Brasil, com todos os demais países, aparece no grupo de economias emergentes e em desenvolvimento.

Outros agrupamentos são ainda mais restritos, como o G7, grupo político que reúne as sete economias supostamente mais industrializadas do planeta – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão.

O Brasil faz parte do G20, grupo que une as 20 maiores economias do mundo, colocando lado a lado os países considerados desenvolvidos e os países considerados emergentes.

Critérios econômicos

Um dos critérios comumente usados para classificar os países é o econômico, baseado na ideia de que a riqueza está ligada ao desenvolvimento. Assim, poderia-se considerar um país desenvolvido quando sua renda per capita atinge um determinado patamar.

Mas isso significaria incluir no mesmo grupo de países desenvolvidos nações com alta renda per capita, mas com baixo nível de industrialização ou de qualidade de vida, como é o caso de muitos países produtores de petróleo no Oriente Médio, por exemplo.

Segundo os dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), o Catar tem a maior renda per capita do mundo, com US$ 83.841 anuais, mas o país não figura em nenhuma das listas usuais de países desenvolvidos.

Neste critério, o Brasil está em posição intermediária, na 75ª posição do ranking segundo os dados do FMI (renda per capita de US$ 10.514 anuais) ou na 72ª posição segundo os dados do Banco Mundial (renda per capita de US$ 10.427 anuais).

Desenvolvimento Humano

Um dos critérios mais sofisticados para definir desenvolvimento é o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), calculado pela ONU para medir os avanços de cada país não somente na economia, mas critérios como saúde e educação.

Por este critério, o Brasil aparece em 75º lugar num ranking mundial, no grupo de países considerados de “alto desenvolvimento humano”, com um índice de 0,813 em uma escala que vai de 0 (menor desenvolvimento humano) a 1 (maior desenvolvimento humano).

A ONU considera os 38 primeiros países do ranking, com um índice superior a 0,900, como nações de “desenvolvimento humano muito alto”. A Noruega, com índice 0,971, lidera o ranking.

O Brasil somente entrou no grupo das economias de alto desenvolvimento em 2007 e ainda está abaixo, neste critério, de países latino-americanos como Chile (44º do ranking, com índice 0,878), Argentina (49º, 0,866) e Venezuela (58º, 0,844).

Ainda assim, o país está mais avançado do que outras grandes economias emergentes como Turquia (79º lugar, com IDH 0,806), China (92º, 0,772) e Índia (134º, 0,612). A China e a Índia estão no grupo de países de desenvolvimento humano médio.

OCDE

A participação como membro na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) também é muitas vezes citada como “carimbo” da aceitação dos países no grupo das economias desenvolvidas.

A organização tem 34 membros, incluindo a União Europeia. O Brasil não é membro da OCDE, mas dois outros países latino-americanos são: o Chile e o México.

Mas o Comitê de Desenvolvimento e Assistência da OCDE reúne 23 países mais a Uniao Europeia (UE) em um grupo de grandes doadores de ajuda internacional - Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça.

Ficam de fora do comitê outros dez membros da OCDE: Chile, Eslováquia, Eslovênia, Hungria, Islândia, Israel, México, Polônia, República Tcheca e Turquia.

O que diferencia os países de primeiro segundo e Terceiro Mundo?

Assim, convencionou-se que o Primeiro Mundo seria o dos países capitalistas desenvolvidos, enquanto o Segundo Mundo seria o dos países socialistas industrializados. Restariam no Terceiro Mundo os países capitalistas economicamente subdesenvolvidos e geopoliticamente não-alinhados.

Como era formado o Segundo Mundo?

De acordo com a Teoria dos Mundos, o Segundo Mundo é composto pelas nações do antigo bloco socialista, isto é, a antiga União Soviética e seus aliados, como os países do Leste Europeu (mais especificamente os signatários do Pacto de Varsóvia), Cuba, a China de Mao Tsé-Tung, dentre outros aliados menores, como é ...

O que e 1 2 e 3 mundo?

O Primeiro Mundo correspondia aos países capitalistas desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, países da Europa Ocidental e Japão. O segundo Mundo era formado pelos países do Leste Europeu. E o Terceiro Mundo, pelos países capitalistas subdesenvolvidos.

Quais os fatores que diferem um país do Primeiro Mundo para um país do Terceiro Mundo?

Um país desenvolvido é aquele que possui um alto nível de industrialização e renda per capita. Eles apresentam um alto IDH, nível de educação e qualidade de vida. Um país subdesenvolvido é aquele pouco industrializado e tem uma baixa renda per capita.