Quantos comprimidos de Paracetamol uma grávida pode tomar por dia?

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Grávida pode tomar paracetamol?

Dores de cabeça no início da gravidez podem ser comuns. Saiba se o paracetamol é indicado para grávidas

Quantos comprimidos de Paracetamol uma grávida pode tomar por dia?

Quantos comprimidos de Paracetamol uma grávida pode tomar por dia?
Grávida pode tomar paracetamol? - Foto: Burak Karademir/Getty Images

Publicado em 25 de setembro de 2020

O paracetamol é um analgésico e antitérmico indicado para diminuição da febre e alívio de dores leves a moderadas. Durante a gestação, a grávida pode se queixar de dores de cabeça, principalmente no primeiro trimestre de gestação.

Geralmente esse sintoma durante a gravidez é bem comum, porque é no início da gravidez que o nível de estrogênio diminui, provocando as dores de cabeça. As crises de cefaleia só preocupam quando são muito recorrentes e associadas a outros sintomas.

Quando a gestante sente dor de cabeça, o primeiro pensamento é tomar um analgésico, como por exemplo, o paracetamol, a fim de diminuir esse sintoma que tanto incomoda. Mas será que o paracetamol é indicado para grávidas? Confira abaixo.

Segundo a Food and Drug Administration (FDA), o paracetamol tem classificação B, ou seja, não tem nenhuma evidência de risco em humanos. Portanto, é um dos analgésicos mais utilizados durante a gestação e lactação.

"O paracetamol continua sendo o analgésico de escolha durante a gestação, devendo-se utilizar a menor dose e por menor tempo possível", explica a ginecologista e obstetra Maria Augusta Tamm, especialista em reprodução humana do Grupo Huntington.

No entanto, a automedicação não é indicada, principalmente em casos de gravidez. Dessa forma, o ideal é sempre consultar um médico previamente em casos de dores ou febre durante a gestação.

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Se reparar, praticamente todas as bulas de qualquer medicamento sujeito a recita médica ou de venda livre avisam que as mulheres grávidas não devem usar qualquer medicamento sem conselho médico. Será o paracetamol na gravidez uma opção segura quando é absolutamente necessário tomá-lo?

Paracetamol na gravidez

Estou grávida. Posso tomar paracetamol?

Apesar de a administração de paracetamol (Ben-u-Ron®) em grávidas não ter demonstrado efeitos indesejáveis na gravidez ou na saúde do feto / recém-nascido, o uso de paracetamol na gravidez, deve ser sempre avaliado pelo médico segundo a relação risco / benefício. Pergunte ao seu médico qual a dosagem apropriada antes de o tomar pela primeira vez.

Estou a amamentar. Posso tomar paracetamol?

O paracetamol passa para o leite materno. Como até à data não ocorreram consequências negativas conhecidas em lactentes, como norma, durante o tratamento com paracetamol, a mãe não precisa de interromper o aleitamento.

Como tomar paracetamol?

Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas sobre a forma de tomar paracetamol ou se lhe parecer que este é demasiado forte ou demasiado fraco.

O medicamento deve ser tomado por via oral, com água e sem mastigar.

A toma de paracetamol após as refeições podem atrasar o seu inicio de ação. A dose a administrar depende da idade e do peso corporal.

Existem efeitos secundários?

Como todos os medicamentos, o paracetamol pode causar efeitos secundários em algumas pessoas.

Sendo normalmente bem tolerado em doses terapêuticas, podem no entanto ocorrer frequentemente náuseas ou vómitos, pouco frequentemente diarreia, dor de barriga, obstipação (prisão de ventre) e sensação de ardor na garganta.

Raramente, pode verificar-se a ocorrência de alergias na pele, com comichão, manchas e inflamação. Muito raramente podem ocorrer alterações relacionadas com o sangue e sistema linfático e, em doentes predispostos, broncospasmo.

Grávidas podem tomar medicamentos?

Esta informação é meramente indicativa não pretendendo, em qualquer momento, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Em caso de dúvida quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação do seu médico ou farmacêutico.

O uso de paracetamol (também chamado de acetominofeno), analgésico largamente utilizado no mundo todo por mulheres grávidas, não é tão seguro como se pensa e deve ser feito apenas sob orientação médica. É o que diz um novo estudo publicado na revista científica Nature Reviews Endocrinology.

Desenvolvida por especialistas e apoiada por um grupo de 91 cientistas, o estudo é uma revisão de pesquisas e análises dos últimos 25 anos a respeito do uso de analgésicos durante a gestação, incluindo estudos observacionais e feitos em laboratório com animais.

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O resultado da revisão é que o uso do paracetamol pode ter relação com algumas alterações no desenvolvimento fetal, incluindo o aparecimento de problemas neurológicos, na formação dos órgãos genitais e ainda no sistema reprodutivo de homens e mulheres.

Por isso, a recomendação dos especialistas é de que o uso do medicamento por gestantes seja feito pelo menor período de tempo possível, com a menor dose recomendada e apenas se for realmente necessário, sob orientação médica. Isso evitaria os possíveis riscos à saúde do bebê que surgiram durante a revisão.

Por que isso é importante?

O paracetamol é um dos medicamentos mais usados no mundo todo para aliviar dores e reduzir a febre. De acordo com o estudo, estima-se que, nos EUA, ele seja utilizado por 65% das mulheres grávidas; no mundo todo, esse total pode chegar a 50% dentro desse público.

O problema é que seu uso é tão disseminado que muitas grávidas fazem uso do remédio sem supervisão especializada, acreditam não estarem expostas a nenhum risco, o que não é o caso. Nos últimos anos, diversos estudos surgiram questionando a segurança do medicamento para essas mulheres e seus bebês.

Um deles, por exemplo, publicado no periódico JAMA Pediatrics, alertou para o aumento no risco de desenvolvimento de TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção) nas crianças expostas ao medicamento durante a gestação. E, em 2020, o FDA (Food and Drug administration), órgão norte-americano que regula os alimentos e remédios comercializados nos Estados Unidos, emitiu um boletim recomendando que grávidas com mais de 20 semanas de gestação não utilizem anti-inflamatórios não esteroides, como aspirina, naproxeno, ibuprofeno e paracetamol, pois eles poderiam levar a problemas renais nos fetos e redução dos níveis de líquido amniótico, fluído que protege o embrião de infecções.

O que isso muda?

Na prática, o estudo reforça o que os especialistas já dizem há tempos:a automedicação nunca é recomendada —especialmente se você estiver grávida. Mas a informação não é motivo para pânico, já que o estudo deixa claro que o risco aumenta apenas se o uso for contínuo (por duas semana inteira, exemplo) e em altas doses. Ou seja, o uso esporádico, aquele feito de forma pontual e em doses baixas para aliviar dores ou algum resfriado, por exemplo, não se encaixaria nesse contexto.

Para Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o estudo corrobora a importância da orientação médica para que as gestantes. "A gente sabe que qualquer medicação, por mais inofensiva que pareça, pode ter algum efeito sobre o bebê", explica. "Por isso, ela deve ser administrada apenas se for realmente necessário e na menor dose possível", avalia.

Pupo lembra ainda que o primeiro trimestre é o período mais delicado da gestação, pois é quando o bebê passa por uma fase de grandes e rápidas transformações. "Se, nesse momento de organização celular, alguma substância passar pela placenta, ela pode, sim, ter algum efeito na formação da criança", diz.

O especialista também diz que não são apenas os remédios que podem provocar essas alterações. "Já sabemos que a poluição, bebida alcoólica, uso de drogas e até a ingestão de certos corantes artificiais podem trazer algum risco", explica. "Por isso, orientamos que as mulheres não façam uso dessas substâncias e busquem orientação médica sempre que estiverem em dúvida."

Quantas vezes por dia grávida pode tomar paracetamol?

O analgésico Paracetamol pode ser utilizado durante a gravidez, mas sem exageros e sempre respeitando as orientações médicas. De acordo com estudos, deve-se respeitar a dose diária máxima de até 1 g por dia.

Estou grávida e tomei paracetamol 750mg?

Mulheres grávidas devem tomar cuidado com o paracetamol, priorizando a menor dose eficaz, pelo tempo mais curto possível, e apenas sob orientação médica. Apesar de ser visto como seguro durante a gestação, uma nova recomendação alerta para possíveis danos ao desenvolvimento do bebê.

Qual paracetamol é indicado para gestante?

O paracetamol (Dôrico®, Tylenol®) é o analgésico de escolha durante a gravidez, evitando-se sempre o uso de altas doses, pelo potencial hepatotóxico (1).

Quanto tempo dura o efeito do paracetamol?

Cada organismo reage em um tempo específico. Porém, normalmente, o paracetamol age em aproximadamente 15 a 30 minutos após administração oral.