Que fatores econômicos levaram a interiorização da criação do gado durante o período colonial?

Grátis

3 pág.

Que fatores econômicos levaram a interiorização da criação do gado durante o período colonial?

Que fatores econômicos levaram a interiorização da criação do gado durante o período colonial?

  • Denunciar


Pré-visualização | Página 1 de 2

1 Que fatores econômicos levaram à interiorização da 
criação de gado durante o período colonial?
O aumento da área destinada ao plantio da cana-de-açúcar, produto 
mais rentável do que o gado, levou os rebanhos a perderem espaço 
nas áreas litorâneas do nordeste. A solução foi o deslocamento dos 
animais para áreas menos propícias ao cultivo. Com isso, seguiram o 
litoral norte e o leito do rio São Francisco, chegando ao centro-oeste, 
sudeste e sul do Brasil.
2 Qual era a principal mão de obra utilizada na extração 
de drogas do sertão na Floresta Amazônica? 
A principal mão de obra era a de indígenas catequizados pela 
Companhia de Jesus. 
3 Por que jesuítas e sertanistas se relacionavam de ma-
neira conflituosa no Brasil colonial?
Porque era uma prática comum o ataque de sertanistas a missões 
jesuíticas, com o intuito de capturar e escravizar nativos já inseridos 
na dinâmica cultural portuguesa; portanto, mais valiosos como 
trabalhadores. Esses acontecimentos eram responsáveis por colocar 
em conflito esses dois grupos em questão.
4 Explique os objetivos contrarreformistas das missões 
jesuíticas.
As missões cumpriam a função de conversão das populações nativas, 
compensando, parcialmente, as perdas de fiéis em curso na Europa 
em consequência das reformas protestantes.
1 Leia o trecho a seguir.
No Governo de Nassau, Pernambuco proporcionou 
uma base a partir da qual se lançaram sucessivos ataques 
à costa ocidental da África ao Caribe. […]
 Em 1641, empreendeu desde Recife um bem-sucedi-
do ataque à ilha de São Paulo de Luanda, em Angola, e à 
ilha de São Tomé, no golfo da Guiné, com a intenção de 
controlar as praças que forneciam cativos africanos para 
o Brasil Holandês.
LOPEZ, Adriana; MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil: uma interpretação.
São Paulo: Senac São Paulo, 2008. p. 135-136.
Qual era a influência dos eventos acima relatados sobre 
as práticas bandeirantes no Brasil colonial?
Com a ocupação dos holandeses sobre as principais praças portuguesas 
fornecedoras de escravizados, o Brasil passou a sofrer com a dificuldade 
de abastecimento de mão de obra. Para os sertanistas, essa foi uma 
oportunidade de ampliação de seus negócios, uma vez que passaram 
a ser mais requisitados como fornecedores de indígenas escravizados,
aumentando sua atuação nesse sentido e consequentemente 
intensificando suas rusgas com os jesuítas na colônia. 
PRATICANDO O APRENDIZADO
APLICANDO O CONHECIMENTO
2 Observe o mapa. 
B
a
n
c
o
 d
e
 i
m
a
g
e
n
s
/A
rq
u
iv
o
 d
a
 e
d
it
o
ra
1 2
3
SÃO PAULO
OCEANO
ATLÂNTICO
PARANÁ
MATO
GROSSO
DO SUL
MINAS
GERAIS
140 km0
N
S
LO
São Paulo
Trópico de Capricórnio
1-Rodovia Raposo Tavares (SP-270)
2-Rodovia Bandeirantes (SP-348)
3-Rodovia Anhanguera (SP-330)
4-Rodovia Fernão Dias (BR-381)
Rodovia
4
São Paulo: algumas 
rodovias importantes
Disponível em: <https://historiadesaopaulo.wordpress.com/bandeirantes/>. 
Acesso em: 17 nov. 2019.
Relacione o nome dado às estradas do estado de São 
Paulo à importância que os bandeirantes tiveram na 
história do Brasil. 
Além de se tratar de personagens históricos importantes, originários 
da região que atualmente conhecemos como o estado de São Paulo, 
muitas das primeiras estradas abertas e asfaltadas tiveram como 
referências as rotas bandeirantes dos séculos XVII e XVIII. Isso 
explica o nome de líderes sertanistas dado a tais estradas existentes 
até hoje. 
167
H
IS
T
Ó
R
IA
 
 
 
M
Ó
D
U
LO
 1
8
PH_EF2_7ANO_HIS_157a169_CAD3_MOD18_CA.indd 167 19/03/20 17:57
1 Atualmente muitas comunidades reivindicam o reco-
nhecimento de sua origem quilombola e, consequen-
temente, os direitos advindos dessa condição. Observe 
os dados a seguir.
Dados sobre comunidades quilombolas no 
Brasil (2013)
● 2 197 comunidades são reconhecidas oficial-
mente pelo Estado brasileiro. 
● 2 040 comunidades são certificadas pela Fun-
dação Cultural Palmares, sendo 63% delas no 
Nordeste.
● Constam 1 229 processos abertos para titulação 
no Incra.
● 207 comunidades tituladas com área total 
de 995,1 mil hectares, beneficiando 12 906 
famílias.
Há uma estimativa de 214 mil famílias e 1,17 mi-
lhão de quilombolas em todo o Brasil.
História da escravidão. História em Foco, São Paulo, Alto Astral, ano 2, n. 5, p. 7, 2017.
Os dados apontam para a visibilidade quilombo-
la, mas nem sempre foi assim. Durante o período 
colonial, a discrição era o maior objetivo daqueles 
grupos, pois:
a) pretendiam produzir e gerar riquezas para que um 
dia pudessem retornar à África.
b) buscavam se esconder da atuação dos jesuítas e suas 
técnicas de catequese e conversão.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
c) evitavam ser alvos fáceis para a atuação dos serta-
nistas de contrato.
d) acreditavam ser preciso respeitar os portugueses, 
cujas terras seus quilombos usurpavam. 
2 Leia o trecho abaixo.
Claro, os jesuítas não se opunham ao bandeirante, 
pelo mero prazer de hostilizá-lo, nem para deter a pro-
cura de ouro e metais preciosos de entradas e bandeiras 
ou para interromper deliberadamente os processos de 
transformação que haviam de converter em símbolo na-
cional a imagem que lhe correspondia. Não houve tal.
MOOG, Clodomir Vianna. Bandeirantes e pioneiros: paralelo entre duas culturas. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 2011. p. 226. 
O texto nos provoca a pensar nas origens das hostilida-
des entre os sertanistas (bandeirantes) e os jesuítas ao 
longo da história do Brasil colonial. E, entre as possí-
veis razões para essas desavenças, podemos destacar:
a) a concorrência entre a Companhia de Jesus e sua 
busca por fiéis com os “bandeirantes” adeptos da 
fé protestante calvinista.
b) a disputa entre jesuítas, que buscavam catequizar 
indígenas, e os sertanistas que pretendiam capturar 
e escravizar os povos nativos.
c) a concorrência entre jesuítas e bandeirantes, repre-
sentantes de ordens religiosas que pretendiam pela 
catequese indígena se fortalecer. 
d) a disputa direta entre o padre Antônio Vieira e o ban-
deirante Raposo Tavares, que traziam de Portugal 
desavenças antigas e passadas.
3 Leia a seguinte definição.
Etnocentrismo: Concepção do mundo característica 
de quem considera os valores de sua própria sociedade 
como os únicos parâmetros válidos para julgar outras 
culturas e sociedades. 
Dicionário Aulete digital. Disponível em: <www.aulete.com.br/
etnocentrismo>. Acesso em: 18 nov. 2019.
Considerando a definição estabelecida pelo dicionário, 
explique a razão para avaliarmos o conceito de sertão, 
criado durante o período colonial brasileiro, como um 
termo dotado de aspectos etnocêntricos.
O aspecto etnocêntrico está no fato de o termo “sertão” desconsiderar 
a ocupação indígena nativa. Na ocasião da chegada dos portugueses, 
o litoral e o interior da América eram regiões densamente povoadas, 
com sociedades reunidas em povoações maiores do que muitas 
cidades europeias do mesmo período. Desconsiderar essa presença 
significa desconsiderar a importância desses grupos culturais e de 
seu ponto de vista sobre a história daquele continente. 
168
H
IS
T
Ó
R
IA
 
 
 
M
Ó
D
U
LO
 1
8
PH_EF2_7ANO_HIS_157a169_CAD3_MOD18_CA.indd 168 19/03/20 17:57
3 Leia o trecho a seguir.
Pelas águas do Tietê cada vez mais frequentes desceram as bandeiras catadoras de índios e prospectoras de ouro. 
Provavelmente por elas também navegaram os nossos primeiros devassadores da selva mato-grossense e escaladores 
dos Andes, os sertanistas, serviçais do recuo do meridiano pelo continente adentro, uns ilustres e outros obscuros “cujas 
ações heroicas a lima do tempo consumiu”, nas frase do velho cronista que lhes celebrou os feitos.
Avoluma-se o movimento para o Oeste misterioso com o decorrer dos anos seiscentistas.
TAUNAY, Affonso de E. História das bandeiras paulistas. 
São Paulo: Melhoramentos,

Página12

Que fatores econômicos levaram a interiorização da criação de gado durante o período colonial?

As condições do relevo e da vegetação desse espaço motivaram a fundação de fazendas de gado voltadas para o abastecimento de vários centros urbanos, formados nesse período. Além do charque, um tipo de carne seca, os pecuaristas dessa região também lucravam com a exportação de couro e animais de transporte.

Qual foi o motivo da interiorização de gado no período colonial?

A criação de gado tinha como objetivo suprir o mercado interno. O gado bovino fornecia o couro, a carne e, além disso, era utilizado para mover a moenda dos engenhos. Apesar de sua importância para as diversas atividades da Colônia, considerava-se a criação do gado uma atividade secundária.

Que fatores econômicos levaram a interiorização?

O crescimento econômico e populacional das regiões auríferas exigia mais gado para alimentar a população e para transportar o ouro. O movimento de interiorização do Brasil por meio da expansão da pecuária foi tão rápido que, no início do século XIX, todo o sertão nordestino estava ocupado.

Quais atividades econômicas foram importantes para a interiorização da colônia?

A produção de açúcar foi a principal atividade econômica da colônia portuguesa na América até o século XVIII. O sistema de plantation concentrou-se no litoral. Mas, durante o período colonial, outras atividades se destacaram. Vamos tratar de duas delas: a pecuária e a mineração do ouro.