Reflexão sobre o filme O Milagre de Anne Sullivan

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O que determina se seremos ou não bem-sucedidos na vida? A relação de uma pessoa surdocega com a sua intérprete nos faz refletir sobre isso! A surdocegueira é retratada no filme “O Milagre de Anne Sullivan” É uma história real, ocorrida no ano de 1862. Somos impactados pelo desafio apresentado.

Reflexão sobre o filme O Milagre de Anne Sullivan
É possível educar uma menina rebelde, mal humorada, agressiva, totalmente limitada pela falta de acessibilidade, já que é surdocega? Ela está privada de dois dos mais importantes sentidos: a visão e a audição.

A família não sabe como lidar com Hellen. Frustrada, despreparada, perdida, mas abastada, contrata a professora Anne… Que com dedicação, carinho e pulso firme, consegue promover a inclusão de Hellen. Não só na família, mas também na comunidade.

A Surdocegueira: O  Milagre de Anne Sullivan: baseado em fatos reais

“O Milagre de Anne Sullivan” é de uma sensibilidade e beleza emocionantes! Hellen, a surdocega que vive num mundo silencioso e escuro, não consegue interargir. Numa cena maravilhosa, que vale a pena conferir, ela pronuncia a primeira palavra – aos 7 anos de idade.

Em cada uma das demais cenas do filme, vamos conhecendo de que forma as duas vão vencendo obstáculos, construindo possibilidades e superando expectativas. Até que Hellen se forme e se torne uma escritora famosa, de grande sucesso.

É um verdadeiro milagre a quatro mãos! Vale a pena conferir essa linda história. Confira mais resenhas aqui!

Sinopse do filme O Milagre de Anne Sullivan

“A incansável tarefa de Anne Sullivan (Anne Bancroft), uma professora, ao tentar fazer com que Helen Keller (Patty Duke), uma garota cega, surda e muda, se adapte e entenda (pelo menos em parte) as coisas que a cercam. Para isso entra em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo nem lhe tratado como qualquer criança.”

Surdocegueira no brasil

Não existem dados confiáveis e precisos sobre a surdocegueira no Brasil, mas sabemos que são variadas as classificações: surdez congênita e cegueira adquirida, cegueira congênita e surdez adquirida, cegueira e surdez congênitas, cegueira e surdez adquiridas, baixa visão com surdez congênita, baixa visão com surdez adquirida. As necessidades podem variar, conforme o diagnóstico e podem necessitar de formas diferentes de acessibilidade comunicativa.

De qualquer forma, toda e qualquer pessoa com deficiência precisa ser respeitada e incluída na nossa sociedade. Entender isso já ajuda um pouco.

Ações inclusivas são essenciais também para o surdocego!

O filme O Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker, 2000) é baseado na história real de Helen Keller, uma criança de sete anos de idade que, após uma grave doença infantil, ficou cega, surda e muda. Ambientada no Alabama, sul dos Estados Unidos, no final do século XIX, a história mostra a incansável tarefa de Anne Sullivan, uma professora que procura, a todo custo, fazer com que Helen se adapte melhor ao convívio familiar e entenda com mais autonomia as coisas que a cercam.

Por nunca haver recebido nenhum tipo de educação e sempre ter sido atendida em suas malcriações e birras, Helen, filha de uma importante e aristocrática família da época, não sabe como se comunicar e vive em um mundo sem som, sem escrita e sem luz, fazendo com que ela não tenha um conhecimento seguro do mundo que a cerca. Por vezes é tratada como um animalzinho doméstico, em outras ocasiões, como uma menina selvagem. É nesse momento que entra a tarefa da professora Anne Sullivan, que chega a adentrar em confronto direto com os pais da menina, os quais sempre sentiram pena da filha e desde então, a mimaram, sem nunca terem lhe ensinado algo de relevante e tampouco, tratado-a como uma criança normal.

Através de uma linguagem bastante acessível, o filme procura retratar dentro de uma determinada época a descoberta do processo de comunicação para pessoas com deficiências graves, nesse caso, pessoas cegas/surdas/mudas, através de uma interessante linguagem de toque utilizando os dedos e as mãos. Passando a morar sozinha por duas semanas com Helen, a professora Anne consegue mostrar à menina que ao seu redor existe um mundo maravilhoso a ser descoberto, algo que pode ser tocado e vivido. Um mundo com aromas, texturas e nomes. Pelas mãos da tutora, Helen, tida então como uma menina impossível e não-educável, passa a se inteirar do universo da linguagem, compreendendo aos poucos o mundo ao seu redor.

A persistência da professora ao ensinar regras de convivência para a menina traz uma mensagem incrível daquilo que alguém pode fazer de bom para outro ser humano, um maravilhoso trabalho de educação em cima de uma pessoa, mostrando assim, que a força de vontade e atitude na educação pode e faz a diferença para toda a vida de um ser humano. O resultado desse esforço é que Helen Keller foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar um bacharelado, indo além de qualquer expectativa.

Por outro lado, baseado nas argumentações do filme e na proposta de educação diferenciada da professora Anne Sullivan, outras questões importantes podem ser trazidas à tona, entendendo-se que a escola fundamental sofre atualmente uma enorme pressão na condução do aprendizado, especialmente na aplicação de algumas regras de convivência por parte dos docentes para que se evite o uso da força. Naturalmente a questão que surge é a seguinte: É possível ter autoridade em sala de aula sem ser autoritário? Sem dúvida, é de extrema importância a autoridade do professor para a manutenção da disciplina em sala de aula, uma vez que esse domínio sobre os alunos é uma garantia de estabilidade dentro do ambiente de ensino, tranquilizando a criança e atendendo às necessidades básicas de convívio mútuo. Muito embora, tradicionalmente, a autoridade venha sendo confundida nas instituições escolares com autoritarismo.

Portanto, é possível afirmar que a realidade das escolas hoje deixa ao século XXI o desafio de colocar o ensino pedagógico a serviço das metas educacionais. Com a certeza de que, em uma escola, transmitir informações não é o suficiente. É necessário, sobretudo, educar.

Referência:

Filme, O Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker, 2000)

Dirigido por: Nadia Tass

O que aprendemos com o filme O Milagre de Anne Sullivan?

Um filme que mostra como o ser humano não está seguro sobre as coisas que a vida pode aprontar. O Milagre de Anne Sullivan é um retrato psicológico, mostra-nos como não sabemos lidar com com limites físicos e a realidade de um ser humano.

Qual a importância do filme O Milagre de Anne Sullivan?

O filme tem uma nítida ligação com a disciplina Educação Especial, pois além da realidade da menina cega e surda, mostra as dificuldades encontradas pela família no cotidiano e, uma professora inserida no contexto, que conhecia bem de perto o “escuro” mundo de Helen.

O que Anne Sullivan contribuiu para melhorar o mundo?

Anne Sullivan (1866-1936) foi uma professora estadunidense que ficou famosa no mundo todo por ajudar uma jovem surda e cega a se comunicar utilizando linguagem de sinais. Também é uma das mulheres que mudaram a educação no mundo. Sob a sua supervisão, Helen Keller aprendeu inglês, francês e alemão, além de braille.

Qual foi o método usado para ensinar a Helen entender as coisas ao seu redor?

Comer no prato não é fácil, saber indicar as coisas e seus significados é quase impossível. Anne resolve criar um método de comunicação entre elas: o tato seria o alfabeto. O tato, serveria como o meio de comunicação, fazendo com que Anne e Helen desenvolvam uma sequência de palavras associadas aos gestos das mãos.