Tem algum problema tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?

Não. A mulher que já faz uso de anticoncepcional não apresenta riscos adicionais ao tomar a pílula do dia seguinte.

Quando o anticoncepcional é usado corretamente, na hora certa e sem esquecimento, não há necessidade da mulher tomar a pílula do dia seguinte mesmo tendo feito sexo vaginal desprotegido. O anticoncepcional usado rotineiramente apresenta uma boa segurança para evitar gravidez indesejada.

Vale lembrar que a pílula do dia seguinte contém uma quantidade alta de hormônio capaz de desequilibrar o ciclo menstrual da mulher e não deve ser tomada constantemente.

A mulher que já usa algum tipo de anticoncepcional (comprimidos, injeção, anel vaginal, DIU, adesivo ou implante intradérmico) só precisa tomar a pílula do dia seguinte em algumas situações como:

  • atraso maior de 24 horas para pílulas com estrógeno e progestágeno;
  • atraso maior de 3 horas para pílulas só com progestágeno;
  • atraso maior de 2 semanas para injeção com Medroxiprogesterona (ex: Depo-Provera® ).

Fora dessas situações, não há necessidade de usar os dois métodos em conjunto.

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04 de agosto de 2022

Tem algum problema tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?
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Quem faz uso de pílula anticoncepcional regularmente, mas, por algum motivo, se esqueceu de tomar ou usou de forma errada e, para não correr o risco de uma gravidez recorre à pílula do dia seguinte, está fazendo uma "bagunça geral" no organismo.

É que, segundo o ginecologista e obstetra Sergio Kobayashi, do laboratório Alta Excelência Diagnóstica, a combinação de pílula anticoncepcional com pílula do dia seguinte tem um alto potencial para fazer mal. "A pílula do dia seguinte tem cerca de quinze vezes mais hormônio (levonorgestrel) do que se tomasse as pílulas combinadas (pílula anticoncepcional)", diz.

Se eu tomar pode me fazer mal?

Nos casos em que a pílula do dia seguinte é utilizada por quem já toma a pílula anticoncepcional, pode ocorrer irregularidade menstrual, principalmente se a pílula do dia seguinte for utilizada mais de uma vez no mesmo ciclo, o que não é recomendável. "Ela é um contraceptivo de emergência e deve ser utilizada apenas em último caso. Não deve ser rotina e nem tomar mais que uma dose por mês", orienta.

A orientação do médico, após tomar a o contraceptivo de emergência, é interromper a pílula anticoncepcional e esperar vir a menstruação. Depois da menstruação, deve-se começar uma nova cartela de pílula anticoncepcional. "A melhor alternativa para quem esqueceu de tomar a pílula regular e quer prevenir a gravidez é usar um método de barreira durante o ciclo menstrual, como por exemplo, a camisinha", afirma.

Efeitos colaterais

Os principais efeitos colaterais dessa combinação de remédios contraceptivos são náuseas, vômitos, dor de cabeça, dor nas mamas e vertigens. Além disso, pode aumentar o risco de trombose e provocar inchaço e dor de cabeça tipo enxaqueca.

Mulheres que apresentam doenças metabólicas, como a insuficiência hepática e tromboembolismo, devem evitar de tomar a pílula do dia seguinte. "Nestes casos, é importante conversar com o ginecologista antes de tomar", diz.

Pílula do dia seguinte: como tomar

O médico explica que a pílula do dia seguinte é indicada em situações especiais e excepcionais, com o objetivo de prevenir uma gravidez inoportuna ou indesejada após uma relação sexual sem uso de método contraceptivo, falha do método em uso, uso inadequado do contraceptivo e em casos de abuso sexual.

O índice de efetividade da pílula do dia seguinte é de cerca de 75%, ou seja, ela pode evitar três de cada quatro gestações que ocorreriam após uma relação sexual desprotegida. Mas, apesar disso, o medicamento não deve ser utilizado de forma planejada, previamente programada, nem substituir um método contraceptivo de forma rotineira.

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    Tem algum problema tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?
    A pílula do dia seguinte ainda gera muitas dúvidas Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

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    Ainda que todas as mulheres do planeta usassem corretamente qualquer um dos métodos anticoncepcionaisexistentes, cerca de 6 milhões de gestações inesperadas ocorreriam. Essa estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) dá uma dimensão da possibilidade de falha nas estratégias disponíveis para evitar uma gravidez. Sem falar na quantidade de gente que não pensa em ter filhos e, mesmo assim, não se protege direito contra uma gravidez indesejada. Cenários como esses ajudam a explicar por que a chamada pílula do dia seguinte (também conhecida pela sigla PDS) passou a ser tão procurada nas farmácias – sua venda é feita sem prescrição.

    Acontece que, recentemente, uma usuária da PDS escreveu um relato (que foi reproduzido em diversos meios de comunicação) no qual conta que teve uma gravidez fora do útero — chamada de gravidez ectópica — após tomar o comprimido. E é claro que muitas dúvidas surgiram sobre o método e sua segurança. Por isso, perguntamos a nossos leitores o que eles gostariam de saber a respeito do assunto e conversamos com especialistas para esclarecer as questões – até para entender quais são, de fato, os riscos da pílula do dia seguinte. Veja a seguir:

    1-    Muita gente se refere à pílula do dia seguinte como uma “bomba de hormônios”. Isso é verdade? Ela pode trazer efeitos colaterais?

    “Uma dose da PDS contém o equivalente à metade de uma cartela de pílulas anticoncepcionais tradicionais, dessas que a mulher usa todos os dias”, esclarece a ginecologista Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. E, segundo a ginecologista Luciana Potiguara, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, essa enxurrada hormonal pode trazer efeitos colaterais, sim. “Além de desregular o ciclo menstrual, é possível que provoque vômitos. Aliás, se isso acontecer nas primeiras duas horas após a ingestão, a dose deve ser repetida. Outros sintomas como vertigem, cefaleia e dor nas mamas também podem aparecer”, alerta a médica.

    2-    Mas, afinal, é válido usar esse método de contracepção? Se sim, em quais circunstâncias?

    “A pílula do dia seguinte é, na verdade, uma conquista das mulheres”, afirma Albertina. “Você ter acesso a um método de emergência é bacana. O perigo está em fazer dessa emergência um ritual cotidiano”, arremata. A expert ainda faz questão de lembrar que, mesmo tomando a pílula direitinho (no máximo 72 horas após a relação), ela ainda falha em 15% dos casos. “A cada 20 mulheres que tomam, três engravidam”, calcula. “A PDS deve ser usada somente em situações de relação sexual desprotegida próxima do período fértil, de ruptura do preservativo, de estupro ou de relação sexual sem uso de nenhum método contraceptivo”, completa Luciana.

    3-    De quanto em quanto tempo é possível tomá-la? 

    A pílula é lembrada como aquela “do dia seguinte”, mas, entre os especialistas, ela é mais conhecida como “pílula de emergência” ou “contracepção de emergência”. Isso quer dizer que ela realmente só deve entrar em cena em um caso de extrema necessidade. “O ideal é utilizá-la uma vez por ano. Ela é menos segura que a pílula normal e ingeri-la direto aumenta o risco de gravidez e de confusão no ciclo menstrual. A mulher passa a não reconhecer o funcionamento do próprio corpo”, esclarece Albertina.

    De acordo com uma pesquisa conduzida pela especialista, apesar desses poréns, tem muita gente abusando do método. “Algumas adolescentes chegam a tomar a PDS até três vezes no mesmo mês”, conta a médica. Essa prática traz diversas repercussões para a saúde. “Tem os efeitos psicológicos, como irritação, medo de engravidar, culpa etc. Além disso, pode bagunçar o ciclo, causar alterações de pele (espinhas), deixar o cabelo oleoso e contribuir para o acúmulo desnecessário de gordura. A mulher não precisa passar por isso”, conclui.

    “A pílula do dia seguinte é uma medicação de emergência e não foi testada para uso frequente”, reforça Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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    4-    É possível que a pílula do dia seguinte cause (ou contribua para) a ocorrência da gravidez ectópica, ou seja, fora do útero?

    Ao que tudo indica, sim. A explicação para isso é que a pílula do dia seguinte diminui o movimento natural das trompas. Só que é a atividade dessa estrutura que faz com que o óvulo fecundado seja enviado ao útero para se desenvolver. Então, se as trompas não se movimentam, o óvulo pode ficar parado ali. E é aí que está o perigo. Com o desenvolvimento do feto no lugar errado, as trompas podem se romper, causando uma hemorragia.

    Note que estamos falando em óvulo fecundado. Ou seja, é crucial ter em mente que a pílula do dia seguinte pode falhar – e que isso não é tão incomum assim. “Depois de usá-la, é importante esperar pela menstruação, e também vale fazer o teste de gravidez. Todo cuidado é pouco”, diz Albertina. Se o teste de gravidez der positivo, só é possível detectar que o óvulo está fora do lugar por ultrassom.

    Vale lembrar, no entanto, que a causa mais comum de gravidez ectópica é alteração da trompa por infecções e inflamações pélvicas.

    5-    Se a mulher engravidar mesmo depois de ter tomado a pílula o bebê pode nascer com alguma sequela?

    Se o óvulo conseguir se deslocar para o útero e lá se desenvolver, a princípio não existe nenhum tipo de prejuízo para a criança. A ginecologista Luciana reforça: “Não há qualquer evidência científica de que a contracepção de emergência exerça efeito após a fecundação, resultando em aborto ou anomalias fetais”.

    6-    Tomar a pílula do dia seguinte enquanto está usando anticoncepcional comum (supondo que a mulher tome de maneira bem irregular) pode trazer problemas? 

    Bom, já sabemos que a pílula do dia seguinte equivale à meia cartela daquela que se toma todo dia. Então, imagina só o caos que se instala no organismo de quem toma o anticoncepcional desregradamente e ainda, vez ou outra, utiliza uma “bomba de hormônios” junto. “Isso é uma confusão que precisa ser evitada. É uma questão de cautela com seu próprio corpo. A mulher não precisa dessa bagunça hormonal”, aponta Albertina. O ideal mesmo é encontrar estratégias para não precisar da pílula do dia seguinte.

    7- Há contraindicações em relação ao uso desse contraceptivo de emergência?

    Sim. “Em paciente com histórico ou risco conhecido de trombose”, responde Zlotnik, do Einstein. “Na verdade, todas as contraindicações para a pílula anticoncepcional servem também para a do dia seguinte”, afirma Albertina. E lembre-se: caso passe mal com o uso do comprimido, é necessário buscar ajuda médica. “Não se trata de terrorismo. Mas é fundamental ser cuidadosa quando se recorre a esse o método”, conclui a especialista.

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    Quem está tomando anticoncepcional pode tomar pilula do dia seguinte?

    – Há problemas em tomar a pílula do dia seguinte enquanto está usando anticoncepcional comum? Não. Quando o anticoncepcional é tomado corretamente, não há necessidade de a mulher tomar a pílula do dia seguinte, mesmo tendo relações sexuais sem o uso da camisinha.

    Quais as chances de engravidar tomando anticoncepcional e pilula do dia seguinte?

    A pilula do dia seguinte tem uma falha de 20%, isto quer dizer, que mesmo tomando a pilula, existe uma chance grande de engravidar, de uma em 5 . Se vai ter uma relação sem proteção, use obrigatoriamente o preservativo.

    Pode tomar Ciclo 21 e pilula do dia seguinte?

    Se você toma corretamente o Ciclo21, não há necessidade de tomar a pilula do dia seguinte, pensando em evitar a gravidez. Aliás, por te-la tomado, pode, inclusive, ocasionar irregularidade na menstruação.

    O que pode anular o efeito da pilula do dia seguinte?

    A principal coisa que pode cortar o efeito da pílula é o vômito até duas horas após ter ingerido o medicamento. Nesse caso, deve-se tomar novamente. Se houver vômito de novo, deve-se inserir a pílula via vaginal, pois a mucosa da vagina poderá absorvê-la também de forma eficaz.