V. lopes jogos olímpicos de verão de 2022

Vittoria Lopes – triatlo feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Ficha TécnicaMedalhas

Nascimento: Fortaleza/CE
Idade: 25 anos (15/03/1996)
Altura: 1,63m
Peso: 56kg
Clube: SESI-SP
Pan: 1 (Lima-2019)

PAN

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– Lima-2019 (revezamento misto)
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– Lima-2019 (individual feminino)

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Vittoria Lopes, do triatlo, rumo a Tóquio 2020 (Instagram/vittorialopes)

Uma das revelações do triatlo feminino, Vittoria Lopes é uma triatleta que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 nas provas do individual feminino.

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Em Tóquio, a medalhista de prata na disputa individual e ouro por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Lima terá a companhia de Luisa Baptistano feminino e Manoel Messias no masculino.

Família das águas

Cearense da capital, Vittoria Lopes sempre foi fascinada pelas águas muito em virtude de sua família. A jovem de 24 é filha de Hedla Lopes, ex-nadadora profissional e primeira mulher do Norte/Nordeste a competir nos Jogos Pan-Americanos, em 1975, no México.

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Vittoria começou nadar cedo em sua terra natal. De quebra, teve a companhia de primo por parte de pai conhecido do Time Brasil em 2021: Luiz Altamir Melo, um dos três integrantes do revezamento 4x200m livre masculino campeão e recordista mundial em piscina curta em 2018 e que defenderá a seleção de natação no Japão.

“A gente entrava no mar, um puxava o outro, passava por cima do outro, puxava o pé. Podia até ser o último, mas a gente queria um ganhar do outro. Ou, às vezes, queria ganhar tudo só para dizer que ganhou”, conta Vittoria Lopes em entrevista ao UOL Esporte.

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Vittoria Lopes em família (Instagram/vittorialopes )

Recente na modalidade

Vittoria Lopes tem uma carreira relativamente curta no triatlo, mas ao mesmo tempo meteórica. Começou apenas em 2015 e em pouco tempo se tornou a melhor brasileira no ranking mundial. A influência foi novamente da mãe.

Após ser nadadora profissional, Hedla Lopes passou a dedicar ao triatlo. Seguindo os passos da mãe, logo passou a ter destaque nas principais competições.

Vindo da natação, no entanto, VIttoria sofreu nos primeiros anos para se habituar a nova modalidade, A fim de evoluir, passou a treinar nos Estados Unidos, mais especificamente em Boulder, cidade localizada no estado do Colorado localizada a 1.8 mil metros de altitude e considerada a capital mundial do triatlo.

Disney do Triatlo

“Por influência da minha mãe, eu sempre escutei sobre Boulder , mas nunca imaginei que chegaria aqui. É mesmo uma coisa do destino.” Boulder, no Colorado, Estados Unidos, a. “Depois que eu soube que aqui era a ‘Disney do Triatlo’ eu me empolguei mais ainda!,” contou a atleta em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

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Os principais nomes da modalidade treinam em Boulder. O ar rarefeito estimula a produção de hemácias. No começo não é fácil se acostumar com a altitude, e o cansaço bate. Mas a resistência vai melhorando aos poucos. Boulder também tem muitas estradas com asfalto bom e que podem chegar a 3 mil metros de altitude. Diversos ciclistas fazem períodos de treinos na região.

Vittoria Lopes chegou à ‘Disney do Triatlon’ através de seu treinador, Ian O’Brien, fundador da Origin Performance, equipe com sede lá. Ian é técnico da seleção americana e já foi premiado como o melhor dos Estados Unidos, em 2018.

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Técnico Ian OBrien acompanha Vittoria Lopes no Laboratório do COB (Facebook/ORIGINperformanceSquad)

Brilhando no Pan de Lima e possível prévia da Olimpíada

As provas deste trabalho na ‘Disney do Triatlo’ foram o desempenho no Pan-Americano de Lima. A atleta levou a medalha de prata na disputa individual e ouro por equipes.

Ela também competiu nos Jogos Militares Mundiais em Wuhan, na China, em 2019. Lá, levou uma medalha de bronze no individual feminino e na equipe feminina ao lado de Luisa Duarte e Beatriz Neres.

Além disso, conquistou um belo quarto lugar conquistado por Vittoria no Evento-Teste de Tóquio 2020, no mesmo percurso que será a disputa em 2021.

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Vittoria Lopes, Luisa Baptista, Kauê Willy e Manoel Messias levam o ouro no revezamento misto do Pan-Americano de Lima 2019 (Reprodução/Instagram)

Treinando a corrida na pandemia

Por ter vindo da natação, Vittoria Lopes sempre se destaca nesta parte do triatlo. Não é raro vê-la saindo da água na frente ou brigando pelas primeiras colocações. Contudo, o ciclismo e a corrida pesam um pouco, mas ela está mudando este cenário.

“Eu vou bem na natação e na bike, mas a corrida era bem diferente. Lembro quando eu comecei no triatlo que eu fazia os 5 km em 20, 21 minutos e as outras meninas faziam em 15, 16. Como que eu iria tirar cinco minutos de diferença para elas? Não tinha como”, declarou.

“Eu e meu treinador focamos na melhora progressiva, mas de uma maneira muito natural, sempre respeitando meu corpo. Acreditamos na consistência do treinamento,” completou.

O esforço deu resultado. Após a volta das competições em setembro de 2020, Vittoria Lopes foi a melhor brasileira no Mundial de Hamburgo ficando na 15ª colocação.

Vittoria Lopes terminou o ano de 2020 na 32ª posição no ranking mundial, melhor posição entre os triatletas do brasil – entre homens e mulheres.

Em 2021

Vittoria Lopes competiu pouco antes da estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

No final de maio, foi a melhor entre os três atletas brasileiros que disputaram a etapa de Arzachena, na Itália, da Copa do Mundo de sprint triatlo. Nos 750m de natação, 19,3 km de ciclismo e 5 km de corrida, a cearense terminou em 18.º na prova do triatlo feminino.

Pouco depois, terminou em 19º lugar na etapa de Leeds da Série Mundial. Única brasileira na etapa de Leeds da Série Mundial de triatlo, fechou com tempo de 01h59min04.

Por não ter competido tanto, a triatleta caiu para a 42ª posição no ranking mundial e foi ultrapassada por Djenyfer Arnold e Luisa Baptista.

Em junho, Luísa Baptista e Vittoria Lopes tiveram as suas vagas no triatlo feminino dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 confirmadas pela CBTri (Confederação Brasileira de Triatlo), cinco dias antes do fechamento do ranking olímpico. A confirmação ocorreu porque n˜ão havia mais mais chances da dupla ser ultrapassada no ranking olímpico.

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