África contemporânea desafios dificuldades e avanços

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Ciências Sociais

História da África Contemporânea

De Mauricio Parada e Murilo Sebe Bon Meihy e Pablo de Oliveira de Mattos

A partir do século XV a aproximação das culturas africanas, europeias e asiáticas tornou-se inevitável. A chegada do navegador português Vasco da Gama às Índias em 1498, contornando o território africano, estabeleceu os primeiros passos para a sistematização do interesse dos europeus pela África e pela Ásia. Além de Vasco da Gama, Marco Polo e Ibn Battuta já haviam revelado o seu fascínio e estranhamento diante dos costumes e das características dos povos africanos e asiáticos.
Há algumas décadas, uma vigorosa historiografia africana escrita por senegaleses, nigerianos, angolanos, egípcios e também ingleses, americanos e franceses, procura desfazer a “vitimização” associada ao colonialismo europeu imposto ao continente. Impossível conhecer profundamente o cenário atual africano sem analisar os efeitos da presença colonizadora até o século XIX.
A África do século XXI é o resultado deste cenário - ainda com epidemias, fome, genocídios etc -,  mas com algumas boas perspectivas. A costa Atlântica tem apresentado países com crescimento contínuo, o norte islamizado rompeu com o autoritarismo de seus regimes políticos e o litoral do Índico tem ampliado sua integração com as crescentes economias asiáticas. A leitura de História da África contemporânea é uma oportunidade de conhecer novas possibilidades para o mundo de um rico continente ainda cheio de desafios.

723 palavras 3 páginas

Avanços e Dilemas da África Contemporânea

Fontes Bibliográficas:

“Estudar História” - Editora Moderna.
“Os Dilemas da África Contemporânea: a persistência do neocolonialismo e os desafios da autonomia, segurança e desenvolvimento (1960-2008)” - André Luiz Reis da Silva.

Avanços e Dilemas da África Contemporânea

Passados cerca de cinquenta anos do processo de independência, o continente africano ainda parece permanecer com os mesmos problemas e dificuldades da década de 1960. Os meios de comunicação de massa mostram a África como se ela fosse uma série de acidentes e conflitos, pois apenas nestes momentos ela é lembrada. Na África, a maioria das independências foi conquistada na década de 1960. Essas independências mostraram as fragilidades dos novos países, como as fronteiras herdadas do período colonial.

Entre 1990 e 2000, a África foi a única região do mundo onde os índices de desenvolvimento humano (IDH) não haviam apresentado melhoras significativas.

Apesar da persistência de alguns problemas, como a pobreza extrema, a propagação de doenças, os conflitos e as multidões de refugiados vagando sem rumo em busca de auxílio e proteção, pode-se afirmar que houve melhorias significativas na economia, no avanço das liberdades políticas e na diminuição das imensas desigualdades sociais.

O IDH da maioria dos países africanos cresceu por causa de três fatores. O crescimento do PIB da maioria desses países. A ajuda financeira internacional, acompanhada de um programa de anistia das dívidas externas dos países. E um investimento no setor social, que resultou no acesso ao conhecimento e na melhoria dos cuidados com a saúde. Mas os países africanos ainda tem um IDH muito baixo em relação a outras regiões do mundo.

Depois da descolonização, a África foi o continente com o maior número de conflitos armados e também recordista em número de mortes causadas por esses conflitos. Desde 1955, apenas Costa do Marfim, Benin, Guiné Equatorial, Gabão, Botswana,


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Outros Trabalhos Populares

O que foi a África contemporânea?

Os países africanos passaram tardiamente pelo processo de formação enquanto Estado, isso porque em um contexto de colonização do continente, no século XX, estes eram colônias e as metrópoles europeias em crescente avanço industrial buscavam recursos para tal empreitada.

Quais as dificuldades que a população da África sofre?

Grande parte da população africana sofre com a fome, miséria, guerras, desempregos, dentre muitas outras situações decadentes. A África é, sem dúvida, o continente que apresenta os piores indicadores sociais do mundo. O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de habitantes.

Quais os principais problemas da África hoje?

- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil). - Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%.

Quais são os desafios para a África no século XXI?

O desafio pela mudança do projecto democrático africano deve assentar na consolidação da cultura democrática, na perenidade das instituições que não devem estar voláteis aos interesses sectários e dos grupos ligados as elites do poder.