Como a linguística aplicada pode ser inserida no contexto de ensino da Libras?

Autores

  • Wáquila Pereira NEIGRAMES Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão
  • Lucas Eduardo Marques SANTOS Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão
  • Fabíola Aparecida Sartin Dutra ALMEIDA Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão

DOI:

https://doi.org/10.5216/lep.v22i1.54460

Resumo

A linguística Aplicada - LA está presente em todo processo de ensino e aprendizagem. Inserida no meio acadêmico, possui como principal característica a interdisciplinaridade que soma às outras disciplinas uma investigação para melhor compreender e pesquisar os problemas linguísticos a que estamos expostos. Assim, de acordo com o contexto social, o processo histórico, político, econômico, cultural e de identidade a LA também pode assumir um caráter transdisciplinar. Abordaremos, portanto, neste trabalho, a aplicação da LA ao ensino de Língua Brasileira de Sinais - Libras por meio de uma breve discussão acerca da identidade e da cultura como norteadoras no processo ensino-aprendizagem de Línguas de Sinais - LS. A LA no Brasil vem cada vez mais ganhando espaço e suas ramificações sugerem explorar novos caminhos, ou seja, há uma série de métodos que aparecem através da necessidade de elaboração de métodos de análise, neste trabalho serão explorados os procedimentos analíticos desenvolvidos pela Linguística Sistêmico–funcional, proposta inicialmente elaborada por Halliday, e que explora o caráter metafuncional da língua. Não obstante, trabalharemos empenhados em estabelecer inicialmente métodos que permitam ao pesquisador identificar as questões geradas a partir da Avaliatividade presente nas construções dos enunciados expressos por indivíduos que atuam na área de formação de Libras.

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Biografia do Autor

Wáquila Pereira NEIGRAMES, Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão

Possui graduação em Letras Libras, pela Universidade Federal de Goiás (2012). Especialização em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Sul-Americana (2016); mestranda no programa de pós-graduação stricto senso em Estudos da Linguagem na UFG - Regional Catalão. Atua como professora do Ensino Técnico e Superior, no Instituto Federal no campus Itumbiara.

Lucas Eduardo Marques SANTOS, Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão

Possui graduação em Letras – Libras, pela Universidade Federal de Goiás (2013). Possui Especialização lato-sensu em Educação Inclusiva com Ênfase me Atendimento Educacional Especializado (AEE), pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura (2015). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Lingüística Aplicada. Atualmente é tradutor intérprete em linguagem de sinais da Universidade Federal de Goiás e aluno do Programa de Pós-graduação Stricto sensu - Mestrado em Estudos da Linguagem, pela Universidade Federal de Goiás Regional Catalão. Participa como docente no projeto de extensão Centro de Línguas da Universidade Federal de Goiás Regional Catalão e do Grupo de Estudos GEPLAEL.

Fabíola Aparecida Sartin Dutra ALMEIDA, Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão

Possui graduação em Letras - Português - Inglês pela ISEPI/FEI -Fundação Educacional de Ituiutaba (1988), Mestrado em Letras - Linguística e Língua Portuguesa, pela UNESP- Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002) e Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUCSP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Letras, da UFG - Universidade Federal de Goias e professora permanente do Programa de Mestrado em Estudos da Linguagem, também da UFG - Regional Catalão, Coordenadora do GT: Formação de Educadores em Linguística Aplicada da ANPOLL.

Como a linguística aplicada pode ser inserida no contexto de ensino da Libras?

Como Citar

NEIGRAMES, W. P.; SANTOS, L. E. M.; ALMEIDA, F. A. S. D. O ENSINO DE LIBRAS E A LINGUÍSTICA APLICADA: UMA PONTE POSSÍVEL. Linguagem: Estudos e Pesquisas, Goiânia, v. 22, n. 1, 2018. DOI: 10.5216/lep.v22i1.54460. Disponível em: https://revistas.ufg.br/lep/article/view/54460. Acesso em: 28 ago. 2022.

Edição

Seção

Dossiê temático Estudos em Linguística Aplicada com foco na formação de professores: conexões e abrangências

Licença

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Como a linguística considera a Libras?

Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.

Como e construída a estrutura linguística da Libras?

A estrutura sintática da Libras não segue as mesmas regras da língua portuguesa e, além da . exão verbal diferenciada, não é comum o uso de artigos, preposições e conjunções. Mas não se pode afirmar que ela seja uma língua agramatical. Na realidade, ela possui uma gramática diferenciada.

Qual a relação entre língua e linguagem e por que a Libras tem status de língua?

Conclusão: Libras é uma língua A Libras possui estrutura gramatical própria, portanto, é uma língua. Inclusive é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão do Brasil desde 2002, através da Lei nº 10.436, de 24 de Abril de 2002. O ato de se comunicar através da Libras é fazer o uso da linguagem.