Como as bactérias resistentes aos antibióticos são capazes de transferir esta característica para outras populações?

Como as bactérias resistentes aos antibióticos são capazes de transferir esta característica para outras populações?

Ação de antibióticos sobre as bactérias

Os antibióticos são compostos químicos de origem natural ou sintética (medicamentos), que atuam na falência de agentes patogênicos ao ser humano, ou também resultando na inibição do desenvolvimento dos mesmos, agindo seletivamente na população de micro-organismos, como por exemplo, das bactérias.

Contudo, algumas espécies podem manifestar resistência aos antimicrobianos, ocorrendo normalmente através de mutações que proporcionam a síntese de enzimas capazes de conferir a inativação de tais substâncias.

Essa tolerância, com princípio genético, se estabiliza a medida com que as alterações gênicas vão surgindo em benefício à sobrevivência e manutenção de uma linhagem bacteriana.

Nas bactérias, os genes que conferem resistência aos antibióticos encontram-se geralmente em pequenos filamentos de DNA extracromossômico (os plasmídeos), transferidos de um organismo ao outro (mesmo de espécies diferentes), durante a conjugação.

De geração em geração, essa característica é então repassada, proporcionalmente aumentando o número de bactérias que a possui, e reduzindo a concentração dos organismos não portadores desse incremento adaptativo.

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Quando um processo infeccioso acomete o ser humano, e este faz uso de antibióticos, o potencial medicamentoso age sobre a parede celular do agente etiológico (das bactérias), eliminando as formas sensíveis (não resistentes).

Erroneamente dizemos que após um tratamento ineficaz, o processo infeccioso ainda persiste ou mesmo se intensifica. Isso ocorre por diversos fatores, na maioria dos casos por inobservância do indivíduo medicado quanto à periodicidade da prescrição, automedicação, ou muito raramente por prescrição indevida.

As bactérias nesse caso ficam parcialmente submetidas à eficácia do antibiótico, ou seu efeito em situações de uso correto apenas age sobre as bactérias não resistentes, persistindo as resistentes (selecionadas pela existência de um genótipo favorável) permanecendo a infecção.

Por krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

MORAES, Paula Louredo. "Resistência das bactérias aos antibióticos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/resistencia-das-bacterias-aos-antibioticos.htm. Acesso em 12 de setembro de 2022.

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Como as bactérias resistem a antibióticos transmitem a resistência aos seus descendentes?

c) Como as bactérias resistentes a antibióticos transmitem a resistência aos seus descendentes? Algumas bactérias possuem, além do DNA circular, plasmídeos que podem conter genes que conferem à bactéria resistência a antibióticos, os quais são passados aos seus descendentes.

Como as bactérias resistentes a antibióticos podem transmitir a resistência a antibióticos a outras bactérias?

A resistência das bactérias aos antibióticos é resultado de mudanças na estrutura genética desses organismos. Esse processo pode acontecer, basicamente, de duas formas: mutações genéticas aleatórias e consequente seleção natural (genes de resistência que fazem parte de unidades de DNA chamadas de transposons); e.

Como os mecanismos de resistência podem ser transferidos de uma bactéria para outra?

Genes de resistência, que codificam por exemplo as enzimas beta-lactamases, podem ser transmitidos de uma bactéria para outra através de vários mecanismos, tais como plasmídeos, bacteriófagos ou transposons de DNA.

Como ocorre a mutação e transferência dos genes de resistência das bactérias?

Os mecanismos responsáveis pela transferência de genes entre bactérias referentes à mesma geração são a transdução, transformação e conjugação, e os principais elementos genéticos envolvidos são os plasmídeos, integrons e transposons.